Nelson Teich, a chave do descaso do governo com as vacinas há um ano

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Ninguém está muito atento à exposição que o ex-ministro Nelson Teich fará, na próxima terça-feira, à CPI da Covid. Porém é dali que alguns senadores esperam retirar informações preciosas para a investigação. Teich saiu por discordar da forma como o presidente Jair Bolsonaro desejava conduzir o combate ao coronavírus. Foi em sua gestão, inclusive, que houve os primeiros contatos com laboratórios para a produção de vacinas.

Em uma de suas várias entrevistas enquanto ministro, ele chegou a dizer: “A gente está conversando com possíveis laboratórios que vão produzir vacina para conseguir garantir, caso surja uma vacina, que o Brasil tenha uma parte”. Tudo isso já está no radar da CPI para esta terça-feira.

Primeira baixa

Diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Weber Ciloni deixa o cargo um ano antes do término do mandato. O diretor havia sido indicado ainda no governo Michel Temer pelo presidente do MDB, Baleia Rossi. A saída nesses primeiros dias da CPI da Covid e das investidas do partido contra o governo não é mera coincidência.

Novas baixas
Os emedebistas, aliás, já estão de olho no Diário Oficial da União. Afinal, depois da perseguição dos aliados de Baleia Rossi na campanha para presidência da Câmara, o mesmo se dará com aqueles que agora partirem para cima do governo na CPI da Covid.

Parlamento Europeu lamenta politização
Texto aprovado esta semana pelo Parlamento Europeu reitera a profunda preocupação com o impacto devastador da crise sanitária nos continentes europeu e latino-americano e pede reforço à cooperação entre as duas regiões. De quebra, “lamenta que a pandemia tenha sido fortemente politizada, inclusive através da retórica negacionista ou da minimização da gravidade da situação por parte dos chefes de Estado e de governo, e exorta os líderes políticos a agirem de forma responsável, a fim de evitar novos agravamentos da situação”.

Punição a campanhas de desinformação
O Parlamento Europeu diz, ainda, que “considera preocupantes as campanhas de desinformação relacionadas com a pandemia e insta as autoridades a identificar e perseguir judicialmente entidades que realizam tais ações”.

A pá de cal na “nova política”
Assim, muitos parlamentares se referem ao impeachment de Wilson Witzel no Rio de Janeiro. Ele era uma das principais apostas do grupo que elegeu Jair Bolsonaro, e deu no que deu. Agora, será preciso encontrar um novo mote para a campanha de reeleição do presidente.

Bolsonaro começa a montar coligações para 2022

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Ainda sem partido e com a CPI da Covid ainda no aquecimento, o presidente Jair Bolsonaro monta silenciosamente o bloco de legendas que pretende aglutinar para apoiá-lo em 2022. Seus aliados acreditam que ele contará com o Patriotas, o Brasil 35 (novo nome do partido da mulher), o PTB de Roberto Jefferson, o PP de Ciro Nogueira e o PL, de Valdemar Costa Neto.

Dos três últimos, apenas Jefferson é considerado capaz de manter uma aliança “na alegria e na tristeza”, por causa da proximidade que mantém com o presidente. Ciro Nogueira e Valdemar são vistos com uma certa desconfiança. Bolsonaro aposta que terá o apoio dos dois partidos, mas quem é próximo do presidente está “com um olho no gato, outro no peixe”. Afinal, os três partidos largaram o PT no meio do caminho.

Modus Operandi

O G-7 da CPI da Covid planeja chegar para a reunião desta quinta-feira com a lista fechada de requerimentos a serem aprovados. Isso quer dizer, que, na largada da CPI, o quarteto governista estará fadado a um papel secundário. E nada indica até o momento que vão conseguir quebrar essa aliança no G-7.

Por falar em governistas…

O senador Ciro Nogueira, o mais experiente da bancada do governo, fica estrategicamente fora da ação levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a presença de Renan Calheiros na CPI. É jogo combinado para que possa servir de ponte mais à frente. Até aqui, porém, as falas do presidente Jair Bolsonaro não têm ajudado.

Efeito colateral

Da mesma forma que o Supremo Tribunal Federal conseguiu reduzir os ataques às instituições com o inquérito sobre ameaças aos seus ministros, a tendência é que a CPI da Covid leve o governo a tomar uma atitude mais firme no quesito combate à pandemia. Prova disso é o cronograma de vacinas, que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prometeu apresentar na semana que vem.

A conta chegou

O governo quer usar seus líderes dentro do MDB __ Eduardo Gomes (TO) e Fernando Bezerra Coelho (PE) __ para tentar se aproximar do partido. Só em um probleminha: O presidente do partido, Baleia Rossi, é justamente aquele que o governo desprezou para apoiar Arthur Lira à presidência da Câmara. E por duas vezes, o MDB foi rechaçado pelo governo para presidir o Senado. Está tudo interligado.

