Educação em pacote

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Elisa, de 17 anos, optou pelo homeschooling em 2018. Foto: Acervo Familiar

 

          É preciso reconhecer que a desigualdade social e a ausência de serviços básicos e essenciais, ao atingir em cheio as famílias de baixa renda, provocam, como resultados mais nefastos e prolongados, a chamada pobreza infantil.

          É justamente ao atingir os membros mais frágeis desse grupo de pessoas que os efeitos da má distribuição de renda acabam gerando um conjunto enorme de consequências negativas que irão se refletir ao longo de toda a vida desses indivíduos, a começar pelos reflexos ruins no desempenho escolar, mesmo em estabelecimentos de ensino de baixa qualidade. Em outras palavras a desigualdade social e econômica está na base de todo o sofrível sistema de ensino público no país.

         Na verdade, as escolas públicas, em sua totalidade, refletem e perpetuam a má distribuição de renda do país, gerando, na sua grande maioria, cidadãos de segunda categoria, merecedores apenas de uma educação de baixa qualidade que os incapacita de prosseguirem adiante e progredirem na vida adulta. Com uma receita como essa, que ainda inclui saúde, transportes e moradias de segunda categoria, não surpreende que nosso sistema público de educação se encontre relegado eternamente nas últimas posições dos rankings mundiais de avaliação de ensino e aprendizagem.

         Diante da omissão histórica do Estado no setor da educação, é que muitos lares vêm adotando o chamando “Homeschooling”. Trata-se da educação empreendida em casa pela própria família. O crescimento no número de famílias que têm adotado esse regime caseiro de ensino não para de crescer e, por isso, tem chamado a atenção das autoridades. A questão de fundo irá colocar a atual realidade das escolas públicas, invadidas por ideologias de todo o tipo, estranhas ao meio, e mesmo o sucateamento dessas instituições e milhares de famílias que passaram a ver, nesses locais, um ambiente desestruturado técnica e moralmente.

         Não há como desvincular, ou mesmo realizar, uma educação de qualidade de outros fatores de ordem econômica e social. Nesse sentido, é impossível empreender uma educação pública típica de países desenvolvidos, com os atuais indicadores sociais, típicos de países do terceiro mundo. Esse é o dilema do país. Como existir escolas públicas de excelentes níveis de aprendizagem, quando se verifica que, em muitas delas, os alunos só vão porque encontram algum tipo de refeição diária?

         No Brasil profundo, perdido no tempo e no espaço, e em que os gestores políticos são os primeiros a não acreditar no poder transformador da educação, é comum a existência de escolas sem teto, sem cadeiras e onde os alunos assistem aulas de pés no chão, sem conforto ou qualquer tipo de perspectiva melhor. Se formos atrelar o ensino público atual às mudanças necessárias na melhoria de vida da nação, então será preciso esperar ainda um bom tempo para que o Brasil se integre como país de primeiro mundo.

          Pelo andar dos acontecimentos e em meio a uma crise política, econômica e social sem precedentes, é possível que o Brasil não consiga atingir, tão cedo, a almejada posição de liderança mundial.

         Não há remédios alternativos. Educação pública de alta qualidade, não se faz apenas com políticas educacionais, mas, sobretudo, com políticas sociais também de alta qualidade, o que equivale a dizer menor desigualdade na distribuição de renda, aliada a serviços básicos também de alta qualidade.

 

A frase que foi pronunciada:

“Esse privilégio de sentir-se em casa em qualquer lugar pertence apenas aos reis, às prostitutas e aos ladrões.”

Honoré de Balzac

Honoré de Balzac (Foto: Reprodução)

 

Estranho

Na 107 Sul, onde ficava o Batalhão de Trânsito, está instalado um escritório misterioso. Vidros reflexivos, carros entrando e saindo, nenhuma sinalização. Os moradores não escondem a preocupação.

 

Lei Molhada

Durante as eleições no Varjão, os bares vendiam bebidas livremente.

Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília

 

Arte

Brasília recebe o Festival de Cinema Italiano com sessões híbridas, presenciais e online e totalmente gratuitas. Veja, no Blog do Ari Cunha, o passo a passo para ser espectador dessa arte. Acesse: https://festivalcinemaitaliano.com/.

 

Um átimo

Para quem reclama que a Câmara Legislativa do DF é devagar, basta acompanhar a votação de crédito adicional à lei orçamentária do DF. Outra iniciativa interessante é a discussão sobre a reparação de danos em calçadas e vias em geral causados por pessoas jurídicas. Realmente um absurdo. Caminhões transitando nas calçadas sem respeito algum.

Foto: Carlos Gandra/CLDF

 

História de Brasília

Ninguém explicou, nem ninguém sabe o que houve, mas o IAPB recebeu inscrições para financiamento no ano passado, e até hoje não deu solução. (Publicada em 13.03.1962)

Sem educação o Brasil caminha para trás

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A educação molda, charge do Marcelo Sabbatini

Não é segredo para ninguém que nossa produção artística, no variado e sofisticado mundo cultural, foi, no passado, muito mais presente e elogiada no cenário internacional que nos dias atuais. Nossos músicos, cineastas, arquitetos, escultores, pianistas, compositores, e uma infinidade de outros artistas de todas as áreas eram modelos a serem copiados e seguidos e, por consequência disso, nosso país despertava a atenção do mundo, que enxergava, na existência de uma plêiade tão grande de talentos, a possibilidade do surgimento de uma promissora e nova potência cultural. Isso tudo, acreditem, foi outrora. Também é do conhecimento de muitos que, até recentemente, a nossa escola pública, apesar de algumas carências pontuais, era considerada de muito boa qualidade, sendo a responsável pela formação de uma boa parcela de brasileiros que hoje ocupa postos de alto nível, tanto na administração pública quanto nas empresas.

