PASADENA VOLTA A ASSOMBRAR DILMA

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“Pegadinha”

Quando o ex-ministro José Jorge, do Tribunal de Contas da União, responsabilizou os diretores da Petrobras pela compra da refinaria de Pasadena, deixando de fora o Conselho de Administração (leia-se a presidente Dilma Rousseff) todos pensaram que ela estaria completamente livre de responder sobre aquela operação. Ocorre que não é bem assim. Os diretores da empresa à época, muitos dos quais com os bens indisponíveis, têm dito que fizeram tudo com aprovação do conselho. Assim, a situação do conselho voltará à baila no Tribunal.

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Significa que a presidente Dilma Rousseff poderá responder por essa compra, ainda que ela tenha dito há mais de um ano que o conselho havia aprovado o negócio porque confiara nos documentos da diretoria. Diante de um novo cenário, em que a Petrobras declara prejuízos assumidos por corrupção, Pasadena é um fantasma que ressurge para assombrar Dilma Rousseff. Amanhã, por exemplo, o ex-ministro José Jorge falará sobre esse tema na Associação Comercial de São Paulo.

Renan versus Eduardo, 2º round

A amigos que lhe perguntam como vai ser esse duelo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o comandante do Senado, Renan Calheiros, responde assim: “Essa fase de querer se afirmar como liderança eu já passei. Eduardo está nessa fase. Não vou bater boca com ele”. 

Pano de fundo 

A ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Supremo Tribunal Federal sobre doações de empresas a campanhas políticas, aquela que está com pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes, começa a ser vista como uma forma de auxiliar o PT a impor o financiamento público e, ao mesmo tempo, dar um ar de “anistia” ao petrolão. Diante desse novo contorno, não será surpresa se algum ministro mudar o voto quando o processo voltar ao plenário.

Em nome dos governadores

O PSB decidiu dar uma freada em seu viés oposicionista. Isso porque, avaliam alguns, a hora é de tentar ajudar os governadores Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal, e Paulo Câmara, de Pernambuco, e Ricardo Coutinho, da Paraíba.

Furnas na mira

O mundo político prestará atenção na reunião do conselho de Furnas nesta quarta-feira. Tudo porque circula entre os partidos que o ex-ministro da Aviação Civil Moreira Franco está cotado para uma vaga ali. O PMDB, entretanto, não pretende mexer com isso agora. Com o vice-presidente Michel Temer na coordenação política e Henrique Eduardo Alves recém-nomeado ministro do Turismo, a ordem entre os peemedebistas é esperar algum tempo antes de investir pesado sobre outros cargos de ponta para o partido. Primeiro, é preciso resolver os cargos nos estados. 

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Slogan pronto/ Os parlamentares observam com um quê de curiosidade as ações do juiz Sérgio Moro (foto). Há quem diga que, no vazio político, ele pode repetir o ex-presidente Fernando Collor em 1989. Naquela época da redemocratização, com a população saturada dos políticos tradicionais, Collor ganhou fôlego com o “caçador de marajás”. Há quem diga que Moro pode fazer o mesmo como o “caçador de corruptos”.

Valor agregado/ Sérgio Moro tem acompanhado todos os depoimentos da CPI da Petrobras e confrontado com os que havia colhido anteriormente dentro do processo da Lava-Jato. Para quem achava que a CPI seria mais do mesmo, a atenção do juiz mostra que o colegiado tem sua utilidade.

Melhor de três/ Aqueles que têm algum poder para tentar baixar a poeira da guerra entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o da Câmara, Eduardo Cunha, são: José Sarney, Michel Temer e Valdir Raupp. Todos os demais personagens já estão nas torcidas de um ou de outro. 

Por falar em Eduardo Cunha…/ O presidente da Câmara não pretende mudar nem um milímetro o ritmo que estabeleceu na Casa. Ele sabe que colocará o prestígio na Casa em risco, se sair do script da independência em relação ao Planalto e ao Senado.