Nosso futuro Saara

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Andre Penner/AP

 

Como país que possui a maior parte do seu território inserida entre as linhas imaginárias dos Trópicos de Câncer e Capricórnio, o Brasil e outros na mesma situação geográfica experimentarão, nas próximas décadas, um escalonamento progressivo nos níveis de temperatura, que tornarão a vida nesses locais, para dizer o mínimo, um martírio. Sobretudo, as regiões ao Norte, que incluem os estados do Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins.

As temperaturas nesses locais, por volta da virada do século, poderão aumentar, em média, até 12 graus centígrados, aproximadamente, o que tornará a permanência de populações nessas áreas, um risco sério para a saúde. Esses efeitos catastróficos se estenderão também para todos os países da América Latina situados próximos a essa latitude, o que pode gerar um fluxo nunca visto de migrações em massa de populações para outras partes do planeta.

O problema é que o tempo na natureza não é o mesmo que reconhecemos nos relógios. Além disso, a natureza não tem qualquer compromisso com a sobrevivência da espécie humana, a partir do ponto em que passamos a romper, unilateralmente, os códigos naturais que ordenam o respeito total ao meio ambiente e a sua preservação. Sem a preservação do meio ambiente e de todos os biomas conhecidos, a vida sobre o planeta será tão limitada e complexa como é hoje viver sobre o planeta Marte ou outro do nosso sistema solar.

Cavamos, por nossa incúria e ambição, a sepultura dos futuros habitantes desse planeta, sem qualquer arrependimento, cometendo uma espécie de crime premeditado contra a humanidade, que faria o Holocausto, com todo o respeito e dor, parecer uma travessura de criança. O desmatamento que segue acelerado em toda a área da floresta Amazônia, e que já consumiu também boa parte do Cerrado brasileiro, é a prova de que não apenas somos cúmplices desse genocídio, como deixamos todos os vestígios desse crime à mostra.

Seguidamente, os alertas científicos têm sido ignorados, quando não ridicularizados por nossas autoridades em conluio com os mais poderosos e gananciosos grupos empresariais que praticam, em larga escala, a produção de grãos de carne bovina para o mercado externo.

Os bois e as monoculturas avançam florestas adentro, trazendo, atrás de si, as motosserras os tratores que cuidam de “limpar” a área para nova produção, enquanto o Sol, inclemente e impassivo em sua posição perpendicular ao solo, cuida de calcinar o campo descoberto, provocando primeiro um processo de savanização e depois o deserto com suas areias escaldantes e áridas.

A floresta amazônica e o Cerrado representam o nosso Saara do amanhã. De acordo com estudos elaborados e publicados pela Communications Earth & Environment, e que contou com a colaboração de cientistas brasileiros da Fundação Oswaldo Cruz no Piauí, o desmatamento e a degradação do meio ambiente acelerada e sem contenção alguma tornarão as regiões do Norte do Brasil intoleráveis para a presença humana, Desidratação, cãibras, hipertermia e morte são os sintomas que aguardam aqueles que permanecerem nessas localidades, quando o forno da natureza for aceso de modo irreversível e avassalador.

Por enquanto, são apenas previsões, mas que já se anunciam no dia com o aumento paulatino das ondas de calor. Moradores antigos dessas regiões lembram que, a cada nova estação do ano, os fenômenos anormais de cheias e enchentes, seguidos de ondas de calor insuportáveis, acontecem em ritmos cada vez mais intensos, prenunciando o pior que está por vir, se nada for feito de imediato não apenas no combate ao desmatamento, mas em projetos de reflorestamentos emergenciais.

Notem que, no atual estágio de degradação ambiental que estamos, já não adiantam medidas contra o desmatamento que não acontecem, mas é preciso ainda um largo e lento processo de reflorestamento dessas áreas desmatadas, pra recompor, ao menos, parte dos estragos já feitos. Mesmo assim, os cientistas acreditam que todo esse processo de reverter o que foi destruído ao longo dos anos já se tornou uma tarefa muito além da capacidade humana, sobretudo quando se sabe que todo esse esforço para impedir o pior ainda é um sonho de ambientalistas e sequer passa na cabeça daqueles que estão nas altas esferas do atual governo e entre os poderosos empresários do agrobusiness.

Em breve, todos esses senhores da morte estarão lavando as mãos para essas consequências deixadas para trás, sendo toda a culpa, pelos crimes ambientais, depositado nas contas do pequeno agricultor da região que vivia do extrativismo artesanal da castanha do Pará.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Você tem cérebro em sua cabeça. Você tem pés em seus sapatos. Você pode se orientar em qualquer direção que escolher.”

Dr. Seuss

Imagem: brasilsemmedo.com

 

História de Brasília

Adjubei, genro de Kruchev, depois de visitar Brasília, disse que tivera, ao conhecer Oscar Niemeyer, maior emoção do que quando conhecera seu sôgro. (Publicada em 10/02/1962)

