câmeras Rafael Parente secretário de educação
câmeras Rafael Parente secretário de educação Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press câmeras Rafael Parente secretário de educação

Silêncio impossível na educação derrubou Rafael Parente

Publicado em CB.Poder
Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

Era evidente que o especialista em educação Rafael Parente não teria vida longa no governo de Ibaneis Rocha. Com posturas e propostas conflitantes com a base política da nova administração, ele tentou se adequar, mas desde o primeiro mês encontrou resistências.

A primeira polêmica ocorreu com o projeto Escola sem Partido. Parente era contra a medida e recebeu críticas da bancada evangélica na Câmara Legislativa. Também levou pedradas da deputada Bia Kicis (PSL-DF) pela postura anti-Bolsonaro na campanha eleitoral, em postagens nas redes sociais.

Parente chegou a receber uma recomendação de Ibaneis para que evitasse se manifestar em confronto com as posições do governo ou de seus aliados. Mesmo no caso da gestão compartilhada das escolas, Parente era, a princípio, contrário à medida.

Mas se adequou e, levando em conta a aceitação do modelo nas escolas que o adotaram no primeiro semestre, passou a defendê-lo. A gota d’água, no entanto, foi a rejeição ao resultado da consulta à comunidade escolar sobre a implementação da gestão compartilhada. Ficou difícil para ele ficar em silêncio.

Aliado para todas as horas

No lugar de Rafael Parente, Ibaneis Rocha designou um amigo. Não é a primeira vez que o secretário de Trabalho, João Pedro Ferraz, ex-procurador-geral de Justiça do Trabalho, assume um buraco no grupo de Ibaneis. Foi assim na campanha eleitoral, quando concorreu ao Senado na chapa do amigo advogado. Entrou quando ninguém ainda acreditava no sucesso do projeto.

Novo modelo

O presidente da Associação dos Magistrados de Brasília (Amagis), Fábio Esteves, conta que existe um projeto para compartilhar a gestão de uma escola pública com a entidade, aos moldes do que ocorre com a Polícia Militar, mas com os parâmetros do Judiciário.

Recuperados

O plenário ontem estava animado. Dois deputados distritais que passaram os últimos dias hospitalizados retornaram ao trabalho. Além de Chico Vigilante (PT) que teve uma crise cardíaca, a deputada Júlia Lucy (Novo) também voltou ao batente. Ela passou por uma grave infecção renal. Mas está recuperada. Que bom!

Pedido de desculpas

O governador Ibaneis Rocha tem seus arroubos, mas volta atrás. Nesta semana, pediu desculpas duas vezes: aos torcedores do Vasco, depois de dizer que o time deveria estar na segunda divisão, e aos deputados distritais, pela discussão acalorada com o deputado Fábio Félix (PSol), por causa da gestão compartilhada das escolas públicas com a PM.

Distrital bombado

Entre petistas, o comentário ontem era de que a briga entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) e Fábio Félix (PSol) pode catapultar o distrital a um novo status político. Nada como uma polarização política para bombar um parlamentar da oposição.

Só com combinação

Em meio à disputa para a indicação de Jair Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República, um dos nomes que despontaram nos últimos dias é o subprocurador-geral da República Alexandre Camanho de Assis, braço direito da atual chefe do Ministério Público, Raquel Dodge. Nos bastidores, entretanto, procuradores avaliam que Camanho apenas aceitaria a missão de comandar a PGR a partir de uma combinação com Raquel Dodge.

A pergunta que não quer calar….

Por que há tanta intolerância no trânsito com ciclistas, como ficou evidente ontem quando um motoqueiro derrubou dois triatletas num pelotão no Lago Sul?

Só papos

“A polícia agiu de acordo com o que prevê a lei e de forma técnica. Wilson Witzel acertou ao entrar em contato com a família de Willian. Porém, sua comemoração, ao chegar ao local do sequestro, não contribui em nada para melhorar a segurança pública. Equilíbrio e serenidade são atributos essenciais para governar um lugar como o Rio de Janeiro”

Deputado Marcelo Freixo (PSol-RJ), sobre o desfecho do sequestro com 37 reféns de um ônibus na Ponte Rio-Niterói, em que o sequestrador acabou morrendo

“Graças a Deus e à valorosa Polícia Militar do Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel não precisou chegar ao local do sequestro chorando a morte de dezenas de reféns, trabalhadores, estudantes, pessoas de bem. Isso é sim motivo de celebração. Abaixo a hipocrisia e a bandidolatria”.

Deputada Bia Kicis (PSL-DF), rebatendo as várias críticas que o governador do Rio recebeu ontem ao descer do helicóptero dançando em comemoração ao sucesso da operação