O que se paga e o que se vê

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

 

Charge: novoeste.com

 

Sendo o Brasil o país dos paradoxos, não é de se estranhar que os reajustes na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), medida que, à primeira vista, tem como objetivo reduzir a carga tributária para os contribuintes de baixa renda, acaba, por malabarismos contábeis, produzindo um efeito negativo sobre a desigualdade de renda.

A situação que faz com que os brasileiros suportem uma das maiores cargas tributárias do planeta criou, entre a população, uma espécie de cultura do escapismo e do drible, levando os pagadores de imposto a criarem as mais inventivas formas de escapar da mordida do leão.

Alguém tem que pagar essa conta que vai aumentar muito. Essa questão ganha ainda mais um complicador, quando se verifica que os gastos governamentais, a cada ano que passa, ganham mais e mais opacidade, mesmo com as leis de transparência exigindo o contrário.

As pedaladas nas contas públicas mostram que a manipulação das contas do governo indica que a realidade dos gastos e do quantitativo de numerários dentro dos cofres da Nação não coincidem. Gasta-se mais e por isso tributa-se mais ainda, num ciclo sem fim e que, no final do frigir dos ovos, provoca um retraimento no desenvolvimento do país. Gasta-se e gasta-se mal, o que é pior.

Imposto, que as gramáticas definem como sendo o particípio passado do verbo impor, nunca, em tempo algum e em nenhum lugar do planeta, foi aceito de bom grado e entendido como minimamente razoável por quem quer que seja. Não é por outra razão que, ao longo de toda a história da humanidade, muitas injustiças e crimes e mesmo guerras foram praticadas contra a imposição desses encargos financeiros sobre os ombros da população.

Do ponto de vista do governo e daqueles que defendem essa cobrança, essa é a única forma disponível, até o presente, para financiar as ações do Estado dentro de uma sociedade. Essa visão, contudo, não possui sustentação duradoura quando se observa que, por se tratar de um tributo que não está diretamente vinculado a uma prestação de serviço de interesse do cidadão, pode ser utilizado para infinitas outras atividades, muitas delas de interesse imediato e direto apenas daqueles que compõem o governo e de grupos de interesse que orbitam ao redor do poder.

Assim sendo, o contribuinte, mesmo esclarecido de que não há nada e nenhum contrato que lhe assegure que haverá uma contrapartida na prestação de serviços é instado a entregar, ao governo, todo o ano, grande parte do que produziu. A não observância desse preceito acarreta severas sanções ao infrator, principalmente se ele estiver locado na base da pirâmide social, onde a realidade só possui dois matizes: preto e branco.

Cálculos diversos têm demonstrado que o Imposto de Renda no Brasil tem incidência bem menor sobre os rendimentos dos mais ricos, que abrigam suas riquezas em fontes não tributáveis, como é o caso de lucros e dividendos distribuídos aos sócios de empresas. Para cada R$1 de rendimento taxado pelo IR dos mais ricos, outros R$ 2 ficaram isentos de tributação. Inversamente para aqueles que percebem entre um e dois salários mínimos, para cada R$ 1 de renda isenta, outros R$ 7,60 foram tributados, na fonte ou na declaração do IR. Mesmo quanto às contrapartidas advindas de uma das maiores cargas tributárias do planeta, no Brasil, essa questão adquire contornos surrealistas, quando se verificam as péssimas condições em que se encontram hoje hospitais, escolas, segurança pública e outros quesitos necessários a uma vida digna.

O brasileiro, cumpridor de seus deveres, paga, religiosamente, seus tributos, embora saiba, no seu íntimo, que esses recursos jamais lhes serão restituídos com a devida justeza na forma de serviços públicos.

 

A frase que foi pronunciada:

“O homem não é como os outros animais nos aspectos realmente significativos: os animais têm instintos, nós temos impostos.”

Erving Goffman

Erving Goffman. Foto: en.wikipedia.org

 

No ar

Regras mais rígidas para as empresas aéreas que venderem duas passagens para o mesmo acento. Os direitos dos consumidores, nesse caso, garantem desde o direito de não aceitar outra passagem, mas o dinheiro de volta, à possibilidade de acionar a justiça por danos morais.

Foto: migalhas.com

 

Prática recorrente

Bancos que enviam cartão de crédito, mesmo que bloqueado, sem que tenha sido solicitado cometem prática abusiva e também podem ser processados por dano moral.

Charge: economiaclara.wordpress.com

 

Merecido

Grande destaque nas leis aprovadas pela Câmara dos Deputados foi dado pela Agência Câmara para a habitação para policiais civil, militar, federal, rodoviário federal, penal; bombeiros, agentes penitenciários, peritos e guardas municipais. O próximo passo deve ser um plano de saúde mais abrangente.

