Sem escolas e sem futuro

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

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Ilustração: profissaoatitude.com.br

 

Manter a população de adolescentes brasileiros dentro das escolas tem sido um esforço cada vez mais penoso. De fato, nossas escolas públicas, com raríssimas exceções, possuem condições de manterem aceso o interesse dos jovens pelo ensino, sobretudo aquele praticado nos moldes de sempre, com professores ditando ou copiando deveres na lousa, com os alunos escrevendo de forma mecânica em cadernos. A garantia de que os alunos, nessa fase etária, venham a permanecer nas escolas, a fim de que o governo cumpra a programação prevista dentro do Plano Nacional de Educação de 2014, vem se mostrando um objetivo cada vez mais inatingível para a consecução da chamada universalização do acesso à educação básica. A evasão escolar em todo o país é ainda um dado de nossa realidade atual.

Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística dão conta de que 4 em cada 10 jovens de até 19 anos não concluíram ainda o ensino médio. Muitos, inclusive, estão fora da escola (62%) e outros (55%) simplesmente abandonaram a escola. Trata-se de um dado deveras preocupante, quando se sabe que esse será o contingente de cidadãos de aproximadamente 1,1 milhão de pessoas que não terão acesso a empregos de qualidade ou quaisquer perspectivas de melhoria nas condições socioeconômicas. É justamente nesse ciclo fechado de infortúnios que milhões de brasileiros passam a engrossar, a cada ano, o número de pessoas de baixa ou baixíssima renda. O mais preocupante é que esses números têm repercussões diretas e nocivas na desigualdade social, o que acaba por refletir ainda na elevação da violência e em outros dados prejudiciais ao Brasil.

Mesmo sendo direito previsto na Constituição de 1988, que obriga o Estado a prover o ensino fundamental e médio a todos os brasileiros, as disparidades regionais e pouco interesse de muitas autoridades em implementar esses avanços prejudicam qualquer plano nesse sentido, principalmente a médio e longo prazo. Economistas estimam que essa população que vai ficando, a cada ano, à margem do ensino médio, cause um desperdício da ordem de R$ 35 bilhões ao ano para o país por não integrarem efetivamente no mercado de trabalho. Essa preocupação é ainda acrescida pelo fato de que, a cada novo ciclo de aproximadamente 5 anos, esse mesmo mercado de trabalho passe a exigir maior especialização da mão de obra, dentro de uma renovação tecnológica que não para de se sofisticar. Essa é, segundo especialistas no problema, uma tragédia silenciosa que vem ocorrendo a cada ano em todo o país e que explica boa parte de nosso subdesenvolvimento sempre adiado e que, fundamentalmente, está na raiz de todos os nossos problemas, de ontem, de hoje e de amanhã.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

Isso é um ataque às instituições. É uma invasão criminosa por um grupo criminoso organizado, que tem, por objetivo, ou invalidar condenações por corrupção e lavagem de dinheiro, ou obstaculizar investigações que ainda estão em andamento e que ainda podem atingir pessoas poderosas, ou simples ataques às instituições brasileiras.”

Ministro Sergio Moro em depoimento no Senado

 

Triscaidecafobia

O número 13 quebra a perfeição dos 12 meses, 12 tribos de Israel ou 12 constelações do Zodíaco. Foi no dia 13 que a bolsa de NY quebrou. Não existe carro 13 na Fórmula 1, a Air France dispensou a fileira 13 em alguns voos, e 80% dos prédios em Nova York do 12° andar passa para o 14° sem maiores explicações. Isso porque eles não viveram os tempos do partido 13! Se a moda pega no Brasil… Veja um exemplo a seguir.

Foto: reprodução da internet

 

Quanta diferença!

Difícil compreender o Decreto Presidencial 9.731 que dá ao norte-americano o direito de isenção do visto para entrar no Brasil. Bem singelo o objetivo. Que essa facilidade aumente o fluxo de turistas no país. Fica o flanco aberto para a biopirataria e outras estripulias. Enquanto isso, o brasileiro pode ser obrigado a fornecer senha do e-mail, Facebook e outras redes sociais se quiser entrar nos Estados Unidos.

Foto: Alan Santos/PR

 

Mais dificuldades

Por falar nisso, o atraso no Serviço de Imigração dos Estados Unidos para liberar o trabalho a estudantes estrangeiros está prejudicando centenas de jovens. Formandos da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, ou mesmo de Yale, que já receberam oferta de emprego tiveram que declinar pela falta de documentação.

 

 

Perigo à vista

Na Pista de atletismo entre o Paranoá e o Itapuã, a CEB colocou um transformador muito mal protegido.

Foto: portalvarada.com

 

Sem educação

Há a necessidade de começar pelas escolas, já que as famílias não receberam instrução suficiente. No Paranoá é bastante comum ver crianças e adultos jogarem lixo displicentemente no chão. O resultado é uma cidade imunda.

Reprodução: globoplay.globo.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Por sua vez, o TCB, cujos ônibus mal dão para a população normal, não pôde transportar a criançada, como o rádio anunciara. Os automóveis particulares é que concorreram com as caronas. (Publicado em 23/11/1961)

A hidra se move

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Foto: Reprodução / TV Senado

 

Ao longo da história, e os exemplos têm comprovado, à toda reforma de costumes e mudanças no status quo vigente, correspondeu uma chamada contrarreforma. Foi assim, por exemplo, com o movimento da Reforma Católica de 1545, para se contrapor à Reforma Protestante, empreendida por Martinho Lutero. Essa tem sido uma constante e, de certa forma, tem ajudado a evolução da humanidade e a superação de períodos de marasmo ou estagnação das civilizações. A dúvida foi, sempre nesses casos, a mãe das grandes ideias e das revoluções. Nesses casos também, a neutralidade tem sido comumente apontada como aliada ao atraso e à sobrevida do passado.

Nesse sentido, os escândalos provocados pela escuta telefônica clandestina envolvendo o atual Ministro Sérgio Moro e o Procurador Deltan Dallagnol, pelo site “The Intercept Brasil”, demonstram, como avaliaram diversos senadores presentes na audiência pública, que essa operação não foi apenas meticulosamente armada por pessoas dentro  e fora do país, mas também representa, por seus detalhes até agora levantados pelas autoridades,  um verdadeiro contra ataque  das forças que desejam um retrocesso e uma reviravolta em todas as investigações pretéritas reveladas até o presente pela Lava Jato.

Dessa forma, é oportuno afirmar que as escutas da Intercept se inserem dentro de um amplo projeto para reestabelecer a credibilidade dos governos da esquerda, perdida justamente em decorrência dessa exitosa operação do Ministério Público, juntamente com a Polícia Federal. Obviamente que aqueles políticos e outras autoridades que até agora têm se mantido neutros e calados sobre esse episódio estão, de certa forma, aliados ao passado e não plenamente convencidos da luta contra a corrupção endêmica que varreu esse país. É importante nesse caso que o atual ministro da justiça siga, não só aprendendo com a experiência da vida política, como aprendendo também, como tem feito o ministro da economia, Paulo Guedes, a responder os ataques com a mesma ênfase e assertiva.

