Procon-DF autua 51 lojas de chocolate na Operação de Páscoa

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O Procon do Distrito Federal autuou 62,1% das lojas fiscalizadas durante a Operação de Páscoa. Das 82 revendedoras de chocolates visitadas pelos agentes de fiscalização do órgão, 51 delas apresentaram irregularidades. As empresas autuadas têm 10 dias para apresentar defesa. Após o trâmite administrativo, elas podem ser multadas pelas infrações.

Os principais problemas encontrados pelos fiscais foram: ausência de preço nos produtos, indicação de valores aproximados dos tributos incidentes sobre a venda da mercadoria na nota fiscal e leitores ópticos sem sinalização por cartazes suspensos.

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É importante ressaltar que o órgão não fez medição da gramatura dos ovos de Páscoa por falta de equipamentos técnicos. Essa foi a questão mais polêmica da Páscoa de 2016 porque os fabricantes diminuíram o tamanho dos ovos e subiram os preços. O Procon de Porto Alegre abriu processos de apuração de responsabilidades contra os fabricantes de ovos de Páscoa Nestlé, Garoto e Lacta por causa da redução do peso das unidades entre 10 e 15% em relação aos produtos comercializados na Páscoa do ano passado. Em 2016, as três marcas reduziram o peso dos ovos de chocolates para venda, sem comunicar aos consumidores na embalagem dos produtos.

Operação Páscoa

A Operação Páscoa do Procon-DF ocorreu entre 17 e 24 de março. As equipes do Procon passaram por estabelecimentos da Asa Norte, Asa Sul, Taguatinga, Lago Norte e Sul, Águas Claras, Sobradinho, Planaltina, Guará, Sudoeste, Cruzeiro e Paranoá.

Dívida com imposto vai dificultar venda de imóveis no Distrito Federal

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Imóveis com dívidas tributárias não poderão ser comercializados no Distrito Federal. A Secretaria de Fazenda local publicou ontem instrução normativa que obriga os cartórios a emitirem a certidão negativa somente se não houver pendência tributária. Caso existam débitos em aberto ou parcelamentos em curso, a lavratura de escritura pública ou qualquer ato relacionado à transmissão de propriedade e de direitos serão negados pelo cartório de registro até que a pendência seja quitada.

A nova norma impede o uso da certidão positiva com efeito de negativa – o documento era usado para os casos em que o contribuinte reconheceu e negociou o débito em aberto.

A pasta ainda não tem um estudo sobre o impacto da mudança na arrecadação. Entretanto, o governo espera redução da dívida ativa dos imóveis, calculada em R$ 950 millhões para o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e R$ 136 milhões de Taxa de Limpeza Urbana (TLP).

A certidão negativa é emitida, gratuitamente, no portal da Secretaria de Fazenda.

 

 

Lojas de rua e shopping centers fecham na sexta-feira da Paixão

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O comércio de rua e as lojas de shopping centers não abrirão no próximo dia 25, feriado da sexta-feira da Paixão. Na quinta-feira (24/3) e no sábado de Aleluia, os estabelecimentos funcionam normalmente. No domingo, os shoppings abrem em horário normal.

O acordo faz parte da Convenção Coletiva de Trabalho assinada entre o Sindicato do Comércio Varejista do DF e o Sindicato dos Empregados no Comércio.

 

Páscoa da crise tem ovos menores, mais caros e consumidores desanimados

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Por Flávia Maia e Marianna Nascimento, especial para o Correio

A Páscoa de 2016 será marcada por ovos de chocolate mais caros, menores e consumidores comprando menos. Segundo estimativas do Sindicato Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), os produtos chegaram nas prateleiras com mais de 10% de acréscimo e gramaturas menores. Por exemplo, no ano passado, um ovo pequeno que continha 300g, este ano, o peso passou para 250g e com valor maior por grama de chocolate. A indústria alega diminuição de custo, redução de margens e aumento nas vendas para produção de unidades menores. No DF, os preços podem variar de R$ 9 a R$ 462.

