Mais uma missão para o STF e o TSE

Publicado em coluna Brasília-DF

Com os prazos para a reforma política esgotados no Congresso, restará ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) fechar as lacunas do texto. A principal delas se refere à regulamentação da distribuição do “fundão”, aprovado a toque de caixa na Câmara, ao autofinanciamento e às regras para as redes sociais. A ideia dos partidos que tentaram distribuir melhor o fundo e impor limites ao autofinanciamento é recorrer à Justiça, depois de conhecidos os vetos presidenciais ao projeto. Muita coisa ali pode terminar barrada pela Justiça, especialmente a liberdade de gastos pelos mais ricos, que tira a igualdade de condições entre os candidatos.

O império contra-ataca
A ala governista do PSDB está se mobilizando para abrir uma dissidência em relação ao comando de Ricardo Trípoli na bancada da Câmara. Há quem diga que o líder não disse a verdade ao presidente do partido, Tasso Jereissati, ao se referir como “ampla maioria” ao grupo que desejava tirar Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) da relatoria contra o presidente Michel Temer.

A maior aliança
A parceria entre PT e PMDB na madrugada de votação da reforma eleitoral fez estremecer ainda mais a relação entre o DEM e os peemedebistas. O partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o do presidente da República, Michel Temer, estão tomando caminhos diferentes rumo a 2018. A irritação dos democratas é que petistas e peemedebistas se juntaram para evitar o crescimento dos partidos médios.

Por falar em DEM
A semana do feriadão de Nossa. Senhora Aparecida será dedicada a movimentos no sentido de instigar Rodrigo Maia a conspirar contra o presidente Michel Temer. Maia, entretanto, continua “jogando parado” na maior felicidade.

Aldo em campo
Nos bastidores das conversas entre os partidos que instigam Maia, é dada como certa inclusive a apresentação do ex-deputado Aldo Rebelo, hoje no PSB, como candidato a vice numa chapa encabeçada por Maia. Isso em caso de eleição indireta.

Só tem um probleminha
Até o momento, ninguém calcula que Michel Temer terá menos de 200 votos no plenário.

Decidiu, mas não resolveu/ O fato de Bonifácio de Andrada relatar a denúncia na vaga do PSC, conforme antecipou o Blog da Denise, no www.correiobraziliense.com.br, não vai tirar a referência PSDB-MG depois do nome do parlamentar. Já tem cabeça-preta incomodado com isso.

Por pouco/ Renata Abreu, do Podemos, tentou abrir uma janela de 30 dias para que deputados pudessem mudar de partido levando o tempo de tevê e o pedaço do fundo partidário. A emenda foi derrotada em votação simbólica.

Foi ele!/ Os defensores de limites para o autofinanciamento culparam o presidente do Senado, Eunício Oliveira, pela derrubada dessa parte do texto da Câmara. “Eunício é candidato à reeleição no Ceará, é rico e agora poderá pagar a própria campanha sem problemas”, afirmam uns.

Tasso com Aécio/ Tasso Jereissati planejava visitar Aécio Neves (foto) antes de voar para o Ceará. A ideia, dizem aliados de Tasso, era tirar o mal-estar criado depois que Tasso não discursou no plenário esta semana em defesa do senador mineiro.