Aqueles que vêm acompanhando esse caso desde o início não têm dúvidas de que a atividade e toda a maquinação desses hackers, visando desacreditar a justiça e as instituições do país, serão desvendadas na sequência e na oportunidade certa. Para algumas autoridades, fossem esses grampos e escutas clandestinos realizados contra os políticos que desejam a volta ao passado, as revelações seriam sim recheadas de conteúdos incriminatórios que perpassariam todo o código penal. Apesar de sua serenidade, o ministro Sérgio Moro perdeu a grande visibilidade proporcionada pela audiência pública do senado para fazer um apelo, dirigido a toda a nação e particularmente aos políticos do país engajados no combate à corrupção, no sentido de união de esforços, visando levar, até o fim, o projeto de construção de uma República fundada na ética e longe desse passado que tem envergonhado a todos brasileiros de bem.

 

–> Assista a audiência com o Ministro Sérgio Moro no link: Ao vivo: Moro fala à CCJ sobre troca de mensagens com coordenador da Lava Jato

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Pode mudar à vontade, desde que não mexam no meu bolso.”

Diogo Mendez, funcionário público, sobre o interesse pessoal, a âncora que não deixa o país avançar.

 

 

Alegria

Veja, a seguir, a foto dos alunos de Circo que agora trabalharão com a segurança jurídica e apoio do governo. Uma foto nada convencional, que mostra a alegria contagiante, tão necessária em nossos dias. Parabéns ao Plínio Mosca, que saiu de Brasília para espalhar sementes de cultura pelo sul do país.

 

 

Recepção

Ruthe Phillips, Ricardo de Figueiredo Lima, embaixador Enio Cordeiro e o Ministro Fernando de Oliveira Sena receberam, no consulado do Brasil em Nova York, a maestrina do Coral do Senado, Glicínia Mendes, e a diretora do grupo, Maria Tereza Mariz Tavares.

 

 

Consumidor

É bom que todos os brasileiros saibam que, nos Estados Unidos, o site “Reclame Aqui” chama-se Yelt.com. Não só reclamações são bem-vindas, mas elogios também. Para reclamações sobre motoristas de taxi o número 311 ou nyc.gov/311.

Link de acesso ao site: About NYC311

 

 

Social

Importante evento acontecido ontem. A Caixa firma um acordo para o Centro Paraolímpico, que passará a ser chamado “Centro Paraolímpico CAIXA”. Serão recebidas 550 crianças PcD de 10 a 17 anos, alunos das redes públicas municipal e estadual. Serão oito modalidades oferecidas: atletismo, natação, judô, futebol de 5, vôlei sentado, bocha, goalball e tênis de mesa. No projeto, as crianças receberão todo o material esportivo necessário para as atividades, lanches, transporte adequado e contarão com professores e estagiários qualificados.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

 

 

Declaração

Para o presidente da instituição, Pedro Guimarães, o acordo de cooperação reafirma o compromisso da CAIXA em prol da inclusão da pessoa com deficiência, por meio do esporte, da cultura e da educação. “Reforçamos o posicionamento da CAIXA como o Banco da Inclusão e o seu interesse em fortalecer as políticas públicas paradesportivas como instrumento de inclusão social.”

Foto: Roberto Castro/ brasil2016.gov.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Por sua vez, o TCB, cujos ônibus mal dão para a população normal, não pôde transportar a criançada, como o rádio anunciara. Os automóveis particulares é que concorreram com as caronas. (Publicado em 23/11/1961)

Herança perigosa

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@ Reuters / Adriano Machado

 

O seriado transmitido pelas TVs nos anos setenta, intitulado Kung Fu, estrelado pelo ator David Carradine, mostrava, logo durante a abertura, que, dentre os desafios para a preparação de um jovem monge Shaolin, era preciso caminhar com leveza e destreza sobre finíssimas e delicadas folhas de papel de arroz sem danificá-las.

Guardadas as devidas diferenças entre ficção e realidade, essa parece ser também a faculdade principal que terá que ser desenvolvida pelo atual presidente da República, se quiser chegar incólume ao fim do mandato e com alguma chance de vir a disputar o próximo pleito ou fazer, quem sabe, um sucessor.

Pelo muito que se tem visto, lido e ouvido sobre o novo chefe do Executivo, Bolsonaro tem atraído a sua volta uma multiplicidade de forças e ações políticas que diuturnamente conspiram para seu fracasso, oposição ao Brasil sem privilégios. Das oposições dentro do Congresso, passando pelo Ordem dos Advogados do Brasil, UNE, parte do judiciário, universidades, movimentos de proteção ao meio ambiente, movimentos LGBT e outros, todos miram seus canhões contra o presidente, acusando-o, inclusive, pela derrocada nos índices da economia que herdou de outros governos.

Com tanta gente torcendo contra, e devido à fragilidade política do momento atual, com a reorganização das forças de uma contrarreforma, visando a manutenção do antigo status quo, é lícito afirmar que Bolsonaro caminha literalmente sobre finas folhas de papel de arroz. A aumentar ainda mais essa tensão, é sabido que o presidente, por diversas vezes parece colocar a língua na frente do cérebro, falando e afirmando certos desejos, que depois se vê obrigado a corrigi-los ou ajustá-los à realidade.

Num cenário como esse, a situação do atual mandatário pode ainda ser agravada se, por uma dessas tramas do destino, o ex-presidente Lula vier a ser solto. Tendo como demonstrativo uma entrevista dada na prisão que nada reverberou, pode ser que, nesse caso, ele comece a perceber que o tempo petista chegou ao fim. Ou pode acontecer que caia numa depressão, ou mesmo (Deus nos livre!) venha a falecer. Numa situação como essa, que não é nada impossível, dada a idade do ex-presidente e as condições de indivíduo com restrições, isolamento e outras fatores negativos, o caldo pode entornar de vez, com as forças do atraso criando uma nova narrativa de que Lula, doravante transformado em mártir, teria sido vítima dos fascistas ou outra versão qualquer.

O que pode à primeira vista parecer ficção, acaba de acontecer no Egito, agora com o falecimento de Mohamed Morsi, primeiro presidente democraticamente eleito, depois da Primavera Árabe de 2011, e preso dois anos depois. Morsi era um dos líderes da Irmandade Muçulmana, movimento com forte adesão dos clérigos daquele país. Sua morte num tribunal pode, segundo analistas, deflagrar novas ondas de protesto no país.

É necessário salientar que Bolsonaro herdou não só a recessão econômica legada pelos governos petistas. De quebra, herdou também a prisão de seu maior líder, colocado na cadeia por seu atual ministro da justiça. Todo o cuidado nesse caso parece ser pouco, até mesmo lavar as mãos para um fato que parece dizer respeito somente ao judiciário.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Um dia eu fui trotskista e um dia eu rompi com o trotskismo e com o marxismo, por imaginar, ou, por chegar à conclusão de que o marxismo se acredita dono do futuro. E a crença de que você tem a chave da história, de que você sabe o que vai acontecer e o que deve acontecer no futuro é uma crença fundamentalmente totalitária. Porque se você sabe, e os outros não, para onde se dirige a humanidade, então você tem a justificativa pra calar os outros.”

