comandante-geral da PM, coronel Sheyla Sampaio
Carlos Vieira/CB/D.A Press comandante-geral da PM, coronel Sheyla Sampaio

Troca de chefe da Casa Militar é vitória da comandante-geral da PM

Publicado em CB.Poder

Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

A Casa Militar, que foi foco de tensões desde a transição, continua rendendo. O órgão que quase foi extinto teve a primeira baixa do alto escalão do governo Ibaneis Rocha. O governador limitou-se a dizer que “embates” levaram à troca. Nomeado no primeiro dia de janeiro, o coronel Júlio César Lima de Oliveira era um adversário da comandante-geral da PM, coronel Sheyla Sampaio, e defendia a escolha de um oficial mais antigo para a chefia da corporação. O novo chefe da Casa Militar, tenente-coronel Marcus Paulo Koboldt, por sua vez, é da turma de formação da coronel Sheyla. Sinal de que ela está conquistando espaço na área de segurança pública. A Casa Militar é considerada um cargo estratégico na PM, cujo chefe é uma pessoa que mantém relações próximas com o governador e sua família.

Data de validade

A decisão que suspendeu a posse de Fernando Leite como presidente da Caesb tem data de validade. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) considera que os efeitos da pena de condenação por improbidade administrativa, que levaram à Justiça a suspender a posse, se encerram em setembro. Se a defesa não conseguir cassar a liminar, ele poderá voltar ao cargo em quatro meses. De qualquer forma, o advogado Herman Barbosa, que representa Fernando Leite, vai recorrer. O argumento é de que no país vale execução da pena de prisão a partir da condenação em segunda instância e, então, por que não contaria da mesma forma para casos de suspensão dos direitos políticos. Nessa lógica, a pena foi executada entre 2011 e 2014, quando Fernando Leite deixou de exercer cargos públicos.

Na coordenação, sem salário

Na reunião de ontem do governador Ibaneis Rocha com o secretariado, o empresário José Humberto Pires foi uma das estrelas. O ex-secretário de Governo, da gestão Arruda, é o coordenador do programa SOS DF, carro-chefe da atual administração, com medidas emergenciais em várias áreas. Mas ajuda como voluntário, sem receber salário.

Voluntários

O governo Ibaneis Rocha tem outros dois colaboradores voluntários: o presidente da Ademi (Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF), Paulo Muniz, e a ex-secretária de Trabalho e Desenvolvimento Social do governo Rollemberg Ilda Peliz, ex-presidente da Abrace.

Prioridade

O recado do governador Ibaneis Rocha ontem na reunião com a sua equipe foi bem claro: não tem dinheiro e a prioridade é honrar em dia os salários. Só não entende quem não quer.

Vida longe da política partidária

O ex-deputado Chico Leite está gostando da vida longe da Câmara Legislativa. De volta ao Ministério Público do DF, ele está cuidando da saúde, praticando exercícios físicos e fazendo um mestrado em direito penal, com foco em combate à corrupção. No fim de 2020, Chico Leite pode se aposentar e, se quiser, tentar novo mandato nas próximas eleições. Mas o ex-distrital está longe de tomar uma decisão. Nem precisa pensar nisso agora.

Torneira fechada

O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), disse ontem em entrevista ao programa CB.Poder que não há saída: o GDF terá de discutir um cronograma de pagamentos para devolver aos cofres da União o imposto de renda retido no tesouro local dos servidores da segurança pública. São R$ 10 bilhões, além do desconto anual de R$ 700 milhões que começa a valer já em 2019. A decisão foi tomada pela corte na semana passada. O governador Ibaneis Rocha prometeu recorrer à Justiça. Se já não tinha dinheiro suficiente para os reajustes prometidos, agora piorou. E muito. Mas a perda de receita não deixa de ser uma boa saída para uma justificativa política de Ibaneis aos servidores.

Um brigadeiro na comunicação da segurança pública

A Secretaria de Segurança Pública tem um novo assessor de comunicação. É o brigadeiro do ar Antonio Ramirez Lorenzo, que comandou a comunicação social da Aeronáutica no governo do presidente Michel Temer. O oficial tem um extenso currículo. Ao longo da carreira acumulou 2,3 mil horas de voo. Foi Adido de Defesa e Aeronáutico junto à Embaixada da França e Bélgica, chefe da Divisão de Operações do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), comandante do Primeiro Grupo de Aviação de Caça e chefe da assessoria de imprensa da FAB.

Incentivos

O senador José Antônio Reguffe (Sem partido/DF) já tem conversado com alguns amigos da política sobre as eleições de 2022. Não faltam incentivos para que dispute o Palácio do Buriti.