Mudança de gestão no Hospital de Base não está definida, diz futuro secretário de Saúde

Publicado em CB.Poder

ALEXANDRE DE PAULA

Escolhido pelo governador eleito Ibaneis Rocha para comandar uma das áreas mais sensíveis para população do Distrito Federal, o futuro secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirmou que não há definição sobre o futuro do Hospital de Base, gerido hoje por um instituto. Durante a campanha, Ibaneis prometeu extinguir o Instituto Hospital de Base, mas Osnei argumentou que a equipe de transição estudará o modelo antes de tomar uma decisão final.

 

“Este é o momento adequado para a avaliação, vamos analisar os dados e analisar a gestão por meio de organização social. É importante, antes da decisão, darmos o nosso parecer para o governo”, explicou. “Eu já vi administrações com OS’s que funcionam muito bem e outras que não funcionam como deveriam. Então, a gente precisa avaliar.” Osnei apresentou o futuro secretário adjunto da pasta, Sérgio Costa, atualmente assessor da Secretária de Atenção à Saúde do Ministério.

 

Após conversas com o governador eleito para definir prioridades, o futuro secretário afirmou que melhorar e aumentar o acesso à saúde será a questão principal no início do mandato. “Precisamos pensar o acesso aos atendimentos, aos medicamentos e depois também para as cirurgias.” Para isso, será avaliado o uso de estruturas da rede particular. “É possível que façamos isso depois de uma análise completa da nossa rede hoje.”

 

Osnei adiantou que vai se reunir, em breve, com o atual secretário de Saúde, Humberto Fonseca, para colher mais dados sobre a situação atual. Reuniões com sindicatos também serão realizadas. “Tenho a característica de ouvir as pessoas, de não mudar tudo quando chego a algum lugar. Por isso, me sinto seguro para dialogar com todos.”

 

O histórico de diversos escândalos de corrupção envolvendo a área de saúde no DF será um desafio para o novo governo. Osnei garante que, na primeira conversa com o governador, o tema esteve em pauta. “Não vamos aceitar corrupção e vamos montar uma estrutura para que todas as ações sejam transparentes e as informações estejam disponíveis para todos.”

 

Apesar de destacar que ainda precisa avaliar com mais cuidado os dados do DF, o futuro secretário diz que estava consciente da situação do sistema de saúde do DF. “Aqui no ministério, acompanhamos a saúde de uma maneira geral. A saúde, em todo o Brasil, é um grande desafio.”