CURTIDAS

A hora da verdade/ Com dois líderes do governo, o do Senado, Fernando Bezerra Coelho (PE), e o do Congresso, Eduardo Gomes (TO), o MDB está cada vez mais pressionado a definir um caminho para 2022. “O partido precisa se reunir e começar a conversar sobre seus caminhos futuros”, diz o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), em entrevista à Rede Vida.

Educação na pauta/ A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) passou esta semana em articulações no Senado para tentar emplacar seu projeto, que torna a educação atividade essencial. Ela se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e participou de encontro entre o relator do projeto, senador Marcos do Val (Podemos-ES), e representantes do Movimento Escolas Abertas. A previsão é votar ainda hoje.

Quem manda/ Em audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado com o chanceler Carlos França, os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Henrique Fontana (Pt-RS) quase protagonizaram um bate-boca, quando Fontana disse que Eduardo era o “chanceler informal”, que atrapalhava a política externa. “O cargo de filho é indemissível. Ninguém vai me impedir de ir nos fins de semana no Alvorada, conversar com o meu pai. Se alguém há de puxar a minha orelha, é ele”, afirmou o filho do presidente. A discussão só não foi pior, porque o presidente da CRE, Aécio Neves, cortou as falas.

Em comparação ao “ex-Ernesto”…/ O ministro de Relações Exteriores, Carlos França, passou no teste de sua primeira audiência na Câmara. Foi calmo, respondeu de forma objetiva a todas as questões, muito diferente do antecessor, Ernesto Araújo, a quem a senadora Kátia Abreu chama de “Ex-Ernesto”. França contou que procurou o embaixador da China para se explicar sobre as falas de Paulo Guedes. Araújo, quando das declarações infelizes do filho do presidente Jair Bolsonaro sobre a China, reclamou foi do embaixador.

O “exército” de Bolsonaro já está nas ruas virtuais

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Desde que ficou líquido e certo que o governo não teria maioria na comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Covid-19, aliados do presidente Jair Bolsonaro acionaram “o mecanismo”. Consiste em procurar em todas as redes sociais vídeos e declarações que ajudem a diluir os problemas que o governo terá no colegiado. Entre o que já foi encontrado consta uma entrevista do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), dizendo que a polêmica sobre a hidroxicloroquina era desnecessária e que o medicamento poderia, sim, ser receitado pelos médicos. A imagem já foi, inclusive, enviada aos integrantes da CPI.
A aposta dos governistas é de que essa CPI será diferente das outras, porque a estrutura da informação — e, por tabela, a da desinformação — mudou. Sendo assim, a perspectiva de a comissão se transformar numa guerra de versões e narrativas já está no
radar do governo.

CPI internacionalizada
A situação global será parte integrante da estratégia do governo federal na comissão parlamentar de inquérito (CPI) para mostrar que a falta de vacinas ou atraso não é privilégio do Brasil. Uma prova disso é o processo que a União Europeia prepara contra a AstraZeneca, por causa do não cumprimento do contrato de fornecimento de 300 milhões de doses no primeiro semestre deste ano.

O que vem lá
Também entrará no rol do governo reações a algumas vacinas que apresentaram problemas em outros países. A avaliação do governo é de que, puxando percalços vividos em outras nações, será possível mostrar que a falta de vacinas não é culpa do presidente Jair Bolsonaro e, sim, um problema global.

Casamentos de conveniência
A CPI já tem como subproduto uma mexida nos blocos do Senado, que hoje são cinco. O Republicanos, do senador Flávio Bolsonaro, deixa o grupo com o MDB, mas não pretende ficar sozinho. O difícil será encontrar um bloco que acolha os dois senadores do partido.

O governo
A influência que Flávio Bolsonaro cobrou do MDB, por exemplo, uma consulta ao Republicanos sobre quem indicar para a CPI, não será levada em conta em nenhum dos blocos. Com dois senadores, o Republicanos será minoria em todos os grupos.

O final da fila
Se decidir formar um bloco com o PP de Ciro Nogueira, que tem sete senadores e também avalia abandonar o MDB, o novo grupo ficará menor que o PSD, partido de Gilberto Kassab, que tem 11 senadores e não participa de nenhum agrupamento na Casa.

Muda para aliviar / Há quem diga que não foi uma coincidência a conversa do ministro da Economia, Paulo Guedes, com o presidente da Câmara, Arthur Lira, na segunda-feira, e o anúncio de mudanças na equipe que cuidou do Orçamento — o secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues, e de Orçamento, Georges Soares. É para dar uma refrigerada. Há pressões pela substituição de Martha Seillier do comando do Programa de Parceria Privada de Investimentos (PPI), mas ela nega que esteja de saída.