Foto: Divulgação/SSP-DF

 

História de Brasília

A NOVACAP botou para fora dos mercadinhos os japoneses que estavam explorando. Disse, depois, que os boxes estavam imprestáveis, tal a falta de conservação. Afirmou, então, que faria a reforma, entregaria a produtores. (Publicada em 15.03.1962)

Supersalários

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

 

Parodiando o saudoso jornalista e escritor Stanislaw Ponte Preta (1923-1968), que, em seus livros “Festival de Besteiras que Assola o País” (FEBEAPÁ), criticava a elite brasileira e os costumes de um povo naturalmente inzoneiro, prosseguimos, décadas depois, atualizando nosso festival das mais variadas e criativas formas, mostrando que nem mesmo o passar do tempo e as mudanças de costumes possuem forças necessárias para fazer evoluir uma civilização que já nasceu sob o signo do atraso.

Dizia com propriedade atemporal, aí pelos anos sessenta, Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo de Sérgio Porto: “A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento”. De lá para cá, a situação de descompasso entre as elites, principalmente do funcionalismo público, ficou não apenas congelada no tempo, como também ganhou ainda maior distanciamento e desigualdade.

Hoje, o que se observa, na atual estrutura do funcionalismo público, é um desnível salarial e de outras mordomias de tal ordem, que coloca a nossa máquina do Estado como um exemplo de mecanismo gerador da mais absurda e ilógica dissimetria. Uma megaestrutura que mostra, ao mundo, nossa infinita capacidade de montar um arremedo de organização pública, injusta para com os mais necessitados, justamente aqueles que bancam todo esse portentoso e intrincado mecanismo.

Nesse ponto, falar em reforma administrativa, capaz de interferir nessa estrutura salarial conflitante e geradora de injustiças, é tarefa quase perdida quando se sabe que, para tanto, seria necessário desalojar aqueles que sempre viveram sob esse guarda-chuva generoso. Ainda mais quando se nota que a classe política e todos aqueles que possuem a prerrogativa do lobby, para forçar essas alterações, não querem saber de mudanças capazes de retirar-lhes privilégios e outros ganhos paralelos, sempre extraídos, à fórceps, dos cofres públicos.

É a clássica e transversa situação que mostra que quem pode não quer, e quem quer não pode. A aprovação ocorrida agora na Câmara dos Deputados do projeto de Lei 6.726/16, chamado projeto dos supersalários de agentes públicos, é uma tentativa de, depois de mais de uma década parada naquela Casa, dar algum sentido ao que, na realidade, não tem sentido ou razão de ser, impondo um certo limite aos salários abusivos que superam, em muito, o teto permitido; que, em tese, seria de R$ 39.293 fixados para ministros do Supremo Tribunal Federal. Trata-se aqui de um teto esburacado e que nunca foi respeitado, inclusive e principalmente, pelo pessoal do Judiciário. Segundo o relator do projeto, deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), a aprovação dessa proposta poderá gerar uma economia aos cofres públicos entre R$ 3 e R$ 10 bilhões, ao disciplinar o salário de aproximadamente 25 mil servidores públicos que possuem ganhos acima do teto, graças aos chamados penduricalhos.

O que temos aqui, apesar do mérito do projeto, é uma tentativa tímida em vista da enorme desigualdade salarial existente dentro da máquina do Estado, que faz, por exemplo, com que um certo desembargador possa receber, como salário da União, um valor mensal superior a R$ 500 mil, entre outras muitas aberrações já mostradas ao público, por meio da Lei de Transparência.

Numa país ideal, onde as normas seriam aquelas que trariam harmonia absoluta entre os cidadãos, o chamado teto salarial do funcionalismo seria fixado para o servidor que ocupasse, em tempo integral, o cargo de professor titular de Universidade Federal, com trabalhos acadêmicos publicados e em fim de carreira, ou à cientistas e pesquisadores de ponta, envolvidos com trabalhos de grande relevância para o desenvolvimento do país. Os demais altos salários ficariam escalonados entre o restante do corpo docente, colocando essa categoria como a mais bem paga de todo o funcionalismo.

A frase que foi pronunciada:

A verdade sempre pertence à minoria, e a minoria é sempre mais forte que a maioria, porque a minoria é geralmente formada por aqueles que realmente têm uma opinião, enquanto a força da maioria é ilusória, formada pelas gangues que não têm opinião – e que, portanto, no instante seguinte (quando é evidente que a minoria é a mais forte) assume sua opinião… enquanto a Verdade volta a ser uma nova minoria.”

