A arte de dizer não

Publicado em coluna Brasília-DF

A posição do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, contrário à criação do Ministério da Segurança Pública, é consenso no governo. O presidente Michel Temer, porém, aceitou receber os argumentos dos parlamentares para não passar a ideia de intransigência. Às vésperas de uma temporada em que cada voto no Congresso será precioso para a reforma da Previdência, a ordem no Planalto é não brigar com os parlamentares, ainda que se discorde do que eles pleiteiam junto ao governo. Estrategicamente, autoridades governamentais consideram que seria um erro levar para dentro do governo federal esse barril de pólvora que a Constituição deixou a cargo dos estados. Fica tudo como está e o governo federal entra apenas para dar uma ajuda.

A ordem dos fatores

O presidente Michel Temer avisou ao presidente do PSDB, Aécio Neves, que a nomeação do futuro ministro da Secretaria de Governo só sai depois da escolha do futuro presidente da Câmara. Mas o nome é Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

PP e Barros

Setores do Partido Progressista começaram a balançar o ministro da Saúde, Ricardo Barros. A avaliação do governo, porém, é que primeiro o PP terá de provar que Barros não é um bom gestor, algo de que o presidente Temer, até aqui, discorda.

Plano A

O líder do PTB, Jovair Arantes, planeja sua campanha desde agosto de 2016, baseado na não candidatura de Rodrigo Maia e na união do Centrão. Não conseguiu nem uma coisa nem outra.

Plano B

Desde que o Supremo Tribunal Federal jogou a decisão sobre a candidatura de Rodrigo para fevereiro, resta a Jovair apostar no racha das bancadas dos partidos governistas e na profusão de candidatos, de forma a garantir um segundo turno.

Obras & Propaganda

Com a inflação dentro da meta e os juros em queda, o governo agora prepara um material publicitário para informar a população sobre o andamento das obras do PAC. São 45 projetos escolhidos para conclusão até 2018, além dos 1,6 mil anunciados no ano passado.

Nem tudo está perdido/ A mídia internacional manteve seus escritórios no Brasil depois das Olimpíadas. A avaliação é que o Brasil continua como um player importante, ainda que a economia atravesse um período de recessão.
O quinto elemento/ O deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) — foto — começou a pedir votos para primeiro vice-presidente da Câmara.

Grid de largada/ Além de Ramalho, mais conhecido como “Fabinho liderança”, estão na disputa Lúcio Vieira Lima, Carlos Marun, Elcione Barbalho e José Priante. Com perspectiva de vitória na bancada nessa ordem.

Santo de casa/ Se o PMDB, maior partido, quiser que os demais respeitem a chamada proporcionalidade e decisão de cada bancada, quem perder a eleição interna não pode sair avulso no plenário.