TCDF aponta riscos para alunos e professores após visita a escolas públicas

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Uma equipe do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) visitou escolas de Taguatinga e Ceilândia na noite desta segunda-feira (21/3) e encontrou diversos problemas que podem comprometer a saúde e a segurança de alunos e professores nas unidades. A excessiva burocracia também é uma reclamação apontada.

Entre outros, a Corte de Contas aponta falta de ventilação e de isolamento acústico nas salas de aula, janelas quebradas, rede elétrica comprometida, pisos rachados e esburacados e violência nas proximidades dos colégios.

No Centro Educacional 7, de Taguatinga, interditado em 16 de março pela Defesa Civil, a direção do colégio citou constantes curtos-circuitos e a ausência de aterramento. Após um professor e um servidor terem sido atingidos por fortes descargas elétricas e o forro de uma das salas desabar, parte das atividades foi transferida para o Instituto Federal de Brasília, na QNM 40, e a carga horária dos estudantes, reduzida pela metade.

No Centro de Ensino Médio 3, de Ceilândia Sul, a outra unidade visitada, o diretor, Divaldo de Oliveira, apontou a presença de usuários de drogas e moradores de rua. O TCDF já havia verificado que usuários de crack estavam morando na quadra de esportes da escola.

As inspeções são parte do monitoramento, autorizado pelo plenário do Tribunal em 10 de março, para avaliar o trabalho das Secretarias de Eduação e de Segurança Pública, além do Corpo de Bombeiros, na rede pública. A Corte havia determinado a elaboração e implementação da política de gestão da infraestrutura das escolas.

Nas duas escolas, servidores reclamaram da burocracia e da demora na reposição de professores que se ausentam por problemas de saúde. Segundo os servidores, são cerca de 15 dias para encaminhar um substituto.

“Percebemos que muito pouco ou nada foi feito, desde a auditoria inicial do Tribunal em 2014, que determinou medidas para sanar as irregularidades e problemas encontrados. Há diversas escolas com sérios problemas que expõem alunos, professores e trabalhadores a graves riscos e isso compromete a qualidade da educação oferecida”, afirmou o presidente do Tribunal, Renato Rainha.

Com informações do TCDF