O agronegócio a semear as tempestades de areia

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Por toda a parte, no imenso território brasileiro, os fenômenos climáticos anormais e desastrosos vêm se intensificando a cada ano, indicando que, ao lado dos efeitos provocados pelo aquecimento global, que afetam igualmente todo o planeta, também nosso país experimentará, de forma severa, as consequências dessas mudanças ambientais. Secas, incêndios, erosões, tornados, trombas d´água e, agora, as tempestades de areia, vão compor esse novo cenário cotidiano de catástrofes climáticas, que têm, na ação humana, um dos seus principais causadores. Estamos literalmente colhendo tempestades, depois de termos plantado as sementes da razia do meio ambiente.
A expectativa quanto à colheita dessa safra de calamidades é de que nos próximos anos tenhamos produção em dobro, dando tempo, quem sabe, de arrependermos de nosso comportamento frente ao ambiente, quer pela nossa cumplicidade nesses eventos, quer pela nossa omissão e silêncio. Somos todos igualmente responsáveis pelos acontecimentos adversos que estamos experimentando.
Quando fechamos os olhos para medidas e projetos que poderiam amenizar esses efeitos. Quando simplesmente apoiamos propostas que visam, a todo o custo, desmatar e queimar áreas de vegetação nativa, para a implantação de latifúndios para a produção de monoculturas transgênicas. Ou quando permitimos que essas safras sejam sufocadas com grandes quantidades de pesticidas e agrotóxicos de alta periculosidade e que envenenam o solo e a água.
As tempestades de areia, que no fim de semana surpreenderam as populações do interior de São Paulo e de Minas Gerais, e que pareciam restritas apenas a cidades da Índia, onde, em 2018, mataram mais de 100 pessoas, ou em cidades como Pequim ou no norte da África, agora parecem fazer parte também de nossa paisagem.
Os fenômenos de tempestades de areia, que em algumas estações do ano engolem cidades inteiras à beira dos desertos pelo mundo, parecem avançar para outras partes do globo. Anteriormente, esse episódio havia sido registrado em 2017, no interior do Rio Grande do Sul, e foi, segundo os técnicos e outros especialistas que acompanham esses acontecimentos da natureza, motivado pela transformação dos pampas gaúcho em areia, devido a intensificação dos processos de erosão do bioma pela atividade do agronegócio.
A cada ano, aumentam as manchas de areia nessa região, devido ao mau uso da terra. São milhares de hectares da zona rural que foram totalmente transformados em areais, áridos e desérticos, onda nada mais brota. O que está acontecendo agora em cidades paulistas, como Ribeirão Preto, Franca, Presidente Prudente, Jales, Araçatuba e outras do Triângulo Mineiro, resulta também da intensificação das atividades do agronegócio, que substituíram, há alguns anos, a policultura, por monoculturas de soja, milho e cana-de-açúcar, degredando gravemente boa parte do solo da região.
Com os ventos de quase 100 km/hora, registrado nesse último fim de semana, o solo seco, castigado ainda pela seca prolongada que afeta toda a região, ajudou a cobrir muitas dessas cidades com espessas nuvens de poeira e areia, num prenúncio de que estamos no caminho errado quanto a exploração da terra.
O agronegócio, uma atividade econômica que muitos dizem não produzir alimentos e, sim, lucros para uma minoria, obviamente diz não se responsabilizar por esses efeitos. Uma vez exauridos os recursos naturais de uma região, com o esgotamento total do solo, o agronegócio ruma para outra região e deixa o deserto atrás de si. Preço alto para as próximas gerações.
A frase que foi pronunciada:
“Somente entendendo a complexidade cultural e a amplitude do conceito de agricultura que podemos ver as diminuições ameaçadoras implícitas no termo agronegócio.”
Wendell Berry
Wendell Berry. Foto: Guy Mendes
Pelo zoom
Hoje é dia de reunião do Conselho de Segurança do Lago Norte. Geralmente são reuniões bastante produtivas e com muitas participações. Veja os detalhes a seguir.
Homenagem
Também, a seguir, um registro histórico de Laércio Filho sobre seu avô Djalma Silva, que faria 100 anos.

–> Djalma Silva, *27/09/1921, Floriano, PI; +12/08/2013, Goiânia, GO.

Por ocasião do centenário de seu nascimento, tomei a liberdade de escrever algumas linhas sobre meu querido avô.

Há 100 anos, em Floriano, nascia o primogênito de João de Deus Alves da Silva e Corina Maria de Jesus. Seu assento de nascimento, lavrado no cartório Leal daquela cidade, curiosamente anota somente seu prenome DJALMA. Mesmo sem superar o brilho renascentista de seu pai, Djalma resplandeceu numa vida muito simples, dedicada e fiel. Respeitado por seus confrades maçons, pelos alunos e colegas, exerceu o magistério e a administração educacional em Floriano, em Caxias do Maranhão, em Anápolis, em Nerópolis e em Goiânia, onde viveu até seus últimos dias, em 2013.

Trabalhava muito. Oportunidades de trabalho o fariam se mudar sucessivamente em 1950 para o Maranhão, em 1962 para Goiás e, enfim em 1970 para Goiânia, onde se fixaria definitivamente. Certa vez, quando se dividia entre aulas em Nerópolis e na capital goiana, desmaiou durante um de seus deslocamentos entre as cidades, caindo de sua moto Vespa e machucando-se. De seu trabalho no magistério, ainda em Floriano, colheu o coração da moça Adália, que se mudara do distante Brejo Novo para a Princesa do Sul, onde continuaria seus estudos e mudaria os rumos de sua vida ao casar-se em 1947 com o respeitado professor.

Um bibliófilo de quatro costados, encantava os netos e provavelmente exasperava a mulher com sua valiosa biblioteca, que chegou a ter mais de 30 mil volumes empilhados num quartinho aos fundos de sua residência. Também enfeitiçava as crianças quando apanhava madeiras de buriti para esculpir elaboradas miniaturas de aviões ou navios, com as quais presenteava os netos. Desenhava bem e com esmero, tendo me iniciado nessa arte.

Foi escritor, poeta e cordelista. Deixou várias obras e, creio, nunca ganhou um centavo com elas. Distribuía-as livremente entre amigos e familiares.

Durante toda a vida, manteve correspondência com amigos e familiares em todo o Brasil. Apoiou sempre que pôde irmãos e parentes, seus próprios e de Adália. Descobri, anos após sua morte, de seu costume de mandar dinheiro para parentes em dificuldades. Dinheiro esse que nunca sobrou em sua própria casa. Mas criou honrosamente os quatro varões com a valiosa parceria de Adália. Mesmo que mantendo distância, soube honrar a família da esposa, tornando-se querido pelos seus!

Por ocasião de seu centenário, sua descendência soma quatro filhos, dez netos e seis bisnetos.

Viva vovô Djalma!

História de Brasília
Brasília tem defeitos, e nós temos apontado muitos. Fale mal, mas não minta. Não desmoralize um jornal, que afora ser uma simples casa de obras com rotativa, pertence, ainda, a um governo, que poucas vezes tem mentido na vida. (Publicada em 9/2/1962)

Febre alta no planeta Terra

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Residente local gesticula, enquanto segura mangueira de água vazia, em tentativa de extinguir incêndios florestais na Grécia, no dia 08 de agosto. Foto: Angelos Tzortzinis/AFP

 

No mundo todo, a fúria da natureza dá mostras de que algo preocupante está a caminho. No Canadá, um país costumeiramente frio, as temperaturas neste ano bateram recordes. Na região da Colúmbia Britânica, os termômetros registraram 50 graus centígrados, o que provocou a destruição, por um incêndio florestal, de toda a pequena cidade de Lytton. No Norte da Europa, as cheias dos rios provocaram alagamentos nunca vistos na Alemanha e Áustria. Os desastres naturais vêm se acentuando a cada estação. Todo o hemisfério Norte experimenta, este ano, recordes de calor. Na Itália, os termômetros têm marcado temperaturas acima dos 40 graus em muitas regiões. Centenas de vidas foram perdidas apenas nas enchentes que devastaram parte da Holanda e Luxemburgo.