Toda uma geração de brasileiros que hoje desponta por sua atuação profissional passou pelos bancos escolares das escolas públicas, sendo que muitos obtiveram excelente formação estudando, durante todo o ciclo de ensino, indo do antigo primário até a universidade, sempre pelas mãos de professores do Estado. Por certo, o progresso e, principalmente, desenvolvimento humano, não vêm naturalmente, apenas por ação do passar do tempo. É preciso um esforço diário para ir avançando aos poucos de cada vez, e isso não é segredo algum.

Foi aí que as coisas parecem ter desandado em nosso país. Ficamos como que atados ao passado. Ou, pior ainda, retrocedemos aos primórdios. Pelo fato de o nosso ensino público ter perdido a qualidade que exibia num passado recente, toda uma geração, que poderia hoje brilhar com seu talento, contribuindo com sua formação, para um mundo melhor, ficou apenas na promessa de acontecer. Quem sabe esse seja o significado hodierno de “país do futuro”. Definitivamente, perdemos a chance de sermos o país do presente. E tudo por que deixamos de lado a capacidade e o potencial, que somente um ensino público de qualidade possui para alavancar toda uma geração, fazendo-a sair da terra, como um broto que busca a luz. Apenas porque fechamos os olhos para a escola pública, todo um país deixou de acontecer. Se hoje nossa classe artística, com honrosas exceções, já não consegue mais aquele brilho especial que, no passado, despertava a atenção do mundo civilizado, é por que fizemos pouco caso da escola pública.

A frase que foi pronunciada:

Do atrito de duas pedras chispam faíscas; das faíscas vem o fogo; do fogo brota a luz.”

Victor Hugo

Victor Hugo. Foto: wikipedia.org

Democracia

Quem articula as mudanças para o voto impresso na Câmara é o deputado Felipe Barros. Relator da proposta, o que ele quer é o que o voto passe a ser “conferível em meio impresso pelo eleitor e apurado em sessão pública.” Parece que a causa está em perfeita harmonia com a Constituição.

Cálculos

Um passeio pela W3 Norte e Sul é o suficiente para registrar o número de obras que invadem o espaço aéreo. São esses puxadinhos que se tornam um risco. Por falar nisso, ontem na 713 Norte, parte de uma comercial desabou. Assista o vídeo no link Desabamento na 713 Norte.

Foto: Marcos José/Cortesia

Caso estranho

Dizia Rui Barbosa: “Justiça tardia nada mais é do que injustiça institucionalizada.” Basta ver o caso dos concurseiros que abdicaram de, no mínimo, 2 anos da vida para se trancar em bibliotecas e estudar para o concurso da SEDES e, até hoje, debatem-se com a injustiça que vem acontecendo nas barbas do Ministério Público. Primeiro a absurda mudança das regras do jogo no meio do caminho, ao que parece, para favorecer quem não atingiu a pontuação e, agora, ignorar os aprovados que podem ser chamados e contratar pessoal que não fez o concurso. Essa última iniciativa foi interrompida com uma manifestação dos aprovados, que, mobilizados, só querem o que lhes é de direito (clique aqui).

–> Veja mais sobre a manifestação em: Ato do dia 05/08/2021.

Foto publicada no perfil oficial do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF no Instagram

Verde

É um bom lugar para a compra de todos os tipos de plantas. Vale conhecer o Polo Verde, na subida de Sobradinho. O problema sempre foi o estacionamento. Um lamaçal ou poeirada constante, depende da época. Já tem gente do DER por lá para melhorar essa situação. Ao que parece, tudo vai melhorar.

Foto: reprodução Google Maps, março de 2021.

História de Brasília

As eleições em Brasília vão ser responsáveis pelo rompimento de muitas amizades. Os candidatos estão excitados e apavorados. Da janela a gente vê muito bem o estrebuchamento lá em baixo. (Publicada em 06/02/1962)

Educação e um tempo que passou

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Darcy Ribeiro. Foto: escoladarcyribeiro.org

 

Pouco antes de falecer, em 1997, o educador, antropólogo, escritor e sociólogo Darcy Ribeiro, fundador da Universidade de Brasília (UnB) e criador dos chamados Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), chamou a atenção para um fato que hoje vamos comprovando com tristeza: “ se os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios.” Ele mesmo, na condição de brasileiro que antevia, na educação, a única saída para o término do subdesenvolvimento crônico do País, já havia, percebido e experimentado, na própria pele, as dificuldades impostas pelas elites nacionais, para que a educação ocupasse um lugar de destaque absoluto entre todas as necessidades internas.

Já na terceira idade, chegara à conclusão derradeira de que “a crise da educação no Brasil, não era uma crise; mas um projeto.” Um projeto, diga-se, com começo, meio, fim e finalidades objetivas, quais sejam, a perpetuação do ciclo de dependência e subserviência da população aos donos do poder, tal como existia no Brasil da era colonial.

Não é por outro motivo que a educação pública, mormente o montante de recursos a ela destinado, segue aos tropeços, como bem confirma todo e quaisquer certames de exames e testes, tanto no país como em avaliações internacionais, onde o Brasil fica, invariavelmente, na lanterna de popa, com pontuações medíocres e que parece envergonhar apenas os brasileiros de bem.