Sai daí rapidinho!/ A participação de Flávio Bolsonaro na CPI foi considerada um desastre até por aliados do governo. Já tem senador disposto a pedir que ele fique calado e evite enfrentamento no colegiado. Afinal, a cobrança de isolamento social por quem defende a volta à normalidade com pandemia e tudo não cola.

Quem põe o guizo?/ Faltava definir, porém, quem ia dizer a Flávio Bolsonaro para ficar quieto, ou, pelo menos, não provocar e evitar declarações que passem uma certa arrogância. Os comentários em relação à combatividade das mulheres — “já foram mais respeitadas e indignadas” — e à ingratidão do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, foram os piores momentos.

Explorar o passado/ O governo ainda planeja constranger a parceria entre o relator, Renan Calheiros; o presidente, Omar Aziz; e o vice, Randolfe Rodrigues. Há quem diga que o que os atuais governistas fizeram até hoje a Renan não foi 10% do que Randolfe “aprontou” com o alagoano no passado. Virão ainda tentativas de constranger o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, na terça-feira.

Por falar em parceria…/ Antes que venham dizer que ele é “negacionista” ou adversário da China, o ministro da Economia, Paulo Guedes, organizou uma coletiva para repor os pingos nos is e defender a parceria com a China. Ele explicou a “infeliz” frase de um “vírus da China” e pediu, inclusive, desculpas ao embaixador da China. Melhor assim. De confusão, já basta a tragédia da pandemia, a CPI, as dificuldades orçamentárias e por aí vai.

O “esquenta” da CPI mostra governo em dificuldades

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A liminar obtida pela deputada Carla Zambelli a fim de evitar que Renan Calheiros assumisse a relatoria da CPI da Covid é vista como mais um ingrediente para deixar o governo na berlinda no Senado. Até juristas ligados ao Planalto duvidam de que essa ação prospere. Politicamente, brigar contra CPI na Justiça indica que Bolsonaro entrou no modo desespero, uma vez que todas as demais ações para tentar obter maioria no colegiado falharam. O presidente não conseguiu retirar assinaturas a fim de evitar a instalação da CPI, não obteve sucesso nas manobras para trocar os integrantes da comissão e não conseguirá um relator aliado.

As investidas do governo até agora só fizeram aproximar mais o grupo dos independentes da oposição, deixando o presidente Jair Bolsonaro com mais dificuldades. Para completar, a escassez de vacinas não apresenta solução no curto prazo, e há o descontrole da pandemia, já que o país despreza a testagem da população como forma de isolar os contaminados e tornar a circulação de pessoas mais segura.

GDF que se prepare

Líder do PSDB no Senado e pré-candidato a governador do Distrito Federal, Izalci Lucas não está na CPI da Covid, mas já está com 50 pedidos entregues a membros do colegiado para obter detalhes a respeito da operação Falso Positivo. Entre os requerimentos de Izalci constam pedidos para envio de toda a documentação do Ministério Público e Polícia Federal a respeito dessa investigação. “Foram recursos federais e está bem dentro do que será discutido”, diz o senador.

Diluído
O líder tucano apresentará, ainda, uma sugestão para a criação de quatro sub relatorias: uma para as ações do governo federal, outra para os estados, uma terceira para municípios e uma quarta, que ficaria responsável por vacinas e empresas. Assim, Renan Calheiros, se resolver a questão da liminar, vira relator geral.

Minha pauta, minha vida I
Ciente do protagonismo que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid já deu ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adversário de Renan no estado, vê nas reformas tributária e administrativa a saída para tentar empatar o jogo e montar uma pauta positiva.

Minha pauta, minha vida II
Lira quer também se apresentar nacionalmente como alguém voltado à recuperação do país, enquanto o governo não encontra uma saída para a pandemia, e o Senado se dedica à CPI.

Falta combinar/ Os parlamentares, porém, não estão muito dispostos a aprovar a reforma administrativa nesse ambiente em que o resultado pode ser um serviço público mais sujeito a aparelhamentos do que já existe hoje.

Agora é oficial/ Até o Gabinete Civil da Presidência da República, capitaneado pelo general Luiz Eduardo Ramos, se refere a um segmento de apoiadores do presidente como “gabinete do ódio”, ao listar as acusações que o governo deve enfrentar na CPI.