Demétrio Magnoli, jornalista e geógrafo

Foto: gazetadopovo.com.br

 

 

Tormento

Quantas vezes os consumidores brasileiros são surpreendidos pelo toque do celular onde, do outro lado, telemarketing ou mesmo robôs vendem produtos, insistem em novos pacotes. Muito desagradável e as reclamações não surtem efeitos. Isso começa a mudar pelo mundo.

Foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press

 

 

Apoio

Nenhuma agência do governo protege ligações de marketing contra os consumidores. Pelo contrário, o governo dá os passos para que os consumidores se protejam. Desligar o telefone imediatamente, não tocar em nenhum número durante a gravação e compartilhar a experiência com o portal do Escritório de Proteção ao Consumidor, FTC. A gravação do áudio é feita por Kati Daffan e isso acontece nos Estados Unidos.

 

 

A vingança

Mesmo com esse apoio, parece que as empresas de telemarketing ultrapassam todos os limites, inclusive das leis. Está a caminho dos consumidores mundiais um contra robô. Uma nova máquina que responde às insistentes perguntas: Jolly Roger Telephone. Veja a seguir como a máquina faz o atendimento por você, para terror dos atendentes!

Acesso ao canal: Jolly Roger Telephone Co

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Como não podia deixar de ser, quem planejou não pensou na extensão da plataforma, e pôs alto falantes somente para os que estavam próximos ao palanque. (Publicado em 23/11/1961)

A vida em preto e branco da população brasileira em contraste com as cores da realidade da alta cúpula

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Foto: Jorge Araújo/Folhapress

 

Desde o falecimento do ex-presidente Tancredo Neves, o Brasil parece viver uma sequência sem fim de acontecimentos surpreendentes. Parlamentares presos batendo ponto, a tragédia do avião de Eduardo Campos, Teori Zavaschi, todos os mortos na história do jardineiro Francelino Costa e do prefeito Celso Daniel, a fuga do deputado Jean Wyllys, os bastidores da facada no candidato à presidência, Jair Bolsonaro, até para a tragédia que tirou a vida do jornalista Boechat, com muitos inimigos políticos, não faltaram suspeitas.

No tempo de Tancredo, não faltaram aqueles que visualizassem, na tragédia médica, atentados e outros tipos de sabotagem, visando impedir o prosseguimento do processo democrático em curso. De lá para cá, foram muitos os fatos anormais ocorridos, todos, obviamente, envoltos em mistérios e segundas interpretações pelos adeptos da teoria da conspiração. É claro que não se pode descartar o fato de que, num país como o nosso, o realismo fantástico e a vida política se misturam e confundem a todos, mesmo os mais céticos.

Dando o salto no tempo e no espaço, o acontecimento bizarro da vez vem a ser a interceptação telefônica entre o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, realizada de forma clandestina pelo aplicativo Telegram e disponibilizado pelo site The Intercept Brasil, de propriedade do jornalista e hacker norte-americano, Glenn Greenwald. Nessa nova subtrama, cujo o capítulo principal é ainda a Operação Lava Jato, o juiz e o procurador trocam estratégias jurídicas claras para o enfretamento do verdadeiro pool e dos mais caros advogados de defesa do país.

Numa interpretação ligeira, tratava-se ali de uma prática corriqueira, onde um juiz colhe interpretações de todas as partes envolvidas no julgamento para melhor encaminhar seu veredito. É preciso recordar que esse não era um caso simples. Cuidava-se de um julgamento de um ex-presidente da República, fato incomum em toda a nossa história. O que resultou dessa nova modalidade de bisbilhotice eletrônica foi a oportunidade enxergada pela oposição de abrir novo flanco para anular não só a condenação de Lula, mas reverter todo o rumoroso caso revelado pela Lava Jato.

Dentro desse enredo paralelo, reforçado também por políticos e juristas que torcem pelo fracasso daquela Operação exitosa, a imprensa começou a descobrir novos fatos como a ligação desse jornalista estrangeiro com o suplente de Jean Wyllys, que teria renunciado ao cargo de deputado federal sob a alegação de estar sendo ameaçado de morte. Notícias, ainda não confirmadas, de que Wyllys teria, na verdade, vendido a vaga de deputado, trazem ainda novos e intrigantes relatos a esses casos, que envolvem ainda famosos hackers russos, contribuições de gente poderosa, dentro e fora do país, e uma série de outras denúncias que necessitam de apuração mais acurada.

Verdade ou não, todo esse novo episódio traz, mais uma vez, à tona a história de um país onde a elite política e econômica vive uma realidade fantástica e colorida, em contraste com a vida em preto e branco do restante da população que segue assistindo a essa novela sem fim.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O Brasil não é a Venezuela. Por aqui, o “Estado de Direito” é definido pelo Judiciário, não pelo Instituto Lula, o PT ou mesmo o Planalto.”

Demétrio Magnoli

 

 

Elogio

Com uma tecnologia diferente das outras operadoras de celular, a Claro oferece aos consumidores o Claro Passaporte. Na Europa e América do Norte, o consumidor brasileiro tem acesso ao 4G (ou 5G) exatamente como no Brasil, podendo inclusive fazer ligações, além de navegar na Internet.

Banner: claro.com.br

 

 

Reclamação

Por falar em Claro, em contratos assinados, há uma cláusula sobre a gratuidade na consulta aos recados deixados na secretária Claro. De repente, para ouvir os recados passou a ser cobrada uma taxa. Estamos aguardando a resposta da assessoria de imprensa sobre o assunto.

Foto: meu-smartphone.com

 

 

Voo

Em viagens ao exterior, a Copa é a empresa aérea mais pontual. Do Brasil aos Estados Unidos, com parada no Panamá, as conexões são cravadas.

Foto: passagenspromo.com

 

 

Pente fino

Em parceria com a Administração do Paranoá, a CEB fez uma revisão na cidade para pontuar todos as áreas críticas da região. Os relatórios serão encaminhados à parte técnica para solução. O Administrador Regional do Paranoá, Sérgio Damaceno, classifica como vital a ação: “Em parceria com a CEB, realizamos reparos de forma que a população possa utilizar os instrumentos públicos com segurança”.

Foto: portalvarada.com

 

 

Novos tempos

Corre pelo mundo o fenômeno do fechamento de lojas. Quem resiste ao uso da venda pela Internet, perde espaço. Lojas no mundo inteiro que se mantém fisicamente contam com a venda pela Internet para manter as contas em dia. No Brasil, quem compra pela Renner online busca o produto na própria loja. A vantagem é que paga mais barato pela mesma mercadoria exposta na loja física.

Foto: guiadeecommerce.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um espetáculo, a festa da Rodoviária. Impressionante, o carinho com que o povo do Distrito Federal comemorou o aniversário dos filhos do presidente João Goulart. (Publicado em 23/11/1961)

O cerrado devastado por titãs

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Foto: brasil.gov.br

 

Quando alguns brasileiros começaram a descobrir a vastidão e complexidade dessas áreas, os estrangeiros, com apoio imediato do governo, já estavam derrubando e queimando as árvores torcidas do bioma, expulsando e matando os animais para o estabelecimento de grandes latifúndios para o plantio de monoculturas como a soja.