Também não é por outra razão que ostentamos a quantia de quase um milhão de presos, fossem computados os encarcerados e cumpridos todos os mandatos de prisão em aberto. Por certo, esse número ultrapassaria essa marca, fossem colocados atrás das grades a miríade de políticos, empresários e outros membros da elite nacional, apanhados pela justiça em atos de corrupção.

As predições de Darcy Ribeiro, sobre o descaso com a educação pública de qualidade, podem muito bem ser sentidas por ocasião das rebeliões de presos, que obrigaram boa parte da população brasileira a ficar trancada em casa, com medo do que poderia acontecer.

Hoje, com a escolas fechadas e com parte dos presídios controlados pelas próprias facções do crime organizado, o retrato do Brasil, diante do mundo civilizado, pode muito bem compor um cartaz publicitário para incentivar o turismo com os seguintes dizeres: “Bem-vindos à selva.” E pensar que já tivemos educadores do quilate de Anísio Teixeira (1900-1971), criador das Escolas Parques, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (CAPES). Ao lado do próprio Darcy Ribeiro, foi também um dos fundadores da Universidade de Brasília (UnB).

Além desses educadores de ponta e que poderiam verdadeiramente construir um país desenvolvido, tivemos ainda Paulo Freire (1921-1997), que conhecia a importância e o valor do conhecimento popular, integrado à pedagogia, e é detentor de 27 títulos de doutor Honoris Causa pelas mais importantes universidades do planeta. Graças a ele é que foi implantado o Estatuto do Magistério .

Ao lado desses educadores, destacam-se ainda Maria Nilde Madscellani (1931-1999); Florestan Fernandes (1920-1995); Miguel Arroyo; Jaqueline Moll e muitos outros que orgulham todos aqueles que entendem o verdadeiro papel da educação para a formação de uma nação soberana.

Essas lembranças vêm a propósito da recente entrevista do atual ministro da Educação ao jornal Estadão, e cujo nome nem vale a pena ser citado, tal a coleção de platitudes e sandices que desfilou em sua fala e que demonstra, de maneira patética, o quão distante ainda estamos, em pleno século XXI, do ideário dos educadores aqui mencionados e que enxergavam um Brasil que tinha tudo para dar certo lá nos idos do século passado.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Duas coisas não podem ser violentadas: a história e a geografia. A história, que é a alma de um país, e a geografia que é o seu corpo.”

José Sarney, ex-presidente do Brasil.

José Sarney. Ficheiro: Foto Oficial Sarney/EBC

 

Promessa

Não falta material para os senadores Major Olímpio, Weverton e Eduardo Girão. Eles prometeram criar um grupo para debater temas onde a corrupção foi comprovada. Um deles é a análise dos empréstimos à Venezuela feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento, que já recebeu a resposta de que não era empréstimo, já que não será pago.

Foto: Miguel Ângelo/CNI/Direitos reservados

 

Novidade

Em breve, carros que prestam serviços de transporte, como os Uber, terão que ter um dispositivo para gravação do ambiente no interior do automóvel. Trata-se de uma alternativa de segurança tanto para o motorista quanto para o passageiro.

Foto: tecnoblog.net

 

Passeio

Brasília em Linhas, exposição do artista gráfico holandês M. C. Escher (1889-1972), no Espaço Niemeyer. Em função dos protocolos de segurança, a visitação está restrita a 20 pessoas por vez no salão, de segunda a sexta, das 10h às 16h

Foto: Divulgação

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Muitos funcionários, que esperavam ser transferidos da Asa Norte para a Asa Sul, com a conclusão dos novos apartamentos, estão se desiludindo dessa promessa, visto que os apartamentos a serem entregues já estão distribuídos em cotas para os ministérios que se transferirão. O que é fato, é que os apartamentos da Asa Norte não são bons, nem a Asa Norte oferece conforto. Esta a razão de estar sendo considerada a Asa Norte como área de triagem, o que é muito justo, pensando pelos funcionários. (Publicado em 17/01/1962)

Universidades e o caminho do meio

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Foto: Emília Silberstein/ Agência UnB

 

Que as universidades públicas cumprem papel estratégico no desenvolvimento do Brasil é fato indiscutível. Não só no Brasil, mas em todo o mundo. O conhecimento científico e tecnológico se enquadra hoje como sendo o principal capital de uma nação. Países que compõem o clube dos ricos são, invariavelmente, os mesmos que investem pesado em universidades e pesquisas, e têm nesse setor o lastro de seus sucessos. Tanto na formação de recursos humanos de excelência como na produção de conhecimento nas diversas áreas da ciência, as universidades se mostram fundamentais tanto para a promoção da cidadania como para a manutenção da cultura e de outros aspectos que compõem rica herança histórica do nosso país.

Por esse papel estratégico da maior relevância é que as universidades públicas necessitam nesse momento de uma maior compreensão e aceitação, não só por parte da população que arca com esses custos, mas, principalmente, por parte do atual e de todos os governos que venham a comandar o país. Para tanto, as universidades federais devem alcançar uma posição de equidistância dos governos, principalmente quanto ao aspecto ideológico trazido por cada grupo de mandatários.

É essa equidistância que pode conferir um verdadeiro papel de respeitabilidade e independência das instituições, dando a cada uma a isenção natural e necessária para que possa tanto criticar e apontar caminhos como apoiar sem se imiscuir ou comprometer-se em assuntos que não dizem respeito direto as universidades.