E o Tarcísio, hein?/ Ao se referir ao ministro da Infra-estrutura, Tarcísio de Freitas, com um “quem sabe São Paulo não adota Tarcísio no ano que vem?”, o presidente Jair Bolsonaro passou a ideia de que tem dificuldades para encontrar um candidato forte contra o PSDB e o PT em São Paulo e busca alguém de fora. O ministro, porém, já reiterou diversas vezes que não deseja ser candidato a um mandato eletivo.

Vem por aí/ Assim como existe a Lei de Responsabilidade Fiscal, o deputado Danilo Forte (PSDB-CE) quer apresentar uma proposta de emenda constitucional a fim de dar ao país uma futura Lei de Responsabilidade Social.

Com suspeição de Moro, Lula pode concorrer ao Planalto com jogo praticamente zerado

lula
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Por Denise Rothenburg
Confirmada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no caso Lula deixa a Justiça Federal do Distrito Federal, a quem caberá julgar o processo contra o petista, sem a opção de validar todo o julgamento de Curitiba. Isso significa que o ex-presidente pode concorrer ao Planalto em 2022, com o jogo praticamente zerado. Até lá, o máximo que pode acontecer a ele é ser chamado a depor. Nos bastidores, ministros de vários tribunais superiores se referem ao caso como “processo morto”, que caminha para a prescrição.
Quem entende o funcionamento da Justiça Federal no DF, porém, avisa que, embora não seja possível revalidar o que foi feito por Moro, Lula não terá vida tranquila. No entanto, dada a proximidade da eleição, esse assunto sairá da esfera legal e irá para a política. O ex-presidente consegue, esta semana, o discurso de que foi perseguido politicamente. Os opositores, porém, veem prato cheio para atacá-lo. Ou seja, as discussões serão mais políticas do que técnicas.
Onde vai “pegar”…
Os cálculos do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) sobre a perspectiva de faltar vacinas, farão crescer as cobranças pelo calendário de vacinação do Ministério da Saúde. O país continua no escuro sobre esse cronograma, que deixou de ser divulgado, e cada estado atua como quer em termos de grupos prioritários.
… e desgastar
Essa perspectiva de falta de vacinas é que levará a CPI da Covid a começar seus trabalhos investigando como anda a imunização e por que
o Brasil demora a garantir as doses à população. Afinal, dizem alguns senadores, a responsabilidade pelo fornecimento das vacinas é do governo federal.
Vão ter que me engolir
O fato de o presidente Jair Bolsonaro ter entrado em contato com o governador de Alagoas, Renan Filho, em busca de uma ponte com o senador Renan Calheiros, é o sinal de que será impossível trocar o relator da CPI.
Vai sobrar para o general
Em 26 de fevereiro, esta coluna publicou que o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, era quem ia responder pela falta de vacinas. A entrevista do ex-secretário de Comunicação do governo Fabio Wajngarten à revista Veja — em que diz que Pazuello foi demitido porque havia o medo de que ele fosse preso — é o reforço dessa estratégia. E vem sob encomenda para que seja chamado à CPI da Covid, de forma a preservar Jair Bolsonaro.
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Mais um teste/ A proposta da senadora Kátia Abreu (foto), de apresentar um projeto para que o país reduza em cinco anos o prazo para acabar com o desmatamento ilegal — de 2030 para 2025 — será mais uma prova de fogo para o governo. Afinal, na Cúpula do Clima, Bolsonaro reafirmou o compromisso de acabar com essa mazela até 2030. Em conversas reservadas, há quem diga que, se o presidente topar, é sinal de que pode até desistir de concorrer à reeleição.
Por falar em Cúpula do Clima…/ A reunião convocada pelo presidente Joe Biden marca a volta dos Estados Unidos ao papel de principal ator na política internacional, especialmente num tema tão caro a toda a humanidade. Nenhum dos convidados deixou de comparecer. Quanto ao Brasil, foi bem nas palavras, mas faltam as ações daqui para a frente. Afinal, não dá para viver só de um passado em que o país cuidou das
suas florestas.
Ayres Britto na área/ O ex-presidente do STF Ayres Britto e a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, participam, hoje, às 17h, de live sobre a edição deste ano do Prêmio Innovare. Sérgio Renault,
diretor-presidente do Instituto Innovare, também estará na conversa.
Diversidade na pauta/ Esta é a 18ª edição do prêmio que busca identificar e difundir práticas que ajudem a aprimorar a Justiça. Desta vez, o tema será “Defesa da Igualdade e da Diversidade”. As inscrições ficam abertas até 30 de abril.

Governo quer repetir a estratégia de 2019, constranger senadores a não votar em Renan

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O governo conseguiu adiar a instalação da CPI da Covid para, em campanha via redes sociais, tentar constranger os senadores e, assim, evitar a nomeação de Renan Calheiros (MDB-AL) para relator do colegiado. Esse mesmo recurso foi usado em 2019, quando os bolsonaristas, aliados de Davi Alcolumbre, começaram um movimento em todas as redes sociais, a fim de evitar a eleição de Renan para Presidência da Casa. Lá atrás deu certo. Agora, não dará.

