VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra

circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br

Duas realidades , um pesadelo.   Mulher com fortes dores abdominais dá entrada, pela manhã, na ala de emergência do maior hospital público da capital. Depois de esperar sentada por mais de 10 horas para ser chamada para uma consulta, começa a suspeitar de que não será atendida naquele dia. Nem mesmo as  desculpas de sempre, como falta de médicos, falta aos plantões, equipamentos quebrados e infinitas outras lhes são prestadas. Desesperada e humilhada com o descaso e mesmo sentido dores alucinantes, resolve chamar a atenção para seu caso. Grita , xinga impropérios contra o hospital, médicos , atendentes e vocifera também contra o  descaso do governo com a saúde da população. Tudo em vão. Sem ter a quem recorrer naquele instante, desabafa sua angústia quebrando o vidro lateral da portaria do hospital. Em menos de cinco minutos quatro policiais militares chegam, armados até os dentes e retiram a mulher do local. Alguns pacientes que ainda sonhavam em ser atendidos, começam  a gritar em coro contra a tropa. “Nós  precisamos é de médicos e não de polícia .” Indiferentes os policiais conduzem a mulher à delegacia, onde é feito um boletim de ocorrência , sendo autuada por dano ao patrimônio público. O estado se fez presente para cobrar, nunca para retornar em serviços os impostos que devora.             Noutra ponta do país, casal de apresentadores da TV sofre acidente com o pouso forçado de um bimotor. Depois de passar por atendimento médico na Santa Casa de Campo Grande , onde não foi “diagnosticado nada grave”, são transferidos  de jatinho para  o hospital Albert  Einstein,em São Paulo, considerado o melhor da América do Sul. Lá uma equipe de  especialistas em várias áreas médicas é formada e destacada apenas para cuidar do caso. Depois de uma bateria de” exames de raio-x, tomografia e demais procedimentos” , chegou-se a conclusão de que todos estão bem. Infelizmente a direção do hospital público da capital, preocupado com a vidraça quebrada, não deu  notícias sobre o estado de saúde da mulher que se queixava de fortes dores abdominais. Todos que seriam iguais perante as leis, não são iguais perante os hospitais.   A frase que foi pronunciada: “No Estado democrático de direito, assim como não se pode impedir a imprensa de falar primeiro não se pode impedir a Justiça de falar por último.” Tão simples!          Na palestra proferida pelo ex-presidente Fernando Henrique no UniCeub, ele afirmou que nada tem de complicado na sua fala. Logo depois, deixou escapar um ‘obnubilado’ no meio de uma frase. A moça olhou com a sobrancelha levantada: O que que ele disse? Parlashopping Como sociólogo, FHC falava sobre a concentração de ricos. Disse que em São Paulo, os shoppings são lugares precisos para essa demonstração. A audiência esperava alguma observação sobre o Parlashopping, mas ele deixou no ar.

Freio no dinamismo         Sobre os problemas que o Brasil enfrenta com a Petrobrás, FHC explica sem mistério: Se você perde o compasso, como acontecido, deixa imediatamente de acompanhar o desenvolvimento mundial. Isso exigirá anos para voltar a acompanhar. Às vezes as apostas equivocadas trazem prejuízos incalculáveis, disse.  Pela América   Chaves era uma pessoa fascinante. Pessoa. A Venezuela nunca olhou para baixo. Não conseguiu resolver o problema do país.  Chile Um país mais modesto teve decisões mais sólidas. Sem grandiosidade, mas tomou as medidas certas. Peru, o plano de desenvolvimento sempre foi destaque. A divisão entre brancos e índios diminui e a bandeira não é de partido, e sim do país que está em primeiro lugar.   Colombia Cadeia para corruptos. A vida inteira lutou pela qualidade da Educação.   Frasista O ex- ministro do STF Carlos Ayres Brito viu a audiência do UniCeub ascentir com a cabeça concordando com a frase: “Homens públicos vão ficando menores. Começam com  líderes e terminam como chefes.”   Duas Ayres Brito: duas frases. Transformação da sociedade é uma porta que se abre por dentro.  Nem as autoridades estão sendo fieis às instituições nem as instituições são fiéis às autoridades. Tudo pelo salvacionismo fisiologismo, oportunismo.   Constituição Fernando Henrique lembra do ministro um dia em que se encontrara. Não esqueceu a frase dita : A Constituição não dispõe sobre o próprio funeral. Depois dessa, a audiência já chamava o ex-ministro de Ayres Brilho.   Questão O ministro Francisco Resek responde à pergunta da reporter. A crise impõe, não apenas o enxugamento da máquina pública, mas a contenção de lantejoulas e demais aparatos ministeriais desnecessários. O quadro é inteiramente desproporcional à realidade do Brasil. A qualidade média dos serviços prestados ao país é muito baixa. Será que a presidente Dilma sabe todos os nomes e responsabilidades dos seus subordinados? Pergunta Rezek

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