Ao se posicionar hoje como o maior produtor mundial desse produto, exportado em sua grande parte para a China, com faturamento de mais de 25 bilhões de dólares anuais, o Brasil deixou de lado, definitivamente, sua preocupação com questões de biomas, meio ambiente e outros assuntos de preservação, consideradas pelo governo e pelo pessoal do agrobusiness como discussões menores e sem retorno econômico.

Dessa feita, a soja e a pecuária respondem hoje como os principais responsáveis pelo desmatamento nessa região, que ainda prossegue, sem limite, dentro da perspectiva de expansão contínua da chamada fronteira agrícola. Chega a ser penoso constatar que os maiores esforços contra essa destruição contínua do Cerrado vêm também por parte de pessoas e Organizações Não-Governamentais do exterior, acostumados com esse tipo de luta.

Internamente, parece que ainda não despertamos para essa calamidade que vai ocorrendo bem debaixo de nossos pés. Não se vê o assunto nas TVs ou jornais, não se vêm debates, nem movimentos populares contra essa destruição paulatina de nossas riquezas. Não é por outra razão que apenas 5% das multas referentes a desmatamento e outras contravenções ambientais são efetivamente pagas.

Também não chega a ser surpresa o fato de que não se conhece nenhum desses destruidores do meio ambiente presos ou cumprindo qualquer pena. Mesmo aqueles grandes produtores, que são flagrados desmatando ou mantendo trabalhadores em condições análogas à escravidão, são devidamente penalizados, o que faz supor um conluio de forças muito maior do que podemos imaginar.

Grandes empresas de alimentos do mundo como a Walmart, Unilever, Nestlé, Danone, Kellogg’s e outras 60 importantes marcas de nutrientes, reuniram-se para formar um conglomerado ainda mais gigantesco denominado Consumer Goods Forum (CGF) e exercem pressão sobre tudo e todos, com suspeitas de impor regras e, em muitos casos, com suposto descumprimento das legislações que vão contra seus interesses. Mesmo apelos e manifestos embasados, como feitos agora por um conjunto de mais de 600 cientistas de todo o mundo, para que a União Europeia não compre alimentos que não sejam devidamente certificados e com compromissos com o meio ambiente, têm sido respeitados ou levados à sério.

É preciso entender, de uma vez por todas, que o Cerrado, com seus 2 milhões de Km², ou 25% do território nacional, e onde nascem as três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), reclama maior interesse por parte das autoridades e dos legisladores. Outro fator de indiscutível importância é que nove em cada dez brasileiros consomem eletricidade gerada com as águas do cerrado, que geram metade da energia produzida no país.

Não se entende, pois, que, sendo um dos biomas mais ricos do planeta, o Cerrado continue a ser também um dos mais ameaçados e desprezados pelos seguidos governos, que só enxergam nessa região o fator lucro imediato, sem maiores esforços que não vão deixar à livre exploração. É uma pena e um crime.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Nem tudo o que é torto é errado. Veja as pernas do Garrincha e as árvores do cerrado.”

Nicolas Behr, poeta da nossa terra

Foto: Ailton de Freitas

 

 

Reformas

Enfim, a W3 está passando por uma revisão. Calçadas que vão favorecer a mobilidade, limpeza e arrumação geral. Brasília precisa de pelo menos um lugar onde os cadeirantes e idosos possam circular com segurança. É uma homenagem singela a quem construiu a cidade.

 

 

Vida

Arte no metrô. Que notícia boa saber que entre a Estação Central e a Estação da 102 Sul, as paredes estão servindo para mostrar arte. Artistas do DF e de diversos estados mostram a arte em sintonia com a tecnologia. São as cidades inteligentes que já chegaram nos países mais ricos. Aos poucos, Brasília vai se rendendo. Sem discutir o mérito, a projeção áudio visual em 3D usada em edifícios já é realidade pelo mundo, enquanto na capital do país é novidade.

Foto: André Borges/Agência Brasília

 

 

Constatação

Domingo Pet Day. Um dia exclusivo dedicado aos Pets no Eixão. Há quem diga que a solidão dos seres humanos aumenta e os bichos de estimação, que não cobram, não têm maus dias, estão sempre solícitos, são a melhor companhia. O que sei, é que vi cair lágrimas dos olhos de uma maranhense recém-chegada em Brasília quando viu que animais têm plano de saúde.

Foto: oscabecasdanoticia.com

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Não façam, entretanto, exceções. Cortem todos os telefones dos relapsos pagadores e, assim, os que pagam em dia terão maior número de linhas, e o DTUI, por sua vez, disporá de mais dinheiro para a aquisição de material. (Publicado em 23/11/1961)

A última fronteira agrícola será também nosso grande e árido deserto

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Foto: ecoa.org.br

 

Quem vive nas metrópoles do Centro Oeste brasileiro, cidades modernas, como Brasília, Goiânia, Palmas, Campo Grande e outras de igual importância, com milhões de habitantes e todo o tipo de progresso urbano, não possui a mínima ideia do que está ocorrendo ao redor, nos imensos campos destinados às atividades agroindustriais e que praticamente ilham essas comunidades

Cercadas por imensos latifúndios de monoculturas por todos os lados, cuja a produção é quase totalmente destinada ao mercado externo, essas dezenas de cidades, que nas últimas décadas têm experimentado um sensível crescimento ou inchaço demográfico, vão, aos poucos, sentido os efeitos diretos e nefastos dessas atividades econômicas realizadas, unicamente, objetivando lucros máximos e imediatos a seus proprietários.

Com isso, a cada período de estiagem nessas regiões, mais e mais seus habitantes vão sofrendo longos meses de racionamento de água, seguidos de fortes ondas de calor, o que é agravado ainda pelas seguidas queimadas, tornando o ar irrespirável e com prejuízos à saúde de todos.

Rios e outros cursos d’águas, que anteriormente corriam durante todo o ano, agora desaparecem durante a seca, deixando apenas um rastro de areia e pedras, apontando para um futuro de escassez e aridez para todos.

Incrivelmente, esse parece ser um assunto tabu nessas regiões. Ninguém discute as causas desses fenômenos, nenhuma escola ou universidade parece disposta a levar esse debate adiante. Fala-se em progresso econômico. Mas a que preço? O poder de pressão do agronegócio não se limita apenas ao Congresso, onde reúne uma bancada barulhenta e disposta a tudo. Também no campo os grandes latifúndios assustam os pequenos fazendeiros que já perceberam a força desses gigantes, muitos dos quais estrangeiros, que não medem esforços para impor suas vontades.

Os movimentos nacionais que se contrapõem ao poderio dessas multinacionais de alimentos ainda são muito incipientes entre nós e normalmente não são, sequer, ouvidos pelas autoridades. Os desmatamentos contínuos, a dizimação de espécies animais e vegetais, o envenenamento dos solos e a desidratação dos cursos de água não abala essa gente que age protegida por uma legislação claudicante e benéfica a quem produz, não importando como e a que custo.