Para os climatologistas, esses são os fenômenos mais intensos dos últimos séculos e ameaçam se repetir. No Japão, tsunamis gigantescos de lama, seguidos de deslizamentos de terra, devastaram regiões como Shizuoka. No Iraque, as temperaturas ultrapassaram a marca dos 50 graus centígrados, derretendo objetos de plásticos dos automóveis, gerando colapso no abastecimento de energia elétrica e levando muitos à morte. Nos Estados Unidos, a tempestade Elsa continua fazendo estragos e ameaçando vidas. Também nos EUA, uma onda de calor, sem precedente, vem fazendo mortes na região do Pacífico e em locais antes frios como Seattle. Lugares como Nova Iorque, Filadélfia e Boston estão sob fortes ondas de calor, afetando mais de 40 milhões de americanos. Na África, a seca e as intensas ondas de calor vêm registrando marcas também históricas. Na Índia, os efeitos de calor, seguidos de enchentes nunca vistas, também demonstram que a Terra está entrando num ciclo de mudança do clima que pode afetar todos, indistintamente. Na Grécia, os incêndios, no que vem se chamando o verão do pesadelo, vêm varrendo, há dias e sem controle, pequenas cidades, nas ilhas próximas a Atenas, numa situação que tem aterrorizado os moradores e turistas.

Na realidade, não existe hoje lugar algum nesse planeta que não esteja experimentando condições climáticas extremas, o que só reforça o que há muito vêm alertando os cientistas sobre o aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera, motivados, exclusivamente, pela ação humana. Pesquisa apresentada por Benjamin Schneider e Amy Nicole Salvaggio, da Universidade de Maryland, afirma que a Terra já aqueceu mais de 1,2 graus centígrados desde o início da era industrial, sendo que as temperaturas seguirão subindo cada vez mais, até alcançarem níveis de catástrofes globais com a morte de centenas de milhões de pessoas. Segundo o painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à ONU, caso não cessem as atividades humanas que produzem o efeito estufa, o futuro será inclemente para todos e poderá abolir a vida sobre todo o planeta, até mesmo antes do que se espera.

A frase que foi pronunciada:

Pode-se ver do espaço como a raça humana mudou a Terra. Quase todas as terras disponíveis foram desmatadas e agora são usadas para agricultura ou desenvolvimento urbano. As calotas polares estão diminuindo e as áreas desérticas estão aumentando. À noite, a Terra não está mais escura, mas grandes áreas estão iluminadas. Tudo isso é evidência de que a exploração humana do planeta está atingindo um limite crítico. Mas as demandas e expectativas humanas estão sempre aumentando. Não podemos continuar a poluir a atmosfera, envenenar o oceano e exaurir a terra. Não há mais nenhum meio disponível.”

Stephen Hawking, físico e autor.

Stephen Hawking – 16/12/2015. Foto:Toby Melville/Reuters

Crescei e multiplicai-vos

Segundo o IBGE, em 2060, se até lá o clima do planeta for controlado, a perspectiva é de 19 milhões de idosos com mais de 80 anos. Em 1980, eram 684.789 idosos e, em 2026, provavelmente, serão 3.458.279. Interessante é que o número de crianças, em 1980, era de 16.942.583 e a previsão para 2060 será de 8.935.080.

Arte sobre foto de Pixabay – CC

Entorno

Por essa não esperavam. Para a segurança dos pedestres, foram criadas passarelas aéreas evitando atropelamentos na travessia de pistas largas e movimentadas. O problema é que, com a concentração de pedestres nessa área, o espaço virou alvo de trombadinhas que se aproveitam da falta de policiamento para furtar celulares e dinheiro.

Foto: correiobraziliense.com

Mudança de clima

Até hoje vestimenta em parlamento causa celeuma. Tempos atrás, Helival Rios buscava notícias sobre a repórter proibida de entrar no plenário do Senado porque vestia calças compridas. Como estava de blusão, tirou as calças e perguntou ao segurança: Agora posso entrar? Entrou. Depois que uma moça, também repórter, entrou no parlamento suíço “restringindo devidamente a capacidade de muitos nobres se concentrarem”, a Casa alterou as regras permitindo apenas a mostra dos ombros.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Presente para o futuro

A seguir, um projeto interessante intitulado Reconhecer Brasília. Trata-se de mostrar à criançada a importância da preservação do patrimônio da cidade. Por meio de música, fotos, teatro e manifestações culturais, a meninada vai tomando o sentido do carinho por Brasília.

História de Brasília

A Assessoria de Planejamento deu parecer contrário, e a Novacap mandou interditar a obra. Será construída no seu lugar, onde devia estar desde o começo: ao lado do DCT e da Central Telefônica (Publicada em 07/02/1962)

Brasil e o mundo perante a ameaça climática

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Foto: Sean Gallup/Getty Images

 

Tamanho é destino. Pelo menos é o que sempre dizia o filósofo de Mondubim. Em se tratando de uma questão tão vital e urgente aos seres humanos, como as mudanças climáticas, a continentalidade do Brasil e o fato de esse território enorme concentrar a maior floresta tropical do planeta, por onde corre também o mais volumoso e precioso curso d’água doce do mundo, confere, ao nosso país, independentemente daqueles que pensam o contrário, incluindo aqui o atual governo, e aos brasileiros, uma imensa responsabilidade no combate ao efeito estufa, responsável pelo aquecimento acentuado da Terra.
Não há como fugir ou fingir que esse é um problema que compete exclusivamente aos países desenvolvidos e que tradicionalmente sempre emitiram gases como o CO2 (dióxido de carbono) e o CH4 (metano), responsáveis pelos efeitos danosos do aquecimento desenfreado da atmosfera planetária nos últimos dois séculos. Trata-se de um problema de escala global e, como tal, sua solução só poderá advir com a colaboração conjunta de cada um dos habitantes do mundo.
O Brasil, nesse contexto, também tem contribuído significativamente com emissões de gases do efeito estufa, quer pelas indústrias que possui em atividade, quer pelo desmatamento intenso, que prossegue em ritmo crescente há décadas, quer pela queima de grandes volumes de combustíveis fósseis. Queimadas nas regiões da Amazônia, no Pantanal e nas áreas de cerrado, mais do que um problema local, têm sido apontadas por cientistas de todo o mundo como um dos principais gargalos a ser contido, caso a humanidade deseje mesmo evitar o pior.
A importância da preservação dos ecossistemas nacionais é fundamental não só para o país, mas para o mundo, alertam os ambientalistas. Vivemos neste século 21 o que seria o maior desafio já enfrentado pelos seres humanos em toda a sua existência.
Apesar dos poucos dados coletados internamente nos últimos 100 anos, mapas de temperatura elaborados aqui e em outras partes do mundo mostram o drástico aumento de temperatura verificado em nosso continente entre os anos 1880 e 1980. Só não veem os efeitos desse aquecimento, que pode levar à nossa extinção como espécie, aqueles que, por alguns motivos pouco nobres ou materiais, não querem enxergar.
A lista de catástrofes climáticas aumenta a cada ano. Aqui mesmo temos visto as secas do Pantanal, a seca dos rios Paraguai e Vermelho. Alertas emitidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que os rios brasileiros vêm registrando, ano após ano, os menores volumes de água dos últimos 91 anos. As secas repetidas na bacia do Rio Paraná vêm se acentuando a um ponto crítico, ameaçando as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Nos próximos anos, os apagões elétricos, os rodízios e mesmo a falta de água serão realidades cada vez mais presentes. Também a Bacia do Rio Paranaíba e do Rio Grande estão com baixas históricas em seus volumes de água, apontando para um período de grande escassez para os humanos e para a geração de energia. A questão aqui é saber por que situações como essas vêm se repetindo com cada vez mais frequência e mais intensidade.
O que estaria por trás desses fenômenos? Para um bom observador, o óbvio é ululante e não carece de mais explicações. Está tudo aí. É preciso destacar que apenas 6,5 % dos brasileiros recebem, em suas casas, água de boa qualidade para o consumo. Até mesmo a antiga capital do país, Rio de Janeiro, sofre com a péssima qualidade da água distribuída aos habitantes. Estações de tratamento de água, como a do Rio Guandu, mais se assemelham a estações de tratamento de esgoto, tal o mau cheiro, a cor e o aspecto geral das águas naquele local.
Aqui no Centro-Oeste, a situação não é melhor, e piora com o passar do tempo. O desmatamento acentuado, motivado pela intensificação do agronegócio, praticado em grandes latifúndios de monocultura, há muito deixou de ser uma ameaça ao delicado equilíbrio do bioma cerrado e já se constitui numa realidade a dizimar, sem piedade, boa parte do ecossistema local, tornando grandes extensões de terra em solo árido e desértico.

