VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra

circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br

Colaborador: Mamfil

     Trabalhadores partidosSe existe uma expressão que pode definir com exatidão o momento atual vivido pelo  governo do Distrito Federal, sem dúvida esta poderia ser “herança maldita”.De saída, faltou às equipes de transição do novo governo  uma radiografia completa da situação financeira do DF. A contratação de uma auditoria independente, para vasculhar as contas do governo que saia, poderia ter evitado desgastes  futuros como os experimentados agora com a deflagração geral de movimentos paredistas  em diversas áreas da rede pública. Que a experiência sirva também para a área federal e a transição de governo.Poucos dias depois da posse, os técnicos do governo Rodrigo Rollemberg descobriram que a administração passada havia deixado apenas R$ 64 mil nos cofres.  Nem mesmo os auxílios oriundos do Fundo Constitucional, necessários para os salários de educação, saúde e segurança, foram suficientes para amenizar um pouco a crise financeira.Também  os recursos vindos diretamente do Fundo de Participação dos Estados e dos Municípios , não serviram para disfarçar um passivo nas contas de 2015 da ordem de R$  5 bilhões.A situação de calamidade nas contas do GDF, empurraram a nova gestão para o beco sem saída do arrocho e do retraimento dos gastos e investimentos. O que se assistiu na sequência foi o anuncio de dezenas de medidas como o aumento de ICMS , IPVA, IPTU, extinção de centenas de cargos comissionados, cortes em investimentos e outras colocadas, obviamente,  no bolso do contribuinte.Como sempre ocorre, nos casos de incúria de governos populistas, os efeitos da herança passada  atingiram em cheio agora as áreas de educação,  saúde e  segurança.  É bom que nos estados a oposição também prepare uma transição com auditoria antes de assumir qualquer cargo.A eclosão da greve, anunciada a pouco pelo conjunto de 32 categorias é, assim, o desdobramento natural da má gestão dos recursos públicos e do descaso com relação a Lei de Responsabilidade Fiscal.Aqui no DF, impotente diante a dimensão dos estragos deixados  pela gestão anterior, sobretudo no que diz respeito aos reajustes  nos salários prometidos no passado, o atual governo possui nítido estreitamento de manobra. Essa situação ganha ainda um contorno mais dramático quando se sabe do oportunismo dos dirigentes sindicais, amaioria ainda atrelada aos ideários da CUT, ávidos em jogar mais gasolina na fogueira .  Cercado pelos servidores, sindicatos e Legislativo local de um lado e, pela população, de outro lado, resta ao ilhado GDF aguardar que os rebelados caiam na real e deem um chance à sociedade, afinal de contas é ela quem paga pelos serviços públicos e a que mais sofre com o péssimo atendimento e a falta desses mesmos serviços. A frase que não foi pronunciada: “Aquele balcão de negócios no Congresso tem origem nas eleições. O eleitor que acredita receber vantagens quando vende o voto carrega em si e no ato o início do processo da corrupção.”Deputado pensando enquanto decidia não comparecer à sessão para votação dos vetos.  Premio Claudia 2015Na categoria de Políticas Públicas a premiada foi a auditora fiscal Marinalva Dantas. Ela conseguiu libertar mais de 2,3 mil trabalhadores em condições análogas à escravidão. Nesses 20 anos de trabalho Marinalva continua dividida entre a tristeza de saber que muita gente não consegue fugir porque não foi localizada para ser protegida e a alegria de receber o prêmio, que certamente vai abrir caminhos para que essa realidade chegue ao conhecimento de toda a sociedade brasileira. Bem comumNo Lago Norte calçadas das quadras pares trazem postes no centro exatamente no centro do percurso dos pedestres. E não foi obra do governo. Foram os moradores que avançaram as cercas. Carrinho de bebê e cadeira de rodas naquela região não encontram chance de mobilidade. AchadouroNeste sábado e domingo o projeto Território Paranoá levará para Funarte, às 11h, um espetáculo para crianças de 6 meses as 3 anos . Caísa Tibúrcio e Nara Faria farão sons e formas com sacolas plásticas, com inusitada linguagem não verbal e uso de objetos do cotidiano. A meia entrada custa R$ 5,00.
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