Preocupante é saber que a própria Constituição de 88 em seu art. 225, parágrafo 4º, define como patrimônio nacional a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, O Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira, deixando de fora todo o importantíssimo Bioma Cerrado. Atentem senadores e deputados ao detalhe! Façam o que é preciso ser feito para proteger toda essa terra e essa gente. A Carta Magna deixou enormes brechas por onde penetram esses devastadores das riquezas naturais do país, travestidos de grandes produtores.

A menor proteção legal, juntamente com o poder de lobby dos produtores, tem provocado estragos irreversíveis nesse bioma e que só serão devidamente avaliados quando toda essa região entrar num processo de desertificação sem controle. Aí será tarde demais e possivelmente seus responsáveis já estarão fora do alcance de qualquer lei ou autoridade.

Cientistas já comprovaram que o Cerrado é a savana mais biodiversa do planeta, contendo 5% das plantas e animais da Terra, inclusive 4.800 espécies que só ocorrem nessa parte do mundo. O problema com esse bioma único é que ele, apesar da variedade e grandeza, é também um dos mais sensíveis e contrários à intervenção humana. Por não conhecer adequadamente ainda todo o funcionamento desse complexo sistema, a intromissão humana causa estragos de difícil recuperação.

Experimentos com plantas e animais demonstram a dificuldade de reproduzi-los em condições fora de seu meio ambiente natural. As poucas experiências feitas até agora, por pesquisadores isolados e com escassos recursos, demonstram que há ainda um imenso e variado campo desconhecido sobre esse sistema. Infelizmente, a descoberta dessa riqueza natural e delicada só começou a aparecer quando o boom das matérias-primas e das commodities já estavam atraindo grandes investimentos, principalmente do exterior.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Enquanto a esquerda esperneia deixando de votar inclusive no que defendia, enquanto a direita calcula cada passo, o Brasil aguarda para saber que destino tomar: de volta ao passado ou direto para o futuro. Unir para governar é o pensamento de quem age pelo país, e não por ideologias.”

Dona Dita, enquanto vê a banda passar.

Charge do Iotti

 

 

Pão e Circo

Nota do leitor Renato Prestes: “Nos dias dos jogos da seleção brasileira masculina na Copa do Mundo, servidores públicos são dispensados. Nos jogos da seleção feminina, essa benesse não ocorre. Situação que deixa bem explícita que não há tratamento igualitário entre homens e mulheres, conforme impôs a Constituição de 1988.” O ideal seria não ter dispensa do trabalho para assistir jogo de futebol, o que é um absurdo em si (nota da coluna).

Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Uma solução para o DTUI: se falta dinheiro, que sejam cobradas todas as contas atrasadas. Para que os relapsos paguem, bastará que se desligue o telefone, e todos correrão ao guichê do Banco do Brasil. (Publicado em 23/11/1961)

O fenômeno nefasto da Infantilização

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Iotti

Um dos fenômenos que vem chamando muito a atenção de sociólogos e outros estudiosos do comportamento das sociedades modernas, não só no Brasil, mas em todo o mundo ocidental nessas últimas décadas, é quanto ao processo acentuado de infantilização dos seres humanos. Por detrás desse acontecimento hodierno, se encontram razões que vão desde o prolongamento na expectativa de vida das pessoas, decorrentes dos avanços da medicina, novos hábitos alimentares, aumento das atividades físicas e recreacionais, indo até ao incentivo da indústria tanto de produtos como de ofertas, e oportunidades de lazer infinitos.

No nosso caso particular, entra nessa composição o fato de que, por nossa formação histórica, o Estado, esse demiurgo moderno, sempre foi encarado como uma espécie de pai, a quem cabe a missão de cuidar dos cidadãos, no bom e no mau sentido. Não seria de nada ruim se, nesse fenômeno que parece manter as pessoas presas na infância, fosse acompanhado também pelo sentido de pureza das crianças, num reino onde o mal não teria oportunidade de se manifestar.

Ocorre, no entanto, que esse evento extra temporal vem não apenas permeando toda a vida social e política da nação, como influenciando de forma bastante negativa no processo de desenvolvimento de nosso país. Ficamos presos ao atraso quando nosso sentido de direção nos aponta para o passado. Da mesma forma ficamos inertes quando, durante o processo eleitoral, ficamos no aguardo de um super-herói que emergirá das urnas para resolver todos os nossos problemas, desde um desentendimento com o vizinho do lado até problemas mais complicados como uma reforma do sistema de aposentadorias.

Com isso, vamos adquirindo cada vez mais um medo do que está por vir. Quem acompanha a atividade política diária, com os bate bocas entre as autoridades, a troca de mensagens desaforadas ou mesmo a atuação embirrenta das oposições, desconfia, logo de cara, de estarmos revendo uma briga entre crianças pela posse de um brinquedo.

Mesmo os discursos em plenário, por suas interjeições, pouco se diferenciam dos alaridos infantis. Elegemos políticos que na vida real são palhaços, animadores de auditório, atores de filmes pornô, estrelas do show business, campeões de Big Brother e outros personagens do mundo de animação, na ilusão de estender, para a vida pública, a pretensa alegria descontraída encontrada nesses personagens que povoam nossa fértil imaginação.

Diversos artigos e livros sérios têm sido escritos sobre esse fenômeno. O curioso é que, em todos eles, o resultado final que analisa esse evento sui generis de “homens-meninos” aponta para uma saída bastante preocupante para o futuro das sociedades atuais. A birra e a imaturidade intelectual de um líder, que tenha sob seu comando o botão nuclear, pode numa dessas hipóteses de infantilidade, pulverizar parte do globo. Do mesmo modo, a pouca maturidade de nossas lideranças políticas atuais, suas intrigas e mesmo as brigas físicas, comumente presenciadas em público, pode nos custar não apenas uma saída do atraso e do subdesenvolvimento, como retardar um futuro que necessitamos para amadurecer.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A vida intelectual é a busca pela infantilidade pela fuga às responsabilidades que temos ao viver a realidade.”

Aldous Huxley, autor do Admirável Mundo Novo

Foto: paleofuture.gizmodo.com

 

 

Passo a passo

Alguns leitores perguntam como acessar o blog do Ari Cunha. É só escrever “blog do Ari Cunha” no Google e clicar no título. Com mais detalhes das notas, ilustrações, links e todas as facilidades da navegação pela Internet.

 

 

Ajuda Atleta

Ser atleta nesse país não é fácil. Califa Filho recebeu total apoio da Pizzaria Primo Piato, a primeira a implementar o rodízio em Brasília. O atleta de Canoagem Oceânica, atual Campeão Sul-americano na modalidade realizada em novembro de 2018 em Punta Del Este, Uruguai, foi convocado para o Mundial Quiberon na França em setembro de 2019. Devido ao alto custo do evento e não haver recurso público, por não ser uma modalidade Olímpica, a pizzaria e você podem fazer juntos nosso campeão despontar na França. Veja as opções de ajuda a seguir.

facebook.com

–> Sou o Califa Filho, atleta de Canoagem Oceânica, atual Campeão Sul-americano na modalidade realizada em novembro de 2018 em Punta Del Este – Uruguai.?

