Aumentos tarifários de energia e respeito ao meio ambiente

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Bancos de areia surgem no leito do Rio Paraguai em Porto Murtinho.                                    Foto: Toninho Ruiz / CAMPO GRANDE NEWS.

 

Ditado conhecido diz, com propriedade, que: “é quando as águas baixam, que podemos ver quem nadava nu”. Trata-se aqui de um aforismo que, embora possa ser aplicado a diversas situações, serve como uma luva de pelica para a atual crise hídrica, experienciada agora pelos brasileiros de modo severo, como um anúncio antecipado de maus augúrios.

O que está por vir pode ser lido por todos nas pedras que ficavam no fundo dos rios e que agora estão expostas ao sol escaldante. O que as pedras dizem é que o futuro promete ainda menos água correndo sobre o leito dos rios, secas prolongadas e uma saudade do tempo em que os rios corriam fartos em águas cristalinas e em peixes diversos.

O que estamos fazendo com o mundo a nossa volta e com o nosso território não pode ser nominado por expressões civilizadas. A baixa severa e histórica de muitos rios do nosso país, como é caso agora do Rio Paraguai, responsável por banhar com suas águas uma área pantanosa de 195 mil km², e por onde é escoada grande parte da soja que o agronegócio exporta para países como a China para a engorda de suas manadas de porcos, acende a luz vermelha para os riscos que esse tipo de agricultura causa ao nosso meio ambiente.

A baixa desse importante curso d’água expõe a nudez moral e ética de todos aqueles que, direta e indiretamente, estão provocando o assoreamento e seca do Rio Paraguai, destruindo o riquíssimo bioma do Pantanal, em busca de lucros fáceis para uma pequena minoria de falsos agricultores, enfeitiçados pela cor esverdeada dos dólares. Os verdadeiros agricultores são aqueles que respeitam o meio ambiente e a variedade de vida da flora e da fauna, pois sabem que é desse complexo sistema que retiram o sustento para si e para os seus.

Estão nus, portanto, nessa tragédia, o atual governo, que assiste inerte as maiores queimadas já ocorridas no Pantanal e que, ao se posicionar cegamente ao lado do agronegócio, como salvação da balança comercial do país, empreendeu um desmonte completo de todos os órgãos de fiscalização e controle do meio ambiente e ainda colocou, no comando dessa questão, um ministro apontado em todo o planeta como inimigo declarado do meio ambiente.

Um sobrevoo em algumas regiões dentro da Bacia do Rio Paraguai dá mostras do desastre ambiental que aquela parte do país vem sofrendo, o que pode prenunciar mais um período de enormes queimadas para o Pantanal, já demasiado devastado pelos incêndios ocorridos no ano passado. O mais incrível é que não se ouve qualquer alerta por parte das autoridades, já devidamente avisadas, antecipadamente, da iminência desses desastres. Trata-se aqui de uma situação já anunciada e mais uma vez ignorada.

Em algumas regiões, a profundidade do Rio Paraguai chega a menos de 40 centímetros, uma situação impensável até pouco tempo, quando se sabe que esse Rio é um importante corredor fluvial para embarcações de todo o tipo. A situação do Rio Paraná, onde deságua o Paraguai, também é crítica e compromete outros países limítrofes do Brasil.

A crise hídrica, ao mostrar na prática os estragos provocados por uma agricultura depredativa sobre o meio ambiente, impactando a fauna e a flora ao longo de nossos principais cursos d’água, chega ao consumidor na forma de alta de preços, sobretudo na geração de energia por hidroelétricas. Talvez, os apagões que se anunciam no fornecimento de energia e na elevação tarifária desse insumo possam fazer as autoridades entenderem que essa é apenas parte de um problema muito mais complexo e que tem seu início no respeito ao meio ambiente.

A frase que foi pronunciada:

Às vezes não enfrentamos o que está acontecendo em nosso mundo, seja uma crise de água ou uma crise da terra, porque é um pouco assustador e doloroso. Assim como não queremos enfrentar as partes de nós que são um pouco desconfortáveis ou doloridas. Temos que enfrentar os dois e amar os dois para que possamos curar os dois.”

Alysia Reiner

Alysia Reiner. Fonte: Reprodução

Neoenergia

Vale a pena algum diretor da própria empresa ligar para o número 116, de preferência entre 18 h e 19 h, para ver como está o atendimento ao público. Uma lástima!

Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Curiosidade

Para quem não sabia, o deputado federal cearense anunciou no plenário que a deputada Alice Portugal estava ao lado de sua madrinha, a deputada Jandira Feghali.

Deputadas Alice Portugal e Jandira Feghali. Foto: vermelho.org

Prata da Casa

Brilha, com um currículo invejável, o nosso Néviton Barros, músico extremamente talentoso. Como doutor, faz parte do quadro como Professor Adjunto de Estudos Corais e Diretor do Coro da Faculdade Muhlenberg College. A frase de vida de Néviton é: “Se você pode ser qualquer coisa nesse mundo, comece sendo gentil”.

Neviton Barros. Foto publicada em seu perfil oficial no Facebook.

História de Brasília

A iluminação da pista de alta velocidade, no subsolo da Rodoviária está deficiente demais. Há trechos de mais de cinquenta metros sem uma única lâmpada acesa. Tôdas queimadas. (Publicada em 07/02/1962)

Novo ensino médio e a ruptura com a universalidade do saber

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Provas do Enem. Foto: Divulgação

 

Em meio a uma pandemia, que daqui a pouco estará completando dois anos, muitos brasileiros confessam estar não só cansados da clausura forçada, mas também se sentem alienados da realidade do mundo à sua volta. Para muitos, o mundo que conheciam, antes da pandemia do Covid-19, está definitivamente morto. É em meio a esse sentimento que mistura a síndrome da caverna, provocada pelo isolamento social, que pais, alunos e professores pressentem que o futuro que planejavam para si e para os seus começou a ruir, sem que algo novo e seguro tenha sido colocado em seu lugar.

A incerteza quanto ao porvir tem trazido insegurança e desconfiança a essa parcela da sociedade, tornando ainda mais incerto que caminhos a educação de seus filhos irá tomar daqui para frente, num mundo em acelerada e tumultuada transformação. É nesse cenário em que as dúvidas sobram, que vai sendo implantado, em todo o país, a toque de caixa, os currículos do Novo Ensino Médio (ENEM), proposto pela Medida Provisória nº 746 de 2016.

É preciso lembrar que a prolongada pandemia e as incertezas quanto ao real calendário de retorno às aulas ocasionaram um outro fenômeno físico nas escolas públicas. Muitos desses estabelecimentos, ou ficaram abandonados, ou entraram num processo indefinido de reformas, sendo que boa parte desses edifícios, simplesmente, não estão preparados para receberem os alunos.

