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Olho na flexão dos adjetivos compostos. Quando os dois elementos são adjetivos, o primeiro apela pra lei do menor esforço. Acomoda-se. Deixa a dureza com o segundo: olhos castanho-claros, olhos azul-escuros, olhos verde-claros, camisas verde-amarelas, blusas azul-celestes.
“Sem comando, falta rumo ao Executivo, enquanto ministros vão batendo cabeças”, escreveu o Estadão de domingo. Esquisito, não? Parece que ministros têm mais de uma cabeça. O mesmo estranhamento se observa quando o noticiário diz que “10 garotos perderam as vidas no incêndio do alojamento do Flamengo”. Nós só temos uma cabeça. Só temos uma vida. Por isso, o singular pede passagem: Sem comando, falta […]
O plural dos substantivos compostos tem lógica. Para acertar sempre, basta entendê-la. Eis dois exemplos: 1. Ambos os elementos vão para o plural se os dois forem variáveis: cirurgiões-dentistas, tenentes-coronéis, águas-fortes, cabeças-chatas, barrigas-verdes, cartões-postais, altos-relevos, más-línguas, baixos-relevos, redatores-chefes, segundas-feiras, primeiros-ministros, pesos-penas, meios-termos, os surdos-mudos. 2. Se, havendo dois substantivos, o segundo der ideia de finalidade, semelhança ou limitar o primeiro, impera a dose dupla – […]
Um pé de moleque. Dois… Um joão-de-barro. Dois… Adeus, dúvida. Só o primeiro elemento vai para o plural se preposição ligar as palavras: pés de moleque, pernas de pau, joões-de-barro, mulas sem cabeça, câmaras de ar, pães de ló, fogões a gás, estrelas-do-mar. Atenção Quando o segundo elemento estiver no plural, mantém-se o plural dele e flexiona-se o primeiro se for flexionável: mestres de obras. […]
Não varia o substantivo formado por palavras invariáveis ou o que tiver o último elemento já no plural: os leva e traz, os diz que diz, os faz de conta, os bota-fora, os topa-tudo, os ganha-perde, os pisa-mansinho, os saca-rolhas, os salva-vidas.
Em português, qualquer classe de palavra pode se bandear para o time dos substantivos. Basta antecedê-la de artigo, pronome ou numeral. Vestir serve de exemplo. Assim, solto, o dissílabo é verbo (eu visto, ele veste, nós vestimos, eles vestem). Mas, nestas frases, ele entra na equipe dos nomes: O vestir da Maria é pra lá de charmoso. Esse vestir me agrada muito. A estilista apresentou […]
A abreviatura pertence à família dos impacientes. É apressadinha. A língua colabora. Impõe regras para usá-las como manda o figurino. São três exigências. Uma: o ponto final. Outra: o s do plural. A última: o acento da grandona original: caps., cias., sécs., págs.
Núpcias pertence ao time plural. Exige artigos e adjetivos no mesmo número (as núpcias, núpcias badaladas). Outros membros da equipe: os óculos, as férias, os pêsames, os parabéns, as fezes, as calendas, os pêsames. Etc. e tal.
As aulas recomeçam. O Legislativo retoma as atividades. O Judiciário vai atrás. Todos se despedem da folga. É o fim das férias. Vale lembrar: férias joga no time de óculos. A dupla só existe no plural – meus óculos, os óculos, óculos escuros, óculos coloridos, as férias, férias natalinas, minhas férias, felizes férias. Nas férias, perdi os óculos. Alguém os achou? Não? Então preciso de […]
“Vale divulga os nomes de 37 mortos na tragédia de Brumadinho.” Certo? Nãoooooooooo! Cada morto só tem um nome. O singular pede passagem. Abram-lhe alas: Vale divulga o nome de 37 mortos na tragédia de Brumadinho.