Em um cenário de incertezas, indústria, varejo e consumidores estão receosos. Os lojistas do DF estão mais conservadores com as vendas e esperam incremento de 2,5%, índice menor que o ano passado, quando o comércio registrou alta de 4% no período. Outra prova da desânimo do setor com a data é o estoque. Pesquisa da Federação do Comércio do DF mostrou que apenas 17,9% dos lojistas vão ampliar o estoque e 53,2% optaram por manter o mesmo nível do ano passado. “O que preocupa é que, a seis dias da Páscoa, as lojas ainda estão cheias de mercadorias. A gente acredita em um intenso movimento no sábado, véspera da Páscoa”, afirma Edson de Castro, presidente do Sindivarejista-DF.

Na opinião de Castro, a Páscoa em março prejudicou as vendas. “As pessoas ainda estão pagando as contas do Natal, do material escolar e os impostos. Elas estão endividadas, não tem dinheiro para o ovo”, explica. O empresário Júlio César Araújo, dono de uma rede de chocolaterias, conta com crescimento de 7% – acima do previsto pelo segmento. Para bater a meta, está investindo em preço, diversificação de mercadorias e propaganda. “A única situação atípica que esperamos é a superlotação das lojas nos dias mais próximos à Pascoa por conta da data que, este ano, será em março, mais cedo que o normal”.

 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF.
Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília – DF.

O consumidor vem optando por mercadorias mais baratas. Até o ano passado, a moradora do Sudoeste Vera Lúcia Moreira, 72 anos, não abria mão de comprar ovos das marcas mais caras do mercado para os quatro filhos e oito netos. Com o aumento de preço, ela se viu obrigada a repensar o jeito de presentear a família e, em vez dos tradicionais ovos, comprou barras de chocolate. “Achei tudo muito caro. Este ano, só meus filhos vão ganhar ovos e, ainda assim, vão ser de marcas mais baratas”.

Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF.
Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília – DF.

A estudante Júlia Azevedo, 15 anos, trabalha e, com o próprio dinheiro, compra chocolate para os pais e amigos. Páscoa é, para ela, época de ter despesas maiores com as guloseimas, mas, este ano, nem todo mundo será contemplado. “Os preços estão bem maiores. Vou reduzir o número de pessoas presenteadas, porque o custo será alto”, estima Júlia.

A moradora de Luziânia Andréia Santos, 36 anos, veio à capital em busca da sobremesa para os dois filhos, mas está resistente. “Não vou comprar agora, mas esperar para ver se os preços abaixam”, diz. Já o empresário Ricardo Oliveira, 43 anos, tomou uma decisão mais radical. “Até ano passado, era tradição comprar ovos para todo mundo e gastar até R$ 250 só com isso, mas este ano não vai ter ovo de páscoa para ninguém.”

Fiscalização

Para proteger o consumidor, o Procon-DF está fiscalizando, desde o último dia 16, lojas que vendem ovos de Páscoa. Até ontem, o órgão inspecionou 46 estabelecimentos. “A principal irregularidade é a ausência de preços, ou tabelas longe dos produtos”, explica Maurício Bomfim, diretor de fiscalização do órgão. Ele informou que o órgão não tem equipamentos para medir a gramatura do chocolate, por isso, não estão avaliando esse tipo de informação.

Telefonia, varejo e bancos: os reincidentes

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Os serviços de telefonia, o varejo e os bancos continuam liderando o ranking dos setores mais reclamados por clientes do Distrito Federal. Os dados com as reclamações fundamentadas de 2015 foram divulgados na semana passada pelo Procon do DF e trazem o alerta de que esses segmentos – apesar do aumento de multas aplicadas e de regulações mais exigentes – continuam com dificuldades para respeitar a legislação consumerista. Boa parte das empresas que aparece no topo das reclamações são reincidentes e enfrentam problemas que poderiam ser resolvidos diretamente com o consumidor sem o intermédio do órgão. Cobranças indevidas, qualidade do serviço oferecido e o pós-venda são os principais motivos dos conflitos de consumo na capital do país.

