Luis Miranda
Luis Miranda Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press Luis Miranda

Após afirmar que estava arrependido, Luís Miranda diz que cumprirá mandato até o fim

Publicado em CB.Poder

Deputado federal Luís Miranda (DEM/DF)

Em entrevista ao CB.Poder, você disse que estava arrependido de entrar na política. Ainda está?

Disse isso devido à quantidade de ataques virais que recebi na internet, sendo que todos foram feitos por pessoas contratadas e de fora do país. Essas pessoas conhecem a legislação brasileira e sabem que pouco podemos fazer contra eles, como fazer uma ação judicial. Os ataques começaram quando declarei apoio à candidatura do presidente Jair Bolsonaro. Eu tinha uma vida muito tranquila e confortável, passei a ter uma vida infernal, por isso me arrependi. Agora isso passou! Sou uma pessoa que quando começa alguma coisa, vou até o fim. E vou cumprir meu mandato até o final e farei muitas coisas pelo Brasil.

Votou em quem para a presidência da Câmara?

Meu partido é o Democratas. Dentro do DEM aprendi a respeitar o próximo, a não atacar os colegas e a conviver de forma pacífica com os outros partidos. O DEM pensa no desenvolvimento econômico do Brasil, trabalha pela construção de uma agenda positiva. Isso me fez entender que há necessidade de a Câmara Federal ter um líder do meu partido. Votei no deputado federal Rodrigo Maia em prol de um Brasil melhor.

Acha que a votação deveria ser aberta?

Votação aberta, claro.

Como conseguiu se eleger no DF morando em Miami?

Minha eleição aconteceria em qualquer estado que me candidatasse. Isso era visível. Pessoas sem informação diziam que era impossível, um erro não acreditar na força das redes sociais. Vários parlamentares foram eleitos pelas redes sociais. Tenho três milhões de seguidores, já era muito conhecido na internet. Nessas eleições, as redes sociais foram fundamentais. E as minhas postagens abordavam assuntos que afligem a população brasileira como reforma tributária, geração de emprego e redução da burocracia. Isso é o que a população do Brasil quer e eles viram em mim a possibilidade de fazer acontecer.

Você é acusado por adversários de doar iPhones em troca de votos. O que tem a dizer sobre isso?

Tenho um empresa nos Estados Unidos que promove vários negócios, entre eles, um programa chamado o Poder do Marketing; que começou em primeiro de agosto. Nessa época, ainda não tinha definido se seria candidato. Tomei a decisão de me candidatar, após o Fraga postar um vídeo me desafiando, já no dia nove de agosto. O programa seria durante todo o mês de agosto. Fizemos um concurso no qual o comentário mais criativo participaria de um sorteio para ganhar um Iphone. O sorteio aconteceu no dia 15 de agosto, antes do período eleitoral. Premiamos os três melhores comentários. Vale ressaltar que os ganhadores são todos de Miami. Como uma pessoa pode dizer que isso influenciou no resultado das eleições? Isso chega a ser imoral.

Como recebeu a crítica do ideólogo de discípulos de Bolsonaro, Olavo Carvalho, sobre a viagem à China? Ele disse que os deputados eram semianalfabetos…

Eu acredito que isso foi armado, tendencioso, no momento em que amigos dele estavam sob ataques. Ele nos usou para desviar o foco. Não tem outra explicação. O Hawei está no Brasil faz mais de 20 anos e é dono de todas as antenas de telefonia do Brasil, além de tantos outros negócios. Ele falou um monte de bobagens e tentou desgastar a imagem de parlamentares que nem tinham tomado posse ainda.