“Insanidade das guerras”

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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SOPA Images/Getty Images

 

          Em todo o tempo e lugar, ao longo da história da humanidade, temos assistido a repetição de táticas promovidas por Estados colapsados por governos ineptos, que, em lugar de buscarem a correção de rumos internos, optam por comprar brigas além de fronteiras, acreditando que, com isto, não só desviarão a atenção da população para as crises locais como conseguirão obter apoio de seus cidadãos para um guerra despropositada.

         Esse foi o caso da ditadura argentina, que, para esconder o fracasso de décadas de regime autoritário, comprou uma briga desnecessária com a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas, em 1982. A Argentina massacrada e o governo militar encerrou seu ciclo.

         O mesmo se sucede agora com a Venezuela, um país arrasado pelo socialismo do século XXI e governado por uma ditadura ligada ao narcotráfico internacional. Maduro, como todo ditador maluco, resolveu, com seus generais, todos eles listados por crimes diversos pela Interpol, invadir Essequibo, na Guiana. Os motivos reais são os mesmos, ou seja, desviar a atenção daquela parte da população que ainda não fugiu do país, em razão do inferno interno criado por essa quadrilha no poder.

         Caso essa invasão venha a ocorrer de fato, o que já era ruim para os tiranos da Venezuela, pode render um conflito generalizado naquela região, com repercussões sobre o Brasil e outros vizinhos e até um apoio velado do Palácio do Planalto nessa questão, sendo que o conflito possa atrair a atenção e intervenção dos Estados Unidos, pondo fim ao governo autoritário de Maduro e de seus comparsas.

          Lembrando ainda que, além de armamentos comprados da Rússia, também a Venezuela é assessorada por militares russos e cubanos, doidos por um conflito naquela parte da América. De certo modo, a mesma tática de comprar briga além da fronteira ocorreu no caso envolvendo o Hamas e Israel. A falência generalizada de Gaza, promovida única e exclusivamente pelo controle exercido pelo Hamas contra a população palestina, levou esse grupo a comprar mais uma briga com as forças de defesa de Israel, não só para desviar a atenção interna da crise humanitária que impôs àquele povo, como de quebra buscou obter apoio da população para esse conflito, confiando também que a guerra ganharia em escala e envolveria muitos países daquela região.

         Não conseguiu, até agora, envolver diretamente outros países no conflito, além de ter provocado a destruição quase completa de toda a parte central de Gaza, com milhares de mortos e prejuízos incontáveis. O conflito armado por esse grupo terrorista contra Israel pode também, nesse caso, resultar no fim do controle do Hamas em todo o território de Gaza. O que seria uma boa solução tanto para palestinos como para judeus. O que poderia ser aprendido em todas essas histórias, daqui e de além mar, é que o governo militar, e não argentinos, queriam guerra com a Inglaterra, pois sabiam das consequências. O governo e não os venezuelanos querem invadir Essequibo, pois já vivem no inferno e não querem mais sofrer. Do mesmo modo, os terroristas do Hamas, e não os palestinos, queriam mais guerra contra Israel, pois já conheciam os resultados que viriam.

         Nenhum povo, de posse de sua sanidade, deseja brigar com vizinhos, pois sabem que, nesses casos, onde a briga é sempre arranjada por governos tirânicos, quem irá morrer no campo de batalha é sempre o mesmo e pobre indivíduo que já sofria antes.

A frase que foi pronunciada:

“Em cada guerra há a destruição do espírito humano.”

Henry Muller

Henry Muller. © Henri Martinie / Roger-Viollet

 

Humanizado

Importante trabalho do GDF chega em Planaltina. Sem cobrar dos interessados, uma unidade móvel do projeto Castra DF tem mil vagas disponíveis para gatos e cachorros. Bem melhor que legalizar o aborto para animais. Só para os racionais.

 

Leitura

Com uma leitura fluida, o Cordel chega nas escolas de Taguatinga. Bonito ver a criançada consumindo a cultura brasileira.

Foto: radardigitalbrasilia.com

 

Cerrado

Estranha a construção daquela praça perto do Iate Clube. No meio do nada, com coisa nenhuma, em um lugar com transporte público precário.