 

A frase que foi pronunciada:
“O que digo sobre o aquecimento global é que o que nós tomamos como garantido pode não estar aqui para os nossos filhos.”
Al Gore

 

Insustentável
Está passando do controle o número de capivaras no DF. No Setor de Mansões do Lago Norte, onde o acesso ao lago é permitido por lei, os bichos invadem o gramado, espalham carrapato, deixam um rastro de excrementos e colocam em risco a vida de pequenos animais.

 

Bem comum
Em qualquer região administrativa, é possível atestar o descaso de moradores com a área pública. Invadem sem cerimônia e não questionam esse direito. A consequência é o perigo para motoristas, que perdem a visão da pista para acessá-la e, principalmente, dos pedestres, que se arriscam precisando descer para o asfalto por falta de calçada.

 

História de Brasília
Ninguém, no momento, quis entender isto, e como o dr. Jânio tinha mandado construir, fecharam-se os olhos e ouvidos, e mãos às obras. Ocorre que a obra já foi começada, e só agora veio o bom senso. (Publicada em 07/02/1962)

Desembestados contra a corrente mundial

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Painel com participantes da Cúpula de Líderes sobre o Crime convocada por Biden e realizada de forma virtual. Foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP (oglobo.globo.com)

 

Muito mais do que reputação, empresas em todo o mundo, dos mais diversos ramos de atividades, estão buscando, cada vez mais, adaptar seus serviços e fornecimento de produtos às questões ligadas diretamente às mudanças climáticas, mais precisamente às ameaças representadas pelo rápido aquecimento global e seus efeitos sobre o planeta e, logicamente, seus negócios.

O aquecimento do planeta, que, segundo previsão balizada da Convenção-Quadro da ONU sobre o Clima, elevará a temperatura da Terra aos níveis catastróficos de 3,6 graus até o final deste século, possui a capacidade de, literalmente, fazer derreter 9 em cada 10 empresas pelo mundo, arruinando todo e qualquer tipo de negócio.

Trata-se aqui de uma ameaça concreta global, com dia e hora para acontecer, o que tem feito com que empresários por todo o mundo adotem uma nova postura com relação a esse sério problema. São muito mais do que simples previsões pessimistas. São, na realidade, um retrato do futuro próximo a atingir, em cheio, as próximas gerações, capaz de tornar a vida desses novos habitantes do planeta, no mínimo, insuportável.

Por esse motivo, empresários de várias partes do mundo, estão se mobilizando e pressionando seus governos para que adotem medidas urgentes e realistas com relação às emissões de gases do efeito estufa, bem como outras no mesmo sentido, que zerem o desmatamento, as queimadas, o uso de combustíveis fósseis, o desperdício e outras medidas de proteção da Terra.

O que se tem aqui é uma corrida desenfreada contra o tempo. Também o comércio entre nações começa a experimentar um novo modelo, baseado na ética entre respeito ao meio ambiente e produção de bens. Todos aqueles países que pretendem colocar seus produtos nos mercados internacionais, sobretudo na União Europeia e nos Estados Unidos e Canadá e outros países desenvolvidos, terão, cada vez mais, que exibir selos verdes, garantindo que essas produções foram obtidas sem danos ao meio ambiente. É aí que o Brasil aparece muito mal colocado na foto.

A comunidade internacional tem acompanhado de perto o que se passa em nosso país. Os retrocessos observados nos últimos anos com relação à proteção de nossas riquezas naturais são de conhecimento de todos e não serão discursos e promessas, como as que foram feitas recentemente pelo presidente da república, na Cúpula do Clima, que terão o condão de esconder a realidade que pesa agora sobre nosso meio ambiente.

Não apenas as ações vindas do Executivo estão sob intensa observação dos países desenvolvidos. Também o nosso Legislativo foi colocado sob lupa intensa, neste momento em que tramitam, nas duas Casas daquele Poder, medidas (projetos e leis) que alteram de maneira drástica as legislações que dão ainda alguma proteção às nossas florestas.

A pressão exercida pelas bancadas ruralistas e do agrobusiness, fortemente unidas e amparadas pelo capital de grandes empresas, afrouxando regras e fiscalizações, ameaçam, diretamente e de maneira afrontosa, regiões inteiras da Amazônia, aumentando a crença mundial de que nosso país e nossas instituições de Estado, incluindo aí os representantes da população, trabalham diuturnamente unidos em benefício apenas dos interesses das grandes empresas que exploram e ocupam nossas terras, mesmo aquelas sob proteção ambiental. Estamos rumando, desembestadamente, na contramão da história mundial, principalmente agora em que a humanidade consciente busca salvar o planeta da destruição.

A frase que foi pronunciada:

Da literatura à ecologia, da fuga das galáxias ao efeito de estufa, do tratamento do lixo às congestões do tráfego, tudo se discute neste nosso mundo. Mas o sistema democrático, como se de um dado definitivamente adquirido se tratasse, intocável por natureza até à consumação dos séculos, esse não se discute.”