Quanto à implantação nessas escolas do novo material didático exigido pelo ENEM, como é o caso de computadores e rede de informática, nada ainda foi feito. É nesse ambiente de incertezas e improvisações que os alunos, quando retornarem, de fato, às escolas, terão que conviver. De cara, terão que aceitar que a tal reformulação do ensino médio, no que pesem as possíveis boas intenções do legislador, excluiu universidades, docentes, escolas, pais e alunos de todo esse processo de renovação, o que pode conduzir toda essa estratégia a um ponto de inflexão, forçando toda as mudanças ao ponto original de partida.

Alheios à toda essa transformação dos currículos, pais e alunos poderão se ver em meio a um novo modelo, elaborado para funcionar na prática, sobretudo, quando se verifica que a ausência de protagonismo dos professores é o que mais tem pesado para fazer, dessas mudanças, algo que vá de encontro à realidade do ensino público e acabe atropelando toda a política educacional proposta pelo ENEM.

Apenas para se ter uma ideia sobre o assunto, a página do Congresso Nacional que trata sobre essa questão apurou que, por meio de consulta pública já encerrada, dentre os cidadãos que foram ouvidos pela pesquisa, 73.554 disseram não ao ENEM. Somente 4.551 aprovaram as novas propostas para o ensino médio. Trata-se de um retrato pequeno para o universo nacional, mas diz muito sobre essas inovações relâmpagos. Também a exclusão dos alunos de todo esse processo tem pesado sobre sua aceitação e contradiz o que prega o próprio eixo do ENEM que afirma serem os alunos os principais protagonistas dessas alterações.

Com relação aos professores, a situação é ainda mais incerta. Para muitos deles, o ENEM deveria ser precedido de formação de professores, que ainda é feita por áreas de conhecimento e não, como prega o novo currículo, por competências e habilidades. Muitos professores alertam ainda para o perigo do aumento do distanciamento entre as escolas públicas e privadas, já que essas continuaram a oferecer itinerários formadores com vistas ao ensino superior, ao passo que as escolas públicas correm o risco de, por falta de recursos, transformarem-se em estabelecimentos voltados para a formação de mão de obra, para o mercado de trabalho e para o ensino profissionalizante. É a tal história mal contada pelo atual ministro da educação de que as universidades são para poucos brasileiros. Há inda muito chão pela frente a ser percorrido por essa proposta, caso queira, o governo, que ela tenha um mínimo de aceitação e longevidade.

S.O.S – S.U.S

Hoje é dia de as clínicas de hemodiálise apagarem as luzes em protesto relacionado ao baixo valor pago pelo SUS aos serviços prestados. Enaltecer o SUS é, de fato, uma ação meritória. Mas hospitais e clínicas que se desdobram para que tudo funcione a contento não são devidamente reconhecidos.

Foto: Agência Senado

Sem neura

Difícil não estranhar o vermelho compartilhado nas bandeiras verde e amarelo espalhadas pela Esplanada dos Ministérios. Quem lê jornal logo pensa que a esquerda resolveu aprontar alguma antes de 07 de Setembro. Nada disso! Agora todos conhecemos a bandeira de Guiné Bissau, mesmo que a estrela não esteja visível. Até o dia 28, Umaro Sissoco Embaló, presidente daquele país, estará em visita na capital.

Presidente do país africano foi recebido por Bolsonaro em Brasília.                            Foto: Isac Nóbrega/PR

Duas vias

Bela matéria no Globo Rural mostrava uma fazenda com um cultivo diferente: água. Depois de muitos anos, resolveram estimular a volta das águas que secaram pelo mau uso da terra. E a natureza respondeu de braços abertos. No DF, um projeto incentiva produtores rurais a reflorestar áreas e criar cobertura vegetal que aumente a infiltração da água na terra. Também está dando certo.

Valores

Financiado pelo Governo Federal, o Consultório de Rua é uma boa ideia. Andarilhos, pedintes e pessoas vulneráveis podem ser assistidas pelo programa. Cabe, aos governos, a inscrição para acesso à verba. Dona Maria do Barro, se estivesse viva, ficaria feliz com a iniciativa. Estava sempre pensando em uma forma de tornar a vida dos moradores de rua menos sofrida. Foi uma pessoa que Brasília nunca deverá esquecer.

Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF

História de Brasília

Como já faz muito tempo que foi inaugurada, e ninguém se lembra mais, é tempo de inaugurar novamente a Creche da 108, desta vez acrescida de mais oito portas. (Publicada em 07/02/1962)

Sobre sal e pimenta; política e cidadania

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Charge do Jota. A.

 

Engenhosidades, mesmo as mais básicas, podem, em algumas circunstâncias, constituir elemento de grande valia, sobretudo quando servem para diluir projetos, que, em última análise, iriam prejudicar e complicar a vida da população no longo prazo. O Brasil, por sua formação cultural sui generis e inzoneira, conferiu à nossa gente uma capacidade também única para transformar as influências tanto externas, como aquelas introduzidas pelas elites, em algo inofensivo, de modo a diluir regras e modismos, transformando-as em algo verdadeiramente útil e consumido pela população em geral.
É o nosso jeitinho de encarar o dia a dia adverso e a indiferença secular do Estado em relação a sua gente. Assim é que o jazz, uma modalidade genuinamente norte-americana, foi transmutada aqui em bossa nova, ganhando logo o apoio interno e, posteriormente, o mundo. Por aqui, também, o requintado whisky virou cachaça.
O mesmo ocorre com as grandes marcas e grifes, que podem ser encontradas, fielmente copiadas e a preços camaradas, nas feiras populares de muambas e de contrabando. Regras e leis, por essas bandas, existem para serem desprezadas ou adaptadas aos distorcidos costumes locais. Fôssemos elencar a quantidade de produtos e de outros modismos importados e posteriormente modificados internamente, iríamos verificar que essa é praticamente uma lista sem fim.
Esse é um fenômeno que ocorre no cotidiano das pessoas comuns e espraia-se também por todo o Estado. Se há filas, há aqueles que guardam lugar na fila. Se há burocracia, há os despachantes que conhecem as pessoas certas em cada repartição pública e, assim, a coisa anda. Exemplo maior desse nosso modo de desvirtuar e degenerar tudo pode ser conferido no caso de investigações e condenação de políticos e outros personagens de altos escalões da República.
Para essa gente especial, as leis e punições geralmente não funcionam; e, quando funcionam, não resultam em penalidades. Assim é que, possivelmente, teremos, nas próximas eleições, um candidato recém saído da prisão, condenado nas três instâncias por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e toda uma lista de delitos, disputando, nada menos que a Presidência da República ou o comando da nação. E com chances de vencer, segundo pesquisas.
Em outras paragens, essa seria uma situação impossível de acontecer. Esse nosso jeito de distorcer o mundo e seus costumes a nosso favor faz de nós um modelo a não ser copiado pelo mundo civilizado. Essa tem sido uma receita que cabe somente a nós mesmos, ainda que isso custe o nosso próprio futuro. Somos o que somos porque degeneramos o mundo ao nosso redor.
Os partidos políticos, que em outros países representam o esteio da democracia, por aqui foram transformados em empresas, com proprietários, negócios e lucros, tudo amparado pela União, também transformada em uma espécie de viúva endinheirada e perdulária. Propósitos e orientação ideológica? Nenhuma dessas dezenas de legendas sequer conhecem a existência. Nossa democracia é assegurada justamente por essas agremiações políticas, povoadas de indivíduos cujo único objetivo é extrair o máximo de vantagens econômicas para si e para os seus, numa engrenagem perversa que conta com o apoio de larga parcela do eleitorado, que enxerga, nesse modelo, um reflexo de si mesmo no espelho.
Por certo, a anunciação de uma terceira via política, que poderá vir para resgatar os brasileiros do atraso, tão logo os prognósticos lhe proporcionem alguma vantagem, começará a ser assediada pelos mesmos parasitas, que encontrarão, nesse novo abrigo, um espaço e um modo de desvirtuá-la, transformando-a, também, na mesma farofa insossa e apimentada que temos.

