É o mínimo

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

Charge: linhaslivres.wordpress.com
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       Completamente indiferentes aos anseios da população e à mudança dos ventos nesses tempos conturbados, os partidos políticos e seus respectivos representantes vão ensaiando a dança das cadeiras eleitorais. Pela movimentação que se tem visto até aqui, o cenário para as disputas em Brasília nesse ano é, para dizer o mínimo, desolador.

        Nesse sentido, o agreste inóspito, em termos de candidatos, partidos e propostas que se abrem diante do eleitor, é árido e infecundo. O fato é que parte da sociedade, cada vez mais informada e participativa, a mesma que vem acompanhando de perto o desmanche lento da república, mudou mais rápido e profundamente do que qualquer outro partido.

     As mais de trinta legendas políticas que aí estão, nem de longe, possuem identidade com eleitor médio da atualidade. Com relação aos candidatos então, essas diferenças alcançam escalas estelares. O que a sociedade quer e necessita, nenhuma das atuais legendas, e muito menos seus membros mais destacados, possuem condição de atender e entregar.

        Para os brasilienses, empurrados a força para dentro do labirinto lamacento da emancipação política, o desfile de candidatos e as articulações para a composição das futuras chapas trazem os mesmos rostos manjados, numa reedição dos mesmos erros e omissões do passado que levaram a cidade ao caos.

    Para piorar uma situação que já é crítica por seus vícios de origem, assiste-se agora aos lançamentos de candidaturas dos chamados alienígenas, que transferiram seus títulos para capital em busca de um cargo eletivo.

     Nesse universo autista em que se transformou a política, o surgimento de nomes como Ricardo Berzoini, Ronaldinho Gaúcho, Brunny Gomes e outros forasteiros e oportunistas que buscam ser eleitos com os votos candangos, aparecem junto às figuras do passado envoltas ainda na névoa dos muitos escândalos recentes, revelados pelas investigações policiais em andamento.

     A reforma política, que viria para atender as exigências da sociedade, trazendo o voto distrital, cláusula de barreira, e outras mudanças fundamentais, ficou a meio caminho e acabou sendo confeccionada para atender mais aos donos de partido por verbas públicas do que o desejo do eleitor.

        É nesse cenário de terra arrasada que os brasilienses assistem agora ao reaparecimento de nomes como Maria de Lourdes Abadia, Fillipelli, Eliana Pedrosa, Sandra Faraj, Celina Leão e outras figuras de triste lembrança que contribuíram, cada um ao seu modo, para a entrada de Brasília no extenso rol das capitais brasileiras envoltas em escândalos e casos policiais de toda a ordem. Para os cidadãos de bem e em alerta permanente, é preciso que esses e outros candidatos, antes de qualquer pretensão eleitoral, mostrem as mãos limpas.

A frase que foi pronunciada:

“Quando o terror invade um povo, transforma muitas vezes um pusilânime num herói.”  Getúlio Vargas

Agenda

Dia 5, professores temporários terão reunião convocada pela diretoria do SINPRO. O encontro é para esclarecer dúvidas sobre os direitos e interesses da categoria.

Verde

Dicas assinadas por Henrique Martins Gianvecchio Carvalho, da Embrapa, são ótimas para quem tem pouco espaço para cultivar hortas. Na página da empresa é possível aprender tudo sobre o plantio das hortaliças em garrafas pet, pneus ou tubos de pvc.

Foto: embrapa.br
Foto: embrapa.br

Link para o site:

https://www.embrapa.br/busca-geral/-/busca/Henrique%20Martins%20Gianvecchio%20Carvalho?buscaPortal=Henrique+Martins+Gianvecchio+Carvalho

Bom demais

Perto da Funarte é possível curtir um espaço com boa comida, shows, discotecagem, tela de cinema ao ar livre, música, lançamento de livros e até moda.

Novo

Nomeado, já ocupando a nova sede, o novo presidente do Sindiatacadista, Júlio César Itacaramby.