Captura de imagem em junho de 2023, no Google Street View.

História de Brasília

Diversos bueiros da avenida W-3 estão sem tampão, o mesmo acontecendo no Eixo Rodoviário. Próximo ao IAPFESP, há um bueiro no ponto de ônibus, e os veículos fazem ginástica para não caírem nele, ou impedem a pista da direita, enquanto recebem passageiros. (Publicada em 24.03.1962)

Narrativa sem cola

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Foto: Wikimedia Commons

 

É lógico que, para aqueles que sabem para onde ir, qualquer caminho serve, mesmo aqueles que conduzem ao abismo. Do mesmo modo, torna-se inconcebível que um mandatário possa assumir o poder sem sequer trazer debaixo do braço as linhas mestras de um projeto de governo acabado e factível. Afinal, são milhões de cidadãos que confiaram um voto de confiança e que, de uma forma ou de outra, irão sentir na pele e no bolso as consequências das ações do governo ou a falta delas.

O que não se pode conceber é que a nação fique tateando no escuro, à procura de uma saída, ou de um plano de fuga vindo do governo. Eis aqui onde estamos. Antigamente, dizia-se estarmos no mato sem cachorro. Hoje, podemos dizer, estamos num país sem um governo à altura dos desafios e das necessidades de um gigante continental, com mais de duzentos milhões de habitantes, cercados de problemas e cobiçado por potências que se dizem amigas, mas que estão de olho gordo posto em nossos recursos e reservas minerais.

Depois de cobranças vindas de todos os lados, o que temos é um arcabouço ou esqueleto de um projeto que visa autorizar o governo a gastar além das possibilidades reais de caixa, sem que isso venha acarretar penalidades e sanções para o perdulário. É pouco ou quase nada e, ao mesmo tempo, é muito para quem vai pagar a conta.

Como metas de governo, o que foi apresentado não passou de um material formado de ações de improviso, que vão saindo das gavetas à medida em que os problemas surgem. Na impossibilidade de armar-se uma guerra contra um inimigo fictício, como fez a Argentina na Guerra das Malvinas, o jeito é deixar os problemas internos de lado e desengavetar um projeto qualquer, desses que propõem um tratado para a criação da chamada Unasul, integrando e unindo, nos âmbitos políticos, econômicos e outros, os países do continente. De preferência, unindo países prósperos como a Argentina, Venezuela, Suriname e outros, cujas economias estão no fundo do poço, criando uma poupança regional, com o apoio do BNDES, além do estabelecimento de uma moeda unificada, como meio de “aprofundar a identidade sul-americana”. Talvez engulam mais essa narrativa.

Diria o filósofo de Mondubim: “Vão juntar os farrapos e molambos num pardieiro só”. Para se ter uma ideia, o papel moeda na Venezuela, de tão desvalorizado, serve hoje como matéria-prima para confecção de artesanatos vendidos nas ruas a preços irrisórios. O que países como Argentina, Venezuela, Nicarágua e outros necessitam não é socorro do tipo econômico, que facilmente irá parar nos bolsos desses governos corruptos, mas de uma coisa chamada democracia e gente decente para administrar esses países.

Criar mecanismos e instituições como o Corporación Andina de Fomento, ou Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata, é irrigar com dinheiro do pagador de impostos, no Brasil, os governos ditatoriais de esquerda que infernizam suas nações. Levar dinheiro para as mãos dessa gente é perpetuar-lhes a tirania. Para quem já se armou de cautela contra essas intenções marotas, todas elas fincadas numa antiquada e falsa visão de mundo, as proposições feitas pelo governo brasileiro às lideranças sul-americanas se inserem no que ele mesmo denomina como narrativas e mostram de que lado da história ele se posiciona.

De fato, o Governo Lula não sabe para onde vai e ainda assim quer que toda uma nação siga com ele. Com companheiros do naipe de Maduro, Ortega e outros é melhor irmos sozinhos.

 

A frase que foi pronunciada:

“A confiança começa com uma liderança digna de confiança.”