É fato inconteste que, por muitos anos, nossas universidades públicas foram aparelhadas politicamente por grupos de esquerda, interessados apenas nos aspectos de conquista do poder, e não na diversidade de opiniões e pensamento. É inegável que em muitos casos, o objeto do saber técnico e humano foi relegado a segundo plano, ou posto de lado simplesmente.

Obviamente que a sociedade começou a reparar nessa mudança de foco das universidades. Também a contradição gritante que fazia com que as instituições de ensino passassem a ser frequentadas quase que exclusivamente por alunos oriundos das altas classes sociais, enquanto os filhos de famílias de menor renda eram, na maioria, obrigados a estudar em instituições privadas, acendeu a luz vermelha junto à sociedade.

Na verdade, eram os pobres que acabavam erguendo, com impostos, os degraus por onde iriam galgar os alunos das instituições públicas do terceiro grau, aumentando o fosso entre privilegiados e desfavorecidos, num mecanismo cruel e sem solução. A abdução de entidades representativas tanto dos trabalhadores na educação como dos próprios alunos pelos partidos de esquerda, contribuiu para um maior distanciamento entre a sociedade e essas instituições, fato que acabou servindo de pretexto também para um certo clima de animosidade entre o atual governo de direita e as universidades.

Transformadas em apêndice de partidos políticos de esquerda, as universidades foram perdendo sua isenção acadêmica e transformando-se em redutos de reação política contra o governo, com prejuízos para todos. De interlocutora confiável dos problemas nacionais, as universidades passaram a porta-vozes acadêmica de partidos e em permanente confronto com as autoridades.

Com boa parte dos alunos e professores transformados em militantes, cabe agora a essas instituições repensar seu papel na evolução da universalidade social brasileira, tomando o devido distanciamento tanto da direita como da esquerda, escolhendo, talvez o caminho do meio e, com isso, reconquistar o respeito perdido junto à sociedade, que é a sua verdadeira patrona.

 

 

A frase que foi pronunciada
“Se um homem é um tolo, você não o treina para não ser tolo, enviando-o para a universidade. Você apenas o transforma em um tolo treinado, 10 vezes mais perigoso. ”
Desmond Bagley, jornalista e romancista britânico falecido em 1983

Charge do Aleixo

 

IPVA

Anúncio para todos os lados dão conta de que as alíquotas do IPVA passarão de 3,5% para 3%. Parece uma grande vitória do governador Ibaneis. A população tem mais problemas para enfrentar os preços nos mercados, que estão fugindo do controle.

Cartaz no perfil oficial do governador no Instagram

 

História de Brasília
Mas o gabinete não cairá. Ainda há muita nomeação para fazer, e, prevalecendo a tese do sr. Aurélio Viana, o gabinete só cairá quando não tiver mais cargos para ceder. (Publicado em 12/12/1961)

Educar a família e a sociedade antes de educar as crianças é a única saída

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Foto: correiobraziliense.com.br

 

Transformadas de escolas em centros de reabilitação de menores, vários colégios se limitam a cumprir o que manda o conteúdo programático e a carga horária, mantendo-se o mais distante possível de qualquer envolvimento maior para a própria segurança de seus profissionais.

Por outro lado, as delegacias e a justiça muitas vezes não dão o pronto atendimento e atenção a esses casos, deixando os professores à própria sorte. Desse modo, envoltas em problemas estranhos ao processo de educação e que, em muitos casos, são de ordem social ou mesmo de polícia, muitas escolas e professores não conseguem se inserir nas comunidades em que se encontram, sendo raros os casos de uma relação saudável e amigável entre esses atores.

Como a devida responsabilização, perante o Estado, de pais e responsáveis de alunos é ainda uma possibilidade distante, o adequado processo de ensino vai sendo empurrado para um futuro incerto e sem solução à vista. Nossas escolas, sobretudo as públicas, ficaram paradas no tempo, preparando os alunos para um mundo que já não é o mesmo e que requer outro tipo de profissional, com outras habilidades. Além disso, tem que lidar com problemas que antes eram resolvidos dentro das famílias, no âmbito das relações entre pais e filhos. Sabe-se que as escolas são o espelho da sociedade em que estão inseridas.

No nosso caso, as escolas públicas, principalmente aquelas localizadas nas regiões mais carentes, estão imersas numa sociedade onde a violência é um fato corrente no dia a dia dos alunos. Em muitos lugares, é comum os bandidos da região mandarem fechar as escolas. Em outros, os intensos tiroteios impedem que os estudantes possam ir às aulas. O tráfico de drogas e o consumo de álcool é uma realidade dentro e nos entornos das escolas. Para aqueles estabelecimentos onde não há um policiamento ostensivo, como é o caso dessa CAIC na Ceilândia, os casos de violência são uma constante e amedrontam os professores, o que tem reflexos diretos no processo de ensino e no funcionamento das escolas. Não há como pensar em ensino de qualidade, capaz de colocar o país nos primeiros lugares nesses rankings internacionais de avaliação do ensino, enquanto não forem solucionados problemas básicos no âmbito de nossa sociedade, como é o caso da violência endêmica, suas causas e suas múltiplas consequências.