Agora vai

Mais uma chamada pública para receber propostas de ocupação do Edifício de Governança do Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC). A intenção é que no espaço sejam desenvolvidas pesquisas e projetos de inovação. Oito companhias relacionadas à Tecnologia da Informação, Comunicação e à Biotecnologia.

Foto: gpsbrasilia.com.br
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Uma beleza

Dia 6 deste mês começa o 3º Nipo Festival 2018, no Clube Nipo de Brasília. A simpática e competente comunidade japonesa cativou Brasília com as festas que organiza.

Imagem: nippobrasilia.com.br
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Deduz-se, disto, que os particulares poderão também fazer o mesmo, e os outros Institutos também. Cada pessoa, antes de ver sua comodidade, tem o dever de respeitar o direito alheio. (Publicado em 18.10.1961)

Primeira parte da História

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ARI CUNHA

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Foto: agendacapital.com.br
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      Com a instalação da chamada Loja da Corrupção no aeroporto de Brasília, uma iniciativa da empresa norte americana Netflix para divulgar a série O mecanismo, inspirado na Operação Lava Jato, o que os brasileiros estão tendo a oportunidade de aprender também é que quanto maior o escândalo, maior o lucro para aqueles que sabem explorar e transformar as misérias humanas em business.

         O problema com ficções, ainda por cima, apresentada em capítulos, é que a crueza do realismo fantástico vivido pela nação desde 2005, supera, a cada momento, todo e qualquer conto de imaginação, mesmo os mais inspirados e surrealistas. O fato é que, desde que vieram ao conhecimento do público, os escândalos do mensalão e do petrolão não geram altos lucros apenas para os grandes escritórios de advocacias do país, mas têm servido, desde então, como fonte de altos lucros para escritores, jornalistas, cineastas, roteiristas, compositores, historiadores e outros profissionais que encontraram nesses acontecimentos de nossa história atual uma mina valiosa e inspiradora a céu aberto.

         Pelo volume de revelações que vêm vindo à luz e pelo o que está ainda por vir, há um farto material para o desenvolvimento de um oceano de enredos. Obviamente que nesse ciclo de ouro, repleto de histórias e de personagens típicos e que vem gerando ocasiões vantajosas para muitos, o outro lado da balança pende negativamente para a população que teve que arcar com prejuízos fabulosos e que levarão anos para serem quitados.

Foto: exame.abril.com.br (Netlflix/Divulgação)
Foto: exame.abril.com.br (Netlflix/Divulgação)

    Para os brasileiros que no futuro desejarem conhecer um pouco mais sobre esse período turbulento, restarão uma boa quantidade livros e filmes, que poderão ser obtidos mediante pagamento.

         A loja da corrupção, instalada na sala de entrada da capital, muito mais do que uma estratégia de marketing, expõe, de modo simbólico, um tempo e uma cidade marcados pela atuação da mais ampla e nefasta organização criminosa que já atuou no país.

         É preciso, no entanto, que uma vez superada essa fase, logicamente com a condenação de todos os implicados, seja instalada, no mesmo espaço privilegiado, um stand que mostre, de forma didática, como os brasileiros de bem, com apoio da população, conseguiram desmantelar esses grupos e suas ramificações dentro do Estado. Isso é, se toda essa história tiver um final de acordo com o desejo da população.

A frase que foi pronunciada:

“Aquilo a que chamamos história é um esforço feito em favor dos outros, pago muito caro com o sofrimento dos homens.”

Georges Mangakis

Mais essa

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB pede para que não alimentem os gatos e pombos da redondeza. Na verdade, as pulgas já estão alojadas no departamento.

Foto: g1.globo.com (Mateus Rodrigues/G1)
Foto: g1.globo.com (Mateus Rodrigues/G1)

Chega

É momento de parar. Em apenas dois anos o cerrado perdeu o equivalente a três vezes a área do DF. Estamos em quarto lugar no ranking de ‘áreas relativas devastadas’, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.