Fui convocado para o Mundial Quiberon na França em setembro de 2019. Devido ao alto custo do evento e não haver recurso público (por não ser uma modalidade Olímpica), procurei ajuda da Pizzaria Primo Piato, que abraçou a ideia de imediato.??
Desta forma estamos fazendo uma “Ajuda Atleta” com o objetivo de levantar recursos para minha participação no Mundial.
O valor do rodízio é 35 reais por pessoa e a Primo Piato irá me repassar um percentual. A bebida e os 10% serão cobrados normalmente pelo estabelecimento.
FUNCIONA ASSIM: vc entra no link abaixo do Mercado Pago e, depois que realizar o pagamento, me envia um e-mail (canoagem.brasilia@gmail.com) com:
– seu nome completo;
– comprovante do Mercado Pago;
– *data e horário* que deseja ir saborear o rodízio! Válido até 01/09/2019.
Pronto! Depois é só ir na  Primo Piato da 707 Asa Norte.
Rodízio PrimoPiato 1und CALIFA. R$ 35,00. Por favor, pague com este link do Mercado Pago: http://mpago.la/1W3jto
Rodízio PrimoPiato 2und CALIFA. R$ 70,00. Por favor, pague com este link do Mercado Pago: http://mpago.la/3WNKCm
Rodízio PrimoPiato 3und CALIFA. R$ 105,00. Por favor, pague com este link do Mercado Pago: http://mpago.la/3Cyotv
Rodízio PrimoPiato 4und CALIFA. R$ 140,00. Por favor, pague com este link do Mercado Pago: http://mpago.la/2kYHn7
Rodízio PrimoPiato 5und Califa. R$ 175,00. Por favor, pague com este link do Mercado Pago: http://mpago.la/2fjzT5
Devido a sugestão de um amigo, eu criei outros produtos no MercadoPago, contendo meu nome e quantidade de rodízios de 1 a 5 unidades. Assim poderá chamar mais amigos, família e contribuir ainda mais comigo.
Agradeço a todos que estão compartilhando, pois cada ajuda será muito importante para que eu consiga ir para o Mundial.
Coloquei meu nome na foto e nos links de pagamento mas, quem preferir fazer  por transferência bancária, peço que me confirme a transação por e-mail (com seu nome e data que irá degustar as delícias do Primo Piato) => só assim o restaurante saberá que já está pago.
Banco do Brasil 001
Agência: 34754
Conta corrente: 129469-5
Califa Filho
Em caso de dúvidas fico a disposição: 61 998158151

 

Encontro Mundial

Alto Paraíso está se preparando para o grande encontro com gente de todo o mundo. Trata-se da 19ª edição do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. Quem nos envia a novidade é Helena Castelo Branco. A primeira etapa acontece na Aldeia Multiétnica, junto aos povos indígenas. A segunda etapa é realizada na Vila de São Jorge, junto a comunidades tradicionais, remanescentes quilombolas e artistas da cultura popular. De 12 de julho a 03 de agosto. Veja mais detalhes a seguir.

Link para perfil do evento no Facebook: Encontro de Culturas

Link para inscrições: XIX Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros

Banner: sympla.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Se seu aparelho atende prontamente ao ruído de discar, fique sabendo que o senhor é um privilegiado. Não há um aparelho em Brasília que dê, imediatamente, o sinal para discar. A demora é imensa e, muitas vezes, mesmo com o fone fora do gancho, entra uma chamada estranha.  (Publicado em 23/11/1961)

O preço do progresso a qualquer preço

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Imagem: pinterest.com/lamatin

 

Conciliar o que chamam de desenvolvimento econômico com preservação do meio ambiente tem sido, desde sempre, uma grande dor de cabeça para muitos governos em muitos lugares do planeta. Anteriormente, quando os cuidados com o respeito ambiental ainda eram obra de ficção, principalmente no pós-guerra, quando se verificou a necessidade de implantação de um polo industrial no Brasil, a questão da conservação da flora e fauna simplesmente inexistia. A ordem era expandir e abrir fronteiras, para tanto, tudo justificava em nome do progresso.

Fôssemos obedecer hoje ao que rezam as cartilhas que defendem a conservação e respeito ao meio ambiente, Brasília não teria saído do papel, tamanhas foram as interferências impostas à geografia local e do entorno para o assentamento da capital. Apenas para o preparo necessário à acomodação do Plano Piloto, sobre tudo a área central, milhões de metros cúbicos de terras foram movimentados, rios soterrados, veredas extintas, animais expulsos, espécies raras e desconhecidas simplesmente descartadas. Não havia consciência científica sobre a importância dessa riqueza natural, tratada como “campos sujos”. Ainda hoje há quem diga em “limpar o terreno” quando se quer retirar as árvores.

Obviamente que o custo ambiental para a consolidação da capital não pode ser aferido com a régua e com o conhecimento que possuímos hoje. Aprendemos com erros e com os exageros nesses erros. O que não se pode mais tolerar é o cometimento dos mesmos erros, tendo como justificativa apenas o desenvolvimento econômico à qualquer preço. Bem sabemos que ainda existem indivíduos e poderosos grupos de pressão que enxergam no Meio Ambiente um obstáculo ao desenvolvimento. Estudos sérios, realizados por especialistas respeitados e sob a lupa da ética no ofício, conhecem o caminho do meio, entre a preservação e o progresso.

Esse conhecimento precioso, somado ao acolhimento das opiniões das comunidades locais, é capaz de dar uma cobertura justa e legal aos empreendimentos e ao avanço inevitável do que chamamos progresso. Assim, tendo em vista a ânsia demonstrada pelo atual governo, em dar andamento acelerado a muitas obras de infraestrutura pelo país afora, todo o cuidado é pouco, principalmente quando se verifica o poderio do lobby que se esconde por detrás de muitas propostas de flexibilização de regras e leis ambientais.

Nesse sentido chama a atenção o Projeto de Lei 3729/04 criando a Lei Geral de Licenciamento Ambiental, que vem sendo atualizada dentro do Congresso Nacional que, entre outras alterações, prevê isentar a necessidade de licenciamento de obras de melhoria, modernização e ampliação em obras pré-existentes. Para alguns especialistas, essa medida poderá representar um cheque em branco para todo o setor de infraestrutura, possibilitando não só reformas, mas obras completas.

No texto está previsto ainda a isenção de licenciamento ambiental para as atividades rurais, bem de acordo com o desejo da bancada ruralista. Outra preocupação muito séria é com a pretensão demonstrada agora pelo governo Bolsonaro em reduzir mais de 60 unidades de conservação ambiental do país, de modo a retirar o que chama de interferências com estruturas existentes, para, segundo diz, conferir segurança jurídica para os empreendimentos, sejam eles públicos ou concedidos à iniciativa privada.

O que se comenta é que o Ministério do Meio Ambiente, que na prática deveria lutar pela preservação do nosso patrimônio natural, prepara um documento para fazer uma “revisão” geral em todas as 334 unidades de conservação federais existentes em todo o país, de forma a integrá-los às novas propostas de desenvolvimento.

