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Capitalização da Previdência terá projeto de lei, mas oposição promete barrar

Publicado em coluna Brasília-DF

Os parlamentares estão chamando de “pulo do gato” o fato de o governo não ter colocado o regime de capitalização na proposta da reforma da Previdência encaminhada ao Congresso. É que a intenção é definir as regras desse regime por lei complementar, o que exige 257 votos favoráveis, enquanto uma emenda constitucional precisa de 308. Os deputados se preparam para devolver o “gato” ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

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A ordem na oposição, que já conta com a simpatia de alguns partidos aliados ao governo, é dizer que a capitalização também precisará ser definida por emenda constitucional, ou seja, quórum de 308 votos. Esse será um dos embates mais acirrados da proposta que o presidente Jair Bolsonaro entregou aos parlamentares.

Onyx fez escola

Primeiro-secretário do Senado, Sérgio Petecão (PSD-AC) foi procurado por servidores do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) atônitos, porque a diretora-geral da Casa, Illana Trombka, teria avisado que o presidente Davi Alcolumbre queria demitir todos dali, repetindo o que Onyx Lorenzoni fez em janeiro ao chegar à Casa Civil. São mais de 500 funcionários.

Assim não dá

Petecão passou a tarde tentando falar com Alcolumbre para tentar reverter a decisão. “A diretora avisou, mas não se pode chegar e demitir todo mundo, porque há tarefas importantes e lá está também o portal da transparência”, diz Petecão. Ele não quer ver no Senado o problema que ocorreu na Casa Civil, onde não havia sequer servidores para despachar os atos ao Diário Oficial da União.

#ficaadica

Já tem gente disposta a dizer que o melhor é o presidente Jair Bolsonaro falar com seus ministros apenas olho no olho, no gabinete e… sem celulares. Áudios de WhatsApp para falar com seus subordinados nem pensar.

Faltou carinho

A deferência do presidente Jair Bolsonaro ao Congresso, ao levar pessoalmente a reforma da Previdência, deixou alguns aliados dele borocoxôs. Ao chegar, Bolsonaro cumprimentou Carla Zambelli e Alexandre Frota, mas passou batido por outros integrantes da bancada do PSL. “Tá vendo?! Ele nem me conhece”, reclamou um.

Crise de identidade

Enquanto o PSL reclama atenção, outros estão completamente perdidos, sem saber como se comportar no relacionamento Planalto-Congresso: “Não sei se sou base, aliado ou independente”, comentava ontem o deputado Efraim Filho (DEM-PB).

Curtidas

O novo Jucá/ É assim que muitos se referem hoje ao líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco. Ele conseguiu a façanha de ser ministro de Dilma Rousseff e, agora, liderar o governo de Jair Bolsonaro.

Por falar em líder…/ O senador pernambucano passou pelo constrangimento de a bancada do governo, que ninguém sabe ainda ao certo quantos senadores tem, não o seguir no pedido de retirada da pauta de um projeto de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS).

… ela levou a melhor/ Desafeta de Bolsonaro desde a discussão que gerou processo contra o então deputado no STF, a deputada gaúcha tinha aprovado na Câmara, dentro do pacote de segurança do ano passado, a criação do Cadastro Nacional de Crianças Desaparecidas. Bezerra Coelho pediu para retirar a medida de pauta e foi seguido apenas por Flávio Bolsonaro e Major Olímpio.

Projetos sem partido/ “Não tinha justificativa plausível, e não se pode penalizar um projeto apenas pela autoria. O presidente pode não gostar de mim, mas não pode me impedir de trabalhar”, disse a deputada Maria do Rosário, que deixou o plenário feliz da vida com a aprovação da sua proposta.