A frase que foi pronunciada:

“Começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer.”
Graciliano Ramos
Graciliano Ramos. Foto: Arquivo público do estado de São Paulo
Lembrete
Se houvesse o voto eletrônico e o impresso concomitantemente, tudo funcionaria a contento. Quem esqueceu que durante uma votação na Casa dos representantes do povo apareceu um voto a mais? Sobram argumentos para a segurança do voto impresso ao lado do eletrônico. O que falta é boa vontade.
Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Ajufe
Tímida, mas comovente, a iniciativa da Associação dos Juízes Federais do Brasil que, pela Comissão Ajufe Mulheres, expressou, solidariedade, às juízas que trabalham no Afeganistão. Com várias cenas chocantes no país, onde uma multidão tenta fugir dos talibãs, mães jogaram os filhos pelo muro para os soldados norte-americanos os levarem dali. Momentos como esses nos fazem relembrar que a democracia, com ordem e liberdade, ainda é a melhor opção.
Foto: Instagram/ reprodução

–> Ajufe Mulheres manifesta solidariedade a juízas afegãs

A Associação dos Juízes Federais do Brasil, por meio da Comissão Ajufe Mulheres, emitiu nota pública, nesta quinta-feira (19/08), expressando solidariedade e preocupação com juízas que exercem a função no Afeganistão.

No documento, a Ajufe Mulheres afirma que os incidentes ocorridos recentemente no país “trazem à tona a importância de uma atenta vigilância sobre os limites impostos ao Estado Democrático de direito, para que, assim como no Afeganistão, o futuro para as mulheres não retorne ao passado.”

Leia abaixo a íntegra da Nota:

“A Associação dos Juízes Federais do Brasil, por sua Comissão Ajufe Mulheres, diante dos recentes acontecimentos no Afeganistão, vem a público prestar solidariedade e externar preocupação com as juízas mulheres que exercem a sua função no país.

As agências internacionais informam que há cerca de 270 magistradas que estão em risco por desempenharem uma função proibida para as mulheres pelo regime talibã e, adicionalmente, por terem julgado e condenado membros do regime, que retomou o controle do país.

Tornaram-se vulneráveis, portanto, porque são mulheres e porque exerceram a atividade jurisdicional.

O episódio expõe a fragilidade dos direitos fundamentais sob o comando de forças totalitárias, especialmente para os grupos mais vulneráveis, como as mulheres e meninas, colocando em xeque avanços civilizatórios recentemente conquistados por elas. Do mesmo modo, impõe lembrar que não há Poder Judiciário livre sob as forças de regimes autocráticos.

Os incidentes trazem à tona a importância de uma atenta vigilância sobre os limites impostos ao Estado Democrático de direito, para que, assim como no Afeganistão, o futuro para as mulheres não retorne ao passado.

A Ajufe se une a outras associações de mulheres juízas organizadas internacionalmente para apelar que a ajuda humanitária inclua também a retirada de juízas e juízes, porque “a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar” (Martin Luther King).”

Brasília, 19 de agosto de 2021.

História de Brasília
Efetivamente, não é função da Caixa Econômica a venda de selos. Mas, em virtude das dificuldades de Brasília, vinha sendo uma tradição interrompida antes do tempo, porque as nossas tabacarias não adotaram a praxe. (Publicada em 7/2/1962)

Ministério Público ou particular?

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Foto: MPU/Divulgação

 

Reza a Constituição de 1988, denominada, por Ulysses Guimarães, como “o documento da liberdade, da dignidade, e da democracia”, em seu artigo 127, que: “O ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do Regime Democrático de Direito e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.” Com isso fica, ao menos, assegurado na Lei Maior que caberia, ao Ministério Público, ser o principal defensor e fiscal do Estado Democrático de Direito, agindo em nome dos cidadãos, com o objetivo de defender os interesses de todos, indistintamente, para o bem da ordem jurídica, do interesse social e individual.

Para tanto, foi o órgão dotado de ampla autonomia, justamente, para que pudesse não apenas defender o regime democrático, mas para que permanecesse sempre como instituição apartidária, isenta e profissional. Não surpreende que, entre as conquistas trazidas pela Carta de 88, a atuação independente do Ministério Público foi considerada a maior de todas e um avanço, sem igual, para a consolidação de nossa democracia depois de 21 anos de arbítrio. Dessa forma, ficou expresso que o Ministério Público, conforme projetado pela Constituição, deveria agir sempre em defesa da sociedade, de acordo com as boas práticas do Direito.

Não sendo subordinado a qualquer dos Poderes da República, o Ministério Público passa a se constituir num verdadeiro fiscal da moralidade pública, da legalidade e, por conseguinte, do regime democrático e dos direitos e garantias constitucionais. Pelo menos, é esse o desenho feito por nove em cada dez juristas deste país. Nesse quesito, fica claro que caberia, ao MP, fiscalizar a moralidade pública e toda e qualquer conduta que atente contra as leis e ponha em risco o Estado Democrático de Direito.

