Brasil puxa baixo desempenho das empresas aéreas na América Latina

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Genebra – A crise econômica no Brasil é um dos fatores que vem contribuindo para o baixo desempenho das empresas áereas na América Latina, conforme aponta a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). O setor deve fechar 2015 com perdas de US$ 300 milhões. Os fracos preços nas commodities e as flutuações cambiais também colaboram para os resultados ruins do segmento na região. “O Brasil está em uma perfeita tempestade, encargo de uma profunda recessão, deterioração real e políticas públicas que obrigam o esmagamento do setor”, alerta Peter Cerdas, vice-presidente regional de Américas da Iata.

Dados da Iata mostram que, em 2015, o lucro por passageiro foi negativo (- US$ 1,05) e só perde para a África (-US$ 3,84). Em outras regiões, como a América do Norte, o lucro foi de US$ 22,48. A média global é de US$ 9,31.

Embora o cenário de 2015 seja considerado ruim para a associação, as perspectivas para 2016 são boas. A expectativa é de US$ 400 milhões em lucro. Entretanto, não é o Brasil quem puxa o otimismo, mas sim, os resultados das eleições da Venezuela e da Argentina, que, segundo análise da associação, deve criar “um ambiente amigável” para os negócios das empresas aéreas. Para a Iata, os dois países são mercados chave que estão travados pelos controles governamentais e bloqueio da repatriação de lucros das empresas aéreas.

A Iata aposta também em crescimento do tráfego de 5,6% para o crescimento na região em 2016. Em todo o mundo, a associação projeta margem de lucro de US$ 36,3 bilhões, 5,1% superior a 2015, que deve fechar em US$ 33 bilhões.

A repórter viajou a convite da Iata