No dilema atual que propõe resolver os problemas sociais de nosso país, por meio da educação, é colocado outro que aponta que somente vamos resolver as questões da melhoria de nossa educação pública quando pudermos educar também as famílias e a sociedade conjuntamente.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O envolvimento dos pais é importante na educação por vários motivos:

  • Determinar objetivos com as crianças e acompanhar de perto o resultado;
  • Monitorar as notas e trabalhos para ter certeza de que estão no caminho certo;
  • Usar com frequência aplicativos adotados pela escola para acompanhar o desenvolvimento e atividades dos filhos;
  • Estimular a relação social entre as crianças e professores;
  • Pais e professores unidos podem cobrar mais verbas dos municípios, estados e união ou mesmo apresentar novos projetos.”

Justificativas para a participação dos pais nas atividades da escola descritas pela NEA – Associação Nacional de Educação (norte-americana, fundada em 1922)

Charge do Chaunu

 

 

Brasília

Ipês Roxos têm poder de redimensionar o turismo em Brasília nesses meses. Se as cerejeiras do Japão o fazem, em termos de beleza estamos bem perto. Faltam um projeto bem desenhado, divulgação no Brasil e no mundo e convencimento para as áreas de turismo do governo e universidades darem o primeiro passo.

 

 

Atleta

Fila Skates foi quem acreditou na atleta brasileira Camila Cavalheiro, que vai competir na modalidade Inline Downhill, a modalidade mais rápida da patinação. Com alto desempenho no esporte, Camila foi convocada pela Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação (CBHP) para participar do World Roller Games 2019, em julho. Sem dinheiro, começou uma campanha para arrecadar fundos na Internet, mas a alta performance convenceu patrocinadores que vão bancar a atleta. Agora é só torcer. Leia mais sobre a atleta a seguir.

Foto: Divulgação

Patinadora brasileira é a primeira mulher nas olimpíadas Roller Games 2019 em Barcelona

Camila Cavalheiro irá competir na modalidade Inline Downhill, a modalidade mais rápida da patinação

Na busca de qualidade de vida e lazer, muitos brasileiros estão se tornando adeptos da patinação. De acordo com uma pesquisa feita em 2017 com 1141 brasileiros pelo maior portal de patinação do Brasil, Adreninline, a prática de andar de patins é recente, pois a maioria, 80,1%, pratica o esporte há menos de três anos, sendo que deste total, 52,8% estão no esporte a menos de um ano. A ascensão do esporte fez com que atletas ganhassem notoriedade, como é o caso da Camila Cavalheiro, primeira brasileira que irá competir na modalidade Downhill nas olimpíadas Rollergames 2019 em Barcelona.

Tudo começou apenas como um hobby no ano de 2013. “Eu estava passando por uma loja de artigos esportivos, até que os patins me chamaram atenção após eu assistir um vídeo dentro do próprio estabelecimento sobre o esporte”, explica Camila. A paixão por patinar foi tão intensa que já no ano seguinte ela participou do primeiro campeonato em Curitiba (PR) de nível nacional e obteve seu primeiro pódio, 1º no Jump e 3º no slide. No total, a atleta já participou de sete competições de Freestyle slide.

O início de tudo

Natural de Maringá (PR), Camila hoje tem 30 anos e mora na região da Penha (SP). Apesar do reconhecimento, sua trajetória foi de altos e baixos até conseguir o reconhecimento como a primeira e única patinadora feminina que irá participar deste grande evento internacional. “Infelizmente o esporte ainda não tem tanta visibilidade se comparado aos demais, e a situação se torna ainda mais complicada pelo fato de ser uma mulher competindo, já que não temos ainda o mesmo espaço que os homens, tanto que as próprias jogadoras da seleção do Brasil de futebol fizeram um apelo”, ressalta a atleta.
Patinadora brasileira é a primeira mulher nas olimpíadas Rollergames 2019 em Barcelona

Camila será a primeira mulher que irá competir na modalidade Inline Downhill no World Roller Games que acontece em Barcelona, além de ser a primeira brasileira que participa da competição. A modalidade é a mais rápida da patinação, e pode alcançar velocidades acima de 100km/h.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A medida foi uma das corajosas iniciativas do governo do sr. Jânio Quadros, consolidada, agora, no regime parlamentarista. (Publicado em 24/11/1961)

Problemas à frente

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Foto: Abraham Weintrab e Ricardo Vélez-Rodriguez, ao fundo (Divulgação/MEC)

 

Caso não venha a perder tempo com discussões vazias e sem resultados práticos, num país em que a educação é ainda uma área carente do mais básico, o novo ministro da pasta tem pela frente um conjunto, nada desprezível, de questões que requerem atenção urgente apenas para dar andamento normal ao trabalho desse ministério, paralisado e abalado por frequentes crises.

Ultrapassado recentemente pela Colômbia no quesito qualidade educacional do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil continua amargando os últimos lugares nesse tipo de ranking, mesmo gastando por aluno quase o mesmo que países desenvolvidos ou algo em torno de R$ 3.824 per capta. Nesse sentido, nosso país não tem mais tempo a perder.

Levantamento feito por especialistas do próprio ministério da Educação mostra que, dentre os desafios dessa pasta, talvez o mais importante e que vai exigir grande esforço de articulação política é com relação ao Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Esse órgão é responsável direto pela injeção de recursos no setor, repassando cerca de R$ 150 bilhões por ano a estados e municípios, mas deverá ser encerrado em 2020 por um outro modelo qualquer de financiamento da educação pública que ainda não se sabe qual será.

No Congresso, essa discussão não tem sido debatida, o que complica sua substituição. São mais de 1,8 mil municípios mais carentes que necessitam desses repasses complementares para custear pagamento de pessoal, transportes escolares e outros gastos. Também a chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que indica os elementos de aprendizagem principais a serem desenvolvidos do ensino infantil ao fundamental, tanto das escolas públicas, como privadas, estão paradas e necessitando de maiores orientações do governo federal para introduzi-los nos currículos escolares, formar professores e produzir materiais adequados.