Em conversas reservadas, senadores aliados ao Planalto já alertaram que esse “remédio” perdeu o efeito. O governo entrou tarde na articulação política dentro da CPI e até agora sequer buscou os integrantes do colegiado para organizar o seu jogo. Vai apostar nas redes sociais num momento em que a lógica é interna do MDB, o partido a quem cabe a indicação do relator.

Não contem com ele

Escolhido para presidir a CPI, o senador Omar Aziz (PSD_AM) já avisou a quem interessar possa que o MDB tem a prerrogativa de indicar o relator. O nome que for apresentado pelo líder do partido, Eduardo Braga, será nomeado para o cargo.

Onde está o perigo

O maior receio hoje do governo dentro da CPI da Pandemia de Covid-19 é, já nos primeiros depoimentos, o presidente Jair Bolsonaro se ver emparedado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que, ao lado do presidente dizia que ali “um manda, outro obedece”. Nesse sentido, da parte do governo federal, será debitado na conta do presidente Jair Bolsonaro.

Toma que o filho é teu

Os aliados do Planalto estão se preparando para tentar jogar as mazelas da covid no colo dos governadores. Porém, está difícil. Afinal, a compra de vacinas, por exemplo, é de responsabilidade do governo federal, dentro do programa de imunização.

Frase

“Biden está demonstrando que governar é um trabalho de equipe, que se faz com paciência, sem medo. Os fantasmas deixados por Trump vão morrendo de susto. O único que resta é o Trump, que vai se desfazendo no vento”

Do ex-presidente José Sarney, ao analisar esses primeiros meses de governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

CURTIDAS

Flávia passa de fase/ Líderes de partidos aliados ao governo consideraram o acordo para sanção do Orçamento uma vitória da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Porém, para ter sucesso no cargo, ela precisa agora garantir a liberação dos recursos decorrentes deste acordo.

Próximo desafio/ A ministra terá que conciliar agora dois serviços: Atender o Orçamento de 2021 e, de quebra, liberar os restos a pagar de anos anteriores, cobrados pelos políticos para atender suas bases eleitorais.Não será fácil, porque o caixa de onde saem os recursos para essas duas demandas é o mesmo.

Novo estilo/ A ministra está disposta a mostrar aos deputados que não está no governo a passeio. Ontem, por exemplo, foi acompanhar in loco a votação dos vetos. A presença dela no Congresso será uma constante.

Enquanto isso, no DEM…/ O líder na Câmara, Efraim Filho quer distância da briga entre Rodrigo Maia e Arthur Lira. Eles que se entendam.

…a onda é me inclua fora dessa/ O senador Marcos Rogério (RO) avisa que ficará no cargo de vice-líder do governo, pelo menos, por enquanto. No partido, porém, há uma vontade de que ele deixe o cargo de vice-líder, para ter mais liberdade de ação. Afinal, nos tempos de PFL, o DEM foi da “tropa de choque” de Fernando Collor. Não quer repetir a dose.

Nos bastidores, parlamentares veem atuação de Calheiros parecida com a adotada por Cunha no impeachment de Dilma

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Anunciado pelo MDB como futuro relator da CPI da Covid no Senado, Renan Calheiros avisou ao Planalto que as interferências são ruins. Cabe ao governo “ter bom senso” e deixar o Congresso trabalhar, para que se faça uma investigação técnica. Nesse campo, alguns políticos veem a posição de Renan muito parecida com aquela adotada em 2016 por Eduardo Cunha. Quanto mais o governo brigar com o MDB, pior vai ficar.

Há cinco anos, em 17 de abril, a Câmara dos Deputados concedeu licença para a abertura de processo contra a então presidente Dilma Rousseff por causa da briga política que travou o MDB e o desejo de hegemonia de seu partido, episódio narrado em detalhes no Tchau, querida,
do ex-deputado Eduardo Cunha, hoje nas livrarias. Nos bastidores do Congresso, o livro é chamado de um “guia sobre como não tratar um aliado”, especialmente se a economia estiver com problemas. Dilma vetou Cunha para presidir a Câmara e perdeu. Se o Planalto continuar
trabalhando contra Renan e perder, será pior.

Ricardo Salles na lida

O presidente Jair Bolsonaro vai aproveitar a Earth Summit, o encontro sobre o clima convocado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para reforçar a posição de Ricardo Salles dentro do governo. O ministro não tem, na avaliação dos palacianos, tantas arestas quanto Ernesto Araújo, o chanceler que terminou atropelado.