Se por um lado, as empresas que lideram o ranking usam a quantidade de clientes para justificar a posição entre as mais reclamadas, de outro, as entidades de proteção defendem que o Código de Defesa do Consumidor existe há 25 anos, o que seria tempo suficiente para as companhias se adequarem à legislação e melhorarem os seus processos. Para Geraldo Tardin, diretor do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), o histórico de reclamações fundamentadas do Procon, aponta que, há pelo menos dez anos, os problemas são os mesmos. “O fornecedor ainda não entendeu que o maior instrumento de marca é o consumidor. O que existe é uma cultura de desrespeito ao Código do Consumidor”, ataca.

O Procon-DF atribui a reincidência das companhias à dificuldade de diálogo entre elas e os clientes. Para o órgão, as empresas não investem em serviço de atendimento na mesma proporção do crescimento de público. Tanto que, por exemplo, no caso das operadoras de telefonia, o índice de resolução de problemas é superior a 80%. Dessa forma, se o consumidor conseguisse resolver suas questões com a própria empresa, não precisaria do intermédio do Procon.

Entre as 15 empresas com mais queixas, oito delas estão relacionadas a serviços e produtos de telecomunicações – os atendimentos vão desde o aparelho adquirido pelo consumidor até a qualidade da conexão fornecida. A Oi aparece nas duas primeiras posições do ranking, seguida pela SKY, Claro e GVT. A Tim e a Net também aparecem na lista.

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste Associação de Consumidores, explica que a área da telefonia sempre esteve entre as campeãs de reclamação. “Existem muitas regras que não são implementadas. A fiscalização em relação a isso é fraca e como consequência, não existe punição”. A coordenadora comenta que o setor torna-se complicado por causa das mudanças constantes nas normas regulatórias, o que gera insegurança jurídica e dificuldade para o cliente manter-se informado sobre os seus reais direitos. Dolci alerta ainda para a excessiva judicialização dos conflitos. “A nossa lei permite que as empresas recorram, o que faz com que dificilmente elas tenham algum prejuízo.”, completa.

Crédito: Amanda Ferreira/ CB/ DA Press
Crédito: Amanda Ferreira/ CB/ DA Press

A consumidora Márcia Godinho, 59 anos, teve problemas com a cobrança indevida de um serviço não contratado de internet e precisou recorrer ao Procon para solucionar a questão. “Em junho do ano passado ligaram para minha mãe, de 88 anos, oferecendo banda larga gratuita. Após muita insistência, ela aceitou. Logo depois, recebeu um modem de internet e começaram a chegar as faturas da operadora”. De acordo com Márcia, os valores das cobranças cresceram gradativamente: começaram com R$59,75 e atualmente estão no valor de R$332. Ela procurou uma loja da operadora e foi informada que o problema só poderia ser resolvido pelo telefone.

A consumidora conta que, na tentativa de resolver o problema, ela seguiu as orientações do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) da empresa e quitou a suposta dívida em aberto. Em contato posterior, a empresa alegou que não poderia fazer o cancelamento, uma vez que cliente havia efetuado o pagamento do mesmo. O primeiro contato de Márcia com o Procon foi em outubro do ano passado e, quatro meses depois, a pendência ainda não foi resolvida e os boletos continuam sendo enviados. “Eu quero que eles parem de cobrar. Me sinto lesada. Recebo várias ligações todos os dias por um serviço que não contratei. Não quero a abertura de um processo judicial”, lamenta.

Débora Alencar, 30 anos, também precisou do apoio do Procon para resolver pendências com operadoras de telefonia. Segundo ela, a linha está bloqueada e a empresa limita-se a responder que o problema está no cadastro, porém, não oferece solução. “Mesmo após várias tentativas, não consigo o cancelamento do plano. Fui obrigada a comprar outro chip, já que estava sem celular”, reclama. A cliente diz se sentir lesada, pois não foi avisada de nenhum tipo de movimentação em sua conta. Como não consegue cancelar o serviço, está fazendo os pagamentos sem receber os benefícios.