E é aí que começam as dúvidas sobre essa importante instituição e que, em última análise, pode colocar, em sério risco, todo o imenso edifício democrático. Esse risco é aumentado, ainda, a alturas estratosféricas quando o chefe do Executivo opta por nomear um Procurador-Geral fora da lista tríplice elaborada pelos membros naturais desse órgão. Quando isso acontece, há o prenúncio de que, ao longo do governo, outras intervenções indevidas em órgãos do Estado virão em sequência.

Não há necessidade, nesse caso, do uso de bola de cristal, para saber que a nomeação avulsa e subjetiva de Augusto Aras, para a PGR, viria num pacote de outras medidas arquitetadas para introduzir, na máquina do Estado, uma programação paralela àquela prevista pela Carta de 88. Para isso, basta verificar que nenhuma das ameaças veladas de endurecimento do regime, vindas diretamente do Palácio do Planalto, foram, sequer, alvo de apuração pelo MP, assim como nenhuma outra vinda também das cercanias do Executivo.

Após ser chamado de “Poste Geral da República” por um acadêmico, por sua atuação serviçal ao governo, Augusto Aras é acusado pelos próprios procuradores de se portar como advogado de defesa do presidente e contra qualquer procedimento jurídico que vá contra os interesses de políticos do alto clero.

Sua batalha inicial para fazer enterrar toda a exitosa Operação Lava Jato custou-lhe a credibilidade como xerife do Estado. Nem mesmo seus pares apostam mais em sua atuação, sendo que sua administração à frente da PGR tem sido considerada, por muitos, inclusive dentro do Supremo, como a mais alheia de todos os ex-procuradores àqueles princípios listados na Constituição de 1988.

Não tem sido por outra razão que a longa duração da crise institucional, que os cidadãos vêm experimentando, tem, na atuação omissa do atual procurador, sua principal causa. Agisse ela logo nos primeiros arroubos do chefe do Executivo, nada disso estaria acontecendo. Possivelmente, nem a CPI estaria existindo, já que os vacilos iniciais para a compra dos imunizantes seriam logo questionados pelo MP, que tomaria as devidas providências.

A frase que foi pronunciada:

A imprensa é a vista da Nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que ameaça”

Rui Barbosa

Foto: academia.org

Election sistem

Divulgação, pela imprensa nacional e internacional, mostra a razão de as urnas eletrônicas serem estudadas mais profundamente nos Estados Unidos. O professor da Universidade de Michigan, J. Alex Halderman, faz uma experiência para comprovar a importância da impressão do voto. Veja a seguir.

História de Brasília

No supermercado UV-1 faltavam, ontem: cebola, carne, batata, verdura, arroz e álcool. Muitos outros produtos faltavam, igualmente. Estes, porém, são de um rol de uma dona de casa. (Publicada em 07/02/1962)

Educação invisível

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Foto: Reprodução/ Facebook Milton Ribeiro

 

Dizer que a educação pública continua a ser o calcanhar de Aquiles do Brasil não chega a ser nenhuma novidade surpreendente. Tem sido assim ao longo de toda a nossa história, com exceção de alguns períodos curtos, como foi o caso dos projetos criados por educadores como Anísio Teixeira, Paulo Freire e outros, mas que não chegaram a amadurecer o suficiente a ponto de possibilitarem a superação desse problema secular.

O que surpreende, de certa forma, e isso é apresentado, inclusive, no mais recente relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o fato de o Brasil possuir, em tese, gastos até superiores a muitos países que compõem esse clube de ricos e, mesmo assim, mostrar-se incapaz de promover um ensino público de qualidade, minimamente comparável aos que apresentam os países desenvolvidos. Talvez esse fato explique o que dizia outro grande educador brasileiro e também vítima das forças do atraso, Darcy Ribeiro: A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto.”

É o que a nossa trajetória histórica tem demonstrado. Entre essas sístoles de diástoles ou entre compressão e expansão, vamos lidando com esse problema, contando sempre com a má vontade dos governos e o desinteresse da maioria de nossas elites, para quem essa questão nunca é prioritária. Com isso, vamos amargando e avolumando ciclos e mais ciclos de decadência da escola pública, num processo contínuo que pode resultar no total descarte de um projeto de educação de qualidade para os cidadãos desse país, conforme orienta a nossa própria Carta Magna. Nesse sentido, não surpreende que estejamos experimentando, agora, o que poderia ser classificado como o mais preocupante e medíocre ciclo de gestores, jamais postos à frente do combalido Ministério da Educação. Por sua irrelevância e mesmo invisibilidade para o atual governo, pouco se ouve falar sobre essa pasta. O presidente sequer menciona esse ministério em suas infinitas lives e pronunciamentos, o que demonstra que, para esse governo, a pasta e seus problemas, sequer existem.

Uma olhada no perfil dos ministros indicados pelo presidente, para comandar a pasta da educação, ajuda a dar uma ideia da importância desse ministério para o atual governo. Ao colocar, por último, no comando do ministério da educação, não um educador com larga experiência no setor, como deveria ser, o governo achou por bem nomear um pastor presbiteriano, acostumado, na lida, a apascentar rebanhos de fiéis. Depois das desastrosas administrações de Ricardo Vélez, Abraham Weintraub, Carlos Decotelli e Renato Feder, que recusou o convite, o presidente parece ter encontrado, em Milton Ribeiro, um outro nome “terrivelmente evangélico” para tocar a pasta.

Desde então, o ministério da Educação andava sumido do mapa. Quando muito, a gestão do Milton Ribeiro aparecia nos jornais apenas pelas declarações infelizes do pastor ministro. Em entrevista que deu à TV Brasil, estatal de comunicação do governo, Milton Ribeiro não se avexou quando afirmou, com todas as letras, que a inserção dos estudantes com deficiência, em sala de aulas normais, atrapalhava o aprendizado dos outros alunos, porque a professora, por sua inexperiência com esse problema particular, não tinha conhecimento adequado para cuidar dessa questão. Esqueceu o ministro de que o ensino inclusivo, há muito, é uma questão já regulamentada por lei e que a limitação de matrícula nesses casos é proibida. Tanto escolas públicas quanto privadas são obrigadas a receber estudantes com deficiência. Até mesmo a cobrança de taxas especiais, pelas escolas privadas, é vetada por lei. Uma gafe desse tamanho jamais sairia da cabeça e da boca de um verdadeiro educador.

Tudo isso, depois de afirmar que as universidades públicas deveriam ser uma opção para poucos, já que não serão tão úteis para a sociedade no futuro, como serão os institutos federais que formarão mão de obra técnica e especializada. Enquanto cuidam de assuntos dessa natureza, perdendo tempo e dinheiro em embates contra a posição política e ideológica que parece dominar o ensino, sobretudo as universidades, a qualidade da educação vai se deteriorando a olhos vistos, não sendo prioridade nem da direita, nem da esquerda.

