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Com apoio de Flávio Bolsonaro, presidente deve nomear subprocurador Antônio Carlos Martins Soares para a PGR

Publicado em CB.Poder

ANA MARIA CAMPOS

O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar nesta semana o novo procurador-geral da República que vai suceder a atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge. Tudo indica que o escolhido é o do subprocurador-geral da República Antônio Carlos Martins Soares.

 

Desconhecido fora do MPF, Soares é do Rio de Janeiro e tem o apoio do filho 01, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e do advogado dele, o criminalista Frederick Wassef.

 

Wassef é o advogado que entrou com pedido de suspensão das investigações sobre movimentações financeiras suspeitas de Flávio Bolsonaro e conseguiu uma liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

 

Toffoli considerou que a Polícia Federal e o Ministério Público não poderiam ter acesso a dados do Coaf sem autorização judicial. A medida paralisou investigações em todo o país.

 

O subprocurador-geral da República Augusto Aras era o mais cotado, mas já foi avisado por interlocutores do Palácio do Planalto que está fora do páreo.

 

Pesou contra Aras uma fritura que aliados consideram ter partido de colegas que defendem a nomeação de um dos nomes escolhidos na lista tríplice promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

 

Aras foi identificado com um discurso de esquerda.

 

Bolsonaro chegou a receber o primeiro da lista, o subprocurador Mário Bonsaglia. Mas nunca se comprometeu com a lista. Pela Constituição, o presidente da República pode escolher entre qualquer membro do Ministério Público da União (MPU), em seus quatro ramos.

 

Cabe ao Senado referendar ou não a escolha.