Crédito: Amanda Ferreira/CB/DA Press
Crédito: Amanda Ferreira/CB/DA Press

Varejo e bancos

Os conflitos de consumo entre os setores e os consumidores apresentam as suas peculiaridades. Os serviços bancários e o varejo também permanecem na lista das mais reclamadas. Entre as reincidentes estão o banco BMG, a Via Varejo (responsável pelas Casas Bahia e PontoFrio) e a Ricardo Eletro. No varejo, os principais problemas são no pós-venda, como troca de produtos defeituosos. “Existe falta de responsabilidade por parte das lojas de varejo no pós-venda. Depois de vendido, elas querem que o produto defeituoso fique a cargo da assistência técnica, mas ela é solidária nessa relação”, explica Maria Inês Dolci, da Proteste.

Nos bancos, o cartão de crédito e as cobranças indevidas lideram os conflitos de consumo. A complexidade das transações e a falta de clareza sobre o serviço contratado são os motivos apontados por especialistas para o crescente conflito. “As regras confundem o consumidor. Além disso, o crédito fácil endivida as pessoas com juros altíssimos”.

Mais resolutividade

Em 2015, 5.832 reclamações foram consideradas fundamentadas, isto é, não solucionadas no primeiro atendimento e o Procon precisou intermediar o conflito. A quantidade é 14,5% maior do que em 2014. Embora tenha crescido a quantidade de reclamações, pela primeira vez, desde a criação do Procon-DF, a quantidade de conflitos solucionados foi superior a de casos não resolvidos. Em 2015, 52% das queixas foram solucionadas e 48%, não. Em 2014, das 5.090 reclamações, 42% foram resolvidas e 58% não.

Reclamação fundamentada

O Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), ligado ao Ministério da Justiça, diferencia atendimento e reclamação. Para o órgão, quando o consumidor o procura com uma queixa é computado no sistema como atendimento. Se a empresa não resolver o problema no prazo máximo de 10 dias e o Procon tiver que enviar um Termo de Notificação ao Fornecedor, a queixa do consumidor é oficializada como reclamação fundamentada. É essa reclamação que é encaminhada para os registros do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), do Ministério da Justiça.

Interventor da Cascol terá que manter preços diferentes dos combustíveis

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A Cascol tem um interventor escolhido: Wladimir Eustáquio Costa. O executivo assume a empresa a partir do dia 12 de abril e deve permanecer no cargo por, no mínimo, seis meses. O anúncio foi feito na manhã de ontem pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A escolha ocorre 25 dias depois da Cascol entregar a lista com nomes de possíveis administradores. O grupo empresarial, que tem 30% de participação no mercado local, é acusado de liderar um cartel no setor de postos de combustíveis no Distrito Federal.

Até o próximo dia 28 de março, o administrador provisório e a Cascol devem apresentar ao Cade a minuta do contrato firmado entre eles, considerando-se os deveres impostos pelo órgão. Costa será o elo entre a empresa e o Cade, prestando esclarecimentos e dando informações. Entre as obrigações previstas está a de o interventor manter preços diferentes dos combustíveis – gasolina, etanol e diesel – de forma adequada e em acordo com os respectivos custos. “Abstendo-se de, por exemplo, manter os preços do etanol artificialmente elevados a fim de evitar concorrência com a gasolina”, descreve a nota técnica do Cade. Em caso de descumprimento das medidas impostas pelo Cade, a multa imposta é de R$ 8 milhões cumulada com uma pena diária de R$ 300 mil.

O prazo de quase um mês entre o anúncio do nome escolhido e começo da intervenção foi dado pelo Cade com o objetivo de permitir que o administrador provisório se desligue de suas atividades atuais, garantindo, dessa forma, sua dedicação integral às atribuições.

O interventor da Cascol vai gerir toda a rede de postos a pedido da própria Cascol. A proposta anterior apresentada pelo Cade previa a intervenção em dois terços da empresa. O administrador terá o salário pago pela Cascol e pleno acesso a todas as informações de compra e vendas de produtos, presentes e passadas, como preços, volume e quantidades. Ele também poderá contratar, demitir e estabelecer remuneração dos funcionários.

Costa é conhecido no ramo de combustíveis. Sua carreira profissional foi construída na área de distribuição da Chevron Texaco, onde foi diretor-regional em Curitiba (PR), Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). No currículo ele ainda tem passagem como diretor nacional de marketing da empresa.