A frase que foi pronunciada:

A importância do caráter de um professor é diretamente proporcional aos valores que ele ensina.”

Dona Dita, pensando enquanto tricota

Charge: humorpolitico.com.br

Tem futuro?

Toda opinião é válida ao conhecimento. A juíza de Direito Andréa Barcelos compila a origem da teoria de gênero. Veja a seguir.

Idosos

Com a desculpa de pandemia, as visitas em asilos estão proibidas. Mas quem tem vistoriado os serviços? Há inúmeros elogios a profissionais dedicados, mas também há casos de maus tratos. Melhor evitar surpresas e manter a vigilância.

Idosos de asilo em Jaú escreveram o que desejam fazer depois da pandemia — Foto: Vila São Vicente de Paulo/Divulgação

História de Brasília

Há mais de dois meses a Caixa Econômica da rua da Igrejinha não possui selos para venda ao público, nem trata de se restabelecer. Faça-se justiça ao trabalho que vem fazendo o Banco da Lavoura, o único lugar onde se compra estampilha, presentemente, no Plano Pilôto, à exceção da Recebedoria, na Esplanada dos Ministérios. (Publicada em 07/02/1962)

Lições preciosas

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Reprodução: g1.globo.com

 

Crises advindas da pandemia, da inflação que lhe segue os passos e da própria ingovernabilidade que ameaçam, de fato, os brasileiros nesses tempos de incerteza. O mesmo ocorre com o resto do planeta, que parece ter entrado definitivamente na era das catástrofes climáticas, decorrentes do aquecimento global, somado ainda a uma recessão econômica que se anuncia no horizonte.

Pandemia, recessão e mudanças climáticas representam sim uma verdadeira ameaça ao mundo e aos brasileiros, que também estão nesse mesmo barco à deriva, nesse século XXI. Esses são os três cavaleiros do apocalipse que galopam de encontro à humanidade. Quanto a nós, o que temos no ambiente político e institucional é uma crise artificial, gestada, exclusivamente, por interesse pessoal do atual ocupante do Palácio do Planalto e de seu grupo imediato, cujos propósitos parecem imbicar rumo a um passado que os brasileiros julgavam perdido no tempo e encerrado com a redemocratização no começo dos anos oitenta. O resto é lorota. O problema é que uma crise dessa natureza, mesmo que criada no laboratório de guerra, pode vir a gerar uma crise de fato que, por contaminação, pode levar todo o Estado Brasileiro de roldão e, por tabela, prejudicar ainda mais a situação de muitos cidadãos que habitam o país real e que se vêm obrigados a bancar a conta dessas desavenças todas.

É, de fato, uma crise que só interessa ao presidente da República em seu projeto de reeleição, mas que pode favorecer, e aí mora o perigo, o retorno do lulopetismo ou o fechamento político, duas pragas igualmente nefastas e que os cidadãos querem ver banidas da vida nacional. Não há meias palavras para descrever toda essa pantomima armada pelo Executivo. Trata-se de uma cilada a qual aderiram outros parceiros, dentro do Congresso. A complicar o que parecia ser apenas uma crise feita nos mesmos moldes sem lastro com a realidade, e com o mesmo receituário seguido lá atrás, por Jânio Quadros, e que deu no que deu, vemos correr, em paralelo, os trabalhos da CPI do Covid, a revolta dos governadores, a ameaça da variante Delta, a inflação ascendente, a infiltração do Centrão na máquina do Estado e o acirramento dos ânimos da população, açulada por extremistas irresponsáveis.

Não é pouco! Desnecessário dizer aqui que caberia, ao chefe de Estado, nesses tempos de agruras, firmar-se como líder e apaziguador e como alguém capaz de construir pontes e não de dinamitá-las, tornando a situação irreversível.

Para aqueles que, por suas características de espírito, não possuem a capacidade de construir concessos e estabelecer laços de união, a história ensina e recomenda que jamais sejam alçados a postos de comando, sob pena de lançar irmãos contra irmãos. Essa é uma lição que é preciso aprender com rapidez, quem sabe antes de 2022.

A frase que foi pronunciada:

A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos.”

Albert Einstein

Albert Einstein. Foto: Arthur Sasse/Nate D Sanders Auctions/Reprodução

Comunidade

Depois da celeuma causada com o PLC 69, o famoso projeto que arranca o sossego das residências, o deputado que se propôs a intermediar a comunidade com o parlamento local foi Rafael Prudente. Brasília é uma cidade politizada por natureza. A mobilização popular salvou a área verde que temos hoje no Parque Olhos D’Água e pode salvar muito mais.

Deputado Distrital Rafael Prudente. Foto: agendacapital.com

Espaço para todos

Ninguém imagina a guerra nos bastidores das clínicas veterinárias da cidade. É mais ou menos a mesma coisa do que ocorre com algumas construtoras. Quando alguém sério aparece, oferecendo um serviço destacado, agradando o consumidor com a qualidade e compromisso, daí é perseguição na certa.

Foto: iStock

Saúde

Está na hora de cuidar da audição dos motoristas de alguns ônibus que fazem longos percursos. É insuportável.

Foto: jcmoreira.adv

Estrago

Outro animal que precisa de atenção por causa da proliferação excessiva é o periquito. A ave destrói os forros das casas e, várias vezes, o pessoal de TV a cabo é chamado para trocar fiação destruída por esse pequeno pássaro.

Foto: wikiaves.com

Estímulo irrefletido

Flávio Gordon surpreende no livro A Corrupção da Inteligência, lamentando “que aquele vício positivista tenha nos legado um sentido pueril de “objetividade”, que terminou por devastar a prosa não ficcional contemporânea.” O autor comenta que, nos manuais de redação e livros de cursinho, as regras padronizadas como “evite adjetivos” ou “use apenas a forma denotativa”, “prime pela impessoalidade” trazem a ideia do texto sem sujeito “como que extraída pronta da natureza. Uma linguagem só de objetos.”