Foto: jornaldebrasilia.com.br (Ariadne Marçal)
Foto: jornaldebrasilia.com.br (Ariadne Marçal)

Leitora

Cena chocante no Eixão Norte. O motorista deu um murro no rosto da mulher que estava ao lado. Parecia uma briga de casal. No susto, a única ação foi gritar pela janela para denunciar o canalha. O fato foi vivenciado por uma leitora.

Arte

Mundo das artes paga o preço da ânsia de arrecadação. Tarifas de importação começam a afetar exposições, feiras, bales e orquestras que queiram se apresentar no Brasil.

Mal moderno

Morte Inventada. Um documentário chocante sobre alienação parental, um problema que exige uma capacitação do corpo jurídico que ultrapassa, e muito, as letras da lei.

Associados

Museu de Brasília e Arquivo Público estão com tudo pronto para uma exposição das charges da década de 1960 sobre a mudança da capital. Jomar Nickerson de Almeida, Superintendente do Arquivo Público do DF, aguarda apenas a autorização autoral pelos Diários Associados.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O caso do IAPFESP, é flagrante. Há construções, no canteiro de obras, feitas de alvenaria há muito tempo, e a culpa é da Delegacia do Instituto que não teve a autoridade suficiente, ou fez “vista larga” para essa infração. (Publicado em 18.10.1961)

 

Água e azeite

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ARI CUNHA

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Charge: blogdotarso.com
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         Brasília faz mal ao Brasil. Por incrível que pareça, essa afirmação vem sendo feita com frequência cada vez maior pelos articulistas que cobrem os eventos políticos na capital. Obviamente que a sentença, ao generalizar um sentimento crescente da população em relação às atuais lideranças com assento nos três Poderes, não devem ser estendidas à cidade e principalmente aos brasilienses, que, como todo brasileiro, sofrem em uníssono com a baixíssima qualidade, até moral, de seus representantes, com raríssimas exceções.

          De fato, desde que foi anunciada, de forma oficial, a transferência da capital do Rio de Janeiro para o Planalto Central, houve uma gritaria ensurdecedora contra essa mudança, vinda dos mais diversos setores da sociedade. Neste ponto é preciso constatar que, sobre essas críticas, ainda há uma lacuna muito grande a ser preenchida, e seria bom para a compreensão de nossa história e daquele período, que pesquisadores viessem a compilar as centenas de artigos que foram publicados com críticas – algumas com fundamento – a mudança da capital.

          O fato é que a transferência fez mal ao Rio de Janeiro, que perdeu parte de seu status, entrando num processo lento e gradual de decadência e que hoje, passados mais de meio século, parece experimentar seu ponto mais grave. É claro que o problema maior não está no sítio onde a capital foi assentada fisicamente, muito menos na população que acorreu de todos os cantos do país para ajudar na construção da cidade.

      A Brasília que parece fazer mal ao Brasil está delimitada à Praça dos Três Poderes, mais precisamente incorporada na figura daquelas centenas de representantes dos estados da federação que não têm honrado o mandato que receberam. Ressalte-se que esses personagens, que não têm dignificado as responsabilidades que lhes foram confiadas, foram devidamente designados pelo voto por seus eleitores, que, portanto, são fiadores legais de suas ações.

        Na real, o que diferencia um político de outro não são somente os atributos pessoais de cada um, mas, sobretudo, a qualidade do voto que o elegeu. Para votos inconsequentes, representantes idem. A Brasília que faz mal ao Brasil, habitada por essas pragas apenas de terça a domingo, não conhece a cidade nem seus habitantes e tão logo pode rumar para o aeroporto para retornar de onde veio, ao convívio dos seus.

       A imagem da cidade e de seus moradores prescinde desse tipo de gente, inclusive dos representantes locais. Existe uma cidade que pulsa e é verdadeira de um lado. E existem os políticos de outro.