Soren Kierkegaard, filósofo, teólogo, poeta e crítico social dinamarquês.

Desenho não terminado de Kierkegaard feito pelo seu primo, Niels Christian Kierkegaard c. 1840.

 

Comunidade

A seguir, matéria completa sobre a palestra virtual de Pilar del Rio. Jornalista, escritora, tradutora e presidente da Fundação José Saramago, falará, na próxima segunda-feira, a calouros, graduandos e pós-graduandos, pelo YouTube da UnBTV, às 17h. Uma boa oportunidade para a comunidade entrar no espaço universitário.

Oportunidade

Matrículas abertas para cursos profissionalizantes no IFB. Vários cursos, em várias regiões administrativas. Uma ótima oportunidade para quem já tem ensino médio completo e mais de 18 anos. Veja os detalhes no link IFB abre inscrições on-line em cursos gratuitos para o campus de Brasília.

História de Brasília

O Hospital do IAPI na W-3 está atirando atrás da construção restos de gesso em forma de braços e pernas e troncos. Também as ataduras sujas de sangue, remédios e todos os restos do hospital são queimados em frente às casas do HP-5. (Publicado em 04.02.1962)

Pobreza e fome

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: CNN Brasil

 

Ao longo de toda a história humana, a pobreza sempre pareceu uma espécie de condição ou norma natural da maioria e tem permanecido assim desde a formação das primeiras civilizações. De forma mais superficial, é possível verificar que, em lugares onde não exista segurança jurídica adequada, onde não é permitido o empreendedorismo e a propriedade privada, bem como a acumulação de capital e investimento, a pobreza parece ser a regra geral.

Dizer, simplesmente, que toda riqueza ou fortuna é montada num roubo não esclarece a questão. Assim como culpar a concentração de renda pela miséria também não. Um fato, porém, é inconteste: o capitalismo, ao permitir a liberdade humana para a competitividade e a inventividade, não deu, às diversas camadas sociais, condições idênticas de partida. Com isso, aqueles que possuem renda começam a se preparar para essa corrida para longe da pobreza em melhores escolas, com melhor atendimento de saúde e melhores condições de alimentação. A desigualdade se mostra logo no início da partida e isso já faz a grande diferença.

O aumento exponencial da população mundial, assim como os fatores hodiernos que provocaram as mudanças climáticas bruscas, como o aquecimento global, só fizeram elevar o problema da pobreza a uma condição absolutamente preocupante, levando a humanidade à sua mais complexa e urgente encruzilhada, desde o aparecimento dos homens neste planeta.

Não há desenvolvimento possível e eticamente aceitável, diante de um passivo como esse. Pobres existem em todas as partes do mundo, inclusive nos países desenvolvidos. E essa realidade tem experimentado um crescimento preocupante. As grandes ondas de emigração, que tem se verificado dos países pobres para os ricos, só têm feito aumentar esse problema, acrescentando-lhe uma forte dose de outros elementos também preocupantes.

De acordo com estatísticas produzidas pelo Banco Mundial, pobres são aqueles indivíduos que vivem com até US$ 1,9 por dia. Mas ainda assim é possível classificar os níveis de pobreza naquelas pessoas que vivem com uma renda um pouco superior. O século XXI tem pela frente o desafio de encontrar soluções para esse problema, que aumenta dia a dia, agora agravado com a pandemia.

Foto: Twitter/The Nobel Prize

Cientistas sociais correm contra o tempo em busca de fórmulas e modelos que permitam minorar essa situação antes que esse dilema atinja o patamar de questões insolúveis. O Prêmio Nobel de Economia, dado a três pesquisadores que propuseram estudos que abordam esse problema sob uma nova ótica, pode possibilitar também novas soluções. Banerjee, Duflo e Kremer apresentaram estudos que tratam do fenômeno da pobreza como um problema multidimensional, que ultrapassa a questão simples da falta de recursos e outros fatores. Para esses estudiosos, como já havia sido abordado anteriormente em 1998 por outro Prêmio Nobel, Amartya Sen, a pobreza é também a “privação de capacidades”.

Com isso, ele quis dizer acesso restrito à educação e saúde, e exclusão social e financeira. Para os novos premiados, a ação de combate à pobreza deve mirar esforços em fatores específicos em cada uma das dimensões. Levantamento feito por Banerjee em 13 países de vários continentes, e apresentado no livro “A vida econômica dos pobres”, mostrou que aquelas pessoas que vivem abaixo do nível de pobreza renunciam, diariamente, à aquisição de bens, inclusive de alimentos para prosseguir. Com isso, ficam diminuídas as possibilidades de maior produtividade.

