Um olhar sobre nossos bens naturais

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Bruno Kelly / Reuters

Após o período mais intenso das queimadas que esse ano varreram boa parte de nossas matas, matando milhares e milhares de espécies de animais e plantas, de Norte a Sul do país, é necessário, a exemplo do que fazem os bombeiros nos rescaldos dos sinistros, a realização de um levantamento sério, para que se conheça os reais prejuízos causados pelas queimadas em 2019.

De certo, os prejuízos, apenas no âmbito da diversidade biológica, serão catastróficos. O que aconteceu esse ano equivale, em termos de pesquisas científicas e de preservação, a dezenas de incêndios como aqueles que consumiram os Museus Nacionais nos últimos anos. E pena que esse sentimento de perda irreversível só seja sentido por pesquisadores e cientistas que estão mais envolvidos com essas riquezas pouco cuidadas por nós.

Pela extensão das queimadas nesse ano, é provável que algumas espécies de plantas e de animais, que sequer tínhamos correto conhecimento, tenham se perdido para sempre. Sem o devido conhecimento do bioma que nos cerca e qual sua importância para nosso meio ambiente, em termos de simbiose e outras trocas, é certo que, a longo prazo, outras espécies venham sentir essa perda e acabem por desaparecer também. O equilíbrio do meio ambiente é delicado e sente as interferências humanas.     Pelo o que conhecem os cientistas, e não é muito quando se trata do vasto bioma, algumas espécies de aves só se alimentam de determinados frutos, produzidos por determinada planta. Com o desaparecimento dessa espécie vegetal, também essas aves estão condenadas. O inter-relacionamento entre as espécies é um mecanismo delicado que trabalha como um relógio, o desaparecimento de uma peça, produz um colapso em série para todo o sistema.

O mais triste em todo esse episódio que expôs o país à um vexame internacional, é que essas tragédias parecem não ter surtido grande efeito internamente. Prosseguem as derrubadas de árvores, as queimadas para plantio e pasto e os garimpos ilegais e não, avançam indiscriminadamente em toda a região Norte. O apoio recebido do governo pelos garimpeiros e por outros poderosos lobbys que agem em cima da dilapidação do meio ambiente, cria a sensação de que explorar essas riquezas, sejam por que meios, é lícito e permitido aos brasileiros e aos índios.

O sinal errado emitido pelas autoridades tem funcionado como um incentivo para a depauperação das riquezas naturais do país. Esse nacionalismo às avessas, que age com o pensamento de que “é meu e faço com ele o que quiser” é um caminho que leva seguramente a perda não só dessas riquezas em si, mas a perda da autoridade moral de posse sobre esses bens.

Não bastasse essa tragédia, o tráfico e contrabando de espécies de vegetais e animais ainda é uma prática corrente em nosso país. Trata-se da terceira maior atividade ilegal de todo o mundo, responsável, segundo os pesquisadores, por retirar do meio ambiente dezenas de milhões de espécies a cada ano. Além de exportar ilegalmente espécies de animais para todo o mundo, o Brasil passou também a importar de outros países, espécies estranhas ao nosso meio ambiente, o que tem acarretado graves problemas para o equilíbrio ecológico interno. “A fauna exótica introduzida pode se tornar invasiva, conquistar áreas muito maiores do que as previstas, suprimir a fauna nativa e transmitir novas doenças. Mais de 180 tipos de zoonoses transmitidas por animais já são conhecidos”, alertam os cientistas.

No dia consagrado à São Francisco de Assis, protetor dos animais, e em que igrejas em todo o mundo abençoam os animais, é preciso um olhar de atenção com as espécies que habitam esse mesmo espaço e que aqui estão, muito antes da chegada dos homens e da civilização.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A Legislação tem sido sempre interpretada ao sabor das conveniências, das circunstâncias e dos interesses localizados.”

Senador Álvaro Dias, sobre as decisões do STF

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 

 

Europa

De malas prontas para partir nesse domingo, em direção à Polônia. A convite da Opera Baltycka Gdansk, o maestro Jorge Antunes viajará para assessorar nos últimos ensaios de sua ópera Olga. A estreia europeia da ópera acontecerá nos dias 11, 12 e 13 de outubro, e outras cinco récitas acontecerão em novembro de 2019 e em março de 2020. Depois dos sucessos de Carlos Gomes na Europa no século XIX, é a primeira vez que uma “grand-opéra” brasileira é levada a palcos europeus.

Foto: brasiliarios.com

 

 

Consulta

Volta e meia seu celular toca, ou mesmo o telefone fixo, com um número de outro estado: 5535338300. Há um site onde você consulta números estranhos para saber a origem e um pequeno histórico sobre tentativas de golpe, presidiários, cobranças infundadas, etc. Veja em Últimos registros no Devo Atender?.

 

 

Vistorias

Cintos de segurança, extintores vencidos, freios e pneus são os maiores problemas dos transportes escolares.

Foto: oregional.com

 

 

Sucesso

Brazil Expo Florida reúne mais de 4 mil pessoas no Broward Convention Center Evento com a presença, na cerimônia de abertura, do Cônsul-Geral do Brasil em Miami, Embaixador João Mendes Pereira; do Vice-Governador do Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith; do Senador Eduardo Girão, além do Vice-Prefeito do Condado de Broward, Dale V.C. Holness.

Cartaz: centrocomunitariobrasileiro.org

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quem chefia o gabinete do prefeito é o Paulo Nogueira. Deixou Nova Iorque por Brasília, e não alega nunca este seu gesto, que só pode ser interpretado como a favor do Distrito Federal. (Publicado em 30/11/1961)

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