A Páscoa e a língua: termos vicários

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

A religião fala em morte vicária. A língua, em termo vicário. Ambos têm dois pontos comuns. O primeiro: a substituição. A morte de Cristo substituiu a dos homens. O termo vicário toma o lugar de outro que foi citado. O segundo: o objetivo nobre. Jesus salvou os homens. O termo vicário evita repetição. Termos vicários Generosa, a língua oferece montões de possibilidades para evitar que […]

Dicas para distinguir narração, descrição e dissertação

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

No Enem, você vai escrever uma dissertação. Para ir direto ao ponto, é bom distinguir os tipos textuais. São três — narração, descrição e dissertação. Cada um deles tem um verbo e responde a uma pergunta: Narração Pergunta: o que houve? Verbo: contar Exemplo: narração de Eduardo Galeano Certa manhã, ganhamos de presente um coelhinho das Índias. Chegou em casa numa gaiola. Ao meio-dia, abri […]

Clareza: fileirinhas de dês

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Termos longos ligados por uma fileira de dês constituem pedra no caminho do leitor. De um lado, pecam pela abstração. De outro, pela dificuldade de serem entendidos. Vale tudo para descarrilhar o trenzinho. A melhor estratégia: transformar substantivos e adjetivos em verbos. Veja: O progresso dos estudantes de instituições de ensino do governo é lento. Ruim, não? O período, além da fileirinha de dês, parece […]

Dia dos Namorados: presentear & cia.

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Dia dos Namorados convoca o verbo presentear. Conjugá-lo conforme manda a gramática agrada como tomar café na cama, receber flores, ouvir elogio. Por jogar no time de frear, cear e passear, presentear perde o i no nós e vós dos dois presentes — do indicativo e do subjuntivo. Veja: eu presenteio (freio, passeio, ceio), ele presenteia (freia, passeia, ceia), nós presenteamos (freamos, passeamos, ceamos), vós presenteais (freais, passeais, ceais), eles presenteiam (freiam, […]

Chover: conjugação

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

O presidente Bolsonaro disse que o bate-boca com Rodrigo Maia é chuva de verão. Passa. Pode ser. O que não passa é a chuva em Brasília. Chove sem parar. Daí o verbo chover não sair o noticiário. Chover joga no time de ventar, trovejar, nevar, amanhecer, anoitecer. Por indicarem fenômenos da natureza, eles só se conjugam na 3ª pessoa do singular: Chove sem parar. Ventou […]

Adequar: conjugação

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Há verbos e verbos. Uns adoram a família. São os rizotônicos. A sílaba tônica cai sempre no radical. É o caso de cantar, comer e dividir. Outros ignoram a raiz. São os arrizotônicos. A sílaba tônica cai sempre fora do radical. É o caso de adequar. Ele só se conjuga nas formas em que a fortona cai fora do radical. O xis do problema é […]

Carnaval: derivados

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

O carnaval deitou e rolou nesta terra mestiça. Deu filhotes. Dele nasceu carnavalesco. O sufixo –esco é velho conhecido nosso. Aparece em adjetivos. Mas não qualquer adjetivo. Só nos derivados de substantivos. Quer dizer semelhante, parecido. Carnavalesco é semelhante a carnaval. Dantesco, a Dante. Burlesco, a burla (zombaria). Momesco, a momo. A família cresceu. Veio o neto — o advérbio carnavalescamente. Reparou? Ele é filho […]