Separa aí

As 808 páginas do Tchau, querida, o livro de Eduardo Cunha editado pela Matrix, vão ajudar a dinamitar as pinguelas que MDB e PT tentam construir. Lula é um dos poucos a quem Cunha preserva, mas nem tanto. O ex-deputado chama o ex-presidente de “pragmático”. Mas à página 216, ao relatar um encontro entre os dois para tratar da articulação política do governo, Cunha diz: “Além de pedir a conversa, (Lula) ainda me deixou a conta do hotel”.

E o Mercadante, hein?

Se tem alguém que é bom passar bem longe do MDB é o ex-ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante. Cunha o coloca como aquele que evitava a boa convivência de Dilma com o MDB e que fazia as intrigas.

Minúcias registradas

Poucos detalhes escaparam do Tchau, querida. A obra cita, inclusive, o então comandante do Exército, general Villas Bôas, como um conhecedor da rotina de Dilma Rousseff no governo. Os ajudantes de ordens, segundo Cunha, mantinham os comandantes militares informados. Cunha, quando presidente da Câmara, e sua mulher, Cláudia Cruz, foram até convidados a passar um fim de semana com o general e a esposa, Maria Aparecida.

A largada de Danielle/ Danielle Cunha, filha do ex-presidente da Câmara e coautora do livro, será candidata a deputada federal em 2022, mas, ao que tudo indica, não será pelo MDB, ao qual está filiada. “O MDB é da mais absoluta incoerência. É um partido fraco, que vai sempre com a corrente.
Do MDB se espera qualquer coisa”, diz a
pré-candidata, que ainda não definiu que legenda adotará.

Eleição para a OAB Nacional/ Marcadas para novembro, as eleições das 27 seccionais da Ordem dos Advogados no Brasil começam a mobilizar as lideranças políticas da advocacia no país. No Brasil, com a decisão do presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, de ser candidato a um mandato eletivo pelo Rio de Janeiro em 2022, as articulações estão em torno de dois integrantes de sua diretoria: o vice-presidente nacional da OAB, o baiano Luiz Viana; e o secretário-geral, o amazonense Beto Simonetti.

Na área/ Na corrida em busca de apoio, Simonetti se movimenta. Já procurou
três nomes para compor a chapa representando a Região Centro-Oeste: a brasiliense e conselheira da OAB Nacional, Daniela Teixeira; o presidente da OAG-GO, Lúcio Flávio; e o presidente da seccional da OAB de Mato Grosso, Leonardo Campos.

Em Brasília…/ No Distrito Federal, o atual presidente da secional, Délio Lins e Silva (foto), confidenciou a amigos que será candidato à reeleição, mas pode ter dois concorrentes: os advogados Evandro Parente, filho do ministro aposentado do STF Sepúlveda Pertence; e Everardo Gueiros, ex-secretário de Cidadania do governo Ibaneis, ex-presidente da OAB local.

Volta de Lula enfraquece centro e anima Bolsonaro

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Os principais estrategistas do presidente Jair Bolsonaro comemoram discretamente a anulação das condenações de Lula. Na avaliação dos bolsonaristas, a volta do petista enfraquece uma aliança de centro e, portanto, uma terceira via que possa tirar o país da polarização na qual o chefe do Planalto navegou em 2018 e saiu vitorioso. “Quanto mais o PT colocar a cabeça para fora, melhor para nós” era a frase mais repetida por ministros do governo ontem. A análise é de que é melhor enfrentar o PT, um adversário conhecido e desgastado, do que um que possa angariar simpatias e renovar as esperanças do centro para a direita.

O ensaio geral foi na live desta semana, em que Bolsonaro falou que Lula pode ser candidato e, nas entrelinhas, se colocou como o nome mais seguro para enfrentar o petista num segundo turno. Ele ainda avisou que o próximo presidente escolherá dois ministros do Supremo Tribunal Federal.

Ali, é administrar o prejuízo

Ao avaliar nome por nome da lista de integrantes da CPI da Covid, o governo praticamente jogou a toalha. Não há meios de conseguir maioria. A avaliação é de que o Executivo demorou a pedir que seus aliados fossem escalados para a CPI e, quando acordou, era tarde.

Vão ter de engolir

Em conversas reservadas, os senadores têm dito que, depois de tanto mencionar Renan Calheiros como um possível relator, qualquer outro nome soaria como uma derrota do alagoano. Ou seja, está difícil o governo conseguir emplacar um nome diferente na relatoria.

Bolsonaro fica

O presidente Jair Bolsonaro rechaçou qualquer possibilidade de viajar para não sancionar o Orçamento da União para este ano. Como ele sempre diz: pior do que uma decisão mal tomada, é uma indecisão.