José Saramago

José Saramago. Foto: Oscar Cabral/VEJA/Dedoc

Faz de Conta

Logo depois da campanha politicamente correta de estimular a presença dos índios nas cidades, comungando das mesmas oportunidades, a indígena Cristiany Bororó nos liga apavorada com o corte da luz na área ocupada pelos indígenas do Noroeste. Situação prática que desmascara qualquer intenção de valorizar esse povo.

Calçadas

Qualquer rua precisa ter calçadas para as pessoas andarem com segurança. O que se vê pela cidade são carrinhos de crianças no asfalto por falta de local seguro para passear. Cadeirantes, bicicletas, pedestres… É um desrespeito total à comunidade. E sejamos francos: moradores que avançam a cerca, tomando o lugar das calçadas, também não colaboram.

Arte por toda parte”

Enquanto no Brasil há roubos de tampas de bueiros, na Áustria, é mais uma manifestação da arte. Veja, no no link Sonderanfertigungen Schachtabdeckungen, algumas fotos de bueiros em Vienna.

História de Brasília

Suspensas, sem aviso pela imprensa, as provas para as candidatas ao cargo de professoras. Não se sabe a razão, mas há ainda, a informação de que nem horistas haverá neste ano escolar. (Publicada em 01.02.1962)

Dono é quem cuida

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Foto: BBC

 

Mesmo diante de um mundo em marcha rápida para um processo irreversível de globalização, nossas Relações Exteriores foram transformadas, de instituição do Estado, numa espécie de apêndice do governo, a experimentar as mais vexaminosas atuações nos foros internacionais. Ainda nos dias atuais, essa atuação apagada e sem o brilho e personalidade de outrora, permanece como um sinal desses tempos de mediocridade e de flagrante despreparo e falta de ética de nossas elites políticas.

Com a nossa diplomacia esvaziada e colocada a reboque dos anseios do governo e com o reconhecimento tácito de que nossas Forças Armadas, dificilmente, conseguiriam retaliar uma suposta tomada da região Amazônica por forças estrangeiras, não seria exagero acreditar que apenas a sorte ou um tipo qualquer de milagre assegura efetivamente a soberania do Estado Brasileiro sobre essa imensa região.

Diante de uma constatação como essa e diante dos conhecidos titubeios dos organismos internacionais em conter disputas territoriais, a sorte sobre os destinos da Amazônia está muito mais entregue às suas populações locais, do que propriamente ao governo. O governo já provou sua incapacidade total em combater e vencer inimigos como o fogo, os madeireiros, as invasões de terras, os pecuaristas, os mineradores e outros ecocidas dessa região.

Se nem mesmo esses destruidores desarmados são vencidos numa batalha interna, que dirá caso essa região venha a ser invadida por forças estrangeiras, sob o pretexto de preservação do ecossistema do planeta. Numa hipótese como essa e que não pode ser descartada, tendo em vista a situação global de alarme que atravessamos, de que adiantariam as bravatas e os apelos patrióticos e panfletários como os feitos pelo atual governo?

A Amazônia é nossa, na medida em que possamos demonstrar ao mundo nossas reais capacidades de cuidarmos dela comme il faut. Convenções, tratados e outros acordos podem muito bem serem desconsiderados e tornados letras mortas. A emergência do aquecimento global pode também, numa situação desse tipo, se sobrepujar aos conceitos abstratos como patriotismo, nacionalismos e outros ismos de apelo populista. A instalação de um general, como uma espécie de interventor nessa região, tem provado a pouca eficácia em conter o avanço de uma destruição que é acompanhada par i passo, ao vivo e a cores por todo o mundo. As declarações de êxito nessa missão são desmentidas a cada imagem de satélite que é publicada nas redes mundiais.

Numa emergência dessas proporções, o mais sensato, se é que se pode falar em sensatez nesses tempos atuais, seria a transferência provisória da capital para àquela região, com a concentração total de esforços para assegurar a preservação dessa região, que tem nos pertencido muito mais por questões de acidente geográfico do que por merecimento.

Não bastassem as ações tímidas e pouco eficientes desse governo em contornar essa que é uma crise, ao mesmo, tempo interna e externa, a atuação do atual ministro do meio ambiente vai na contramão do que se espera de uma pasta dessa importância numa época como a que atravessamos. A importância desse tema parece escapar à percepção de nossas autoridades, muito mais preocupadas com o processo eleitoral do que com a realidade debaixo do nariz.

Na Europa e nos Estados Unidos, a Amazônia e agora o Pantanal têm sido temas de discussões e preocupações nos diferentes fóruns de debates. Ameaças como as feitas pelo candidato à presidência dos EUA, Joe Biden, alertando nosso governo para parar de destruir a floresta ou vir a ter que enfrentar consequências econômicas, podem muito bem escalar para outros níveis, caso essas advertências não venham a se concretizar em ações de fato.

O mais trágico numa situação como essa é que, em caso de conflagração para retirar a soberania brasileira sobre essa região, terá que ser enfrentada não diretamente pelos responsáveis que erigiram essa tragédia, mas pelas mesmas populações de pés descalços e famintas que, há séculos, assistem a sequência de descaso do governo e os casos de corrupção que drenam recursos preciosos dessa região secularmente. Tal como na obra: “A Oeste nada de novo”, de Eric Maria Remarque (1898-1970), e que agora completa quase um século de sua publicação, fica a lição: as guerras não possuem nenhuma lógica do ponto de vista de quem está no front. Esses conflitos só interessam aos generais, ministros e outros membros da alta classe, que lucram com a morte de jovens inocentes.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:   

“A Justiça é tão poderosa e necessária no mundo, que o próprio Júpiter não tem direito de ser injusto, uma vez estabelecidas as leis do universo.”

Plutarco

Provável busto de Plutarco, no Museu Arqueológico de Delfos. Foto: wikipedia.org

 

Carroças

Foi o então presidente Collor quem trouxe carros melhores para substituir as “carroças” dos anos 80 que haviam como única escolha no Brasil. Dê uma espiada no blog do Ari Cunha. Em termos de carros, continuamos com verdadeiras carroças. Veja o Mercedes Benz AVTR.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Vou pedir ao Nauro Esteves para redesenhar a área interna das superquadras, para que os carros possam atingir os postos de assistência apenas por um lado, mantendo interrompido o tráfego na W-1. (Publicado em 17/01/1962)

Os homens que plantam árvores

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Ozanan Correia Coelho de Alencar. Foto: Divulgação/Novacap

 

Da África, talvez o continente mais economicamente sofrido e espoliado na história da humanidade, vem um dos muitos e bons exemplos que precisamos para nossa salvação futura. Na Etiópia, um dos países mais populosos e pobres daquele continente, o governo empreendeu uma jornada em que, em apenas 12 horas, uma força-tarefa, atuando em mais de mil áreas daquele país, conseguiu a façanha de plantar mais de 350 milhões de árvores. Um recorde mundial.

