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Líderes partidários querem liberar crédito suplementar em suaves prestações

Publicado em coluna Brasília-DF
Coluna Brasília-DF

A tendência dos líderes partidários é de reduzir para R$ 92 bilhões o crédito suplementar de R$ 248 bilhões pedidos pelo governo para fechar as contas deste ano. O valor é o mais baixo do cardápio oferecido pelo relator, deputado Hildo Rocha (MDB-MA). Assim, dizem alguns líderes, o Poder Executivo será obrigado a pedir novo crédito em setembro, caso a arrecadação continue modesta.

A ideia é não deixar o governo deitar em berço esplêndido. Sem todos os recursos pedidos para este ano — um mínimo de R$ 146 bilhões dos R$ 248 bilhões solicitados no crédito suplementar —, o Executivo continuará dependente dos parlamentares no segundo semestre, quando a reforma da Previdência estará praticamente definida.

“Acordo, que acordo?”

Quem teve a curiosidade de perguntar aos integrantes do DEM se está fechado o acordo para que o líder do PP, Arthur Lyra, seja o sucessor de Rodrigo Maia na Presidência da Câmara no futuro próximo, a resposta se resumia a dois pontos. 1) É cedo para tratar do assunto. 2) Não há essa hipótese.

Diferença marcante I

Grande parte dos discursos na convenção do DEM lembrou uma diferença importante entre a sigla e os partidos do Centrão. Nos governos Lula e Dilma, o DEM esteve na oposição e
ficou menor. PP, PR (hoje PL), PTB e PSD foram parceiros
dos petistas.

Diferença marcante II

O DEM não vai apoiar o governo Bolsonaro como um todo e, sim, a agenda de reformas e os ministros do partido. Esse é o ponto de equilíbrio. Quanto à volta de Bolsonaro para o Democratas, cogitada pelo ministro Onyx Lorenzoni, a maioria considera que o futuro a Deus pertence.

Mexeu com ele…

…Mexeu com todos. Apesar das diferenças, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, passou a contar com o apoio de seu partido. A partir de agora, quem quiser balançá-lo no cargo não terá o aval do Democratas.

O corpo fala/ Enquanto o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, discursava cobrando uma posição mais firme de apoio do DEM à gestão Bolsonaro, Rodrigo Maia cruzava os braços, um sinal de que não estava aberto para aquela conversa, e mexia o pescoço. Ao fim, não aplaudiu.

Ele respira/ Quando foi citado na convenção do DEM, Alberto Fraga foi o mais aplaudido pela plateia, lotada de cabos eleitorais do ex-deputado. Em política, dizem as vozes da experiência, até o fundo do poço tem mola.

Enquanto isso, no PSDB…/ Na convenção de hoje, o PSDB pretende consolidar a liderança do governador de São Paulo, João Doria, uma das apostas para o futuro.

Que sirva de exemplo I/ O DEM, antigo PFL, fez questão de relembrar aqueles que fizeram e fazem sua história: Antonio Carlos Magalhães, Luiz Eduardo Magalhães, Marco Maciel, Jorge Bornhausen, José Agripino, Heráclito Fortes, José Carlos Aleluia. Feliz de um partido que não se esquece daqueles que já foram e daqueles que, mesmo sem mandato, têm muito a contribuir.

Que sirva de exemplo II/ A Multiplan, dona de 18 shoppings no país, incluindo o ParkShopping, entrega hoje 50 motocicletas para a Polícia Militar do Rio de Janeiro, justamente no momento em que o estado está impedido de fazer compras básicas por falta de dinheiro no caixa. A doação faz parte da filosofia colaborativa da empresa, que não recebe contrapartidas fiscais ou tributárias. A iniciativa é inspirada na cultura de empresas norte-americanas e europeias que investem em benfeitorias para a sociedade e seu entorno.