Bárbara Kimmel Brooks

Bárbara Kimmel Brooks. Foto: amazon.in

 

Nota 10

Quando o GDF quer, faz. Um espetáculo o aplicativo do Detran com a carteira de motorista digital, acesso a todo tipo de informação sobre o carro. As multas são notificadas quase que em tempo real no celular do motorista. Para a averiguação, há, inclusive, a foto com todos os dados do dia da punição.

 

65 anos

Em entrevista à Rádio Nacional, no programa Eu de Cá, Você de Lá, a índia Kayná, da etnia Munduruku, contou que o pai dela remava por horas para trocar peixe e farinha por pilhas para o radinho. Só assim era possível a família acompanhar o que se passava do lado de cá da floresta.

Índia Kayná Munduruku no Programa Eu de Cá, Você de Lá. Foto: radios.ebc.com

 

Memórias

Por falar em Rádio Nacional, não havia foca no jornalismo de Brasília que não passasse por ali. Luiz Mendonça, Claire e Edson Tavares formavam um trio importante na redação da rádio.

Rádio Nacional de Brasília. Foto: ©Acervo Arquivo Público do Distrito Federal

 

História de Brasília

As portas dos cabeleireiros, seja qual fôr o endereço, estão cheias de carros do governo à espera de madames. (Publicada em 20.03.1962)

Tamanho é destino

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Charge do Amarildo

 

Não restam dúvidas de que o século XXI, que teve seu início oficial com a derrubada das Torres Gêmeas em setembro de 2001, já pode ser seguramente considerado um dos mais desafiadores para o futuro de toda a humanidade. As múltiplas questões a serem enfrentadas nesse início de século irão requerer, de todos os países do globo, esforços tão ou mais enérgicos do que aqueles realizados nos períodos das duas grandes guerras mundiais.
        É preciso salientar que nesse trabalho em busca de um prolongamento do futuro da espécie humana sobre o planeta, o Brasil, diferentemente de outras épocas, em que sua participação nos problemas mundiais foram periféricas ou sequer notadas, deverá ocupar lugar de grande importância, não sendo exagerado supor que, nesses grandes desafios que se apresentam, nosso país acabe adquirindo um protagonismo central. Continentalidade é destino e compromisso.
        Talvez esteja, nessa missão que se descortina, a oportunidade de acordar de vez o gigante adormecido em berço esplêndido. Para tanto, e apenas para manter essa questão no âmbito interno, a despeito do crescimento vertiginoso da população mundial versus a degradação do meio ambiente, dentro ainda de um contexto de aquecimento global, que papel caberá ao Brasil para dar sua contribuição efetiva à população no que parece ser a maior encruzilhada já experimentada pelos terráqueos? Eis aqui uma indagação que necessita ser respondida com rapidez e racionalidade necessárias diante da magnitude da questão.
        Obviamente que, seguindo uma sequência lógica e de prioridades, o que se impõe logo de saída é que o Brasil resolva de imediato seus grandes e graves problemas de ordem interna. A começar pela diminuição das flagrantes desigualdades econômicas e sócias existentes, não apenas pelo caminho fácil da distribuição de renda, mas, sobretudo, pela distribuição de oportunidades.
        Resolvido esse primeiro nó, a segunda investida deverá ser feita no campo da modernização da infraestrutura do país, dotando o Brasil continental daquilo que vem sendo adiado por séculos, que é a construção de uma malha moderna e eficaz de ferrovias que esquadrinhe o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Sem essas veias de aço, por onde corre o progresso, nada de concreto pode ser alcançado. Para alguns, problemas dessa ordem, que afligem o planeta, não devem constar da agenda de nossos governos que possuem outros planos mais imediatos e com curtíssimo prazo a cumprir.
       No entanto, para aqueles que têm acompanhado os rumos trilhados pela humanidade nesse início de século, mais cedo do que se imagina, o mundo carente e em busca de salvação irá bater à porta do Brasil. Ao se apossar de um imenso e valoroso pedaço do globo terrestre durante a Idade Moderna, os portugueses legaram, talvez sem saber, aos futuros habitantes dessa parte do mundo, um destino e uma missão ciclópica.
        Diante de um planeta que parece arder em chamas, caberá ao gigante gentil e dorminhoco estender a mão ao mundo, dando sentido a sua vastidão de terras.