O estudo mostra ainda gastos acima da renda em artigos como entretenimento. Houve ainda indicativos de falta de reação contra a qualidade do ensino, da saúde, dos transportes, o que motiva a perpetuação precária dessas questões estruturais. Para esses cientistas é preciso fortalecer todos os itens ligados à educação, saúde e infraestrutura, para dar início ao processo de superação da pobreza extrema. Para os premiados, é preciso também que essas populações superem a ideia de que gastar com educação é uma perda de tempo e desperdício de recursos. Nesse ponto, eles incentivam a interação entre setores público e privado, inclusive veículos de comunicação.

A frase que foi pronunciada:

Não fortaleceras os fracos por enfraqueceres os fortes. Não ajudarás o assalariado se arruinares aquele que o paga. Não estimularás a fraternidade humana se alimentares o ódio de classes. Não ajudarás os pobres se eliminares os ricos.”

Abraham Lincoln

Abraham Lincoln. Foto: wikipedia.org

Coité

Daquelas promessas de escrever um livro, mais uma deu certo. Djalmir Bessa resolveu atender aos chamados de seus personagens e passou para o papel uma história gostosa de ler: Coité. A vida humana no Nordeste. Os ingênuos, os espertos e os brasileiros que interpretam a vida nas letras do Divino. Por enquanto, ainda não foi publicado. É caro demais. Quem tiver alguma alternativa que se manifeste. Vale a pena!

História de Brasília

Já que o assunto é W-3, ninguém pode esquecer os benefícios para toda a cidade que tem prestado a CAT, o pequeno hospital do IAPI, próximo às casas da ECEL. (Publicado em 03.02.1962)

Ufanismo versus complexo de vira-lata

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge: nanihumor.com

 

Diferentemente do que muitos possam pensar, a distância a separar o ufanismo, que seria segundo os dicionários, uma espécie de orgulho exagerado pelo país de origem, e o chamado vira-latismo, que seria seu oposto, ou seja, um complexo de inferioridade sentida pelos brasileiros com relação a outros países, sobretudo os mais desenvolvidos, é mínima, quase fronteiriça.

Ambos são descritos pela Psicologia como complexos, ou seja, ligados ao inconsciente humano e possuem o mesmo ponto de partida que são os sentimentos de inferioridade. Enquanto o ufanista projeta seus sentimentos de inferioridade em outrem, criando para si uma posição ilusória de superioridade, o portador do chamado complexo de inferioridade busca se tornar superior ao outro pela busca de compensações ou comportamento antissocial e excêntrico.

Tanto o ufanista como o portador do complexo de vira-lata comungam uma espécie de inferioridade cultural. O dramaturgo, jornalista e escritor Nelson Rodrigues (1912- 1980) foi o criador da expressão “Complexo de vira-lata”. Ao observar em artigo publicado naquela ocasião que a derrota da Seleção Brasileira de Futebol para o Uruguai em 1950, em pleno Maracanã, provocara uma espécie de desalento traumático e de catarse de tal ordem na população, que tal fato teria se convertido numa espécie de vira-latismo coletivo, com os cidadãos reclamando não apenas contra a ilusão do futebol, mas principalmente associando essa derrota com as precárias condições de vida, social, política e econômica dos brasileiros em geral.

Em sua definição, tal fenômeno tinha uma explicação: “Por “complexo de vira-lata” entendo eu, a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima.” Nesses setenta anos que nos separam daquele momento raro de introspecção histórica e coletiva, com relação a esses tipos específicos de complexos, é possível afirmar que pouca coisa mudou desde então no subconsciente do brasileiro. Apenas o futebol deixou de ser a pátria de chuteiras, passando a ser uma indústria semelhante ao Show Business, com os jogadores suando a camisa ou despencando campo adentro apenas por dinheiro.

No campo social, político e econômico, o país permanece o mesmo, com as desigualdades históricas de sempre, com os políticos mais caros e mais corruptos do planeta e com um cenário econômico onde as melhorias alcançadas em muitos setores, resultam em enriquecimento e maiores concentrações de renda para poucos. O complexo de inferioridade ou de vira-lata ainda persiste como uma característica cultural marcante, devido justamente a essa ausência de pretextos ou de esteios históricos que induzam a nação à autoestima.