Em nota, a Cascol informou que ainda não foi comunicada oficialmente pelo cade e que, por isso, ainda não vai se manifestar sobre a escolha.

A intervenção no grupo Cascol é um desdobramento da da Operação Dubai, deflagrada no dia 24 de novembro do ano passado. Na ocasião, sete pessoas foram presas suspeitas de participação em um cartel de combustíveis. Entre os detidos estavam o presidente do Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis, José Carlos Ulhôa, e o empresário Antônio Matias, da rede Cascol. De acordo com os investigadores, havia uma combinação de preços entre distribuidores e revendedores. O sobrepreço teria proporcionado lucro de cerca de R$ 1 bilhão aos envolvidos no esquema este ano.

Telefonia aparece no topo das reclamações do Procon do Distrito Federal

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As operadoras de telefonia permanecem no topo das reclamações de consumidores no Procon do Distrito Federal. Bancos e o varejo também aparecem em destaque. A maioria das empresas é reincidente na participação entre as mais reclamadas. Os resultados de 2015 foram divulgados nesta quarta-feira (16) pelo órgão.

Entre as 15 empresas com mais queixas, oito delas estão relacionadas a serviços e produtos de telecomunicações – os atendimentos vão desde o aparelho adquirido pelo consumidor até a qualidade da conexão fornecida. A Oi aparece nas duas primeiras posições do ranking, seguida pela SKY, Claro e GVT. A Tim e a Net também aparecem na lista.

Os serviços bancários e o varejo também permanecem na lista das mais reclamadas. Entre as reincidentes estão o banco BMG, a Via Varejo (responsável pelas Casas Bahia e PontoFrio) e a Ricardo Eletro. No varejo, os principais problemas são no pós-venda, como troca de produtos defeituosos. Nos bancos, o cartão de crédito e as cobranças indevidas lideram os conflitos de consumo.

Além do fato das mais reclamadas terem mais clientes, o Procon-DF atribui a reincidência das companhias à dificuldade delas de diálogo com os clientes. Para o órgão, as empresas não investem em serviço de atendimento na mesma proporção do crescimento de público. Tanto que, por exemplo, no caso das operadoras de telefonia, o índice de resolução de problemas é superior a 80%. Dessa forma, se o consumidor conseguisse resolver suas questões com a própria empresa, não precisaria do intermédio do Procon.

Mais resolutividade

Em 2015, 5.832 reclamações foram consideradas fundamentadas, isto é, não solucionadas no primeiro atendimento e o Procon precisou intermediar o conflito. A quantidade é 14,5% maior do que em 2014.

Embora tenha crescido a quantidade de reclamações, pela primeira vez, desde a criação do Procon-DF, a quantidade de conflitos solucionados foi superior a de casos não resolvidos. Em 2015, 52% das queixas foram solucionadas e 48%, não. Em 2014, das 5.090 reclamações, 42% foram resolvidas e 58% não.

Reclamações fundamentadas

2015: 5.832
2014: 5.090
2013: 4122

Campeãs de reclamação

1º Oi Móvel
2ºOi S.A
3º SKY
4º Claro
5º GVT
6º Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio)
7º Ricardo Eletro
8º Caixa
9º Tim Celular
10º Banco Itaú Card
11º Net Brasília
12º Banco Santander
13º Novo Mundo Móveis
14º Samsung
15º Banco BMG

Governo cobra até 54,7% em impostos de produtos consumidos na Páscoa

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O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) fez uma lista com a porcentagem de impostos pagos em produtos consumidos durante a Semana Santa e Páscoa. A maior carga de tributos incide sobre o vinho (54,73%), em seguida, o bacalhau importado (43,78%). Nem mesmo os ovos de Páscoa escapam da tributação acima dos 30%, sendo que, este valor ainda não está repassado o reajuste do chocolate, que começa a valer a partir de 1º de maio de 2016.

O IBPT aconselha o consumidor a pesquisar atentamente para quem quiser economizar. Na análise do Instituto, as famílias brasileiras poderiam consumir mais e melhor na Páscoa se não tivessem altos tributos encarecendo o preço dos produtos.