 

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:
Edir Macedo e Lula não têm nada em comum. Mas os seguidores dos dois são idênticos.”
Dona Dita, pensando com a pulga atrás da orelha.

 

 

Sem educação
O processo seletivo interno de tutores da Escola Superior de Magistério da FUNAB (Fundação Universidade Aberta do DF) foi cancelado por força de uma sentença da 7º Vara da Fazenda Pública do DF, originada por Ação Civil Pública apresentada pelo MPDFT, e mantida pelo TJDFT; atualmente este acórdão desafiou recursos aos Tribunais Superiores e aguardam decisão quanto a sua admissibilidade no STJ e STF.

Foto: Reprodução/TV Globo

 

Amigo
Limonge e sua fina pena nos corrige. Joaquim Barbosa não é ex-ministro do STF, mas ministro aposentado da Suprema Corte.

Foto: especiais.gazetadopovo.com

Bandeira branca
Por falar em correção, fomos acusados de não entender nada de Petrobras ao comentar a inércia da estatal diante do derramamento de óleo em 409 praias brasileiras. Talvez não entendamos mesmo. Mas avisamos aos navegantes que ninguém da equipe dessa coluna fez parte da organização daquele leilão fracassado, onde as impressões gerais se resumiram em decepção e competição fraca.

Foto: exame.abril.com


Futuro próximo
Assuntos importantes serão discutidos pela cúpula dos BRICS, no dia 13. A secretaria executiva da Confederação Nacional da Indústria tratará das parcerias para viabilizar o comércio descomplicado entre o bloco além da regularização de patentes. O diretor de Desenvolvimento Industrial da entidade, Carlos Abijaodi, acredita no sucesso do encontro.

Foto: brics2019.itamaraty.gov

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Mas eu já sei que o senhor está pensando nisto. Pois olhe. O outro lado não dorme. Já há a tese de que o regime parlamentarista só funciona em região demográfica que abranja dez por cento da população do país. (Publicado em 06/12/1961)

O continente treme

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Foto: Protesto no Chile (Ivan Alvarado/Reuters)

 

Ao caminhar para o encerramento de 2019, o Brasil terá que mostrar ainda mais equilíbrio e bom senso no âmbito político, econômico e institucional caso tenha que se posicionar como mediador confiável das diversas crises que, nessas últimas semanas, se instalaram simultaneamente ao seu redor em todo o continente.

É sabido que, por sua importância geopolítica no Continente Sul Americano, o Brasil possui, quase que como missão estratégica, o intuito de cuidar para que seus vizinhos encontrem o caminho para uma convivência harmoniosa. Os desequilíbrios nessa região acabam por refletir internamente no Brasil, afetando não só parte de sua economia, mas trazendo problemas de outras naturezas.

O caso dramático que vem ocorrendo na Venezuela, com milhões de refugiados que fogem da fome e das perseguições políticas, demonstra a necessidade de um acompanhamento diuturno das condições internas nesses países da vizinhança. Nesses últimos dias, as tensões em vários países do continente aumentaram de forma significativa e acenderam a luz vermelha dentro do governo Bolsonaro, mostrando que boa parte da região parece assistir a um momento de escalada de crises sistêmicas, com turbulências políticas e grande pressão das ruas.

Além da Venezuela, que vive um momento particular de crise humanitária e falência total do Estado, a Argentina, por conta de uma crise financeira que já se arrasta por mais de uma década, corre um sério risco de se ver, mais uma vez, nos braços de um governo do tipo populista, de viés esquerdista, num retorno que parece cíclico e trágico a um passado perdido no tempo. Na Colômbia, o ressurgimento das Farc, possivelmente impulsionado pela Venezuela, promete voltar aos tempos de guerrilha, colocando fogo na região fronteiriça entre Brasil e Venezuela, o que também pode levar a um recuo no tempo, quando esses narcoguerrilheiros detinham parte do território, como um país paralelo. No Equador, os conflitos entre a população e o governo de Lenín Moreno, por conta do decreto que cancela os subsídios aos combustíveis, uma exigência do Fundo Monetário Internacional, tem chamado a atenção do mundo. No Peru, os especialistas apontam a atual crise como sendo uma das maiores de toda a sua história, com a maioria dos ex-presidentes investigados por conta dos casos de corrupção envolvendo a construtora brasileira Odebrecht e como resultado da Operação Lava Jato que se espraiou suas práticas criminosas por nada menos do que 49 países do continente, sob a tutela e orientação do Partido dos Trabalhadores. Houve até fechamento do Congresso que se opunha às investigações.

