VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra

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Faz-de-conta na Petrobrás

Aldemir Bendine, deslocado da presidência do Banco do Brasil para acudir a Petrobras, é homem de confiança do Partido. Sua locação na estatal num momento em que a empresa está à deriva, ameaçando adernar , tem uma missão clara: buscar, por todos os meios, estancar o vazamento crescente de denúncias de malfeitorias vindas de todas as principais diretorias da Petrobrás. Mais do que salvar a empresa, sua orientação é livrar ao máximo o partido, lançando  boias de sobrevivência aos políticos da legenda que se afogam no imenso mar de óleo que se formou. O mercado que não é bobo, percebeu de imediato a movimentação das peças do tabuleiro feita pelo Planalto, e puxou para as profundezas as ações e o que ainda resta de credibilidade da estatal. A esta altura do campeonato, talvez fosse a única solução para preservar os dedos, no caso, o próprio governo. Pior para o país e para os acionistas daqui e do exterior. Num primeiro momento a movimentação pode esfriar a gritaria interna, mas adia e avoluma , ainda mais, os problemas que já são muitos.  A palavra da moda agora é governança, sacada rapidamente para dar um ar de seriedade nas mudanças cosméticas postas em prática. Com  o neologismo foi lançada também uma cartilha de conduta ética, que entre outras pérolas infantis recomenda que os funcionários da estatal não aceitem favorecimentos (propinas) de qualquer espécie. Faltou dizer: daqui para frente quem for apanhado recebendo “por fora”, fica sem recreio e sem merenda. Provas ou detalhes de que a coisa vai mudar para ficar do jeito que sempre foi é a manutenção do ex-presidente do PT , José Eduardo Dutra na diretoria corporativa e de serviços da estatal. Quem chama a atenção para o assunto é o jornalista Claudio Humberto. Dutra já foi presidente da empresa entre 2003 e 2005, época em que explodiu o escândalo do mensalão. Mais recentemente Dutra foi o homem encarregado pelo Planalto de preparar as “colas”, antecipando os questionários que seriam feitos aos depoentes na CPI da Petrobrás. É o que se costuma chamar em linguagem militar, o homem estratégico nas linhas de frente.  Curioso é observar também  que os mesmos advogados de defesa que apareciam durante o julgamento do mensalão , voltam a dar as caras no caso atual envolvendo a Petrobrás.  Para o telespectador desavisado , parece  estar havendo uma continuidade de um escândalo com outro mais recente. De toda a forma, o faz de conta na Petrobrás é hoje a principal estratégia política a movimentar todo o Executivo, numa prova da falência do governo, perdido em meio a tantos fatos negativos.

A frase que foi pronuncia: “Até nisso o partido que deveria estar a favor dos trabalhadores ferrou a gente!” Denilson, na rodoviária de madrugada, furioso com a prorrogação do horário de verão.

Prá quê?Por falar prorrogação, a economia com a extensão do horário de verão será insignificante. Quem acorda no escuro acende a luz da mesma forma. Tanto é que se houver mesmo mais um mês, a conta de luz será alta do mesmo jeito. Perde quem acorda cedo, perde quem paga para ter luz.

InformatizarNada boa a situação dos cartórios eleitorais. Apesar da dinâmica das eleições, quando passa a festa da cidadania a realidade volta à estaca zero. Se um mesário precisar da segunda via do certificado de comparecimento é um Deus nos acuda. Não há dado registrado no sistema. É preciso localizar a pastinha com a segunda via assinada.

Acredite se quiserPara se ter uma ideia, o cartório do Paranoá atende as regiões do Varjão Lago Norte, Paranoá, Granja do Torto, Taquari e área dos condomínios. Os funcionários cedidos foram  devolvidos e agora são apenas três que precisam dar conta do recado.

Só rindo Muita gente boa nas embaixadas do Brasil pelo primeiro mundo. Mas há uma rapaziada arrogante e intragável ocupando espaço. Os mais experientes respondem: “Trabalho na Emboscada Brasileira”.

Outro lado Dedicados mesmo são os funcionários na embaixada do Brasil no Quênia que amargam a falta de atenção do governo brasileiro com a segurança e integridade física dos trabalhadores. Razão: a empresa que faz a segurança não recebeu pagamento no mês de janeiro e abandonou o posto.

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