Proteste alerta Conar sobre marcas que usam selos ambientais

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A procura por produtos ecologicamente corretos tem crescido entre os consumidores. Porém, na avaliação da Proteste Associação de Consumidores, há marcas que enganam os consumidores em relação às práticas ambientais da empresa. Por isso, a entidade pediu ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) que peça as companhias para alterarem as informações incorretas nas embalagens dos produtos.

De acordo com a Proteste, as marcas de palito de fósforo, por exemplo, informam ter 100% de madeira reflorestada, entretanto, não apresentam selo de certificadora ambiental. Outras marcas vendem como diferencial a ausência de enxofre em sua composição, sendo que a concorrência também não usa.

Outro problema apontado pela Proteste é o de esponjas de aço que usam o termo 100% ecológico. Embora o produto seja degradável, há outros impactos ambientais gerados durante a produção .

Na rotulagem de guardanapos, a entidade de defesa dos consumidores chama a atenção para um símbolo verde com uma folha informando: “100% fibras naturais”. As “fibras naturais”, segundo a Proteste, se referem às fibras celulósicas, que apesar de naturais, não representam benefício ao meio ambiente. Afinal, a produção de papel pode causar desmatamento, gasto de água e energia, além de poder emitir gases poluentes.

Os detergentes informam conter tensoativo biodegradável, como se fosse um diferencial do ponto de vista ambiental. Ao comparar o produto com equivalentes de outras marcas foi observado que ambas também têm tensoativo biodegradável em sua composição.

Em relação aos sacos de lixo, a publicidade informa que eles são feitos de material reciclado, entretanto, não indicam a porcentagem de material reciclado na composição, conforme exige a norma ISO 14021:1999.

Algumas embalagens dos papéis higiênicos informam a utilização de celulose de reflorestamento sem apresentar nenhum selo de certificadora reconhecida.

Diante do pedido, o Conar instaurou processo ético em seis dos casos envolvendo a Fiat Lux, que informa usar madeira 100% reflorestada; o lava-louças Ypê, cuja rotulagem diz conter substância biodegradável; o Bombril Eco, que informa que produto é 100% ecológico; o saco de lixo Embalixo, que alega ser de material reciclado; guardanapos de papel Carrefour, que informa ser 100% de fibras naturais; além do fósforo Paraná, que se diz ecológico. Ainda não foi marcada a data de julgamento dos casos.