No Chile, as turbulências têm levado milhares de manifestantes às ruas, em conflitos com as forças armadas e um saldo, até o momento, de 15 mortos. Diversos são os motivos dessa revolta: desigualdade social e econômica, concentração de renda, aposentadoria privada, queda nos preços do cobre, desvalorização do peso chileno, além do aumento nos transportes públicos e outros itens. Na Bolívia a tensão vai aumentando a cada dia, ocasionada pelas fraudes nas eleições para presidente. O atual mandatário, Evo Morales, espera se sagrar vitorioso para seu quarto mandato. Sobre o Tribunal Eleitoral daquele país, pesam sérias suspeitas de fraudes. Observadores internacionais já declararam sua desconfiança de que nessa eleição atual está ocorrendo uma série de irregularidades, acobertadas propositalmente pelas autoridades. Os dois lados nessa eleição estão a um passo de iniciarem um conflito com graves previsões para o futuro. No Uruguai, a crise financeira, a proximidade das eleições e as reiteradas críticas feitas por políticos ao antigo regime militar vêm num crescendo que pode, a qualquer momento, acirrar os ânimos e levar esse país fronteiriço a uma instabilidade institucional, com sérios riscos, inclusive para o Brasil.

Além desses países, outros aqui não mencionados como a Nicarágua e o próprio México, na América Central, também atravessam fases delicadas que ameaçam a estabilidade do continente, com repercussões diretas e indiretas sobre o Brasil.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Escrever a própria essência, é contá-la toda, o bem e o mal. Tal faço eu, à medida que me vai lembrando e convindo à construção ou reconstrução de mim mesmo.”

Machado de Assis, escritor brasileiro.

Foto: escritas.org

 

Uber

Mais de uma vez, os assaltos a motoristas de Uber foram com chamadas para igrejas depois das 22h. Essa mentira é um dos sinais de perigo.

 

 

Celíacos

Atrasada, ineficiente e ineficaz é a legislação brasileira em relação aos celíacos. Está na hora de aparecer um parlamentar que enfrente a indústria de alimentos. Os rótulos nem sempre correspondem à verdade. A doença celíaca é autoimune. Por enquanto, o único tratamento é a dieta restritiva. O diagnóstico tardio é um perigo para o paciente. Restaurantes, empresas aéreas, indústrias alimentícias, precisam ser responsabilizadas na falha da prestação das informações sobre o assunto. Veja mais informações nos links: FENACELBRA, Mayo ClinicNational CeliacDeutsche Zoliakie Gesellschaft.

Imagem: fotosantesedepois.com

 

 

Novidade

Há uma pesquisa em desenvolvimento na Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, que mostrou que é possível induzir a tolerância ao glúten em pessoas com a doença celíaca (desordem autoimune que provoca inflamação no intestino delgado e outros problemas relacionados a isso). Ontem foi a apresentação da novidade na European Gastroenterology Week, conferência que acontece em Barcelona.

 

 

Brasil

No evento, onde Sebastião Salgado recebeu o Prêmio da Paz dos Livreiros Alemães, em Frankfurt houve choro, riso e declarações de amor à Lélia. Sebastião Salgado é o primeiro fotógrafo a receber a honraria que já agraciou Vaclav Havel, Jürgen Habermas, Susan Sontag e Margaret Atwood. Os principais jornais alemães deram bastante destaque ao evento.

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Já que estamos no Banco do Nordeste, mais uma: o sr. Alencar Araripe mandou abrir concorrência para a compra de geladeiras para as agências de Recife, Maceió e Aracaju. Para esta concorrência, foram convidadas firmas dessas três capitais, e da cidade de Crato.  (Publicado em 03/12/1961)