Esse assunto, contudo, não conta com o apoio da maioria dos professores, mais preocupados com a realidade prática de cada localidade. Para muitos deles, a BNCC interfere nessa realidade de cima para baixo e de fora para dentro, desprezando as características próprias de cada região. Outro problema dessa área é quanto à reforma do ensino médio que prevê que esses alunos terão um aumento na carga horária e uma possibilidade de escolher e optar por disciplinas que desejam estudar. Segundo os especialistas, o ensino médio tem sido uma etapa em que os projetos e ações do poder público têm obtido pouco ou nenhum resultado efetivo e representa hoje o principal gargalo da nossa educação com alta evasão escolar e reprovação.

De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a quase totalidade dos estados da federação não alcançou a meta prevista para 2017, sendo que em alguns estados houve uma sensível piora no desempenho apresentado pelos alunos.

O novo ministro deverá levar em consideração ainda que a formação dos professores ainda está longe da realidade vivida por eles em sala de aula. Esse é, segundo os especialistas, um grande problema, já que acaba se tornando em mais um grande empecilho para se estabelecer uma educação de qualidade. Outra questão premente é quanto à realização, a tempo, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Tanto esse exame como a Prova Brasil, que avalia a aprendizagem dos estudantes da 5ª a 9ª série, estão com seus cronogramas atrasados por conta de problemas na gestão do próprio ministério da Educação.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”

Paulo Freire, educador

Foto: novaescola.org.br

 

 

Inteligência e sensibilidade

Já dizia o filósofo de Mondubim: “Deus ajuda quem cedo madruga.” Até que enfim uma autoridade voltou os olhos para os milhões de brasileiros que acordam de madrugada para trabalhar. Em troca de uma economia pífia de energia, a saúde dos trabalhadores contrastava com a alegria de tomar uma cervejinha ainda com sol.

Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 9.abr.2019

 

 

Reforço

Reforma da Previdência recebe apoio do partido Novo. Além de Amoedo, estiveram com o presidente Bolsonaro: Marcel van Hattem, Paulo Ganime e Tiago Mitraud. “O NOVO põe o cidadão em primeiro lugar e por isso defendemos uma previdência mais justa, sem privilégios e sustentável”, disse o presidente do partido.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil – 10.abr.2019

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ainda na estaca zero, a iluminação da Praça dos Três Poderes, que de tão estonteante passou a não existir. Provavelmente teremos posse do novo presidente às escuras, à noite, no lugar que outrora tinha uma iluminação ideal. (Publicado em 17.11.1961)

 

Disciplina também é matéria escolar

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Ilustração: jottaclub.com

 

Todos os países que apresentam excelentes índices em educação mostram, também, ao lado de uma persistente política pública para esse setor, níveis zero de problemas de violência envolvendo alunos e professores. É o caso de países como Coreia do Sul, Japão, Malásia e alguns outros.

Em comum, esses países adotam, além da qualidade indiscutível da educação, uma rígida disciplina que estende ao aluno e aos seus responsáveis todas as consequências pelos atos praticados por ele dentro da escola. Nesse caso, e sem maiores traumas, adotam desde a alfabetização, a disciplina como matéria escolar corrente. Na verdade, nessas sociedades mais desenvolvidas, a disciplina é requisito básico para a sobrevivência, independente do grau de formação acadêmica.

No Brasil, essa realidade há anos vem se apresentando de modo tão inverso que, não raro, os alunos com problemas sérios de comportamento são tolerados dentro das escolas apenas para não causarem maiores problemas e para não engrossarem, ainda mais, os índices de evasão e repetência escolar. Obviamente que, devido a essa estratégia “didática”, que acoberta aqueles indivíduos até violentos, contribui, ao seu modo, para aumentar as piores estatísticas dentro dos estabelecimentos de ensino, particularmente nos episódios de agressões contra professores.

Não é por outra causa que aumentam a cada ano os episódios de ataques contra os docentes. Há pelo menos uma década e meia que esses casos vêm sendo registrados e em número crescente, transformando nossas escolas numa espécie de reformatórios para menores delinquentes. Infelizmente, quem acaba pagando por essa tolerância são justamente os bons alunos, professores e os demais funcionários das escolas.

Desde 2003 o Brasil vem ocupando o primeiro lugar no ranking de país mais violentos contra os professores. Já naquele ano, pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com 100 mil professores de 34 países, mostrava que 13% dos professores brasileiros já haviam declarado serem vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos. Trata-se de um índice elevadíssimo e que demonstra a falência de nosso modelo de educação, que copia da sociedade o mesmo sistema que considera o infrator uma vítima do meio.

Nesse sentido merece ser saudada a intenção do atual ministro da Educação, Abraham Weintraub, de colocar em prática, em todas as escolas do país, um programa de disciplina que irá defender os professores agredidos em sala de aula, dando a eles a necessária cobertura para não só chamar a polícia, mas também como processar os pais e responsáveis. O ministro foi ainda mais além, afirmando ser sua intenção buscar meios para que os responsáveis pelo aluno agressor percam o Bolsa Família e mesmo a tutela desses menores infratores.

