Operação Toque de Midas

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Eike Batista caiu na malha da Polícia Federal. Suspeito de fraudes na concessão da Estrada de Ferro do Amapá, o homem mais rico do Brasil teve o escritório e a casa vasculhados por técnicos durante seis horas. Ufa!
 
A ação recebeu o nome de Operação Toque de Midas. O batismo não é casual. Tem tudo a ver com o talento do ex-marido da Luma de Oliveira de ganhar dinheiro. Os empreendimentos levados avante por ele viram ouro — resultado igualzinho ao do rei Midas. Lembra-se da história? 
 
Midas era um rei muito poderoso. Um dia, encontrou Sileno no jardim do palácio. O intruso não conseguia chegar em casa porque bebeu tanto vinho que ficou de porre. Midas sentiu muita pena daquela criatura tão degradada.
 
 Acordou-o e levou-o ao palácio. No caminho, conversaram muito. Midas descobriu que Sileno era um deus mágico. Parecia Aladim, o da lâmpada maravilhosa. Podia fazer todos os desejos.
 
Agradecido pela ajuda e solidariedade, Sileno disse a Midas:
 
— Faça um pedido. Ele será atendido.
 
Ambicioso, Midas pediu:
 
— Quero transformar em ouro tudo o que eu tocar.
 
Dito e feito. Quando chegou em casa, Midas tocou o sofá. O móvel virou ouro. Encostou a mão na cadeira. Virou ouro. Passou as mãos pelas paredes, louças, roupas. Tudo virou ouro.
 
Feliz, o rei sentou-se à mesa para jantar. Pegou um pedaço de pão. O alimento virou ouro. Pegou uma taça de vinho. A bebida virou ouro. Morto de fome e sede, o monarca suplicou a Zeus que lhe tirasse o poder. Foi atendido. Mas a expressão toque de Midas ficou. Significa saber criar riqueza. É o caso de Eike Batista.