Crédito: Edy Amaro/Esp.CB/D.A Press.
  Crédito: Edy Amaro/Esp.CB/D.A Press.
Crédito: Objetiva/Divulgação.
Crédito: Objetiva/Divulgação.

Segue a lista:

Almoço em restaurante
32,31%

Bacalhau importado
43,78%

Bombons
37,61%

Cartão de Páscoa
37,48%

Chocolate
38,60%

Coelho de Pelúcia
29,92%

Colomba pascoal Chocolate
38,68%

Hospedagem em hotel
29,56%

Ovo de Páscoa
38,53%

Passagem aérea
22,32%

Peixes
34,48%

Refrigerante (lata)
46,47%

Refrigerante garrafa
44,55%

Vinho
54,73%

92% dos brasileiros conhecem o Código de Defesa do Consumidor 

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Crédito: Daniella Sasaki/especial para o CB.
Crédito: Daniella Sasaki/especial para o CB.

Os brasileiros se apropriaram do Código de Defesa do Consumidor. Nos 25 anos de vigência, 92% da população afirma conhecer a legislação e 35% dizem que já fizeram uso de seu conteúdo. Os números fazem parte de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (15/3) pelo Instituto Data Popular e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em homenagem ao Dia Mundial do Consumidor.

Em relação ao nível de informação sobre o direito do consumidor – não só a legislação em si – 96% dizem conhecer os seus direitos e 4% não sabem de nada. Em pesquisa semelhante publicada pelo Idec em novembro de 2012 o percentual de pessoas que conheciam seus direitos era um pouco menor: 92%.

O estudo reforça ainda que os setores  mais problemáticos são velhos conhecidos: telecomunicações disparada à frente (97%), seguida de saúde pública (91%), transporte público (89%), bancos (87%) e os serviços de água, luz, educação pública e planos de saúde (85%).

O levantamento também procurou mapear como os consumidores reclamam, e a constatação é que o brasileiro recorre a formas variadas para resolver seus problemas, e que há diferenças relevantes de setor para setor. Serviços públicos como transporte, saúde e educação são aqueles em que é mais frequente, entre todos os setores pesquisados, a reclamação informal dirigida apenas a amigos e parentes. As redes sociais também acolhem muitas reclamações. Por outro lado, comparando com os demais setores, as queixas diretamente no prestador do serviço é menos frequente. O recurso a órgãos de defesa do consumidor também é raro.

A pesquisa foi realizada de 18 de fevereiro a 1º de março, com 800 pessoas espalhadas por todo o país.

Leia mais:

Código de Defesa do Consumidor completa 25 anos entre vitórias e desafios

 

 

 

Planos de fidelidade devem ser transparentes, avaliam associações de defesa do consumidor

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Por Thiago Soares

As vantagens oferecidas por programas de fidelidade é uma das motivações que leva o cientista social Maurício Weidgenant, 41 anos, a participar de diversos deles. Ele usa o serviço em supermercados, companhias áreas, restaurantes e lanchonetes. Para ele, os planos se tornam vantagem, uma vez que possibilitam descontos desde imediatos ou a longo prazo. Em casos de mercados, a diferenciação de preço nos produtos chega a passar de R$ 5, mas são válidas apenas para os que contam com os planos de fidelização dos estabelecimentos. Especialistas avaliam a modalidade como vantajosa para o consumidor, desde que as regras sejam respeitadas pelo fornecedor.

A participação em planos já fez com que Maurício adquirisse passagens aéreas. “Busco comprar e abastecer o carro nos estabelecimentos que tem programas de fidelidade, mas nem sempre o preço compensa. A exemplo da gasolina, que em algumas ocasiões é mais cara nos locais que dão pontuação”, comentou. O cientista social é atento com a pontuação. “Sempre acompanho o extrato”. Além disso, ele também possui cartões de fidelização em estabelecimentos de alimentação. “Não dão descontos, mas por exemplo, posso adquirir uma refeição gratuita”, completou.

Crédito: Jhonatan Vieira/Esp.CB/D.A. Press.
Crédito: Jhonatan Vieira/Esp.CB/D.A. Press.