Também a Índia, castigada pelos desflorestamentos, vem empreendendo um grande esforço para recuperar, ao menos, algumas de suas florestas. Na última empreitada, 800 mil voluntários plantaram mais de 50 milhões de árvores em 2016 e prosseguem plantando. Na China, parte ociosa do que seria o maior exército do planeta tem sido deslocada para a mesma tarefa no Norte do país. São mais de 60 mil soldados empenhados nessa tarefa. Os fuzis cedem lugar às ferramentas agrícolas. A intenção do governo é criar uma nova floresta na região de Hebei, numa área de mais de 84 mil quilômetros quadrados. Para todo o país, a meta é atingir uma cobertura de mais de 23% daquele grande continente até o final deste ano.

São esforços pontuais e que podem fazer a diferença num futuro não muito distante. Cientistas acreditam que, pelo estágio atual de degradação do planeta, será preciso, ao menos, o plantio de mais de 1,2 trilhão de novas árvores, apenas para arrefecer a Terra e livrá-la dos efeitos maléficos do aquecimento global, que já está atuando entre nós.

A situação, que é bem do conhecimento dos técnicos das Nações Unidas, tem estimulado ações dessa Organização com vistas a um projeto já em andamento, cuja a meta é plantar 4 bilhões de novas árvores nos próximos anos.

Por todo o mundo, projetos semelhantes estão em andamento, uns ambiciosos e outros mais modestos, mas já são de grande valia em seu conjunto. Entre todos, os mais ambiciosos são os que vêm sendo erguidos nas bordas do grande deserto do Saara, também na África. Em nenhum lugar do planeta, as mudanças climáticas são mais impactantes do que as que ocorrem nos países margeados por esse grande deserto. O deserto vem aumentando de área num ritmo assustador nos últimos anos. Com ele, vem o clima cada vez mais inóspito à vida, com temperaturas que ficam numa média próxima aos 50 graus centígrados.

Com esse fenômeno, vem também a escassez de água, cada vez mais assustadora e já motivo de conflitos permanentes na região. Financiado pelo Banco Mundial, pela União Europeia e pelas Nações Unidas, projeto unindo vários países locais visa  erguer uma gigantesca barreira verde de árvores, que irá cobrir uma área de mais de 8 mil quilômetros, atravessando todo o continente africano na parte sul do deserto do Saara, formando uma enorme muralha para conter o avanço da areia. A meta é erguer essa Grande Muralha Verde até 2030, cobrindo com reflorestamento uma área de 247 milhões de acres ou, aproximadamente, 100 milhões de hectares.

Em nosso mundo, em todo o tempo e lugar, sempre existiram homens movidos pela paixão de plantar árvores, como se recebessem essa missão diretamente das mãos de Deus. Não precisamos ir muito longe para descobrir alguns desses personagens raros e muito caros a todos nós. Aqui mesmo na capital, entre tantos anônimos que contribuem para uma capital mais verde, um nome vem à memória sempre que paramos para apreciar a beleza dos Ipês multicoloridos e de outras muitas espécies de árvores que foram plantadas ao longo de décadas.

Trata-se do saudoso agrônomo cearense, Ozanan Coelho, um personagem que o Correio Braziliense já nomeou como sendo o homem que, durante mais de 30 anos, foi o responsável por ter plantado grande parte dos belos jardins da capital e que hoje fazem de Brasília uma cidade bucólica, como pretendida por seu idealizador Lúcio Costa.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se não erro ao decifrar a voz dos vegetais, eis que suspira a muda de pau-ferro no silêncio do ser: – Eu sei que fui plantada com música, discurso e tudo mais, para alguém no futuro, oferecer sem discurso e sem música o prazer da derrubada.”

Carlos Drummond de Andrade, um dos mais influentes poetas brasileiros

Carlos Drummond de Andrade. Foto: Arquivo Nacional

 

Classe média

Contratos de aluguel começam a receber ajuste de até 13%. Em tempos de pandemia, o assunto precisa ser melhor estabelecido.

 

Programa

Veja, no link No Sofá Amarelo com Tânia Fontenele, sobre a vida das mulheres durante a construção de Brasília. Vale a pena!

 

 Exemplo

Importante divulgar o trabalho da UnB em relação a um grupo de profissionais que oferta apoio psicológico à comunidade universitária durante a pandemia. Nos próximos dois meses, o projeto Laços na Saúde irá organizar um cine debate sobre o documentário Silêncio dos Homens, e mesas com os temas: Alimentação e ansiedade; Finanças e emoções; Trabalho remoto: desafios e avanços e Resiliência: vamos pôr em prática?

Ações de saúde mental desenvolvidas pela Dasu no período de pandemia. Imagem: Dasu/UnB.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Do Banco Comercial do Estado de São Paulo recebo a comunicação de que tão logo a Prefeitura plante as árvores em sua quadra, ele e o City Bank ficarão responsáveis pela sua conservação. Ajude a cidade. Participe da campanha de apadrinhamento das árvores da W-3. Você que mora nessa avenida, ou tem sua casa de comércio, telefone para 2-2803, e se aliste para defender as árvores. (Publicado em 16/01/1962)

A eficácia da criação

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Recebi, muitos anos atrás, de Helival Rios, um link, da sociedade Canadá, de um filmete contando a história “O homem que plantava árvores”. Quem já leu o livro de Jean Giono (1895-1970), com o mesmo título publicado em 1953, deparou-se com a frase: “…os homens poderiam ser tão eficazes como Deus em algo mais que a destruição.” Com isso, o autor quis dizer que os homens poderiam, se assim dispusessem, imitar o Criador, erguendo e cuidando de todas as formas de vida sobre a Terra, e não destruindo e reduzindo a cinzas como faz a morte, ao deixar escombros e aridez por onde passa.

A observação de Jean veio a propósito da incansável atividade de Elzéard Bouffier, o personagem principal, que, durante a maior chacina de nossa história, representada pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), continuava, dia após dia, plantando carvalhos numa região agreste dos Baixos Alpes franceses, já abandonada pela população local, devido ao desmatamento secular promovido pelos carvoeiros naquela região.

