Ao contrário das escolas, os bancos sabem como proteger seus tesouros

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Heitor Feitosa/VEJA.com

 

É em massacres, como o ocorrido agora na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, vitimando cinco alunos, duas funcionárias desse estabelecimento e o proprietário de uma loja de veículos na cidade, que algumas das mais importantes autoridades brasileiras revelam não só a miudeza de caráter, como o despreparo para lidar com a administração de um país complexo como o Brasil, sobretudo diante de fatos inusitados como tragédias dessa natureza.

Aliás, é de tragédia em tragédia, de esquecimento em esquecimento que vamos construindo alguns dos mais tristes capítulos de nossa longa história de violência. Seguindo o extenso fio que levam às causas do cometimento dessa barbárie, é possível encontrar, a meio caminho, ações e medidas definidas por essas mesmas autoridades que, direta ou indiretamente, deram sua parcela de contribuição para o desfecho desse crime.

A questão primeira que se impõe, e talvez a mais fundamental, diz respeito à total falta de controle nas portarias das escolas pública em todo o país. Os bancos, lembra um cidadão anônimo, mantém diuturnamente seguranças armados e controle eletrônicos rígidos na entrada de seus estabelecimentos para a proteção de seu dinheiro. Por que o mesmo não pode ser feito em todas as escolas do país que abrigam riquezas infinitamente superiores aos bens materiais? Questiona esse mesmo cidadão. A uma colocação certeira como essa se contrapuseram dezenas de manifestações oportunistas vindas de diversas autoridades, que melhor fariam se guardassem silêncio em respeito aos mortos. Para alguns políticos, obviamente da oposição, a tragédia é resultado direto das ações do atual governo visando abrandar o acesso às armas pelos cidadãos. Mensagens enviadas pelas redes sociais mostram que para alguns profissionais da política, que nem merecem ser citados, aproveitando o ocorrido para fazer proselitismo e angariar vantagens político eleitorais.

Outros mais ousados chegam a culpar diretamente o atual governo pelo fato. Esquecem esses políticos que, na ponta inicial do fio, que conduziu a esses crimes, estão a malversação do dinheiro público, a corrupção e a leniência com atos criminosos, praticados contra a administração pública, que retiram recursos preciosos que poderiam equipar escolas com equipamentos de segurança e garantir o direito à vida desses inocentes. Gela a coluna vertebral pensar que o Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição, possa cogitar em qualquer circunstância abrandar pena para a malversação do dinheiro público. Verba surrupiada é verba não aplicada em saúde, educação, transporte, segurança, alimentação, trabalho, direitos amparados pela Carta Magna.

O fato desse tipo de tragédia não ser corriqueiro em nossas escolas, de nada serve para adiar, ainda mais, um plano nacional para assegurar que os alunos possam, ao menos, sair vivos das escolas, já que a qualidade do ensino não é lá essas coisas. Nesse sentido, ao lado de ações como a chamada militarização das escolas, que trouxe militares aposentados para ajudar na administração de algumas escolas públicas aqui no Distrito Federal, que medidas efetivas o GDF vem fazendo no sentido de prevenir que massacres como esse não venham ocorrer nas escolas e universidades da capital?

 

A frase que foi pronunciada:

“Que me desculpem os editores que optam por esta abordagem mas, na minha opinião, exibir as imagens do ataque à escola de Suzano não ajuda ninguém, é um desrespeito às vítimas, um incentivo a desequilibrados e psicopatas e alimenta pesadelos de crianças, adolescentes e pais.”

@MarceloLins68, pelo Twitter

Charge do Latuff

 

Realmente virtual

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Menção honrosa

Pacientes atendidos na UPA do Valparaiso de Goiás não poupam elogios ao bom atendimento. As instalações confortáveis, médicos gentis e prestativos e todo o corpo de enfermagem muito atencioso. Pábio Mossoró, prefeito do local (nascido em Sobradinho), e toda equipe têm mostrado seriedade no que fazem.

Foto: facebook.com/pabiomossoro

 

Isso posto

Contribuição e Imposto divergem no arbítrio. Só contribui quem quer, mas se a taxa for imposta, o pagamento é obrigatório. A atividade sindical é sustentada pelos associados que acreditam na importância desse trabalho, portanto devem contribuir voluntariamente para a manutenção desse empreendimento.

Charge de nanihumor.com

 

Coragem

Com a destruição do pinheiral do Paranoá e a eminência de construção de centenas de prédios, há a possibilidade de reaver o projeto da ponte do Setor de Mansões do Lago Norte, para a Península Norte até a UnB. Resta saber quem irá enfrentar o lote ocupado que foi desapropriado anos atrás para este fim.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Imprópria, tremendamente imprópria, a localização do Centro de Telex, em frente ao bloco 11 da superquadra 208. Uma obra naquele local só poderia ter sido autorizada por um inimigo de Brasília. É tempo ainda, doutor Sette. Não começaram as fundações do edifício que construirão no meio do asfalto. (Publicado em 15.11.1961)