Foto: aluizioamorim.blogspot.com

História de Brasília

Da satisfação à gente ver a disposição de ser mantido o Plano de Brasília, que tem demonstrado, até agora o sr. Sette Câmara. (Publicada em 07/02/1962)

Brasil e o mundo perante a ameaça climática

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Foto: Sean Gallup/Getty Images

 

Tamanho é destino. Pelo menos é o que sempre dizia o filósofo de Mondubim. Em se tratando de uma questão tão vital e urgente aos seres humanos, como as mudanças climáticas, a continentalidade do Brasil e o fato de esse território enorme concentrar a maior floresta tropical do planeta, por onde corre também o mais volumoso e precioso curso d’água doce do mundo, confere, ao nosso país, independentemente daqueles que pensam o contrário, incluindo aqui o atual governo, e aos brasileiros, uma imensa responsabilidade no combate ao efeito estufa, responsável pelo aquecimento acentuado da Terra.
Não há como fugir ou fingir que esse é um problema que compete exclusivamente aos países desenvolvidos e que tradicionalmente sempre emitiram gases como o CO2 (dióxido de carbono) e o CH4 (metano), responsáveis pelos efeitos danosos do aquecimento desenfreado da atmosfera planetária nos últimos dois séculos. Trata-se de um problema de escala global e, como tal, sua solução só poderá advir com a colaboração conjunta de cada um dos habitantes do mundo.
O Brasil, nesse contexto, também tem contribuído significativamente com emissões de gases do efeito estufa, quer pelas indústrias que possui em atividade, quer pelo desmatamento intenso, que prossegue em ritmo crescente há décadas, quer pela queima de grandes volumes de combustíveis fósseis. Queimadas nas regiões da Amazônia, no Pantanal e nas áreas de cerrado, mais do que um problema local, têm sido apontadas por cientistas de todo o mundo como um dos principais gargalos a ser contido, caso a humanidade deseje mesmo evitar o pior.
A importância da preservação dos ecossistemas nacionais é fundamental não só para o país, mas para o mundo, alertam os ambientalistas. Vivemos neste século 21 o que seria o maior desafio já enfrentado pelos seres humanos em toda a sua existência.
Apesar dos poucos dados coletados internamente nos últimos 100 anos, mapas de temperatura elaborados aqui e em outras partes do mundo mostram o drástico aumento de temperatura verificado em nosso continente entre os anos 1880 e 1980. Só não veem os efeitos desse aquecimento, que pode levar à nossa extinção como espécie, aqueles que, por alguns motivos pouco nobres ou materiais, não querem enxergar.
A lista de catástrofes climáticas aumenta a cada ano. Aqui mesmo temos visto as secas do Pantanal, a seca dos rios Paraguai e Vermelho. Alertas emitidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que os rios brasileiros vêm registrando, ano após ano, os menores volumes de água dos últimos 91 anos. As secas repetidas na bacia do Rio Paraná vêm se acentuando a um ponto crítico, ameaçando as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Nos próximos anos, os apagões elétricos, os rodízios e mesmo a falta de água serão realidades cada vez mais presentes. Também a Bacia do Rio Paranaíba e do Rio Grande estão com baixas históricas em seus volumes de água, apontando para um período de grande escassez para os humanos e para a geração de energia. A questão aqui é saber por que situações como essas vêm se repetindo com cada vez mais frequência e mais intensidade.
O que estaria por trás desses fenômenos? Para um bom observador, o óbvio é ululante e não carece de mais explicações. Está tudo aí. É preciso destacar que apenas 6,5 % dos brasileiros recebem, em suas casas, água de boa qualidade para o consumo. Até mesmo a antiga capital do país, Rio de Janeiro, sofre com a péssima qualidade da água distribuída aos habitantes. Estações de tratamento de água, como a do Rio Guandu, mais se assemelham a estações de tratamento de esgoto, tal o mau cheiro, a cor e o aspecto geral das águas naquele local.
Aqui no Centro-Oeste, a situação não é melhor, e piora com o passar do tempo. O desmatamento acentuado, motivado pela intensificação do agronegócio, praticado em grandes latifúndios de monocultura, há muito deixou de ser uma ameaça ao delicado equilíbrio do bioma cerrado e já se constitui numa realidade a dizimar, sem piedade, boa parte do ecossistema local, tornando grandes extensões de terra em solo árido e desértico.

 

A frase que foi pronunciada:
“O que digo sobre o aquecimento global é que o que nós tomamos como garantido pode não estar aqui para os nossos filhos.”
Al Gore

 

Insustentável
Está passando do controle o número de capivaras no DF. No Setor de Mansões do Lago Norte, onde o acesso ao lago é permitido por lei, os bichos invadem o gramado, espalham carrapato, deixam um rastro de excrementos e colocam em risco a vida de pequenos animais.

 

Bem comum
Em qualquer região administrativa, é possível atestar o descaso de moradores com a área pública. Invadem sem cerimônia e não questionam esse direito. A consequência é o perigo para motoristas, que perdem a visão da pista para acessá-la e, principalmente, dos pedestres, que se arriscam precisando descer para o asfalto por falta de calçada.

 

História de Brasília
Ninguém, no momento, quis entender isto, e como o dr. Jânio tinha mandado construir, fecharam-se os olhos e ouvidos, e mãos às obras. Ocorre que a obra já foi começada, e só agora veio o bom senso. (Publicada em 07/02/1962)

A insensibilidade diante da vida

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Charge do Cícero

 