          É duro ter que constatar, mas em se tratando desses conturbados dias atuais é possível afirmar que a população de bem forma um conjunto bem distinto dos políticos. Tal como água e azeite, não se misturam.

A frase que foi pronunciada:

“A única arma que deve ser usada em protesto à política é o voto.”

Ulisses Guimarães, de onde estiver 

Foto: nisiadigital.com.br
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Alemanha

Vários jornais reportam o ataque a tiros ao ônibus da comitiva do ex-presidente Lula, no Paraná. Continua a ser noticiada a rejeição, pelo TRF-4, do recurso contra a condenação do ex-presidente Lula, bem como protestos de seus críticos e simpatizantes no sul do Brasil. Zeit relata ação das Forças Armadas em favelas, no Rio e Janeiro. Também são objeto de artigos o plano da Amazon de expandir no Brasil e fundir com a Via Varejo, assim como a descoberta de aldeias pré-colombianas na Floresta Amazônica, no Mato Grosso.

De olho

Destaca-se, na cobertura alemã, a discussão sobre a expulsão de diplomatas russos em vários países e pela Otan. A chanceler, Angela Merkel, e o presidente norte-americano, Donald Trump, apoiaram, em telefonema, a ação coordenada em reação ao envenenamento de um ex-agente russo na Inglaterra. Os dois líderes conversaram também sobre as relações comerciais entre a UE e os EUA.

Aeroporto

Em consideração com os idosos, os responsáveis pela cobrança do estacionamento poderiam distribuir por todo o aeroporto os totens para pagamento. As distancias são longas e os aparelhos são poucos.

Foto: bsb.aero
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Terrível

Por falar em aeroporto, houve um desentendimento entre motoristas com ameaças, chutes e tudo mais. Os motoristas de Brasília não são mais os mesmos. Ou há uma campanha maciça para devolver a paz no trânsito da cidade ou a urbanidade vai para o brejo.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Vê-se assim, que as repartições públicas são as principais infratoras do Plano de Brasília. (Publicado em 18.10.1961)

Emancipação que prejudicou a capital

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ARI CUNHA

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Charge: humorpolitico.com.br
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         Quaisquer que sejam as soluções que venham a ser tomadas para resolver a questão da ociosidade do Estádio Mané Garrincha e do Centro de Convenções, quem terá que arcar com as despesas e os prejuízos bilionários serão os brasilienses, assolados por décadas de governos corruptos, ineficientes e perdulários.

         Para os dois monstrengos de concreto bem no centro da capital, a solução desesperada tem sido buscar, junto ao empresariado, quem se habilita a arrendar esses espaços para eventos privados. Pelas tratativas que vêm sendo feitas pelo GDF com alguns setores, há a possibilidade de o Mané Garrincha vir a se transformar numa grande arena para shows e espetáculos, inclusive deixando de lado o futebol.

       O Centro de Convenções Ulysses Guimarães teve sua concepção original, moderna e simples, deformada por reformas impensadas e milionárias. Existe também, por parte do GDF, a busca desesperada por uma Parceria Público-Privada para a concessão do espaço para a realização de uma multiplicidade de eventos privados. Dessa forma, os recursos públicos sugados da população pela engenhosidade malandra dos seguidos governos locais, para a construção de inutilidades, vão sendo, pouco a pouco, disponibilizados para que empresários do show business, por um período não menor que duas décadas, venham a transformar o centro da cidade em verdadeira área para a realização de eventos festivos variados.

         A transformação daquela importante área em setor de diversões é, além de mais um legado da incúria criminosa de governos passados, um acinte contra os brasilienses que aos poucos vão assistindo a transformação de uma cidade planejada com esmero, em um grande parque de experimentação de governos que vão passando e deixando para trás um rastro de escombros e obras cujo o único objetivo tem sido o de carrear fortunas para si e para seus grupos mais próximos.