Temos que cumprir leis ou caminhamos para a barbárie, afirmou recentemente o ministro, para quem é preciso acabar com a prática do ‘coitadismo’ e da leniência com esses casos. Tão logo foram anunciadas essas medidas de endurecimento contra os agressores, as mídias sociais foram inundadas com mensagens de apoio, o que mostra que esse é um problema que também aflige a sociedade, principalmente as pessoas e as famílias de bem que veem nossas escolas transformadas em depósitos de crianças desajustadas e completamente abandonadas pelo sistema.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Como escapar do Vale da Morte Educacional.”

Sir Ken Robinson. É um autor, palestrante e consultor internacional em educação nas artes para o governo, organizações sem fins lucrativos

 

 

Emprego

Recebemos as dicas da Bazz Estratégia e Operação de RH para quem estiver desempregado. Leia a seguir.

–> Saiu do emprego? Veja como se recolocar!

O desemprego está em alta e por mais que haja uma perspectiva de melhor, essa não será em curto prazo, outro ponto é que se observa um crescente desânimo no mercado profissional com a insatisfação dos profissionais por motivos variados, criando uma crescente busca por um reposicionamento no mercado no trabalho. Assim, alguns cuidados devem ser tomados antes de qualquer ação de procura de emprego ou mesmo de        mudança.

É importante ter claro que, em momentos de incertezas na economia e nos resultados das empresas, o surgimento de novas oportunidades fica comprometido, com isso, buscar uma recolocação no mercado de trabalho tende a ser mais dificultoso. Mas, isso não torna impossível.

Desemprego é            motivo            de        desespero?

Pode parecer difícil manter a calma diante o desespero e as informações negativas do mercado que vemos diariamente, mas, nesse momento manter a tranquilidade e equilíbrio torna-se um fator essencial para seu reposicionamento.

Para e repare como sempre a ansiedade e o desespero tende a dificultar ainda mais o raciocínio e apresentação de suas habilidades técnicas e comportamentais, por isso se controle. Além disso, agir por impulso de induzi-lo a decidir por uma oportunidade qualquer, que não agregará em sua vida profissional ou poderá deixar vulnerável a golpes existentes no mercado, por trás de oportunidade milagrosas de ganhos. Assim, primeiro ponto que ressalto, mantenha o raciocínio lógico.

Passos             para     se         reposicionar

A busca por reposicionamento não é tão simples, porém também não é impossível, sendo necessário planejamento e preparo em suas ações e construções de novas oportunidades. Cito sete passos que julgo importantes para que essa busca tenha êxito:
1.    Amplie sua rede de relacionamentos a cada momento, isto é, trabalhe o seu network, lembrando que esse não deve ser utilizado somente nas necessidades. Assim, esteja pronto também para ajudar e nunca deixar de ser lembrado;
2.    Defina a estratégia para que possa desenvolver sua autoapresentação, de forma transparente,       segura             e          que      demonstre       preparo;
3.    Crie interesse por parte do entrevistador, através de um Curriculum Vitae bem elaborado, com ordem e clareza na apresentação descrita e verbal, apresentando quais seus          objetivos         e          seu             potencial;
4.    Cuidar da imagem pessoal é tão importante quantos os demais itens, demonstram autoestima e amor próprio, pois, primeiro temos que gostar de nós mesmos para depois gostar        do        que      fazemos;
5.    Busque conhecimento e informações além de sua formação, a fim de manter-se atualizado diante das             mudanças        de        mercado;
6.    Conheça as empresas que tem interessem em buscar oportunidades, analisando seus produtos ou serviços, estrutura e sua colocação de mercado.
7.    Tenha transparência e autenticidade, esses pontos que atraem as empresas, portanto, não queira construir um personagem, seja você mesmo, demonstre o quanto tem           valor   nas      competências técnicas             e          comportamentais.

Estou empregado,     mas     insatisfeito!

O fato de passarmos por uma crise não significa que os profissionais que estejam posicionados e desmotivados devam ficar estagnados, sem analisar novas possibilidades. Porém, aconselho que primeiramente se busque quais os motivos que estão levando a condição de desmotivação, criando oportunidades de mudança do ambiente         e          tornando-o      mais    atraente.

Foto: linkedin.com/in/celso-bazzola


Após essas ações e análises, concluindo-se que realmente é momento, recomendo que busque novas oportunidades, contudo, antes de deixar a colocação atual, aguarde o melhor momento e uma boa proposta para tomar a decisão em definitivo.

Enquanto isso não ocorrer, busque motivação para contribuir com a empresa, atitude que considero no mínimo profissional e que dará respeito e consideração futura. Lembrando que deixar um legado positivo em resultados e em atitudes pode consolidar sua     imagem           em       seu       campo profissional.

Celso Bazzola, consultor em recursos humanos e diretor executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH.

 

 

De olho

Professores têm dificuldades para cancelar plano de Saúde vendido sem as informações suficientes. Ou mesmo sem a leitura integral do contrato. Saúde Vida Card, segundo o portal do consumidor Reclame Aqui, não emite nota fiscal das parcelas pagas, não é reconhecido pela ANS, não permite o cancelamento imediato e os atendentes são extremamente brutos. Nenhuma das reclamações foi respondida no portal.

Link de acesso ao Reclame Aqui: Todas reclamações para Saúde Vida Card

Foto: vidacard.med.br

 

Realidade

Problema sério com pessoas que precisam do salário quando dependem do INSS. Levam meses para receber, já que não há a mesma seriedade trabalhista no pagamento. Mas as contas a pagar permanecem, as multas são cobradas pelo atraso, e o prejuízo é grande, além do estado de vulnerabilidade em que o trabalhador se encontra. Os honestos pagam pelos erros alheios.

