A guerra pela recém-criada Secretaria das Cidades

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A disputa no PSB pela Secretaria das Cidades, que terá o papel de articular o trabalho de todas as administrações regionais, está grande. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) criou a pasta para tirar poder do vice-governador Renato Santana e decidiu que o novo órgão ficará na cota do PSB.

O preferido de Rollemberg é o secretário-adjunto da Casa Civil e Relações Institucionais, Igor Tokarski. Ele ainda não o nomeou, porém, porque teme a reação de uma ala do PSB que prefere o administrador do Plano Piloto, Marcos Pacco, para o cargo. “Em 2014, o Tokarski fez 7 mil votos e o Pacco, 27 mil. É muita diferença. Não tem comparação o cacife político e o potencial eleitoral dos dois”, opina um experiente socialista.

Quem pode se beneficiar dessa disputa é o assessor especial de Rollemberg, Marlon Costa. Ele também está cotado para o posto. A escolha de Costa é considerada porque se trata de um integrante do PSB e o governador não teria que tomar partido entre Tokarski e Pacco.

No PSB, cresce a interpretação de que não deveria ser nenhum dos três. O ideal, na visão de alguns integrantes da legenda, é a nomeação de alguém que não tenha pretensão política eleitoral para não colidir com a atuação dos administradores, a maioria apadrinhado de deputado distrital.

 

Câmara Legislativa

 

Rollemberg quer tirar Tokarski da articulação com o Legislativo local. Ele chegou a oferecer a chefia de gabinete ao auxiliar, que teria recusado. Os distritais não escondem o incômodo em negociar diariamente com Tokarski, que tem projeto político e pode vir a se tornar um adversário nas urnas. A preferência dos deputados é pelo ex-assessor de Joaquim Roriz, José Flávio, que já trabalha na Casa Civil atualmente.