        Diante de tanto descalabro, não será surpresa se um dia o pobre do Mané Garrincha, que tanta alegria deu ao povo, não vir a se transformar numa espécie de cabaré gigante, fincado bem no coração da capital. Por qualquer ângulo que se analise, a emancipação da capital só foi boa mesmo para os grupos políticos e empresários locais. Para a população em geral, ficaram os prejuízos sem fim, as obras sem finalidade e as soluções sem pé nem cabeça.

A frase que foi pronunciada:

“Basta premeditar um ato punível para ser passível de punição.”

Lúcio Apuleio, século II d.C.

O Alienista

Boa notícia vinda da UnB. A Editora da Universidade de Brasília está na última semana de descontos. Obras da literatura nacional por apenas R$10. São mais de 400 títulos com esse valor. É possível escolher e comprar pelo portal http://www.editora.unb.br/.

Lucro

O Bradesco teve lucro de R$ 14,65 bilhões em 2017, o Itaú Unibanco registrou lucro líquido de R$ 23,96 bilhões. O Santander lucrou R$ 7,99 bilhões no ano passado. Já o Banco do Brasil chegou a lucrar R$ 11 bilhões também no ano passado. As quatro instituições financeiras têm ações listadas na Bovespa. Por último, a Caixa divulgou o lucro líquido contábil foi de R$ 12,5 bilhões.

Fusco

Paulo Henrique Teixeira, no portal tributário, conclui sobre a diversidade tributária. “Se as empresas de serviço – que são as maiores geradoras de empregos no país – tivessem a mesma oportunidade (igualdade/isonomia) tributária como a dos Bancos – alíquotas do PIS, COFINS e ISS reduzidas, apresentariam melhor resultado, mais empregos, crescimento de renda do trabalhador, dentre outras situações.”

Arremate

Diminuir os tributos para que as empresas de serviços tenham condições de contribuir mais com o crescimento do país em pé de igualdade, oportunidade e competitividade com os bancos. Por que não?

São José do Rio Preto

Na tela da TV, uma tabela com cavalinhos andando. Seis colunas e oito linhas. Um dos cavalos não tem uma perna. O jogo é você ligar e dizer qual coluna e linha está o animal sem a perna. Com apelos como “Acredite em você!”, “Tome uma atitude!” “Dê o seu melhor!”, “Se você desligar pode perder a chance de ganhar R$52.000!”. Um leitor conta que seu filho ficou animado com o desafio, ligou para a televisão e a conta veio mais de mil reais. Prato cheio para o Ministério Público ou para quem quiser investigar o “Top Game”.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Polícia está construindo um prédio fora do Plano Piloto, de alvenaria, com o título de “provisório”. Fica ao lado do Trevo do Cemitério, e terá, ainda, um alojamento para 200 soldados. (Publicado em 18.10.1961)

 

Afinal, a quem servem as leis?

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ARI CUNHA

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         Com a decisão unânime proferida agora, o Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4) retirou, de vez, a escada sob os pés de Lula, deixando-o literalmente dependurado no teto, preso apenas por alguns fios tênues da brocha. O que o impende de vir ao chão é, talvez, a mais esdrúxula e frágil decisão político-jurídica, jamais tomada por Corte Suprema constitucional em toda a história republicana do país, ainda mais em pleno regime democrático de direito.

      Caso o STF optasse por se afastar racionalmente do caminho político fácil, aguardando o desdobramento sequencial do caso, que viria com a decisão do TRF-4, teria, ao menos, mantido a aura de imparcialidade e respeito pelas leis, principalmente por aquelas proferidas pela mais alta corte. Ao despirem de suas togas pretas, símbolo da imparcialidade e da honestidade da magistratura, para se integrar ao andor místico-político em procissão eleitoral, os ministros abrirão mão, conscientemente, do respeito de parte significativa da nação, justamente aquela que, desde 2005, acompanha de perto não só o lento ocaso do demiurgo de Garanhuns, mas cada uma das sessões que acontecem nesta instância.