Muita calma nessa hora

Animados com a volta de Lula ao palco principal rumo a 2022, os petistas se dividem sobre o caminho a seguir. Há quem diga que não dá para colocar Lula no papel de candidato desde já, porque pode soar arrogante. Outros consideram que não tem o que pensar. É começar a percorrer o país e, quem quiser que se una ao nome mais bem colocado nas pesquisas para enfrentar Bolsonaro. A decisão será tomada no segundo semestre.

Clube do Bolinha/ As 12 senadoras que compõem a bancada feminina da Casa ficaram fora da CPI da Covid.

Limonada tucana/ Logo depois que o STF chegou à maioria pela anulação das condenações de Lula, o PSDB lançou em suas redes que “o Brasil pode ter a chance de, democraticamente, se livrar do lulismo e do bolsonarismo em 2022, basta votar diferente”. Para bons entendedores, foi mais um sinal de que a campanha já começou.

Fidelidade partidária/ O governo aposta que o senador Marcos Rogério (foto), do DEM-RO, vice-líder do governo, está para o que der e vier ao lado do presidente Jair Bolsonaro na CPI da Covid. O parlamentar, porém, será mais fiel ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Mobiliza aí/ Antes da tradicional live das quintas-feiras, circulou pelas redes sociais bolsonaristas uma convocação para que cada aliado levasse, pelo menos, mais 50 pessoas para assistir à fala presidencial transmitida em várias plataformas. Pelo menos nos primeiros 15 minutos, mais de 300 mil acompanharam o discurso de Bolsonaro.

Sanção do Orçamento 2021 deve ser prioridade para Bolsonaro

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Na cesta de problemas que o governo tem para administrar ao longo deste semestre, nenhum é mais urgente do que a sanção do Orçamento, prevista para a próxima semana. Nem mesmo a CPI. E nesse sentido, o mais novo lance relacionado ao Orçamento é um parecer técnico da Câmara que dá ao presidente da Casa, Arthur Lira, condições de manter sua posição, de defender que seja sancionado do jeito que está e, se for o caso, corrigir ao longo do ano, com projetos de lei enviados ao Parlamento. Os pareceres do Executivo, porém, recomendam vetos e colocam o chefe do Planalto na hora da verdade: ou atende à sua equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, ou agrada à área política.

Em tempo: se a sanção fosse obra do presidente da Câmara, ele não hesitaria um segundo em seguir a orientação técnica da Casa. Já o presidente da República não pode desconsiderar o que diz a sua própria equipe. O tempo está se esgotando, e esse tema é o que mais terá reflexos, seja político, seja econômico, para o futuro do governo. Ao contrário da CPI, em que haverá o confronto de narrativas, as contas públicas chegaram ao ponto em que não há mágica.

O amigo do inimigo

A opção do presidente Jair Bolsonaro por Arthur Lira (PP-AL), um dos principais adversários políticos do senador Renan Calheiros e do governador Renan Filho em Alagoas, levou diversos governistas a vetar o nome de Renan para relatar a CPI da Covid. O alagoano está, hoje, na oposição, fez campanha para Fernando Haddad, em 2018, e já declarou a intenção de apoiar Lula em 2022.

O inimigo do inimigo

Se Bolsonaro fizer qualquer gesto de aproximação com Renan, a fim de tentar obter uma postura mais afável do senador, terá problemas com Lira, o homem que tem a chave da gaveta em que os pedidos de impeachment se acumulam.

Se correr, o bicho pega…

A intenção, de uma maioria de líderes, de deixar que a própria CPI defina seu funcionamento ensaia ser o pior dos mundos para o governo. É que os independentes, somados aos oposicionistas, prometem fazer o presidente e o relator. Nesse caso, o governo não ficará com nenhum dos postos importantes da CPI.

… e se ficar, o bicho come

O governo vai tentar deixar a CPI para o futuro, por causa da pandemia, mas essa espera é uma faca de dois gumes. Afinal, quanto mais demorar, mais perto do calendário eleitoral estará o cronograma da comissão parlamentar de inquérito. É mais desgastante para o governo federal e, também, para alguns governadores.

Ouviu, Moro?/ A frase da ministra Cármen Lúcia (foto), do Supremo Tribunal Federal, de que “plenário
não é órgão revisor de turma”, é um recado direto ao ex-juiz Sergio Moro. Ela considera que não há espaço para
o pleno do STF rever a suspeição
do ex-ministro.

Por falar em STF…/ As apostas do PT são de que Lula estará livre para fazer campanha no ano que vem. Aliás, tanto bolsonaristas quanto petistas sonham com essa polarização e já preparam material a respeito.

