De olhos bem abertos

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ARI CUNHA – In memoriam

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Romeu Zema (Novo), Ibaneis Rocha (MDB) e Wilson Witzel (PSC): novatos em campanhas se elegeram governadores Foto: Agência O Globo (oglobo.globo.com)

 

Um fenômeno parece ter ficado evidente com o término do segundo turno das eleições, principalmente para o cargo de governador. Como a minirreforma política passada não cuidou de estabelecer, de vez, o voto distrital puro, no qual a população elegeria apenas um candidato bem conhecido e com atuação marcante em determinada área geográfica, ficou em aberto um dos principais flancos para o surgimento de candidaturas desconhecidas do eleitorado. Tivéssemos adotado um regime hierárquico e obrigatório para a ocupação de cargos importantes na República, o fenômeno que propiciou o aparecimento de um grande número de candidatos desconhecidos do grande público ficaria vetado na origem.
Com a adoção dessa simples medida, só poderia se candidatar a presidente da República o político que anteriormente tenha exercido, no Executivo estadual, a função de prefeito e governador e tenha obtido aprovação da população nas duas posições. Não se aprende a ser presidente da República ou governador apenas se sentando na cadeira deles. A administração pública exige muito mais do que vontade política .
É preciso, antes de tudo, experiência, que só se obtém com longa e árdua preparação acumulada em anos anteriores. Brasília, Minas Gerais e Rio de Janeiro, importantes unidades da Federação, escolheram para governadores nomes desconhecidos da população e fora do mundo político. Trata-se de fenômeno que só pode ser considerado natural ou normal em casos de grande calamidade.
No caso da eleição para Presidência da República, o fenômeno do candidato desconhecido e despreparado se explica pelo fato de a população ter se mostrado visivelmente amedrontada com a repetição de erros passados, o que culminou na escolha de um antípoda do petismo para subir a rampa do Planalto.
Em Brasília, como no Rio de Janeiro e em Minas, a chegada ao Executivo de outsiders, estranhos ao ofício e sem ligação com a cidade e seus habitantes, atesta que a população, mais do que amedrontada, anda sedenta por nomes fora do estreito eixo político tradicional. O que fenômenos dessa natureza podem produzir em efeitos para cidadãos é de difícil previsão.
A bem da verdade, trata-se de um cheque em branco dado ao vencedor para operar da forma que melhor lhe parecer. De toda forma, não parece natural ou mesmo corriqueiro que uma população trate a questão das eleições como se fosse uma aposta feita num cassino, onde perder muito e ganhar pouco é a regra geral. Apostar o futuro exige olhos bem abertos, de preferência, arregalados ao máximo.
A frase que não foi pronunciada:
“Eles se vão, nós não!”
Mãe sobre os políticos, defendendo a união no grupo familiar do WhatsApp
Charge: blogdogordinho.com.br
Boa
Um bate-papo literário “Como eram as bibliotecas no mundo antigo” com o presidente do Sindicato dos Escritores do DF, Marcos Linhares, jornalista e escritor. Inscrições abertas até 9/11 com vagas limitadas. Pelo telefone 3031-6524 ou por e-mail sindicatoescritoresdf@gmail.com. O custo da inscrição é um livro não didático. A palestra será realizada no dia 10 de novembro, das 14h às 17h, no Cyber Office (Praça da Alimentação do Liberty Mall Shopping).
Foto: facebook.com
Ação
Todos os livros arrecadados serão doados à Unidade de Internação de Santa Maria, destinada aos socioeducandos sentenciados menores de idade em cumprimento de medida socioeducativa de internação e às socieoducandas em cumprimento de internação estrita e provisória.
Forquilha
Ninguém faz ideia de que aquela pimenta Tabasco que está em cima da mesa do bar pode conter pimenta nascida e criada na cidade cearense de Forquilha. O sucesso de venda da Tabasco é reflexo do gosto interno e internacional.
Humor
Por falar em Ceará, o DF sente falta dos humoristas dentro dos ônibus. José Iranildo Ferreira da Silva, o Cibalena, e o irmão Antônio Iraildo Ferreira, o Iraldo, são sucesso em Terezina.
Link para vídeo: Cibalena e Iraldo
Sacrifício
Nós, como sociedade, somos uma piada. Preocupados com o meio ambiente, selecionamos o lixo, que é reciclado, melhorando a vida dos catadores. Mas, até hoje, mesmo depois das leis de trânsito que não permitem um braço fora da janela, fazemos vista grossa para os lixeiros, homens, pais de família, que saem pendurados nos caminhões, sem segurança, sem proteção. Faça chuva, sol ou lua.
Foto: aovivodebrasilia.com.br
História de Brasília
O Boeing de hoje, procedente de Nova York, poderá trazer um passageiro muito importante para Brasília: o prefeito Sette Câmara.(Publicado em 5.11.1961)