Diquinhas de folclore 3

Publicado em Diquinhas, Grafia

Boto cor-de-rosa, o sedutor.

Ele vive no Rio Amazonas. É alegre, brincalhão e protetor. Quando vê alguém em perigo de afogamento, corre pra salvar a pessoa. Todos o amam. Todos o querem.

Mas ele tem um segredo. Nas noites de festa, se veste de branco e se transforma em um moço muiiiiiiiiiiiiiito lindo e charmoso. Dança com as moças no baile, nada com elas no rio, ajuda as navegantes de pequenas canoas.

As jovens, enfeitiçadas, marcam encontro com o belo rapaz nas areias da praia. Lá, ele aparece e as leva ao palácio encantado, que fica no fundo das águas. Algumas não voltam. Outras engravidam. Quando perguntam quem é o pai, muitas respondem:

— É o boto.

 

Leva a fama

Quem tem fama dorme na cama? É isso mesmo. No Amazonas, quando uma jovem espera um filho e não diz quem é o pai, o rosadinho fica com a responsabilidade. A notícia se espalha:

— Foi o boto, sinhá.

 

Cor singular

Na nossa língua, muitas cores se escrevem com cor: cor de laranja, cor de mel, cor de caramelo, cor de gelo, cor de areia. Mas só uma se ganha hífen. É cor-de-rosa. Por quê? Dizem que é coisa do boto.

 

Inseparáveis

As duplinhas ai e ei são ditongos. Não afastam as letras nem com a sedução do boto cor-de-rosa. Por isso, na separação de sílabas, as duas ficam juntinhas:

praia – prai-a

areia – a-rei-a

 

Agora você. Separe as sílabas:

meia – …………………………………..

sereia – …………………………………

ideia — …………………………………..

 

Resposta

mei-a, se-rei-a, i-dei-a