Façam suas apostas

Publicado em Íntegra

Entre o jogador e a fortuna, dois elementos aleatórios e fundamentais são interpostos pelo destino. Um é a sorte; o outro, o azar. A obtenção da riqueza, pelo caminho mais curto possível, sempre foi desejo de boa parte da população. Na verdade, os jogos, mesmo as loterias legalizadas e realizadas a cada semana pela Caixa, funcionam como modalidade de pirâmide, em que a base larga, constituída por muitos apostadores, banca a sorte grande de apenas um felizardo que foi alçado ao topo graças às asas da boa fortuna.

Dessa forma, o que o banco oficial do governo faz, nesses casos, é servir como mero atravessador ou croupier, entregando a cada um o que foi recolhido de muitos. Conhecer essa realidade não muda as regras do jogo nem afasta os apostadores. O que muda a realidade, agora reconhecida com preocupação por 65% dos brasileiros sondados na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é o aumento da corrupção.

Pela primeira vez, o item corrupção aparece à frente de outros problemas típicos, como saúde e violência. O que parece ocorrer, em tempos de Operação Lava-Jato, é o aflorar da percepção da sociedade de que a piora na qualidade de vida de cada um decorre, de forma direta, da corrupção, principalmente a atual, que parece grassar de forma sistêmica por toda a máquina pública.

Atrás, à frente, em cima e abaixo das mazelas do país, o que se apresenta de forma nua e evidente hoje é a corrupção nos seus mais variados graus possíveis. O que deveria ser preocupação e prioridade máxima das autoridades do Legislativo e Executivo ainda não foi apresentada à população.

Não chega a causar surpresa que uma minoria de legisladores ainda continue batendo na tecla da legalização dos bingos e cassinos por todo o país. O que soa suspeito é que os mesmos políticos, que hoje apoiam ardorosamente a medida, são justamente aqueles que estão na mira das atuais investigações feitas pelo Ministério Público.

O argumento falacioso usado é que a liberação dos cassinos trará muitos bilhões aos cofres do governo em forma de impostos. Para os procuradores do Ministério Público, a liberalização apenas facilitará a vida das grandes corporações do crime, por meio da lavagem do dinheiro tungado da população. As cartas, para o eleitor e cidadão, estão na mesa. Façam suas apostas.

 

A frase que foi pronunciada

“Ditosa a cidade em que se admira menos a beleza dos edifícios do que a virtude de seus habitantes.”

Zenão de Cítio, fundador da escola estoica, que rejeitava transcendências e a metafísica.

 

Novidade

De um lado, o cão farejador que em 5 segundos reconhece produtos orgânicos em bagagens; de outro, o escâner, que demora um pouco mais e pode localizar o que estiver camuflado. Com os dois métodos ficará mais difícil burlar os fiscais federais agropecuários em aeroportos. A UnB está com projeto desenvolvido sobre o assunto sob a orientação do professor Cristiano Melo em parceria com a Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

 

Lei nº 5.599/2015

Agora é lei local. Empresas que negativarem o crédito ao consumidor precisarão justificar o motivo da recusa por escrito, indicando o responsável pela negativação, o banco de dados consultado, e quais serviços ou produtos seriam contratados. O documento deve ser entregue no instante da recusa.

 

Ira

Em uma cratera entre a L4 e a Ponte do Bragueto, alguém gritava no sinal fechado: o imposto que você paga não tapa o buraco que você vê!

 

Valorize já

Hoje é dia de professores aposentados cobrarem do governo o pagamento das licenças-prêmio. Silvia Canabrava informou que apesar das tentativas, o GDF não deu respostas, nem marcou reuniões para conversar.

 

História de Brasília

A Operação Caravelle, levada a efeito pela Aeronáutica ontem no aeroporto, na chegada de avião de Porto Alegre chamou a atenção de todos os presentes. (Publicado em 31/8/1961)

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