O contraste, entre quem cuidava de recuperar a vida da região e o morticínio irracional da Guerra de 14/18, é flagrante e mostra, de forma crua, como os homens podem, ao mesmo tempo, abandonar de lado a vida em sua plenitude e seguir os passos da morte, mesmo sabendo dos resultados dessa opção.

O texto, que chegou ao Brasil num curta metragem, foi publicado em livro, e parece cada vez mais atual, justamente por mostrar a capacidade do ser humano em mudar o mundo ao seu redor, tanto para o bem, quanto para o mal. Nesses tempos, em que o nosso planeta experimenta, por meio do fenômeno do aquecimento global, o que talvez seja o seu maior desafio de todos os tempos, e que pode pôr um fim à existência da própria espécie humana na Terra, nada mais hodierno e premonitório do que as mensagens contidas nesse texto escrito ainda no século passado.

Buscar o exato significado para as árvores, num tempo em que ainda se acredita não existir nenhum, é uma tarefa e um desafio que pode nos colocar hoje entre permanecer por essas paragens ou ter que sair de fininho para outros mundos para não perecer. O desafio gigante que, na obra, é realizado por um só homem, durante mais de 30 anos em que plantou, naquela região, milhões de árvores, pode ser uma das respostas para esse dilema da atualidade.

Embora pareça uma tarefa impossível recuperar o planeta da degradação imposta pelas consequências da Revolução Industrial em sua ânsia por adquirir matérias-primas, o livro mostra que bastou a persistência de apenas um indivíduo para mudar a realidade local. “Um único homem, reduzido a seus recursos físicos e morais, foi capaz de transformar um deserto em uma terra de Canaã”, diz o autor.

O que conhecemos hoje por meio da palavra muito em moda: resiliência, que significa a capacidade de resistir e se adaptar às mudanças, tanto pode ser aplicada ao homem como à própria natureza, desde que lhes sejam ofertados a oportunidade. A esse fenômeno, que muitos classificam como um sinal e uma semente da própria vida, é que pode estar a redenção, ou não, da humanidade.

Obviamente que os exemplos a seguir não devem se resumir a uma obra de ficção. Mas podem nela se inspirar para promover as mudanças necessárias e urgentes que o momento exige. Toda grande obra pode ter seu início apenas movida pela inspiração trazida pelos belos exemplos, sejam eles reais ou não. O primeiro passo é o das ideias, dado ainda no mundo abstrato dos projetos mentais. Pode vir a ser realidade concreta, pelo esforço físico, o que é uma mera consequência da capacidade de pensar. Nesse caso, pensar num mundo em que a vida seja ainda uma possibilidade real e que valha a pena.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“As árvores são poemas que a terra escreve sobre o firmamento. Derrubamos para transformá-las em papel registrando nosso vazio.”

Kahlil Gibran, ensaísta, poeta e pintor de origem libanesa

Kahlil Gibran. Foto: Al-Funoon, 1, No. 1 (April 1913)

 

Vítimas Unidas

Se os algozes têm a proteção da lei, as pessoas atacadas pela violência resolveram se unir formando o grupo Vítimas Unidas. Recebem ameaças constantemente, a ponto de terem pedido socorro à ministra Carmen Lúcia, quando presidia o STF.

 

Visto

Em parceria com o memorial JK, o Conselho Editorial do Senado lançou o segundo volume de “Memórias do Brasil”, com os discursos de JK feitos em 1957. O primeiro volume, lançado em 2019, trazia os discursos de 1956, primeiro ano do mandato presidencial de Juscelino. Veja, no blog do Ari Cunha, a transmissão da TV Senado aberta pelo senador Randolfe Rodrigues.

 

Lido

O assunto da abertura de hoje e de amanhã está coincidentemente tratado nas historinhas de Brasília publicadas em 1962, que podem ser lidas abaixo da coluna. A capital tinha um defensor: o titular Ari Cunha, que sempre procurou o que era melhor para a cidade.

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Continuam fumando livremente, os cigarros ou charutos que bem entendem os passageiros da TCB. Efeito excelente vem surtindo a nossa campanha, par apadrinhamento das árvores da W-3. Afora as firmas já publicadas, aderiram à campanha a Mercearia Pirapora (6 árvores), Lourival Almeida, da Drogaria Juvenal, na Quadra 9, Floricultura Brasília, Bimbo – refeições rápidas, Vasp, Síntese, Arte e Decorações, da quadra 8. (Publicado em 16/01/1962)

Bem no futuro

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Greve pelo clima em Milão, na Itália. Cartaz diz: “Mudemos a política, e não o clima”. Em 27 de setembro de 2019. — Foto: Antonio Calanni/AP (g1.globo.com)

 

Cartaz exibido por uma jovem manifestante em Milão, na Itália, durante a marcha realizada em vários países contra o aquecimento global, resume bem o que pretendem as novas gerações sobre essa questão tão delicada e vital para a humanidade: “Mudemos a política, e não o clima”, dizia resumidamente com propriedade o letreiro.

Essa pode não ser a direção a ser tomada pelos 200 países representados na COP 25, a cúpula do clima, reunida em Madri de 2 a 13 de dezembro, mas, com certeza, é um excelente mote para esse encontro, com mais de 29 mil pessoas, em busca de um caminho viável e urgente para evitar os impactos catastróficos provocados pelos humanos no clima do planeta. De fato, pouquíssimos são os países que seguem o cronograma acertado ainda em 2015 pelo Acordo de Paris, quanto à redução na emissão dos gases de efeito estufa.

A grande maioria dos países que vêm discutindo esses acordos ainda busca internamente meios de reduzir essas emissões sem afetar questões como a produção e os empregos. A substituição das fontes poluentes por energia limpa e renovável ainda parece uma meta distante para muitos. Os governos sabem que essa questão, no âmbito interno de cada uma das economias e de suas características básicas de produção, permanece sendo um problema político de difícil resolução a médio e curto prazo.

Para muitos políticos, seguir a cartilha de Paris, na contenção dos gases de efeito estufa, provocados pelas indústrias, sem um desaceleramento no ritmo do crescimento de seus países, é um problema que ainda não possui um horizonte seguro. Por outro lado, pressentem também que se não agirem a tempo de evitar uma catástrofe mundial, estarão cometendo um crime contra a humanidade.

O slogan adotado para essa cúpula em Madri, reflete também a urgência de um problema que é de todos igualmente: “Hora da Ação”. Os alertas feitos pelos maiores especialistas e cientistas sobre questões climáticas, acerca do progressivo aumento nas temperaturas no planeta, não deixam dúvidas de que os avisos são verdadeiramente sinistros e preocupantes.

