#Ex-governador Joaquim Roriz é internado Crédito: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press

O fim de um clã?

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A Lei da Ficha Limpa tirou Joaquim Roriz da política, abreviou a carreira de Jaqueline Roriz, a herdeira escolhida pela família, e pode atingir também o futuro da caçula do clã, a vice-presidente da Câmara Legislativa, Liliane Roriz (PTB). O ex-governador do DF teve que se aposentar das campanhas depois da renúncia ao mandato de senador em 2007, quando veio à tona uma conversa dele, por telefone, sobre dinheiro, divulgada durante as investigações da Operação Aquarela. Jaqueline foi condenada em segunda instância por ter recebido dinheiro de Durval Barbosa. Imagens vazaram como repercussão à Operação Caixa de Pandora. Na próxima semana, a família será julgada em segunda instância numa ação de improbidade administrativa em que se discute a construção de um prédio em Águas Claras, o Residencial Monet. A família Roriz teria ganhado, em troca de facilidades no governo, 12 apartamentos no prédio. O julgamento, na 5ª Turma Cível do DF, está marcado para ocorrer em 13 de julho. Se a ação for julgada procedente, Roriz e Jaqueline serão novamente enquadrados na Lei da Ficha Limpa. O estrago maior será para Liliane, que também ficará inelegível.

 
Na alegria e na tristeza
A deputada Liliane Roriz afirma que nunca soube e nunca ouviu falar desses imóveis no Residencial Monet. Ela, no entanto, pode pagar poliiticamente pelo sobrenome.

 
Fora da ação
Estão fora da ação de improbidade administrativa sobre o Residencial Monet, a ex-primeira-dama Weslian Roriz e um dos netos do ex-governador, Joaquim Roriz Neto, que já disputaram eleição no DF.

 
Mesmos personagens
Em muitos escândalos, os nomes se repetem. Um dos donos da WRJ, a empresa que construiu o Residencial Monet, é Roberto Cortopassi Júnior. Ele também aparece na Operação Caixa de Pandora, acusado pelo Ministério Público Federal de tentar extorquir, em 2009, o então governador José Roberto Arruda, com a divulgação das imagens que marcaram o episódio. Nesse caso, também estaria agindo em troca de vantagens no governo. A promotora de Justiça Deborah Guerner teria intermediado a negociação, que não vingou. Meses depois, os vídeos de Durval Barbosa vieram à tona, com a delação premiada.

 
Recebida denúncia
Um julgamento que pode sinalizar a disposição do Tribunal de Justiça do DF no caso ocorreu em maio. O Conselho Especial recebeu por unanimidade a denúncia, sobre o mesma tema e com as mesmas provas, contra a deputada distrital Liliane Roriz (PTB). Em relação à deputada, por causa do foro especial, a denúncia tramita em segunda instância. Quanto aos demais réus, a ação também foi recebida, na semana passada, pelo juiz Luís Eduardo Yatsuda Arima, da 2ª Vara Criminal de Brasília. Agora os processos, em fase final na área cível, vão tramitar também na esfera penal.