Tropeço do MEC: troca s por z

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Em 1968, o governo militar quis acabar com o analfabetismo de adultos. Criou o Movimento Brasileiro de Alfabetização, mais conhecido por Mobral. A história durou 15 anos. Fracassou. Muitos pensam ressuscitá-la com apoio das novas tecnologias. Dará certo? Antes de lançar o Novo Mobral, o método será testado. As cobaias serão o ministro da Educação e o presidente do Inep. Ambos tropeçam nos primeiros passos da alfabetização. Trocam s por z. O chefão, Abraham Weintraub, escreveu paralisação com z. O chefinho, Alexandre Lopes, visualização com dois zês.

Ambos se esqueceram que as palavras têm pai e mãe. As derivadas conservam a letra da primitiva, que funciona como sobrenome do clã. Casa, por exemplo, se grafa com s. Casinha, casebre, casarão vão atrás. Visão se escreve com s. Os filhotes também: visível, visibilidade, visualização. Paralisia nasceu com s. Paralisar e paralisação idem.

Simples assim.