coronavírus no HRAN
coronavírus no HRAN Credito: Ed Alves/CB/D.A Press. Brasil coronavírus no HRAN

Pacientes do DF com coronavírus já usam cloroquina

Publicado em Eixo Capital
Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

Tema do debate político do momento sobre o tratamento para a Covid-19, a cloroquina tem sido ministrada para pacientes na rede pública do Distrito Federal nos hospitais. Mas ainda não há comprovação sobre a sua eficácia em nenhum caso, embora alguns pacientes tenham se restabelecido. É o que explica o infectologista Eduardo Hage, subsecretário de Vigilância à Saúde do DF. “O medicamento não é utilizado de forma rotineira, como recomendação geral, nos pacientes. Essa é uma decisão de cada médico que precisa avaliar os riscos”, disse. Segundo Hage, há possíveis efeitos colaterais graves, como arritmia cardíaca.

Bolsonaro agradece Kalil

O Ministério da Saúde forneceu a cloroquina para a rede pública do DF. Defendido pelos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, o medicamento é usado para tratamento de malária e lúpus. Mas tem sido adotado em casos de Covid-19. Médicos na China foram os primeiros a prescrever dosagens de Cloroquina para os pacientes de Wuhan, berço do novo coronavírus. Como ainda não há estudos que comprovem o uso eficiente e seguro do medicamento, o tema é polêmico. Mas o Ministério da Saúde passou a distribuir o remédio para que seja ministrado em pacientes graves, que estejam hospitalizados para que sejam monitorados. Nesta semana, a posição de Bolsonaro ganhou reforço. Dois médicos considerados medalhões, o infectologista David Uip e o cardiologista Roberto Kalil Filho, defenderam o uso da cloroquina em infectados por Covid-19. Mais do que isso, eles tomaram a medicação e estão curados. Em pronunciamento ontem, Bolsonaro agradeceu Kalil por ter assumido publicamente seu tratamento. Aliado do governador de São Paulo, João Doria, Uip não quis falar sobre o procedimento que adotou no próprio caso.

Bons resultados para isolamento no DF

Um gráfico em estudo no governo do Distrito Federal indica que o isolamento social está provocando bons resultados. O DF ainda tem a maior taxa de infectados entre as unidades da federação. Está em 16 casos por 100 mil habitantes. Mas São Paulo e Rio de Janeiro tiveram um crescimento muito maior. São Paulo tinha uma taxa de 6,6 há uma semana. Agora está com 14,7. Mais que dobrou. No Rio, subiu de 4,5 para 10,5. No DF, o crescimento foi de 11,6 para 16. Se tivesse seguido a tendência paulista, teríamos hoje 25 casos por 100 mil habitantes.

Programa da primeira-dama

A primeira-dama Mayara Noronha começa a atuação no cargo de secretária de Desenvolvimento Social com um programa para chamar de seu. O governador Ibaneis Rocha enviou à Câmara Legislativa projeto que estabelece um programa de renda mínima temporária durante o enfrentamento ao coronavírus. Os recursos serão viabilizados pelo BRB, e devem atingir cerca de 28 mil famílias. Serão disponibilizados R$ 408 por família de baixa renda, durante dois meses, com possibilidade de ser prorrogado por mais um mês.

Mandou bem

O fundador e diretor-executivo do Twitter, Jack Dorsey, vai doar 1 bilhão de dólares em ações de sua empresa de pagamentos digitais para o combate à pandemia do novo coronavírus.

Mandou mal

A situação do Amazonas está perto do colapso. Autoridades do estado dizem que em menos de uma semana não haverá mais leitos de UTI. Risco para quem tem Covid-19 ou qualquer outro problema de saúde

Só papos

“Quero deixar clara a posição do governo do estado de São Paulo: foi o médico infectologista David Uip, coordenador do comitê de saúde do grupo de contingência do Covid-19 que sugeriu, que recomendou ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que distribuísse o medicamento (cloroquina) na rede pública do país”

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB)

“O Presidente se mostra novamente um líder! Conduz mais um problema contra ‘tudo’ e ‘todos’, com inteligência e visão de águia. Então, os urubus surgem dos esgotos e se vangloriam, quando antes não davam um pio de apoio enquanto as hienas pretendiam novamente matá-lo covardemente”

Carlos Bolsonaro, referindo-se ao uso da cloroquina para tratamento da Covid-19, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro