O preço das crises internacionais e cíclicas no bolso dos brasileiros

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: bbc.com

 

Mais uma crise artificial e paralela está se armando agora contra os consumidores brasileiros por parte do governo em conluio com a Petrobras, a estatal problema do país. O assassinato do general e comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Qassim Suleimani, visto pela maioria dos analistas como um verdadeiro cataclismo para o já instável Oriente Médio, terá, seguramente, repercussões na geopolítica daquela parte do planeta e, sem dúvidas, provocou uma alta de aproximadamente 4% nos preços do barril de petróleo no mercado internacional.

De antemão, o presidente Jair Bolsonaro já admitiu que esse acontecimento trará impactos nos preços do combustível vendidos nos postos de todo o País. Para o consumidor médio, fica difícil entender como a cada crise internacional, ocorrida nesse nosso mundo instável, a primeira grande repercussão e a mais sentida pelos brasileiros seja, justamente, o aumento automático nos preços dos combustíveis.

Para um país condenado por mais de seis décadas a ter como único meio de transporte as rodovias, qualquer mal-entendido no exterior é logo sentido no bolso do cidadão, não só diante das bombas de abastecimento, mas, principalmente, no aumento da inflação: esse tormento que existe de forma permanente nos preços exibidos nas gôndolas dos supermercados, mas que os índices oficiais teimam em colocar em números suaves.

Com as descobertas dos poços do pré-sal, cujo o volume é sempre apresentado em números patrióticos e inflados, o Brasil, pelo menos na propaganda oficial, se tornou autossuficiente, extraindo algo em torno de 2,6 milhões de barris ao dia. Numa produção suficiente não só para atender a demanda do mercado interno, mas, até para exportar parte do excedente. Mesmo assim a estatal alega que a importação de óleo leve, necessário para misturar ao óleo pesado que segue para as refinarias é ainda preciso e estratégico.

O consumidor não entende nada de estratégias de mercado, o que ele sabe e vê diariamente nas bombas de abastecimento é a venda de combustível misturado ao álcool e outros solventes serem vendidos a preços que sempre flutuam para cima, nunca para baixo.

O repasse de preços é já entendido aqui no Brasil como um processo automático. Basta um espirro no Oriente Médio e os preços por aqui ficam com febre. Para os cidadãos é impossível compreender como uma empresa desse porte, que sempre lucrou com o mercado interno, não consegue, em tempo algum, funcionar como uma empresa reguladora e fornecedora de bons produtos a preços justos. Não há explicação para o fato de termos ainda a gasolina e o óleo diesel mais caros de todo o continente, inclusive de países que não produzem nem uma gota de petróleo.

Interessados nessas variações de preços do tipo esquizofrênicos, os postos de combustíveis de todo o Distrito Federal, os mesmos por diversas vezes flagrados em combinações e ações do tipo cartel, aguardam, com ansiedade cúmplice, o sinal já conhecido da estatal para elevar, mais uma vez, os preços dos combustíveis.

Um dia, quando esse valioso mercado for completamente aberto à concorrência de outras empresas, os brasileiros irão perceber finalmente quanto tempo e recursos foram desperdiçados com esse modelo nacionalista, monopolista e estatizante do petróleo.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“No dia em que o mundo não precisar mais de petróleo, o Irã estará livre.”

Abbas Kiarotsami, poeta, cineasta, roteirista, produtor e fotógrafo iraniano.

 

 

Sem sentido

Difícil compreender a razão de não haver trabalhadores a todo vapor nas obras das tesourinhas. Enquanto o trânsito está leve, ninguém trabalha. No horário de pico, máquinas e homens nas pistas.

 

 

Muito pouco

Um passeio pela Torre de TV à noite mostra como a capital do Brasil precisa de atrativos para os visitantes. Nossos governantes andam pelo mundo e sabem que o que dinamiza o turismo é a cultura local, o respeito pela história, tradições a valorização das belezas naturais… como o cerrado, por exemplo: berço de toda água.

 

 

Parceiros

Escolhidos o Banco Santander e o Bancoob. Estão autorizados ou credenciados para a prestação de serviços de arrecadação de tributos e outras receitas públicas do DF. O ato foi assinado pelo secretário Otávio Rufino dos Santos.

 

 

 

Muda Brasília

Não são todas as quadras do DF que contam com a urbanidade dos donos de cães. Na Asa Sul, várias prefeituras disponibilizam saquinhos para colher os excrementos dos animais. Na Asa Norte, apenas algumas adotaram essa prática. Mas ainda é maioria quem prefere deixar as fezes do pet na grama ou nas calçadas.

Foto: vetquality.com

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Dizem as notícias que Jânio desembarcará no Ceará, e virá para São Paulo por terra. Depois do manifesto lido pelo sr. Castilho Cabral, recomendamos ao sr. Jânio Quadros desembarcar em Itanhaem, de madrugada, e ir correndo para a Vila Maria. (Publicado em 13/12/1961)

It's only fair to share...Share on Facebook
Facebook
Share on Google+
Google+
Tweet about this on Twitter
Twitter
Share on LinkedIn
Linkedin