         Ao rejeitar os embargos da defesa, confirmando a condenação a 12 anos e um mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso Triplex, a decisão do TRF-4 se antepõe, de modo tão flagrante, ao salvo-conduto costurado às pressas pelo STF para agasalhar Lula, que não seria exagero enxergar nessas duas cortes, instâncias separadas e distintas, com objetivos jurídicos claramente díspares.

STF

    Com decisão da última quinta-feira pelo STF, deixando no limbo tão importante questão para o futuro de todas as investigações em curso e para o surgimento de um país novo que teima em nascer, os doutos ministros acabaram embarcando também na caravana mambembe de Lula que faz seu périplo pelo Sul do País, debaixo das mais clamorosas e agressivas manifestações de repúdio de todos os tempos. Palavrões e pedras, atirados pela população sulista contra a caravana de Lula, agora resvalam e miram todos igualmente.

          A movimentação fora do protocolo e o entra e sai de emissários do ex-presidente, forçando uma posição favorável do STF para Lula, deixou mais do que patente para a sociedade que o sistema atual para a composição da Suprema Corte merece ser revisto com urgência, acabando, ao menos, com a pressão política sobre as decisões dessa importante instância. Deixa claro ainda a cizânia, a qual a nação foi forçosamente empurrada ao longo dos últimos anos, as tropas de um e de outro lado, que vão aos poucos se perfilando em posições opostas, preparando-se para uma peleja cuja vitória interessa apenas à um decadente Lula.

A frase que foi pronunciada:

“É preciso ser forte e consequente no bem, para não o ver degenerar em males inesperados.”

Rui Barbosa

Imagem: br.pinterest.com
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Quase ninguém

Depois de viver os horrores na CPI da pedofilia, o senador Magno Malta preside a CPI dos Maus Tratos. Sem a presença dos senadores, que estavam na reunião apenas para a abertura com o quórum regimental, o parlamentar fazia o relatório sobre uma viagem para um jornalista e alguns presentes.

Foto: senado.leg.br (Edilson Rodrigues/Agência Senado)
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In loco

Itapetininga foi o destino da viagem do parlamentar. Lá aconteceu um crime bárbaro dos pais contra Emanuelly. Outros casos de crianças que sofrem com a violência de familiares permanecem no escuro. E é sobre alternativas para atacar esse problema que o senador Malta falava em seu pronunciamento.

Inócuo

As eleições para os Conselhos Tutelares precisam ser mais restritas. Hoje, qualquer pessoa pode se candidatar, o que não é viável. A estrutura dos Conselhos também precisaria contar com a força policial. O senador Malta contabilizou 8 em cada 10 Conselhos Tutelares que são apenas fachada. A responsabilidade é dos municípios e em muitos deles, o cargo de conselheiro serve apenas como cabide de emprego.

Tortura

Dentre as sugestões dadas pelo parlamentar, uma seria a reestruturação do corpo funcional no CT. Diligências em lugares difíceis são recebidas à bala. É absolutamente necessária a presença de policiais ou de membros da guarda municipal. Três turnos funcionando seria o mínimo para atender às necessidades da população e para combater os crimes, que, segundo o senador Malta, não são maus tratos, são crimes de tortura.

Magno Malta foi à cadeia ouvir o pai e a mãe, assassinos de Emanuelly. Dois psicopatas frios, sem arrependimento nenhum. Visivelmente cansado, o senador, olhando para os poucos ouvintes concluiu que estava ali, enxugando gelo. Enquanto meio milhão de meninas sofrem todos os tipos de abuso, a legislação brasileira é totalmente voltada a proteger os bandidos e não puni-los exemplarmente. E ali, naquela sala, ele não viu o apoio necessário.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Surge agora, o nome do dr. Ari de Sá Cavalcante, economista, Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, com curso na Cepal, e de excelente gabarito. Uma boa hora para o governo salvar o prestígio do Banco junto à população do Nordeste. (Publicado em 18.10.1961)

 

Segundo andar do STF pega fogo, literalmente.