Nessa balança sensível em que o meio ambiente nacional é colocado ao lado das vantagens do progresso, o que parece pesar mais nesses atropelos burocráticos é o desejo político do governo em cumprir uma agenda que, mais e mais, vai se parecendo com um passado que acreditávamos ter deixado para trás.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A terra deve ser tratada com ternura, para não lhe causar feridas, para não arruinar a obra que saiu das mãos do Criador. Quando isso não acontece, a terra deixa de ser fonte de vida para a família humana. E isso é o que acontece em não poucas regiões do nosso planeta, onde a água está contaminada, o lixo se acumula, a deflorestação avança, o ar está viciado e o solo acidificado”.

Papa Francisco

Foto: Paul Haring/CNS.

 

 

Convite

Murilo Frade convida para mais uma exposição de seus trabalhos. Na “Construção do Abstrato”, ele traz as cores e equilíbrio da alma. É uma obra que atrai e, harmonicamente, mostra a estética com maestria. A partir do dia 26 de junho, às 19h30min, no Salão interno do Restaurante Fortunata. Veja os detalhes a seguir.

 

 

Trabalho

Tomarão posse, hoje, na Associação dos Magistrados do Trabalho: Terezinha Célia Kineipp Oliveira (Desembargadora Aposentada), no cargo de Coordenadora de Aposentados da Amatra 10, e Heloísa Pinto Marques (Desembargadora Aposentada), no cargo de Vice Coordenadora de Aposentados da Amatra 10. A Amatra 10 é presidida pela juíza Audrey Chocair Vaz, recém-empossada para o biênio 2019/2021.

–> A coordenação de aposentados da Amatra10 (Associação dos Magistrados do Trabalho da Décima Região – Distrito Federal e Tocantins) tem como objetivos principais a valorização, integração e defesa das prerrogativas e direitos dos magistrados aposentados da Região. Atualmente, são 22 magistrados do trabalho aposentados filiados à Amatra10. O grande desafio da Coordenação de Aposentados é promover a valorização destes aposentados e sua integração à vida associativa, além do trabalho constante na defesa dos seus direitos e prerrogativas estabelecidos na lei e na Constituição Federal.

Terezinha Kineipp e Heloísa Pinto Marques, desembargadoras aposentadas da Décima Região (DF e Tocantins) tomaram posse, hoje, respectivamente, nos cargos de Coordenadora de Aposentados e Subcoordenadora de Aposentados da Amatra 10, em sua sede.
O Ministro do Tribunal Superior do Trabalho aposentado, José Luciano de Castilho Pereira, e sua esposa Ângela; a presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins, desembargadora Maria Regina Machado Guimarães; a presidente da Amatra10, juíza Audrey Chocair Vaz; o vice-presidente da Amatra 10, juiz Márcio Roberto Andrade Brito; a Coordenadora Regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem (do CSJT), juíza Ana Beatriz do Amaral Cid Ornelas; a juíza aposentada, Solange Barbuscia; as juízas Adriana Zveiter e Patrícia Becattini; Terezinha Kineipp e Leonel Peleja Souza Oliveira.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ainda telefones: não há um aparelho em Brasília que dê, imediatamente, o sinal para discar. A demora é imensa e, muitas vezes, mesmo com o fone fora do gancho, entra uma chamada estranha. (Publicado em 23/11/1961)

O preço do improviso

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Foto: Reprodução / Google Earth

Entra governo, sai governo e a questão fundiária do Distrito Federal prossegue no mesmo impasse e com um agravante: a cada ano, o problema vai sendo acrescentado por uma série de novas ocupações irregulares que vão se sobrepondo a outras mais antigas e também enroladas juridicamente, tornando o processo de regularização urbana numa espécie de novela que se arrasta indefinidamente e sem solução adequada e racional à vista. Por outro lado, as regularizações feitas até agora têm sido feitas a toque de caixa, com o respaldo da Câmara Legislativa.

Também, não poderia haver outra maneira de se contornar um problema que já nasceu de forma enviesada, feito apenas para dar sustento a determinados grupos de políticos e de empreendedores, ávidos por lucros e benefícios a qualquer custo. Só que nesse caso o custo é de todos e vai se avolumando, conduzindo-nos à quase inviabilização da vida urbana de toda a capital, submetida a medidas impostas de afogadilho e sem qualquer planejamento de longo prazo, como é exigido em qualquer cidade que se preze. Bem sabemos quando isso teve início. O que não se pode imaginar é onde isso tudo vai nos levar. Basta ver que lotes doados foram vendidos, o que deveria ser expressamente e efetivamente ilegal, com consequências a se impor.

O problema com os políticos de plantão e mesmo com empreendedores locais é que o horizonte deles se estende por apenas quatro anos. O nascimento e vida das cidades, principalmente aquelas de grande porte e importância, se medem por séculos e mesmo por milênios. O que se pode saber sobre esse longo ciclo de muitas metrópoles nos é dado pelas inúmeras experiências históricas.

É comum as cidades mais longevas respeitarem um planejamento urbano metódico que, em sua fórmula, perpetua-se no tempo. Nenhuma cidade desse planeta logrou sobreviver à custa de improvisos e de medidas aleatórias e imediatistas adotadas por seus governantes. Soa como quase surreal que justamente a primeira cidade modernista do mundo, planejada nos mínimos detalhes por um dos maiores urbanistas de todos os tempos e que maravilhou a todos, continue sofrendo ataques diários, tendo seus espaços vitais ocupados de forma caótica e sem estudos de possíveis impactos a médio e longo prazos.

Pior que, a esse desenvolvimento desordenado e sem critérios técnicos, vão se sobrepondo lei e regulamentações feitas às pressas para dar algum arremedo legal ao que, em sua origem, é flagrantemente irregular e prejudicial à cidade. Não surpreende que noventa por cento dos processos de regularização e legalização de terras tenham sido efetivados de forma conclusivas nesses últimos dez anos.

O volume de áreas a serem regulamentadas se somam a centenas e o número de loteamentos já ultrapassa a casa de dezenas de milhares. Esse é o resultado claro da ação contínua dos agentes de grilagens de terras, muitos incentivados por políticos inescrupulosos e pela ação displicente das autoridades por décadas.

O que vai se sucedendo com essa cidade é exatamente a história de uma agonia anunciada há tempos, por Ari Cunha, nesse mesmo espaço desde a entrada em dos políticos locais, facilitada pela independência malsã da capital a partir dos anos noventa.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Diziam que eu era antidemocrata porque sempre me posicionei contra a instalação de um poder legislativo na capital da República. Havia maior independência e melhor uso da verba recebida pela cidade.”

Ari Cunha, in memoriam, criador da coluna Visto, lido e ouvido

Foto: arquivo pessoal

 

 

Trabalho

Por falar nisso, foi aprovada na Câmara Legislativa a ideia de tornar obrigatória a exibição, em ônibus de transporte público, de filmetes contra a violência. É um bom veículo para transmitir dicas de urbanidade. Salas de cinema comerciais também serão obrigadas a divulgar os filmetes. Bastava ser uma contrapartida a concessão e um acordo com as salas de cinema. Não precisaria ser lei.

