Bolsonaro pede para ir a jantar com embaixadores dos países árabes

Publicado em Governo Bolsonaro

No dia em que Benjamin Netanyahu comemora sua apertada vitória em Israel, o presidente Jair Bolsonaro participa de jantar com 51 embaixadores de países árabes e muçulmanos, na sede da Confederação Nacional de Agricultura. A iniciativa do encontro foi uma parceria entre a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente da CNA, João Martins, para manter os laços comerciais com as Nações que compram 40% da proteína animal exportada pelo Brasil. A presença do presidente foi decidida praticamente de última hora. O evento foi inclusive antecipado para 19h30, a pedido do Planalto. A presença de Bolsonaro e do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, tem uma simbologia importante para esses países, uma vez que demonstra a boa vontade do governo para com esses países.

Os embaixadores, entretanto, esperam poder falar no evento. A previsão, entretanto, é a de que só a ministra e o presidente falem no encontro. Porém, os embaixadores, conforme apurou o blog, gostariam de ter algum espaço para poder dar expor sua visão sobre as relações históricas desses países com o Brasil. Desde o anúncio da visita do presidente Jair Bolsonaro a Jerusalém o clima não foi dos melhores. Com o anúncio do escritório comercial na cidade e a foto de Bolsonaro no Muro das Lamentações ao lado de Netanyahu, a Autoridade Palestina __ que também reivindica Jerusalém __ ficou extremamente incomodada. Para completar, ainda houve um constrangimento com o movimento radical islâmico Hamas, por causa do tweet do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), dizendo que queria que o Hamas se explodisse.  A mensagem foi apagada pouco depois pelo próprio senador, porém, o constrangimento estava criado. Agora, entretanto, é esquecer os problemas e tentar reconstruir a boa relação comercial.