O valorizado Park Sul um dia foi o estádio Pelezão

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Pelé posa durante o jogo inaugural do Pelezão - Foto do Arquivo Público do Distrito Federal
Pelé posa durante o jogo inaugural do Pelezão – Foto do Arquivo Público do Distrito Federal

Após dois anos de queda, o setor mobiliário começa a dar sinais de recuperação no Distrito Federal, onde o metro quadrado construído continua sendo um dos mais caros do país. O Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de maio de 2017 mostrou ainda que o m² de imóvel residencial mais alto da capital era de R$ 14.906, 74, na Asa Norte, seguido pelo Noroeste, avaliado em R$ 11.438,84, e pelo Park Sul, R$ 10.284,20. Já o mais barato era em Santa Maria: R$ 2.985,48.

O Park Sul é um dos bairros emergentes de Brasília. Ao lado do Park Shopping, exibe condomínios horizontais modernos, dotados de infraestrutura completa, com amplas áreas de lazer, compostas por quadras poliesportivas, playgrounds infantis e piscinas. Esses são alguns dos fatores que fazem dele uma das regiões mais valorizadas do DF, aliada à localização, vizinha ao Plano Piloto. O que nem todos sabem é que boa parte dessas construções ocupam área onde ficava um dos mais tradicionais estádio de futebol candango.

Falamos do Pelezão, que, nas décadas de 1960 e 1970, recebeu grandes nomes do futebol nacional. Fotografias do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) mostram Pelé defendendo o Santos diante da Seleção Amadora de Brasília, em maio de 1967, no estádio em que, nos anos 1990, foi tomado por barracos de sem-teto e depois acabou extinto para dar lugar a prédios residenciais. Contra a mesma equipe da capital, no mesmo campo, ficou registrada nas lentes e no arquivo a atuação do ídolo botafoguense Mané Garrincha pelo Flamengo, dois anos depois. Ainda no Pelezão, jogaram Grêmio e Atlético-MG.

O Pelezão recebeu as principais partidas no DF até 1974, quando foi inaugurado o Estádio Mané Garrincha, que, à época, se chamava Governador Hélio Prates da Silveira — só no fim da década de 1970 o craque recebeu a homenagem. Fotografias e documentos do ArPDF preservam a memória da construção do então maior estádio brasiliense. Entre eles, está a autorização para o início da obra, em 1972, assinada pelo governador do DF à época, Hélio Prates.

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