Somente aquelas pessoas que, do dia para a noite, necessitaram de um atendimento urgente dos planos de saúde e de todo o intrincado labirinto burocrático, envolvendo exames, cirurgias e tratamento para os pacientes diagnosticados com câncer severo, conhecem, de perto, a realidade fria e crua desse sistema.
Vida e morte, assim como saúde e doença, são para os planos de saúde e para os hospitais particulares, apenas um negócio como outro qualquer. Aliás, um grande e promissor negócio, o que comprova o número exagerado de hospitais e clínicas tocados pela iniciativa privada e espalhados por todas as capitais do país. A arquitetura espetacular desses estabelecimentos comerciais, que intermedeiam a sobrevivência dos indivíduos com o barqueiro Caronte, chamam a atenção dos vivos e nada lembra os tradicionais hospitais e santas casas, sóbrios e acolhedores.
O tempo passou rápido. Hoje tão rendoso quanto escolas particulares, que também existem em grandes números, são esses centros comerciais de saúde. Nem mesmo à antiga classe média, formada por pequenos profissionais liberais, é dada a chance de frequentar esses novos espaços. Trata-se de um privilégio ofertado só à diminuta parcela da sociedade brasileira. Desse modo, não chega a ser surpreendente que a saúde e a educação, dois itens destacados na Constituição de 1988 como direito do cidadão e dever do Estado, não passem de letra morta.
A realidade fez dessas leis magnas o que se faz com os brasileiros de segunda classe. Tanto a Lei nº 9.656/98 quanto o Código de Defesa do Consumidor que regulamentam, na teoria, a atuação das operadoras dos planos de saúde, que contam com cerca de 50 milhões de consumidores, não têm, do ponto de vista dos pacientes com câncer, a capacidade de atendimento adequado, a tempo e a hora. Por isso mesmo, não são poucas as reclamações endereçadas aos órgãos de controle, sempre míopes ou pressionados pelo lobby poderoso dessas empresas. Na hora em que a situação aperta, muitos cidadãos podem verificar o quanto funciona, na prática, a presteza e a eficiência desses planos.
Inúmeros e repetidos são os casos de pacientes enfermos que se valem de ações e mandados emergenciais ante a Justiça para o cumprimento dos contratos ou, simplesmente, para ordenar aos hospitais obediência às formalidades de internação, exames e outros procedimentos. O desespero de familiares, apanhados com a notícia súbita de uma doença grave, ao mesmo tempo em que retira a lucidez para os trâmites burocráticos exigidos, é aproveitado pelas seguradoras e pelos hospitais para introduzirem exigências e elevar os custos dos atendimentos.
É uma situação desigual, experimentada por inúmeras famílias brasileiras. Num país onde ser preso ou ser solto, ser condenado ou absolvido ou ser aceito ou rejeitado depende do poder do dinheiro, não surpreende que viver ou morrer passe a ser também uma questão entre possuir ou não recursos financeiros. Para os idosos e os acometidos de tumores malignos, que precisam de pronto atendimento, essa tem sido uma situação deveras dramática, embora não tenha sido capaz, até o momento, de sensibilizar e mobilizar a classe política e os dirigentes. Mesmo aqueles que, por suas posições de relevo e de decisão na máquina do Estado, poderiam cuidar de tão delicada questão, ela não parece ser um problema que mereça decisão rápida.
O veto do presidente Bolsonaro ao projeto de autoria do senador brasiliense Antônio Reguffe, abrindo espaço para a incorporação pelas operadoras dos planos de saúde da adoção de 23 novos medicamentos orais para pacientes com câncer, complicou uma situação que, em si, era grave e defendida, inclusive, por entidades médicas de todo o país. Mais uma vez, venceram os planos de saúde e, por tabela, os hospitais particulares, que parecem operar em um conluio conjunto com essas empresas. Perdem os brasileiros que querem viver.
A frase que foi pronunciada
“Para isso, é que serve o nosso mandato. Para servir à população. Não podem os diretores da ANS serem aprovados aqui de forma automática. Há artimanhas das operadoras de planos de saúde.”
Senador Antônio Reguffe
Senador Reguffe. Foto: senado.leg.br
História de Brasília
Notícia excelente para o Setor de Indústria e Abastecimento: chegou ontem a Brasília a primeira turbina termoelétrica do SIA. Amanhã ou depois, chegará outra e, até maio, estarão as duas funcionando. (Publicada em 7/2/1962)

Ciro: o abre alas para 2022

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Foto: Isac Nóbrega/PR

 

Com a posse concorrida e que lotou o grande salão do Palácio do Planalto, o atual ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, um dos próceres do Centrão, pretendeu, com a solenidade pomposa e desnecessária em tempos de pandemia, mandar um recado ao seu entorno próximo e, quiçá, ao próprio presidente de que doravante haverá, no coração do Poder Executivo, alguém com a caneta e verbas nas mãos, capaz de transformar o que era apenas um tênue projeto político de apoio parlamentar em algo concreto e questuoso.
Em troca, o presidente espera, ou pelo menos alimenta a esperança, que Ciro, além das articulações que promete fazer, aplaine o caminho que poderá levar Bolsonaro à nova vitória em 2022. É nisso que se resume todo esse esforço para trazer o Centrão para dentro do governo. Chega a ser curioso observar toda essa pantomima da política nacional, prevendo, inclusive, seus possíveis desfechos, apenas para constatar o quão nefasto tem sido para o país o modelo de reeleição para cargos majoritários, ainda mais quando se vê no poder alguém que não abdica, um dia sequer, de descer do palanque para governar de fato.
É com essa agenda permanente que o atual presidente mantém, em estado de suspensão, todo o seu governo, vivendo o presente em função do que poderá ser, no futuro, seu próximo mandato. Trata-se de algo surreal e que copia, letra por letra, outros governos que o precederam, como é o caso de Lula, que fazia do seu governo também um vir a ser permanente. Com Ciro, o Executivo, comandado por Jair, não se aproxima do Congresso propriamente dito, como querem fazer acreditar, apenas o torna devedor de uma ala do parlamento, famosa por seu apetite pela estrutura do Estado.
Essa história de que o Executivo e o Legislativo serão, daqui para frente, um só poder, como afirmou o presidente durante a solenidade, não só distorce toda a teoria tripartite dos Poderes como lhe confere um novo propósito de fazer cumprir os desejos de um amplo grupo, formado por indivíduos avessos à moral e à ética pública.
Uma espécie de parlamentarismo de compadrio, em que as responsabilidades e os papéis de cada um com a coisa pública são diluídos e inexistentes. Um arremedo de república. Resta saber em que consistirá a tal articulação que será feita pelo chefe da Casa Civil. Se for parecida com a que era realizada nos tempos dos governos petistas, estaremos vendo a repetição de equívocos que deu no que deu.
Também não é possível saber o que quer dizer a expressão “a democracia é líquida e certa”, dita pelo empossado, ao garantir que está nessa nova posição apenas para zelar por sua manutenção. Para aqueles que ainda tinham dúvidas sobre o exato papel que caberá ao ministro no governo, o próprio Ciro não escondeu que sua missão será a de conduzir o país às eleições do ano que vem. “Temos agora, até o final do atual governo, um período que conduzirá às eleições de 2022. E é nosso dever preparar o país para chegar às eleições da forma certa, com a economia no rumo certo, com a política ajustada da maneira certa, com a vacinação garantida e certa para todos os brasileiros”, disse.
De posse dessa informação, fica um tanto evidente que caberá ao ministro Ciro as providências necessárias para que a máquina pública seja disposta, com todo o seu peso, para ajudar na reeleição de Bolsonaro. Nada diferente do que vem sendo feito há décadas e que tantos prejuízos tem causado a nossa democracia, ao permitir a perpetuação de governos populistas pouco sintonizados com a realidade nacional. É disso que se trata.
 
