Com a palavra, os ex-governadores

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Qual a sua opinião sobre o pacote de Rollemberg?

Cristovam Buarque (PDT), governador entre 1995 e 1998

“Temos de perguntar se Rollemberg fez o que deveria e como deveria. A resposta é não. Não nos consultou, não nos ouvir e não procurou as nossas sugestões. Se tem um buraco, um rombo, a solução não será aumentando tarifas de ônibus ou restaurantes comunitários. Apresentei algumas alternativas, como, por exemplo, a redução da contribuição  do governo no fundo previdenciário, liberação de habite-se e imóveis parados na burocracia sem pagar IPTU, desburocrarização de códigos de construção, entre outras. Rodrigo continua preso no fascínio da tragédia fiscal, deixando de fazer as coisas que a sociedade quer”.

Rogério Rosso,  governador entre abril e dezembro de 2010

“O governador mostra a situação dramática financeira do DF. Em 2010, também sofri pressão para aumentar tarifas de ônibus e não dei. Mas também naquela época o subsídio era bem menor do que se paga hoje. Desde o início do ano, teria trabalhado fortemente no ajuste para evitar o congelamento dos salários e o aumento das tarifas de ônibus que oneram tanto o empresário quanto o trabalhador. Uma das medidas boas é aumentar a carga tributária para bebidas e fumo, mas faria um mutirão de venda de terrenos, para reveer o reajuste de outros impostos.”

Agnelo Queiroz, Governador entre 2011 e 2014

“É o resultado da inoperância de nove meses que deixaram o DF paralisado. Foram escolhidas medidas que mostram a posição político-ideológica do governo porque vai penalizar fortemente mais pobres, trabalhadores e servidores públicos. O aumento das refeições dos restaurantes comunitários é uma decisão equivocada porque afeta a política alimentar para quem precisa comer e não tem condições de pagar. Minha solução seria manter a economia aquecida. Faria tudo o contrário do que está ocorrendo. Manteria as obras em funcionamento desde o primeiro dia.”