O uso do futebol como instrumento de “ufanização”, como feito por muitos governos, já não funciona como antes. Há até quem argumente que a derrota de 7 x 1 para a Alemanha na Copa de 2014 marcaria, de forma sombria, o início da derrocada do governo de esquerda, prenunciando o que viria a ser, do ponto de vista político, e principalmente no aspecto financeiro, um período marcado pela maior e mais devastadora depressão econômica da história.

Perto da catarse coletiva de 50, que levou Nelson Rodrigues a cunhar a expressão de “complexo de vira-lata”, a derrota da seleção, sessenta e quatro anos depois, no estádio do Mineirão, por um placar humilhante, serviu não apenas para reafirmar a tese do dramaturgo, ainda não integrada aos compêndios da Psicologia, como desmascarou e pôs abaixo todo um cenário armado ardilosamente pela elite política para esconder o Brasil real sob o tapete de grama dos campos de futebol.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A primeira riqueza natural, sendo mais nobre e vantajosa, torna a população descuidada, orgulhosa e dada a excessos; ao passo que a segunda riqueza, a adquirida pelo trabalho, desenvolve a vigilância, a literatura, as artes e as instituições políticas.”

Thomas Mun (1571-1641), escritor inglês de economia.

Imagem: beforeeconomics.wordpress.com

 

 

Bom para o BR

Será lançado, ainda esse ano, pela editora RIBA, o livro de Edward Barsley, Retrofitting for Flood Resilience: A Guide to Building & Community Design, voltado para construtores, financiadores, arquitetos e engenheiros. Veja, no link Building a flood resilient future, que trabalho espetacular para defender a comunidade acostumada com enchentes.

 

 

 

Em paz

São muitos os envolvidos nesse projeto para que tudo dê certo, mas dois nomes se destacam: Larissa Polejack e Ileno Izídio. Trata-se de um trabalho da UnB que reforça ações para uma qualidade de vida melhor voltada tanto para a comunidade quanto para os funcionários da própria universidade, tanto da saúde física quanto mental. A UnB faz parte da Rede Brasileira de Universidades Promotoras de Saúde (Rebraups). Veja a matéria completa de Serena Veloso a seguir.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O serviço telefônico de Brasília, contra o qual nós sempre reclamamos, já é um dos melhores do Brasil, e, embora não autorizado a publicar, não se surpreendam, vocês, se em breve as ligações para o Rio forem feitas pelo próprio assinante, com a ligação de um número a mais para o circuito com a Guanabara. (Publicado em 15/12/1961)

Vilezas perpetradas pelo Estado

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Edição do Brasil

Idosos e aposentados desse país, não é segredo para ninguém, principalmente para aqueles de renda baixa e média, as variações constantes nos preços dos gêneros de primeira necessidade, incluindo alimentos e medicamentos, impostos, taxas e outras contribuições, para ficar apenas nesses custos básicos, que transformam a vida desses brasileiros, que muito já contribuíram para o Estado, num tormento que parece só terminar com a entrada derradeira no necrotério da cidade.

Obviamente que, para o pequeno grupo de privilegiados encastelado, desde a chegada de Cabral, nos altos escalões do poder e que poderiam decretar o fim desse pesadelo, esse é um problema distante e que não lhes diz respeito direto. As flagrantes injustiças cometidas contra os cidadãos, que fazem com que membros destacados dos Três Poderes recebam de aposentadoria até cem vezes mais do que um trabalhador comum, demonstram que esse é um país que ainda possui uma estrada quase infinita a percorrer até que todos os cidadãos sejam tratados com igualdade e com o mesmo cuidado pelo Estado.

Ficassem apenas nesses proventos escandalosos pós laboro, já seria uma indecência inominável. Acontece que, para essa casta de diferenciados, ainda ficam reservados os mais espetaculares planos de saúde, estendidos a esses sortudos e à toda a família, com médicos, exames e medicamentos, tudo de graça.

Para ficar ainda mais difícil de engolir tão medonha desigualdade, é sabido que todo esse mimo é possibilitado graças aos recursos que são literalmente arrancados compulsoriamente dos contribuintes, sobretudo daqueles que menos têm e mais necessitam quando a velhice chega. Vivessem todos os brasileiros igualmente esse abandono por parte do Estado, essas e outras injustiças não chamariam tanto a atenção, pois serias distribuídas de forma equitativa a todos.

Essa dimensão toda vem à tona quando se verifica o tamanho do fosso a separar brasileiros que, pela teoria inscrita na embaçada Carta Magna, todos são iguais em direitos. Para um País que envelhece a passos de gigante e que nas próximas décadas abrigará um número de idosos igual ou maior até do que os países desenvolvidos, a permanência de uma situação de flagrante desigualdade por parte do Estado não só aumentará ainda mais, como poderá alcançar níveis incontroláveis e de difícil reparação.