O administrador Danilo Barbosa Mendonça, 33 anos, também usa com frequencia os planos de fidelidade. “Uso mais em supermercados porquê dá para aproveitar na hora do pagamento, que geralmente libera descontos na hora”, contou. Os programas também possibilitam o uso das pontuações para adquirir produtos diversos, como eletrônicos, eletrodomésticos, dentre outros. “Mas eu prefiro guardar para usar com troca de passagens”, disse. Mesmo usando os serviços, Danilo considera as regras confusas. “Em algumas ocasiões as trocas não compensam e os critérios não são claros”.

Os planos são usados como estratégia de marketing para fidelizar os clientes aos estabelecimentos, segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon), Bruno Miragem. Ele explica que o serviço é uma forma de vantagem para os consumidores, porém antes de aderir é necessário que as pessoas se atentem a alguns cuidados. “O contrato deve ser lido com atenção, principalmente para os participantes entenderam as formas de pontuação e trocas de produtos. As regras não podem ser alteradas sem aviso-prévio. Se houver mudança, as trocas de pontos antigos devem seguir o contrato anterior”, sinaliza.

Para o especialista, a participação nos programas de fidelidade são válidas quando as regras são simples. “Os critérios não podem levar o consumidor a desistir ou não acompanhar a evolução das pontuações”, esclareceu. Junto ao serviço, os estabelecimentos devem manter canais de comunicação expondo os extratos. “O consumidor deve ficar atento para que os pontos não serem perdidos. Por isso é importante um acompanhamento constante”, disse Miragem.

Trocas

Existem aqueles que só usam os programas de fidelidade para adquirir determinados produtos. No caso de Mônica Kuhlmann, 49 anos, é aproveitado para comprar passagens áreas. Ela já até viajou para o exterior usando os benefícios. “Todos os pontos ganhos seja em posto de gasolina, ou até mesmo nos programas de milhas são usados para o bilhete aéreo. Os outros produtos não compensam, os preços são quase que os mesmos sem pontuação”, disse. A consultora tem costume de vistoriar o extrato de pontuação. “Por isso nunca perdi pontos. O único ruim é por exemplo, ter que abastecer naquele determinado posto de gasolina por causa da pontuação”, citou.

Por se tratar de um serviço prestado por determinado estabelecimento, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante a operação e a considera legal, segundo a coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci. “Defendemos que seja observado os direitos dos consumidores. As empresas também devem manter a transparência e equilíbrio dos programas”, explicou. Para a especialista, é importante que as pessoas não deixem de fazer pesquisas em outros estabelecimentos. “Os planos não devem servir de critérios para o poder de compra do consumidor”, exemplificou.

Dicas e cuidados de como usar os programas de fidelidade oferecidos pelas empresas:

– O serviço de fidelidade deve aparecer como vantagem para o consumidor, e não como um problema.
– A privacidade do consumidor deve ser mantida. As empresas não podem compartilhar informações sobre comportamento do mesmo.
– O fornecedor não pode alterar as condições contratuais e de pontuação do serviço no meio do contrato. Se mudada, devem ser divulgadas anteriormente. As regras antigas, porém devem ser cumpridas antes da alteração, para não prejudicar os clientes.
– Os valores dos produtos para troca não podem ultrapassar o indicativo no mercado normal. Se o cliente considerar abusivo pode acionar o órgão de Defesa do Consumidor.
– As regras são complexas. Por isso, é aconselhável que os consumidores se atentem ao contrato, afim de saber características como modo de trocas, pontuação, dentre outros.
– As empresas tem que manter um canal de comunicação com o cliente, como por exemplo site ou telefone para acompanhar os créditos adquiridos.
– Os consumidores devem acompanhar a evolução das pontuações. É justamente a falta de interesse que faz com os prazos para utilização sejam perdidos.
– O Programa de Fidelidade não deve servir como critério de escolha de estabelecimento.
– Ao consumidor é recomendada a pesquisa de preço em outros estabelecimentos/ empresas, mesmo os programas aparentando ser totalmente vantajosos.