Mais ou menos médicos

Publicado em ÍNTEGRA

ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil;

colunadoaricunha@gmail.com;

Facebook.com/vistolidoeouvido

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Colocar na balança das ideologias políticas a questão do programa da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) Mais Médicos, do governo cubano, ajuda entender apenas parte do problema dos mais de 8 mil médicos que trabalham no Brasil desde 2013, no governo de Dilma Rousseff.

Na verdade, não há apenas uma questão de fundo, mas um conjunto de fatores que fazem desse programa uma questão polêmica que divide opiniões. Observada sob os mais variados pontos de vista, a questão mostra, com riqueza de detalhes, as razões de cada um para manter o programa como está ou para modificá-lo à luz das leis trabalhistas e mesmo dos Direitos Humanos.

Visto a partir da Ilha dos Castros, o programa Mais Médicos é uma excelente e inesgotável fonte de recursos além de um eficaz veículo de propaganda para o regime, capaz de cobrir, com áurea de humanismo, uma das mais longevas ditaduras do planeta. Vista a partir das comunidades esquecidas nos distantes rincões desse país, o programa possui inúmeras facetas vitoriosas, pois foi capaz de trazer um pouco de cidadania a muitos brasileiros perdidos na imensidão desse país. Do ponto de vista das leis trabalhistas, dos Direitos Humanos e mesmo de acordo com a Constituição de 1988, o programa Mais Médicos é uma afronta a legalidade. Nesse sentido custa a crer que o Ministério Público do Trabalho não tenha tomado providências contra o que muitos consideram um trabalho análogo a escravidão.

Escusado é analisar esse programa a partir do ponto de vista dos governos petistas que o introduziram no país. Mas, ainda assim, é preciso salientar que a medida foi adotada sob o estrito e obtuso ponto de vista ideológico, dentro do que muitos acreditam ser mais uma estratégia do tipo gramsciana de difusão dos ideais comunistas a partir das áreas periféricas do país.

Essa suspeita foi reforçada pela imediata ação adotada pelo governo cubano de retirar, às pressas, mais de 200 “assessores” que acompanhavam o programa Mais Médicos, para livrar essa turma de embaraços maiores em caso de uma investigação mais detida sobre o programa.

Desse projeto fica o que talvez seja o mais importante: a necessidade urgente da adoção de medidas que obriguem todos os estudantes de medicina, que se graduaram em universidades públicas, a retribuir, obrigatoriamente, pelo mesmo período de tempo do curso, atendendo em pontos remotos do país, conforme determinação do Ministério da Saúde.

Observado sob a perspectiva dos médicos cubanos, o destaque vai para as centenas de relatos que trazem um denominador comum: o sentimento de liberdade experimentado por muitos desses profissionais que aqui encontram esse que é o mais preciso bem almejado por qualquer ser humano desse planeta.

 

A frase que foi pronunciada:

“Minha família ou a liberdade.”

Dilema no pensamento dos cubanos.

Charge do Amarildo

 

Imperdível

Black Friday na UnB. Na livraria do campus, perto do RU, são mais de 200 títulos a R$10.

 

Novas leis

Parece que as meninas estão em destaque nessa edição do Jovem Senador. O projeto já é sucesso pelo país. 27 estudantes do ensino médio de escolas públicas estaduais, com idade até 19 anos, são selecionados através da redação para vivenciar o trabalho dos senadores em Brasília. Várias sugestões legislativas apresentadas pelos estudantes já foram convertidas em projetos de lei e tramitam nas comissões do Senado. As informações são do Jornal do Senado.

 

Passou!

Só uma opinião para o portal da Escola de Música de Brasília. São tantos os eventos e tão poucos são divulgados. Se a escola adotasse a mesma ênfase na divulgação da Semana do Músico, a comunidade teria maior chance de participar dos concertos. Artistas não se preocupam com isso. Cabe à administração da escola se envolver mais com a publicidade dos eventos.

 

Prêmio

A estação ecológica Águas Emendadas foi reconhecida internacionalmente pela importância na preservação. É o sexto lugar do mundo e o primeiro da América Latina a receber o Escudo de Água e Patrimônio, concedido pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos-Holanda). A cerimônia foi ontem com a presença do governador Rollemberg. Na divulgação, a fala do diretor-geral do Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (Cirat), Sérgio Augusto Ribeiro, que ressaltou a conexão entre água, cultura e patrimônio no lugar. “Foi feito um relatório técnico sobre a Esecae e destacada a importância histórica para a escolha do sítio na área da capital federal. O título de Patrimônio da Humanidade já foi antes concedido à região pela Unesco”.

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Mas já que o cel. Dagoberto está em Brasília, aqui vai uma: um amigo meu recebeu a comunicação de que havia uma encomenda no Reembolso Postal. Procurou, imediatamente, e recebeu a informação de que já estava esgotado o prazo, e a encomenda havia sido devolvida. (Publicado em 05.11.1961)

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