Dados a aprovar leis em benefício próprio com agilidade, os ditos representantes do povo bateram todos os cronômetros no caso escandaloso do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões que contrasta com a morosidade como tratam de assuntos, até corriqueiros, como é o caso da isenção, para maiores de 60 anos, na renovação da CNH. Exemplos desses contrastes de tratamento dado ao cidadão comum e aos assim chamados áulicos, são abundantes e caberiam numa grande e volumosa enciclopédia, talvez intitulada: “Das vilezas perpetradas pelas elites dirigentes do Estado contra seus cidadãos ao longo dos séculos.”

 

A frase que foi pronunciada:

“A virtude não iria longe se a vaidade não lhe fizesse companhia.”

La Rochefoucauld, memorialista, escritor, militar francês.

 

Demais

É comum ver ambulâncias até da Bahia trazendo pacientes para os hospitais de Brasília. Seria desumano não atender. Mas o serviço já é desumano com os que moram na capital da República e entorno.

Foto: congressoemfoco

 

Absurdo

Com 4 anos é preciso tomar vacina de reforço. A criançada com a carteira de vacinação em dia, mas que não têm CPF nem inscrição no SUS estão sendo impedidas pelos  postos de Saúde de receberem as doses. Mesmo que já tenham sido vacinadas no mesmo posto. Recusar a imunidade não parece o mais sensato a ser feito. O Estatuto da Criança assegura. Os documentos não são mais importantes que a proteção da meninada. Bom senso.

Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Novidade

Veganos descobrem a jaca. De estrogonofe a assado, oficina da Emater-DF ensina receitas com jaca. As receitas podem ser visualizadas no link De estrogonofe a assado.

Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

 

Cuidados

Gente honesta e distraída é a mais prejudicada pela ação dos hackers. Com a posse de e-mails divulgados na internet, vírus são instalados nos computadores por mensagens com anexos. Boletos de pagamento são os mais rápidos, abertos principalmente por idosos. Abriu, perdeu o computador.

Foto: ICMC

Atenção

Vicentinos que trabalham ajudando a criançada vulnerável do entorno pedem material escolar para distribuição imediata. Contato no Santuário São Francisco na Asa Norte, telefone 3447-7039.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 

E concluem: pelo contrato, o serviço será finalizado por um funcionário da prefeitura, que ainda não apareceu na quadra 41 da Fundação. (Publicado em 15/12/1961)

Desigualdade nos mantém na pobreza

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do arionaurocartuns.com

 

Que consequências acarretam para o desenvolvimento do Brasil o fato de estarmos entre os países com os maiores índices de desigualdade do planeta? Questões como essa há muito vêm intrigando os economistas e cientistas sociais. Mesmo alguns políticos, ao longo das últimas décadas, têm apresentado propostas para contornar esse que é um problema secular de nosso país. Sabe-se, à primeira vista, que enquanto não forem resolvidas as questões que influenciam diretamente os fatores da desigualdade social e econômica, o Brasil não conseguirá sair do ciclo fechado do subdesenvolvimento.

A recente depressão econômica experimentada pelo Brasil, a partir de 2014, serviu para intensificar esse problema. Segundo estudos da Organização não governamental Oxfam Brasil, elaborados ainda no ano passado, nosso país vem recuando no quesito desigualdade. Caímos da 10ª para a 9ª posição como o país mais desigual do planeta. A onda de desemprego fez aumentar ainda mais esse problema. O Relatório de Desenvolvimento Humano, que será apresentado ainda esse ano pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), irá focar justamente nessa questão, de forma que se possa compreender, mais profundamente, as dimensões das desigualdades e os fatores que a influenciam.

É preciso entender que a desigualdade social é, antes de tudo, um processo que diz respeito as relações dentro da sociedade e que, de certa forma, limita o status de um determinado grupo, restringindo seus direitos à saúde, educação, segurança, casa própria e outros direitos. Isso sem falar no acesso a serviços, outros de infraestrutura como água encanada e esgoto. Com isso, todo o processo de crescimento econômico fica seriamente comprometido.

Na desigualdade está ainda a concentração de renda nas mãos de menos de 10% da população, que seguidamente assistem a uma elevação em seus rendimentos e, ao contrário, uma retração sistemática nos ganhos das classes mais pobres. Com isso, a renda média da população com maiores ganhos chega a ser quase 10 vezes mais que a percebida pelas classes na base da pirâmide.