Charge do Bier

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O primeiro busto inaugurado em Brasília foi do maestro Vila Lobos, em frente ao Ministério da Educação. Até agora, Juscelino era solitário, no Catetinho e na superquadra do Ipase. (Publicado em 17.11.1961) 17.11.1961)

Indisciplina e violência nas escolas públicas

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha  e Mamfil

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Charge: Nani Humor

 

Desde sempre, os especialistas na área de educação defenderam a ideia de que a indisciplina é uma forma de violência que mina não apenas as relações entre professores e alunos, mas torna impraticável, de modo explícito, que o processo ensino-aprendizagem se desenvolva naturalmente, impedindo que as escolas exerçam sua atividade mais básica e elementar: a de educar para a cidadania, instruir para vida.

Mesmo os pedagogos mais modernos enxergam na questão da indisciplina um elemento não a ser melhor trabalhado e entendido em seu contexto, mas a ser banido das salas de aula. A razão para um posicionamento desses, aparentemente tão radical, é que, na vida prática em sociedade, adulto algum consegue inserção adequada sem respeitar as regras básicas do jogo, se as regras frouxas das salas de aula.

O laissez faire, laissez passer, que tão bem funciona nas economias liberais e que, em síntese, significa deixar as coisas acontecerem naturalmente, ao sabor dos desejos e sem imposições, definitivamente não se aplica às escolas e ao mundo da educação.

Em entrevista que ficou célebre, a especialista em educação Inger Enkvist, do Ministério da Educação da Suécia, um dos países mais avançados quando o assunto é didática de ensino e pedagogia, reconhece a necessidade de os alunos desenvolverem hábitos sistemáticos de trabalho. “Aprender, diz, requer esforço e, quando se deixa os alunos escolherem, simplesmente não acontece.” Segundo ela, o que a nova pedagogia tem conseguido ao reivindicar um papel mais ativo por parte dos alunos, com o fim das aulas expositivas entre outras alterações, é promover a anti escola. Enquanto em países que já atingiram um nível de excelência em educação o problema maior é de ordem metodológica, no Brasil essa questão ganha contornos mais dramáticos e primitivos, quando se verifica que o fenômeno da indisciplina, que vem tomando conta das escolas públicas em todo o país, tem tido como resultado a violência explícita.

Nesse quadro desolador de discentes perdidos e violentos, é possível rastrear a origem chegando em uma família negligente e desajustada, onde o jovem não é querido, considerado nem recebe o conhecimento de geração a geração passado sobre ética, moral e civismo. Não são só famílias abastadas capazes de transmitir essas lições. Pelo contrário. Muitas delas parecem ter medo dos filhos como um sentimento de culpa por lutar pelo conforto no lugar do amor.

Famílias sem renda também ensinam que não se pode achar nada na rua. O que não é seu não deve ser apanhado. Ensinam a respeitar os mais velhos, cumprimentar as pessoas olhando nos olhos, mostram como é bom abrir a porta para as mulheres passarem. Educar os filhos independe da conta bancária. Depende mesmo da presença do patriarca ou da matriarca, com pulso firme e um colo sempre disponível para o acalanto.

As brigas opondo alunos contra alunos e alunos contra professores vem ganhando uma dimensão preocupante com a repetição dos casos de agressão contra professores. Somente essa semana que antecedeu o Carnaval, uma dezena de casos foram registrados em todo o país.

Aqui em Brasília, no Centro de Ensino Fundamental 25, em Ceilândia, um professor de matemática foi violentamente agredido por um adolescente, com socos, pontapés e uma chamada “voadora” depois de uma discussão banal. Hoje o Brasil ostenta as últimas posições nos índices de qualidade da educação, sendo, no entanto, um campeão absoluto, quando o assunto é violência nas escolas e particularmente contra os professores.

Os esforços no sentido de instituir a chamada, erroneamente, de escola militarizada, defendida por uns e atacada por outros, deixa claro que os níveis de violência em nossos estabelecimentos de ensino, chegaram a seu ponto mais alto, sendo necessário a introdução de um regime de educação rígido dentro das escolas. Como medida emergencial, diante da crise, tudo bem. A questão, e todos sabemos disso, é que essa medida é paliativa, não vai no cerne do problema.

Experiências exitosas e de comprovada eficácia em outras localidades, para diminuir os índices de violência nas escolas, demonstram que o incremento de práticas artísticas e desportivas no currículo escolar tem maior poder de ação e de durabilidade, reduzindo esses índices a níveis de primeiro mundo. Música, teatro, artes visuais, corrida, ginástica olímpica, judô e outras práticas têm, junto aos jovens, o apelo que outras medidas para disciplinar as escolas e reduzir a violência, jamais conseguiram. A questão aqui é de apresentar outras opções aos jovens proporcionando a eles escolhas que nem eles próprios imaginaram que existiam.

 

A frase que foi pronunciada:

“A primeira ideia que uma criança precisa ter é a da diferença entre o bem e mal. E a principal função do educador é cuidar para que ela não confunda o bem com a passividade e o mal com a atividade.” 

Maria Montessori

 

Professor do DF é agredido por aluno com socos, pontapés e uma ‘voadora’. (g1.globo.com)

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Já está mais do que fora de dúvidas, que o dr. Waldemar Alcântara não serve para o cargo. E para os que não acreditam, fiquem sabendo: o Banco do Nordeste vale muito mais do que pensam. (Publicado em 14.11.1961)