Homem encapuzado com espada e escudo
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Brasil vê cúpula de mudanças climáticas das Nações Unidas como aquecimento para a Cop 25

Publicado em coluna Brasília-DF

Coluna Brasília-DF


É assim que muitos diplomatas brasileiros veem a cúpula de mudanças climáticas das Nações Unidas hoje, com destaque para a França e outros países. Há uma pressão para que o Brasil e outras nações em desenvolvimento ampliem a contribuição que cada país se propôs quando do Acordo de Paris.

Só tem um probleminha: O Brasil não o fará porque está já perto de alcançar as metas previstas para 2030. Dados do Ministério de Minas e Energia indicam que o país já cumpriu, por exemplo, o percentual de 45% de energia renovável (45,3% em 2018, a meta para 2030 é 45%) e está a 0,6% de cumprir a meta de biocombustíveis.

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O Brasil, como outros países em desenvolvimento, vai se preparar para cobrar investimentos das nações mais ricas. E, como os Estados Unidos saíram do Acordo de Paris, essa conta vai sobrar para os europeus.

É aí que, dizem os diplomatas, está o nó entre o governo brasileiro e o francês, por exemplo. O próximo palco, depois do quartel general da ONU esta semana,
será no Chile, sede da Cop 25.

Adeus, noruegueses

Se o Brasil conseguir o fundo de bioeconomia da Amazônia discutido em Washington com grandes empresas e o Banco interamericano de Desenvolvimento, poderá prescindir daqueles que hoje fazem doações para a região. O fundo será detalhado num encontro em Belém, de 8 a 10 de novembro.

Corre, Maia, corre

Os parlamentares vão pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para votar, a toque de caixa, um projeto que permita aos partidos saber exatamente quanto do Fundo Eleitoral e partidário deve ser destinado a campanhas de prefeitos e quanto para vereadores. E, ainda, qual o limite de gastos de cada vereador e prefeito e se há diferenças entre prefeitos de capitais e de pequenas cidades.

Lavou as mãos

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, já avisou que não vai legislar sobre esse tema. É um caso do Congresso e os políticos que se resolvam. Se nada for feito até 4 de outubro, um ano antes da eleição, mais uma vez as cúpulas partidárias agirão de acordo com a cara do freguês.

Onde mora o perigo

O receio é de que os recursos sejam destinados apenas àqueles que hoje dominam os partidos e não a candidatos da chamada renovação política. E que os prefeitos das capitais terminem abocanhando os valores deixando o interior à míngua.

CURTIDAS

Leitura ambiental/ O presidente Jair Bolsonaro desembarca em Nova York a tempo de jantar com o presidente Donald Trump na segunda-feira à noite, mas chegará depois da cúpula de mudanças climáticas da ONU. Os ambientalistas não gostaram. Acham que quem poderia jantar com Trump, teria perfeitamente tempo de chegar para a conferência climática.

Leitura médica/ Os médicos, entretanto, não queriam nem que o presidente fosse abrir a 74ª Assembleia Geral da ONU. Precisa ainda de um certo repouso para evitar novas complicações.

Índios de lá e de cá/ A cúpula da Juventude se mostrou um desfile de futuros líderes mundiais em defesa do meio ambiente. Destaque, nos Estados Unidos, para Makassa, descendente dos Sioux, que fez uma cerimônia espiritual logo na abertura.

Saída pela esquerda…/ O ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, cruzou com manifestantes parados em frente ao hotel onde ficou hospedado assim que chegou. Para não passar por eles de novo, optou por uma porta lateral. No Twitter, não poupou críticas.