Há ainda fatores que têm contribuído de modo negativo para a solução desse problema tamanho família. Esse é o caso da retração de nossa economia. Passamos da 7ª para a 8ª posição no Ranking das economias mundiais, com sérios problemas de crescimento econômico. Os economistas mais modernos têm insistido no que chamam de crescimento econômico sustentável e inclusivo, ou seja, num modelo que englobe toda a população de forma horizontal e por um longo período

A desigualdade torna a sociedade mais vulnerável aos problemas de oscilação dos ciclos econômicos. Em entrevista concedida à revista Economist, Cristine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, revelou a preocupação e a responsabilidade desse órgão num crescimento inclusivo: “A desigualdade enfraquece a ideia de uma sociedade meritocrata, em que uma pequena minoria ganha acesso aos muitos benefícios tangíveis e intangíveis, necessários para estar à frente, seja na educação, no enriquecimento cultural ou em boas conexões”.

Essa exclusão, pela qual a desigualdade de resultados se alimenta da desigualdade de oportunidades, fere a produtividade, porque priva a economia das habilidades e dos talentos daqueles que são excluídos”. O fato é que é preciso fazer com que todos no governo, nesse e nos que se sucederão, entendam que a ideia de que a desigualdade é o principal fator que nos mantém no patamar de país subdesenvolvido e está na raiz das principais mazelas sociais que flagelam o Brasil desde sempre.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:   

“A Grécia tinha sete sábios; mas no Brasil, só sete é que não o são.”

Marquês De Maricá, formado em Filosofia e Matemática pela Universidade de Coimbra.

 

 

Desrespeito

São muitas as reclamações de quem precisa se afastar do trabalho recebendo pelo INSS. A demora do pagamento é tanta que há casos de gestantes em que a criança nasce e a mãe ainda tem dinheiro para receber.

Charge: seebbauru.org.br

 

 

Despedida

Cearense, Andrade Júnior, foi uma figura marcante em Brasília. Deixou muito de si na memória da cidade. Deixamos nosso abraço na família nesse momento de dor.

Foto: Larissa Batista/TV Globo

 

 

Celebração

Luiz Amorim e apreciadores da cultura comemoram a conquista. Inaugurado o espaço cultural T-Bone, que voltou com toda força a mostrar nossos talentos em música, teatro e poesia.

Luiz Amorim, foto: Arquivo pessoal/Divulgação (correiobraziliense.com.br)

 

 

Curiosidade

Até o dia 26 de maio, o Sesc do Gama apresenta a exposição com trabalhos de arqueólogos na Serra da Capivara. Serra da Capivara – Os mais antigos vestígios da povoação na América? O Sesc de Taguatinga e Ceilândia também receberão a mostra. A entrada é gratuita.

Foto: André Pessoa

 

 

Evento

Dr. William Buchta, presidente do American College of Occupational and Environmental Medicine (ACOEM); Dra. Lucia Rotenberg, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro; Dr. Casey Chosewood, pesquisador do National Institute for Occupational Safety and Health (Niosh-USA); Laís Abramo, diretora de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da Organização das Nações Unidas (ONU); e o geneticista Dr. Sergio Danilo Pena pesquisador do Projeto Genoma se reúnem para debater mudanças trazidas pelo e-Social e a Reforma Trabalhista. Será entre os dias 15 e 18 de maio, o maior evento de saúde e segurança do trabalho (SST) de todo o continente americano. Mais informações a seguir.

Faça sua inscrição em: 17º Congresso ANAMT

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A mais nova modalidade de contrabando foi descoberta em Santos. Havia, no porto, nove caixões com a inscrição de “objeto de uso pessoal” que foram abertos pela Alfândega. Dentro, estavam nove lindos automóveis, que irão, agora, a leilão. Os donos da proeza são Valter Vicente Sanavia, e Louis David. (Publicado em 19.11.1961)

Educação e renda à nossa volta

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha  e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Estrutural (Wilson Dias/Agência Brasil)

 

Dentre os muitos problemas subjacentes à arquitetura, descobertos ainda na prancheta e ao longo de toda a construção de Brasília pela dupla idealizadora Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, estavam, além dos problemas técnicos inerentes a tamanho desafio, as questões de ordem humana e social. Nesse sentido, Brasília seria não apenas uma nova capital, mas a capital para um novo homem, mais solidário e mais afeito às necessidades da condição humana.

