O adeus à serpente populista

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha  e Mamfil

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Charge do André Dahmer

Populismo, conforme definido por alguns dicionários, é uma prática e um fenômeno político fincado numa ideologia rasa e que visa, de forma pragmática, obter a simpatia e principalmente o apoio das populações da base da pirâmide social por meio de ações paternalistas e assistencialistas. Trata-se de uma tática política antiga e ainda muito empregada, principalmente nos países mais pobres, onde as carências da população são usadas de forma a alçar ao poder oportunistas e carismáticos de todo o tipo que se utilizam da miséria humana, como oportunidade de obter votos e apoios em eleições.

Os populistas, rezam os ditados, amam tanto os pobres, que os multiplicam em grande número. Uma vez instalados no poder, os populistas, tanto de esquerda, como de direita, viram as costas a população de baixa renda e só reaparecem novamente com a proximidade de novas eleições. Em comum, os populistas recorrem sempre às mesmas práticas alarmistas, apontando o dedo para o perigo iminente representado quer pelas elites, quer pelos imigrantes ou qualquer outro elemento que lhes sirvam de pretexto para se colocar ao lado da população.

Nesse sentido, tanto o “nós contra eles”, utilizado recorrentemente por Lula em seus discursos, como o pretenso perigo representado pelos judeus para o povo alemão, alegado por Hitler, se inserem no mesmo rol de estratagemas do populista para impor seus pontos de vista e alcançar o poder.

No Brasil, um país rico em exemplos de políticos populistas que lograram chegar ao poder com discursos divisionistas e ilusórios, também elegeram seus inimigos de ocasião para angariar votos. Enquanto os populistas de direita pregam contra negros, nordestinos e gays, seus sósias de esquerda clamam contra as elites e contra a ameaça representada pelo capitalismo e pelo imperialismo americano. Em comum, esses populistas necessitam da miséria para plantar as sementes de suas ideias e, com isso, colher o que de fato pretendem: a divisão da população, a criação de núcleos antagônicos, a perpetuação da pobreza, a criação de grupos de apoio, dispostos a tudo.

Para tanto, recorrem a todos os meios para lograr êxito. No Brasil chegou-se ao absurdo de se estabelecer uma mensalidade, desviada dos cofres públicos, para comprar a consciência dos parlamentares que votavam a favor das propostas do governo. O discurso populista, por seu magnetismo encantatório, move não apenas os iletrados e miseráveis rumo a um horizonte inatingível e ilusório, como boa parte da classe intelectual local, que passa a tecer, sobre esse novo demiurgo, teses e tratados rebuscados, justificando sua existência, imprecando contra todos os que não se renderam a essa novilíngua.

Impreterivelmente, seja aqui ou em outra parte, ou em outros tempos, os populistas deixam, atrás de si, um rastro de miséria, maior do que o encontrado, uma população dividida, a economia arrasada e muitos, muitos anos de atraso. As inúmeras lições deixadas no passado pelo poder destruidor do populismo começaram com a expulsão de um paraíso distante por conta de uma serpente, quem sabe a primeira populista da história humana.

 

A frase que não foi pronunciada:

“A forma de governo, o excesso de corrupção e a falta de incentivo ao trabalho, à pesquisa e à ciência afastou grandes pesquisadores e pensadores brasileiros. Queremos um país onde, os nossos cidadãos, que hoje são apoiados por outros governos, queiram voltar, trabalhar, criar, pesquisar e viver bem, com o nosso suporte e incentivo.”

Jair Bolsonaro, pensando com os seus botões.

 

Simples assim

A SECOM da Presidência lançou a nova logomarca do Governo Federal. A população teve acesso sem ter que pagar por isso. No lugar de milhões tirados dos cofres públicos para este fim, o novo governo preferiu mostrar a novidade com custo zero: pela Internet.

 

Abuso

Mais respeito aos mais velhos. Aposentados e pensionistas estão sendo constantemente incomodados em casa, pelo telefone, com propagandas de crédito consignado. Há alguém no meio do caminho que fornece os dados para bancos e financeiras. A regra é que aguardem pelo menos 6 meses para entrar em contato. Isso é um abuso. O idoso que tiver interesse é que deve buscar as instituições.

Charge do Gilmar + Val Gomes

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os convidados de honra não aparecerão, e, por isto, vão chamar o movimento de comunista. Mas não é.

(Publicado em 08.11.1961)

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