 

 

 

Assinado

Institutos de pesquisa publicaram verdadeiros absurdos nas eleições passadas. Visivelmente trabalhos encomendados para esse ou aquele candidato. Parece que essa orgia informativa vai acabar. Já nas próximas eleições, as pesquisas de opinião terão o nome dos estatísticos responsáveis publicado. O projeto do ex-deputado federal Joaquim Francisco dará ao estatístico profissional a responsabilidade técnica do trabalho.

Foto: joaquimfrancisco.blog.br

 

 

Boas novas

Depois que Plínio Mósca mudou para Porto Alegre, muita coisa mudou na terra de Mário Quintana. Como membro do Conselho de Cultura do RS, ele ocupa uma das vagas pertencentes às Ciências Humanas e traz o seguinte convite, que pode inclusive ser inspiração para Brasília. O Instituto Federal do RS, Campus Porto Alegre, e o Conselho Estadual de Cultura do RS convidam para o ato de conclusão do Curso de Extensão de Gestão em Artes Circenses, o 1º curso do gênero oferecido por uma instituição pública de ensino no Brasil. Todos os artistas de circo gaúchos, de agora em diante, poderão conhecer técnicas de segurança profissional, seus direitos e deveres com as próximas turmas que serão oferecidas. Desde já se prevê, inclusive, o nascimento de um sindicato especializado para a área do circo, a mais antiga das formas de arte e até então visto como o primo pobre das artes cênicas. Mais informações a seguir.

–> A cerimônia acontecerá em 18 de junho no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no Campus de Porto Alegre (Rua Coronel Vicente 281), às 19h.

Plínio Mósca

 

 

Divulgação

A Fundação Itaú Social acaba de abrir as inscrições para edital que destinará recursos para financiar projetos sociais que trabalhem pela garantia de direitos de crianças e adolescentes por meio da educação. Atualmente, as organizações sociais estão tendo ainda mais dificuldade em manter o atendimento, devido à escassez de recursos. Em 2018 foram destinados R$ 11,7 milhões para 51 projetos.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Já que o assunto é Aeronáutica, os postes de iluminação do pátio de manobras do aeroporto de Brasília já estão prontos para entrar em funcionamento. Basta apenas uma ordem do gabinete do ministro. (Publicado em 22/11/1961)

Capivaras, carrapatos e mortes

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Foto: Gabriel Luiz/G1

 

Não passa um dia sequer sem que a polícia florestal e mesmo os bombeiros são chamados para capturar capivaras dentro de residências, em plantações, hortas, piscinas e até dentro das casas. Os moradores da orla d Lago Paranoá são os que mais vêm sofrendo com a proliferação acelerada desses grandes roedores. Esse não é um problema que vem crescendo e tomando proporções alarmantes apenas no Distrito Federal. Em algumas regiões do país, como no interior de muitas cidades paulistas, mineiras, goianas e do Mato Grosso, a multiplicação desses mamíferos já apresentam um sério problema de saúde pública e com implicações diretas também na economia de muitos municípios.

A situação chegou a um tal estágio que, em muitas localidades com grande concentração de capivaras, os terrenos, alguns com centenas de hectares, vêm progressivamente perdendo valor no mercado imobiliário. Muita gente tem deixado de comprar e vender terras onde existe a ocorrência desses roedores nas redondezas, por medo dos prejuízos causados à lavoura e à criação de pequenos animais que também são atacados.

As enfermidades transmitidas pelas capivaras precisam ser conhecidas pelos governantes. A unidade da Embrapa Pantanal produziu um livro sobre todos os detalhes do assunto. Um perigo registrado é a febre maculosa. Os sintomas da febre maculosa, transmitida pelo carrapato estrela infectado pelo animal, podem ser confundidos com diversas doenças. Dores nas articulações, apatia, perda do apetite, anemia, dor de cabeça, manchas avermelhadas na pele podem confundir no momento do diagnóstico.

Existe a vacina contra a febre maculosa, mas os resultados não são satisfatórios. Exames sorológicos podem não diagnosticar a doença no início dos sintomas. Há necessidade de notificação compulsória nas instâncias da vigilância epidemiológica. O atraso no diagnóstico pode trazer graves complicações que afetam desde o sistema nervoso central até os rins, pulmões, lesões vasculares, podendo levar a óbito.

Aqui no Distrito Federal, a multiplicação desses animais em toda a orla do Lago preocupa não só os moradores como todos aqueles que usam esse espelho d’água para o lazer. O problema atinge também os frequentadores dos clubes sociais situados nessa região. Além da transmissão de doenças já conhecidas, esses roedores, principalmente as fêmeas com crias novas, são extremamente agressivos quando sentem a aproximação de estranhos. Trata-se, para quem já teve a triste experiência de ser agredido, de um animal selvagem e que, dependendo da situação, pode até matar suas presas, com o poder de pressão das mordidas e com o corte afiadíssimo de sua dentição.

O mais assustador é que esse problema parece crescer no sentido inverso da preocupação das autoridades responsáveis. As medidas adotadas até agora, segundo informam, se limitam à pulverização de venenos contra os carrapatos do tipo estrela e ao mapeamento das populações. Moradores dessas áreas confessam, contudo, que nunca presenciaram qualquer dessas ações. Para alguns biólogos que acompanham esses casos, trata-se agora de adotar medidas visando a castração de grande parte desses bichos e o abate de muitos outros, antes que essa invasão ganhe proporções de uma calamidade pública.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A barriga cheia de lombrigas e cabeça vazia de ideias e de sonhos, os males históricos de nossas crianças são como uma marca indelével de nosso subdesenvolvimento.”

Monteiro Lobato, escritor e ativista brasileiro.

Foto: Arquivo/CB/D.A Press

 

 

Cidade Livre

Canais de Comunicação que criticam a devastação na Amazônia e demais regiões brasileiras esquecem-se de citar as empresas estrangeiras que agem sem sujar as mãos. Há investigações sobre a Brighton Collectibles, Nordisk Timber, Credit Suisse, Commerzbank, JPMorgan Chase e por aí vai.

Foto: brasil.gov.br

 

 

Números

São 50 bilhões de sonegação de imposto de renda anuais no Brasil. O dado é divulgado pelos auditores da Receita Federal.

Charge do Cazo

 

 

Registro

Por incrível que possa parecer, o senador Paim ainda é do PT. Prova viva de que tudo tem seu lado bom. Completamente contra a maré do partido, Paim sempre trabalhou pelo país. As discussões no Senado, tanto no Plenário quanto nas comissões, são enriquecedoras. Querido por todas as instituições que participam de audiências públicas, o senador sempre foi prático em agir. Aliás, essa é a marca que o caracteriza. Muito mais ação do que palavras.

Fonte: senado.gov.br

 

 

Mais

Produtores culturais à mingua, Teatro Nacional à deriva. Infelizmente, a cultura foi deixada completamente de lado pelo governador Ibaneis. Agora, com a ideia de privatizar o metrô, quem sabe sobre um espaço para os artistas mostrarem o trabalho. Pelo mundo inteiro, o metrô é local de mostrar arte.

Foto: André Borges/Agência Brasília

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Efetivamente, nós, como passageiros, não sabemos a razão desse critério, mas pagar num Convair o mesmo preço de um Boeing, tenham paciência. (Publicado em 22/11/1961)