A possibilidade de que esses acordos avancem, além daqueles que foram fixados há quatro anos, cabe agora à forte pressão que vêm fazendo os jovens em todo o mundo, particularmente nos países industrializados. A conscientização crescente de que serão justamente as próximas gerações aquelas que herdarão, talvez, um planeta inabitável e inóspito vem turbinando esses protestos mundo afora. Essa interrupção secular na guerra contra a natureza é o que pretendem os novos herdeiros do planeta, cientes de que essa batalha do bem é a única que importa nesse momento crucial da humanidade.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O clima está mudando mais rápido do que as ações para lidar com a questão.”

Barack Obama, ex-presidente norte-americano

Foto: washingtonpost.com

 

 

Mudança de hábito

A cada limpeza de bueiros, o pessoal da Caesb encontra pneus, móveis e outros objetos que deveriam ser descartados de forma correta. Falta uma campanha educativa para que a população compreenda que ela mesma é prejudicada com esse tipo de atitude.

 

 

Desrespeito

Anote esse número: 0800 704 0465; é do atendimento da Gol. A lei do telemarketing prevê várias formas abusivas desse tipo de abordagem. Agora, um passageiro precisar de atendimento e aguardar por mais de 20 minutos ao telefone é um desrespeito que pode ser acabado com uma bela multa para as empresas.

Foto: voegol.com

 

 

Ócio

Açougueiros serão demitidos em massa se o preço da carne continuar como está. Nos mercados, os preços abusivos foram suficientes para debandar as filas.

Charge do Duke

 

 

Novidade

Marconi Gonçalves Brasileiro de Sant’anna e Bruna Alencar do Amaral executarão o Termo de Cooperação Técnica firmado entre a Defensoria Pública e a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais. O objetivo é atender aos pedidos de acesso a certidões pela Plataforma da Central de Informações de Registro Civil de Pessoas.

Arte: registrocivil.org

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ainda não se deu uma explicação, no caso da firma que construiu a rede de esgotos pluviais, porque estas galerias não têm capacidade de escoamento. Nos dias de chuva a cidade fica inundada, os trevos intransitáveis, a cidade imunda. (Publicado em 07/12/1961)

A vida humana e as abelhas

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Enquanto o Brasil se ocupa em discussões paroquiais e frívolas tais como as crises cíclicas geradas de modo artificial pelo núcleo palaciano, o mundo desenvolvido se debruça sobre um assunto verdadeiramente substancial e que diz respeito à sobrevivência da própria espécie humana, dentro de um cenário, envolvendo, por um lado, o aumento da pobreza e, por outro, a destruição do meio ambiente e do delicado equilíbrio do planeta.

Em boa hora, a premiação do Nobel de Economia foi concedia a um trio de pesquisadores, Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer, que desenvolveu um amplo estudo sobre a redução da pobreza e os incentivos necessários para beneficiar essa parcela majoritária da população mundial que cresce em um mundo que parece caminhar para a recessão.

Em paralelo a essa premiação, está sendo apresentado agora também um estudo que mostra que a natureza já não pode mais sustentar devidamente os humanos. Intitulado Natural Capital Project, os estudos feitos por diversos cientistas mostram que metade da população mundial irá sofrer com a redução dos mecanismos naturais como a polinização por insetos e aves e a limpeza das águas nas próximas três décadas.

Com a destruição paulatina dos recursos naturais e o incremento dos efeitos do aquecimento global, o aumento da pobreza, por escassez de alimentos e falta de água potável, poderá conduzir a humanidade a um dos seus mais dramáticos cenários desde o surgimento dessa espécie sobre o planeta. Se, por um lado, os economistas premiados vão em busca de estudos e análises que possam, ao menos teoricamente, melhorar nossa capacidade de combater a pobreza com a adoção de novas tecnologias e novos parâmetros na produção de alimentos, por outro ângulo, diversos cientistas têm insistido nas sérias consequências que estão por advir em razão da desestabilização profunda provocada nos diferentes ecossistemas e processos biológicos.

Em um ponto, esses pesquisadores concordam: é a espécie humana a principal responsável pelo seu destino final. Nesse sentido as ações antropogênicas estão por trás dos efeitos causados ao meio ambiente. Já há alguns anos, os cientistas vêm alertando para a morte das abelhas, causada principalmente por agentes químicos presentes em muitos defensivos agrícolas.

Em todos os lugares do planeta onde se verificaram o uso desses pesticidas, centenas de milhões de abelhas apareceram mortas. Pelo papel insubstituível que exercem no processo de polinização das plantas, as abelhas foram reconhecidas recentemente como o ser vivo mais valioso e fundamental para a existência de muitas espécies, inclusive do próprio ser humano.

O efeito estufa, o uso de combustíveis fósseis, o aumento nos níveis de mar, a poluição das fontes de água potável, a expansão do agronegócio com desmatamento, uso de transgênicos e de pesticidas extremamente venenosos para o ecossistema planetário somam-se ao aumento da pobreza em muitas partes do mundo, fazendo desses fatores somados uma bomba prestes a explodir com consequências verdadeiramente preocupantes.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Nós no Brasil, nos últimos anos, criamos um conceito de que os criminosos são vítimas de uma sociedade. Esse é o conceito que vige quando falamos em leis, cadeias reclusão e penas. Isso não é verdade. O ser humano é dotado da capacidade e vontade de tomar decisões. Ele tem livre arbítrio. E a sociedade é que tem que dizer a ele se o comportamento que escolheu cabe ou não cabe no convívio social.”

Senador Carlos Viana, convidando os parlamentares a repensar o Código Penal e Código de Processo Penal para ricos e pobres.

Foto: senado.leg.br

 

 

Avanço

Impressionado com o projeto Sirius em Campinas, o senador Izalci Lucas está empenhado em aumentar os recursos para o programa. Trata-se de uma nova fonte de luz, pela tecnologia da luz sincrotron. Veja tudo sobre o assunto no link issuu.com.

 

 

 

Tapa

Escrito num papel deixado na parada de ônibus perto da praça do Buriti: “Não adianta colorir os monumentos da cidade de rosa, se as mulheres não conseguem marcar uma mamografia pelo SUS”.

Foto: Monique Renne (sindilegis.org)

 

 

Título

Homenageado na Câmara Legislativa o mastologista Farid Buitrago Sánches, com o título de Cidadão Honorário. A autora da homenagem é a deputada petista Arlete Sampaio. O homenageado é graduado em medicina pela Universidade Militar de Nova Granada, na Colômbia.

Foto: facebook.com/FaridBuitrago.Mastologista

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O senador Juscelino Kubitschek desembarcou em Brasília, de um avião de propriedade do sr. Sebastião Paes de Almeida. Dois jornalistas estavam conversando ao lado, comentando o fato. (Publicado em 01/12/1961)