A frase que foi pronunciada
“Nossas pesquisas apontam que uma das características do bolsonarismo — e tão importante quanto entender seu início é buscar definir esse fenômeno — não é ser ‘antidireitos’ e, sim, apresentar uma noção seletiva de direitos.”
Isabela Kalil
Isabela Kalil. Foto: exame.com
Corrupção
Para o senador Alessandro Vieira, o melhor caminho contra a impunidade é uma Justiça rápida, eficiente e igual para todos. O sistema recursal passaria por uma reforma, em que especialmente as Cortes superiores não sofreriam influência do poder político e econômico. Numa entrevista à revista Época, o senador afirmou, dois anos atrás, que há mais de 40 pedidos de impeachment de ministros do STF que nunca foram apreciados, e todos eles com denúncias gravíssimas. “Num país verdadeiramente democrático, ninguém deve estar acima da lei”, sentenciou o parlamentar.
Foto: Divulgação/Senado Federal
Segurança
Novidade no Aeroporto de Brasília. Depois do consentimento e cadastro do passageiro, o embarque adotará o reconhecimento facial como forma mais segura de identificação. Florianópolis, Rio, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte já adotaram o protocolo.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
História de Brasília
As invasões continuam, a impunidade também. Qualquer um pode construir um barraco em terreno alheio. A próxima e simpática campanha do prefeito bem que poderia ser a extinção dos barracos no Plano Piloto. (Publicada em 6/2/1962)

Imprensa livre existe para a democracia e não para governos

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Ilustração: amp.aquinoticias.com

 

Imprensa é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”, ensinava o Guru do Méier, Millôr Fernandes. E com muita razão. É com essa bandeira que deveriam se mover os principais órgãos informativos do país. Mas, infelizmente, não é isso o que acontece na maioria das vezes. Óbvio que ao não se posicionar, corajosamente e com independência, sobre a miríade de governos que vêm e vão, ao sabor dos ventos das eleições, quem primeiro perde é o cidadão, seguido dos próprios órgãos de imprensa e de seus profissionais que passam a experimentar o descrédito. Nada é mais fatal, para toda e qualquer mídia, do que o descrédito do cidadão.

O papel de estar em conformidade e em consonância com emanadas de determinados governos deve ser sempre restringido aos órgãos ditos chapa branca, que possuem o mister de defender essas posições. Para isso são criados e bem pagos, inclusive, com recursos oriundos dos pagadores de impostos, mesmo aqueles que não estão de acordo com o governo. É da democracia e tem funcionado assim na maioria dos países desenvolvidos. Ocorre que, nessas nações, a existência da fiscalização sobre os recursos públicos utilizados para fazer propagandas personalistas e de cunho político-partidário é eficiente e causa estragos aos que cometem esses delitos. Não é o caso do Brasil, onde a relação entre os Poderes de nossa República é, na maioria das vezes, organizado segundo quesitos de compadrio e de benefícios mútuos, ou seja, longe do interesse público.

Mesmo os órgãos que poderiam fiscalizar a ocorrência de abusos estão sob o comando de personagens oriundas desse pequeno mundo político e partidário, onde a elasticidade entre o que é ou não legal é infinita. Em governos de viés autoritários, como parece ser o caso atual e de outros do nosso passado recente, as secretarias de comunicação do Executivo e de outros Poderes possuem a capacidade de eleger, e mesmo “cancelar”, aqueles órgãos de imprensa que se mostram demasiadamente independentes e que, por isso, criticam o governo.

As conhecidas listas negras, contendo nomes de profissionais e de seus respectivos órgãos, existem e têm funcionado em todos os governos desde sempre. De tão comuns, esses órgãos institucionais agem sem receio de ações na justiça. A caixa-preta, representada pelos órgãos institucionais de divulgação das ações governamentais, tem sido apontada, amiúde, como setores que abusam das falhas da justiça, agindo abertamente contra uns e em favorecimento daqueles órgãos dóceis aos mandatários.

Trata-se aqui de uma distorção desses órgãos do governo e um perigo para a transparência e para a democracia. Os ensinamentos vindos recentemente de países como a Venezuela, que possuía, outrora, um imenso e variado parque formado por órgãos de imprensa independentes e profissionais e que foram, pouco a pouco, sendo perseguidos e banidos do país, para dar lugar a uma imprensa oficial e de louvores ao governo ditatorial, mostra bem o caminho perigoso e sempre presente percorrido pela imprensa livre que se deixa controlar por mandatários. O caminho utilizado pelos governos para sufocarem os órgãos de imprensa livre “rebeldes” é sempre cruel e feito pelo estrangulamento dos recursos financeiros e outras verbas públicas e publicitárias, que deveriam ser democraticamente distribuídas aos diversos veículos de informação, independentemente da posição política de cada um.

Esse tem sido, desde sempre, um tema sensível e que diz respeito à qualidade da democracia que desejamos para o país. Por essa e por outras razões, esse não é um assunto que o leitor encontra com facilidade sendo debatido com a clareza e a profundidade que merecem os brasileiros. O que não se pode é assistir, pacificamente, a transformação de determinados veículos de imprensa, alguns deles tradicionais e já consolidados, há anos, junto aos espectadores, ouvintes e leitores, em órgãos de divulgação e de defesa cega desse ou de qualquer outro governo.

A democracia não pode sobreviver à unanimidade de opinião, mas suporta, com certeza, a oposição serena e certeira da imprensa livre. É para isso que ela existe.

A frase que foi pronunciada:

Quero viver para ver o PT ter uma oposição do nível dele. Ô partido bom de briga!”

Dona Dita lembrando da falta de adversários do partido dos trabalhadores.

Foto: pt.org.br

Prata da Casa

Dr. José Moreira é um neurocirurgião que coleciona elogios dos pacientes. Por coisas simples como dar atenção, conversar, pesquisar e cuidar até que o diagnóstico certo venha à tona. Um dia foi visto na parada de ônibus do Pátio Brasil. Humildade, sabedoria e ciência numa pessoa só!

Loucos

O Conselho Comunitário do Lago Sul e a Associação Comunitária da Península Norte estão unidos contra a LUOS, que autoriza a mesclagem de negócios em área habitacional. Definitivamente, uma lei como a LUOS só seria aprovada por quem odeia os cidadãos brasilienses. A própria cidade foi projetada para deixar uma boa distância entre comércio e moradia.

Imagem: lagosul.com.br

História de Brasília

Os candangos também participam da proteção às árvores. Agora mesmo recebo uma carta nesses termos: “Ilustre senhor, é com prazer que informo que serei o protetor de 3 árvores em princípio de vida na W3 em frente à quadra 3 lote 1 a 4. Esses lotes estão em construção, sendo eu o encarregado da mesma. A companhia Graça Couto de certo não me impede e eu com muito prazer protegerei essas 3 futuras lindas árvores, enquanto durar a construção. Faço ainda um apelo para que todos os meus colegas procedam da mesma forma. Com a maior admiração por V.Sa. José Pereira Montola.” (Publicada em 06.02.1962)