Campanha 2022 no ar/ Voltou a circular em grupos de WhatsApp uma imagem de Lula em 2018, num ato político em que um casal gay se beija na frente do palco. Sob essa imagem, uma do presidente Jair Bolsonaro em formatura do colégio militar e a inscrição “a escolha é sua”.

Um país de luto/ Einhart Jacombe, publicitário da primeira campanha de Ciro Gomes à Presidência da República e que trabalhou nas campanhas de Fernando Henrique Cardoso, é mais uma vítima da covid-19, assim como o deputado José Carlos Schiavinato (PP-PR). Nesse cenário de mais de 360 mil mortes, só mesmo as vacinas para renovarem as esperanças de dias melhores. A antecipação de dois milhões de doses da Pfizer, anunciadas pelo governo, é um alento.

Partidos brigam pela relatoria e presidência da CPI da Covid-19

Publicado em coluna Brasília-DF
Diante da decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de juntar os pedidos de CPI para investigar o uso de recursos federais no combate à covid-19, a posição do relator do colegiado ganha ainda mais importância. O MDB, que estava quieto, já se apresentou para a relatoria, com o senador Renan Calheiros. Mas, para a presidência, a ideia é buscar um nome mais alinhado ao governo.
O prazo de 10 dias concedido por Pacheco para a escolha de integrantes da CPI será aproveitado para tentar se chegar a esse acordo. O risco, porém, é a maioria independente que fará parte do colegiado rejeitar o nome do governo para presidir a CPI, escolhendo um outro senador. Afinal, como se sabe, tanto o presidente quanto o relator são eleitos.

Plano A

Enquanto tenta emplacar um presidente na CPI, o governo trabalha com a certeza de que a leitura do pedido de comisão não garante o seu funcionamento. Os líderes governistas vão trabalhar para que, enquanto o Senado estiver em sessões remotas, ocorra com esta CPI o mesmo tratamento da comissão das Fake News e da CPI da Chapecoense, ambas suspensas até o retorno das sessões presenciais.

Risco existe

Os senadores estão com medo de que o retorno das sessões presenciais leve àquela situação da retomada dos trabalhos, em fevereiro, quando pelo menos três senadores terminaram contaminados pela covid. Um deles, Major Olímpio, morreu.

Inclua-me fora dessa…

O presidente do Senado já foi aconselhado a consultar especialistas em epidemiologia para se amparar tecnicamente em pareceres sobre os riscos de uma CPI funcionar presencialmente neste período de pandemia.

… e desta

Ao fixar um prazo de 10 dias para que os líderes partidários indiquem os senadores que vão compor a CPI da covid, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, age para evitar ser acusado de correr solto e, depois, ser acusado de protelar ainda mais a instalação.

Enquanto isso, na Câmara…

 Servidores estão apavorados, porque deputados têm permitido o ingresso de convidados — prefeitos, vereadores e outros —mesmo diante da determinação da Mesa Diretora de que não se libere o ingresso de visitantes na Casa. Ontem, circulou no WhatsApp dos servidores uma montagem fotográfica, com cruzes e tumbas ao longo do anexo III da Câmara.
O Biden brasileiro/ Os emedebistas apostam em Michel Temer, mas o ex-deputado Eduardo Jorge (PV) torce por Tasso Jereissati (PSDB-CE). Esta semana, nas redes sociais, Eduardo Jorge lançou o nome do senador tucano e defendeu um vice mais à esquerda para compor a chapa. O tucanato fez cara de paisagem.
Por falar em Joe Biden… / Com a Earth Summit marcada para 22 e 23 deste mês pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro tem a desculpa perfeita para estar fora do país na data final de sanção do Orçamento deste ano. A ordem é aproveitar o evento para mostrar que o Brasil se preocupa com o desmatamento e, assim, tentar ganhar pontos para o ingresso na OCDE, pretensão que, com a saída de Donald Trump do governo, ficou mais distante, na opinião de diplomatas brasileiros.
O favorito I/ O empresariado paulista olha com certo entusiasmo para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para concorrer à Presidência da República. Jovem, não tem arestas na política e pode perfeitamente empolgar o eleitorado.
O favorito II/ Nas hostes bolsonaristas, o ministro de Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), tem sido tão elogiado e requisitado pelo presidente que, em suas redes sociais, já tem quem o apresente como possível candidato a vice numa chapa pela reeleição do presidente da República.
É por aí/ Já escolhido para a CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) avisa: “Em relação aos estados, quem for podre que se quebre”. Ele é adversário do atual governador do Amazonas, Wilson Lima, que será um dos primeiros a ser chamado a responder sobre a situação do estado. Depois do ex-ministro Eduardo Pazuello.