Esse era inclusive um dos pilares do manifesto modernista que buscava alinhar à racionalidade das novas metrópoles a uma nova geração de pessoas, motivadas pelos princípios éticos de um humanismo igualitário. Obviamente que ideias dessa natureza, assim como projeto arquitetônicos mirabolantes cabem direitinho na folha branca e inerte que tudo aceita. A chegada súbita dos militares ao poder, quatro anos depois de inaugurada uma nova capital, que ainda se encontrava em plena construção, serviu como ponto de inflexão tanto para os projetos de arquitetura como para os projetos e sonhos de um novo homem. O banimento dessa dupla e de muitos outros que atuavam na reformulação de uma nova sociedade, ligada ao saber e ao espírito, mostrou, de forma cruel, que o velho homem ainda resistia e, pior, tinha vindo sentar morada na nova casa.

Vista hoje, distanciada no tempo e no espaço, essa epopeia, inserida em plena guerra fria, não tinha espaço ou luz para prosperar, visto que a idealização de um homem novo estava sendo construída a partir de um viés puramente político e partidário.

De fato, esse novo homem não vingou por essas bandas e nem naquelas regiões acobertadas pela chamada cortina de ferro. Mesmo aqui nas Américas, o exemplo de Cuba ilustra bem essa tentativa de erguer esse novi hominem com base apenas em princípios políticos e ideológicos; não surtiu bons resultados. Mesmo naquela ilha, nota-se, uns são mais iguais que outros, principalmente se pertencerem à chamada nomenclatura.

Fundada numa visão puramente política, a igualdade é uma miragem. Mesmo do ponto de vista espiritual, a condição de igualdade funciona melhor para aqueles que estão próximos e assessoram as entidades. O caso de muitas seitas e credos exemplifica essa condição. Aqueles que se postam ao serviço direto dessas guias espirituais gozam de maiores regalias e privilégios do que os fiéis no entorno.

A questão central aqui é tentar entender por que Brasília, pensada para ser a casa de um novo brasileiro, se transformou em exemplo de cidade onde impera, de modo severo, as desigualdades com todos os seus contrastes e tonalidades? Hoje o Plano Piloto, incluindo aí os Lagos Sul e Norte, são uma espécie de ilha dentro da ilha Brasília. Apenas 15% dos mais de 3 milhões de habitantes da cidade vivem nessas regiões, onde a renda per capta é de aproximadamente R$ 5.500.

Em regiões administrativas, distantes poucos quilômetros, essa renda cai para menos de R$ 1 mil. Hoje é comum encontrar jovens nascidos nas áreas centrais de Brasília que jamais puseram os pés nas regiões do entorno. É como se os jovens das regiões do entorno e das áreas centrais da cidade vivessem em planetas distantes, ou em cidades satélites.

Mesmo assim, Brasília possui renda maior que o conjunto do Brasil. Segundo análise da consultoria internacional Mercer, divulgada a pouco mais de um ano, Brasília está na posição 109ª em qualidade de vida do mundo e uma das cinco melhores cidades de toda a América Latina.

Ainda de acordo com o índice de Gini, que mede o grau de concentração de renda (quanto mais próximo de 1, mais desigual), Brasília, em 2015, tinha uma pontuação de 0,555, número acima da média nacional que era de 0,491. O pior é que esses níveis de desigualdade aumentam justamente no quesito educação, que seria, com certeza, a única saída possível para um horizonte de igualdade entre as pessoas.

 

A frase que foi pronunciada:

“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces”.

Aristóteles, filósofo grego

A educação molda, charge do Marcelo Sabbatini

 

Atuação

É bom registrar que a população brasiliense não está pagando até 700% de aumento em serviços notariais graças à atuação parlamentar do senador por Brasília, Reguffe. Apesar da pressão do lobby em vários gabinetes do Senado, ele conseguiu tirar o requerimento da pauta.

Foto: senado.leg.br

 

Justiça

Na Praça dos Três Poderes, a escultura da Justiça sentada, esperando algo, está ficando porosa. Literalmente.

Foto: Jorge William/Agência O Globo

 

Perigo

Algo sério e prejudicial à saúde humana está favorecendo laboratórios e precisa ser rapidamente analisado pela Anvisa. Quem lê a bula de medicamentos controlados fica sobressaltado quando vê que qualquer médico, de qualquer especialidade, pode prescrever esse tipo de remédio. Alguns deles levam até ao suicídio. É incrível que se possa manter a medicação sem um acompanhamento direto paciente/profissional da saúde. O que era delegado apenas aos psiquiatras foi permitido a todos os médicos. Ponto para os laboratórios.

Charge do Duke

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os engenheiros responsáveis, entretanto, não tomaram as precauções para o desvio do trânsito, e os carros, inadvertidamente, vão em direção às escadarias da passagem de nível. (Publicado em 09.11.1961)