O depoimento de Daniel Dantas

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“Meu aluno mais brilhante? Daniel Dantas. O segundo? Daniel Dantas. O terceiro? Daniel Dantas. O quarto, quinto, sexto, décimo? Daniel Dantas.” Assim Mário Henrique Simonsen se referia ao discípulo. Sorte que o mestre morreu antes do depoimento de hoje. Diante de delegados, advogados e procuradores, o baqueiro se manteve calado.Provou que desconhece a conjugação do verbo depor.
 
Vale jogar luz na escuridão. Depor é filhote de pôr. Ambos têm dois pontos em comum. Um: flexionam-se do mesmo jeitinho. O outro: têm alergia ao z. Sempre que a lanterninha do alfabeto soa, o s pede passagem: eu pus (depus), ele pôs (depôs), nós pusemos (depusemos), eles puseram (depuseram); quando eu puser (depuser), ele puser (depuser), nós pusermos (depusermos), eles puserem (depuserem); se eu pusesse (depusesse), ele pusesse (depusesse), nós puséssemos (depuséssemos), eles pusessem (depusessem).
 
É isso.