Brasília precisa mais de bons exemplos do que de leis

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

Charge: correiobraziliense.com.br
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         Se os políticos falassem apenas por suas atitudes, afirma o filósofo de Mondubim, por certo muitos deles seriam varridos do cenário nacional e da história do país.

         Um ano após o início da atual legislatura na Câmara Distrital, o Instituto Exata de Opinião Pública apresentava uma pesquisa em que mostrava que de cada dez brasilienses, sete declaravam-se decepcionados com os políticos com assento na Câmara Legislativa. A sondagem mostrava que nada menos do que 69,5% dos moradores da capital da República se diziam contrariados e desiludidos com a sequência de escândalos que recaiam sobre os políticos locais e a Instituição. O motivo para tamanha contrariedade da população estava no fato de a Câmara Legislativa não usar de suas principais atribuições, particularmente quanto a fiscalização, sobre os gastos excessivos do Executivo. Outro ponto que merecia reprovação das pessoas pesquisadas naquela ocasião era quanto a gastança observada na própria Câmara local. De acordo com a maioria ouvida na pesquisa, havia um desperdício acentuado de recursos públicos.

         Os entrevistados apontavam para a necessidade de economia nos gastos e miravam as verbas de gabinete e a verba indenizatória como exemplos de gastos exorbitantes que deveriam cessar de imediato. Para os brasilienses, mais importante do que legislar, apresentando projetos e leis, era economizar o dinheiro público e se afastar, para bem longe, de casos de corrupção.

         Acima de tudo, o que os eleitores expressaram na pesquisa foi a importância fundamental da postura ética de cada um no exercício do mandato. Com a aproximação das eleições e término dessa legislatura, o balanço geral feito por muitos analistas indica que as eleições que se avizinham será uma das mais difíceis de toda a história da Câmara Legislativa, com a previsão de que possam ocorrer altos índices de renovação, da ordem de 70%. Isso se as urnas funcionarem com precisão.

        Para os eleitores, os seguidos casos de malversação do dinheiro público, o pouco empenho do distritais em cortar despesas internas, conforme desejo expresso em campanhas pela maioria dos brasilienses, mostram que os atuais membros dessa legislatura não merecem ser reconduzidos ao cargo.

         Para os eleitores, a redução em 40% da verba indenizatória não passou de uma manobra astuta para ludibriar a população. As constantes faltas de quórum em importantes discussões de interesse da população foram outro fator que pesou na opinião negativa da população.

         Para um poder que ainda não conseguiu se entender com a população, não causa surpresa o fato de a Câmara Legislativa abrir licitação, no valor de R$ 55 mil para a compra de equipamento destinado à proteção dos policiais legislativos, já antevendo a necessidade de seu uso nas manifestações que certamente virão, caso o Legislativo local não mude de atitude e acerte os ponteiros com os princípios da ética, conforme insistentemente tem exigido a população.

A frase que foi pronunciada:

“A UnB é um inferno para quem quer estudar.”

Leitor devidamente identificado.

Foto: facebook.com/reacaouniv/
Foto: faixa exposta no Restaurante Universitário da UnB pelo Movimento Reação Universitária (facebook.com/reacaouniv/).

Lazer

Sem razão de ser, a ciclovia do Lago Sul dá as boas-vindas aos cidadãos da cidade com um portão preso a uma corrente. Parece um ritual de humilhação. Para entrar, é preciso se abaixar.

Multas

Agora, no mês de maio, os motoristas inventaram faixas que não existem para estacionar na festa da Igrejinha. Um prato cheio para o Detran e PM.

Arte

A delicadeza da Sra. Yamane ao fazer cartões postais com flores secas é de impressionar. Veja as fotos no blog do Ari Cunha

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Vergonha

Sai ou não sai a reforma dos centros culturais da cidade? Qual a razão para tanta demora em devolver o Teatro Nacional à cidade?

Release

A Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em colaboração com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Laboratório de Políticas Públicas Internacionais (Laboppi), realizará, nos dias 21 e 22 de maio, o Workshop Difusão de Políticas Públicas e Cooperação Internacional: Diálogos entre Academia e Prática. O evento tem como público-alvo estudiosos da academia e profissionais ligados a organismos internacionais, órgãos de governo da esfera nacional e subnacional, ONGs e think tanks, assim como sociedade civil. Link do evento e inscrição no blog do Ari Cunha.

Mais informações: ENAP – COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Noticia-workshop-difusão

Notícia boa

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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O seu Viscount, vindo de Recife, já se aproximava da cabeceira da pista, quando teve que arremeter, porque um Curtiss da FAB estava taxiando. (Publicado em 20.10.1961)