Dilma vai ao Congresso

Publicado em Íntegra

Dependendo do instituto de pesquisa de opinião pública, os índices de reprovação da presidente Dilma chegam a atingir nível de até 80%. Na média, esse índice negativo fica na casa dos 60%. Ou seja, o que todos os institutos de pesquisa sérios demonstram é que o desempenho da atual ocupante do Executivo continua distante do que desejam os brasileiros. Nem mesmo a divisão dos eleitores, observada nas últimas eleições, ocorre. As pesquisas demonstram em números o que os cidadãos sentem, na prática, o atrofiamento visível da economia.

A frustração da maioria, embora não possa ser aferida matematicamente, tem reflexos diretos na maior ou menor credibilidade do governo. É justamente essa perda de credibilidade, num sistema hipertrofiado do Executivo, que torna as propostas apresentadas ainda mais difíceis, senão impossíveis de se realizar. Nesse sentido, a visita e o discurso da presidente Dilma, feitos na abertura dos trabalhos do Legislativo de 2016, guardam significado próprio, quase pessoal, e não dizem respeito aos cidadãos de modo geral.

Na verdade, a presença inusitada da presidente ao Congresso se insere na estratégia desesperada de marketing do Planalto para ganhar terreno ante o parlamento que tem como uma das pautas principais a votação do processo de impeachment da própria Dilma. Observadores mais atentos e que tiveram a paciência de comparar o discurso atual com o que foi encaminhado pelo Executivo ainda em 2015, verificaram que nenhuma das propostas apresentadas ao Congresso pela presidente Dilma naquela ocasião foram realizadas.

De positivo fica o fato de a presidente ter, finalmente, seguido o conselho do ex-ministro da Fazenda Delfim Neto para sair do Palácio, atravessar a rua e sentir como andam as coisas fora do seu reduto blindado. Infelizmente, a presidente desperdiçou a oportunidade de apresentar publicamente conjunto de propostas críveis e sólidas, preferindo repetir promessas e performances que a realidade cuidará de desmanchar, como é o caso da volta da CPMF e da reforma da Previdência Social.

 

A frase que não foi pronunciada

“Se a cooperativa é de bancários, por que os não bancários têm apartamentos da cooperativa?”

Joãozinho, 5 anos, dando uma pista do crime.

 

MP

A chuva deveria ser fator para desconto nas contas de energia. Isso porque durante a estiagem o argumento para aumentar a conta era a falta dela. Em novembro, uma medida provisória sobre o assunto foi aprovada. Mas, até agora, não houve desconto algum, apesar da abundância de água.

 

Realidade

Por falar em chuva, ontem faltou luz novamente em diversas partes do DF. Os prejuízos ficam por conta do consumidor. Nada de desconto.

 

Longe

Na audiência pública no Senado sobre o combate ao trabalho escravo, Katash Saryarthi, prêmio Nobel da Paz, mostrou que o mundo está longe de ser civilizado. Vinte e um milhões de pessoas, entre elas mais de 5 milhões de crianças, são submetidas ao trabalho escravo.

 

Autoridade

O prêmio Nobel da Paz contou que adultos e crianças são vendidos como animais há várias gerações. Pior: são vendidos por preços 10 vezes menores do que o cobrado por animais. “A liberdade humana não deve ser negociada”, diz Saryarthi.

 

OIT

Estudo da Organização Internacional do Trabalho indica que US$ 150 bilhões por ano são movimentados pelo tráfico humano. Essa modalidade criminosa está atrás economicamente apenas da exploração sexual e do tráfico de armas. A audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, liderada pelo senador Paulo Paim teve como objetivo humanizar a política. Participaram da reunião o ministro conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão, Leonardo Sakamoto; o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Lélio Bentes Correa; o presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Carlos Eduardo de Azevedo Lima; o juiz membro da Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho (ALJT) e da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), Hugo Cavalcanti Melo Filho; e  a representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Maria das Graças Costa.

 

História de Brasília

O enorme número de deputados inscritos para encaminhamento à votação do Parecer Oliveira Brito, sobre a mensagem das Forças Armadas que se refere à volta do sr. João Goulart, está provocando mal-estar em toda a nação. (Publicado em 31/8/1961)

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