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Até agora não se sabe a causa. Não há vítimas. O prédio foi evacuado.

Na página do tribunal há uma mensagem

“Conexão perdida. Verifique se o Qlik Sense está funcionando corretamente.

STFSe a sessão atingir o tempo limite por causa de inatividade, atualizar para continuar trabalhando.”

Ilusão passageira

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        Enganam-se os políticos que acreditam ainda, que a cada novo salvo-conduto obtido junto aos tribunais, em cada uma das três instâncias, aumentam, na mesma proporção, suas chances de escapar da justiça e do julgamento popular. Pelo contrário, a cada drible dado nas cortes de justiça, à custa, é óbvio, dos mais caros e requisitados escritórios de advocacia do país, mais e mais aumenta, no seio da população, o sentimento de contrariedade e de decepção com seus representantes.

        Em muitos casos recentes, esses sentimentos têm sido elevados para níveis da ofensa e, não raro, para a violência contra esses privilegiados e imputáveis. Nesses casos, as mídias sociais têm papel importante, não importando se os fatos são inflados por elementos fictícios ou não. Para uma parte da população, existe mesmo até um sentimento de caça aos políticos enrolados com a justiça.

             Os últimos acontecimentos ocorridos na cidade de Bagé, envolvendo o ex-presidente Lula, dão uma mostra do que está acontecendo e pode vir a ocorrer daqui para frente. A questão é simples: a cada passo dado, por esses figurões, para fora do alcance da lei, mais a população se aproxima e passa a cercar esses personagens.

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       A razão é simples e antiga: os brasileiros, de um modo geral, passaram a repudiar manobras de todo o tipo, principalmente aquelas que visam conferir blindagem a determinados indivíduos. O alívio momentâneo dado por algumas decisões da justiça tem seu preço cobrado pelo cidadão. Não raro, esse preço é alto e tem sido cobrado em todo e qualquer lugar público onde esses políticos são flagrados em desfile.

      Agressões e xingamentos e, agora, agressões físicas, têm ocorrido com cada vez mais frequência. Há um crescendo de insatisfação geral, sintomático e preocupante, mas que acaba revelando o grau de saturação existente entre os cidadãos e as principais lideranças políticas do país. Acreditar, nessa altura dos acontecimentos, que através do processo eleitoral, pela depuração do voto popular, penalidades e ilícitos sejam simplesmente perdoados ou extintos, é uma tolice e uma temeridade.

         A nossa democracia vai, aos poucos, adquirindo características muito peculiares. Uma delas, é a transferência de sentimentos pessoais às personagens públicas, o que tem arrastado muitas manifestações para o campo das emoções. O mais racional e lógico, que seria afastar as chances desses políticos de se reelegerem nas urnas, não é ainda sequer cogitado. Muitos preferem odiar, agredir, ofender e manifestar sua raiva.

          O homem cordial brasileiro entende que esse ainda é o melhor caminho para se livrar de pessoas indesejadas. O voto e a experiência mundial provam isso, que é a melhor solução e o melhor método sanitário.

 

A frase que foi pronunciada:

“O cérebro humano é como um chapéu de chuva: funciona melhor quando aberto.”

Walter Gropius

Imagem: resologics.com
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Pelo povo

Tramita no Senado o PLS 378/2015, que proíbe duas cobranças: a com assinatura básica e a com consumo mínimo. O consumidor só deve pagar o que efetivamente consome. É obvio, mas não é o que acontece. Mais uma vez o senador Reguffe age atendendo a expectativa popular. Realmente não é justo, moral nem honesto que seja cobrado o que não é consumido.

Pois é

Lasier Martins, senador pelo Rio Grande do Sul, faz uma pergunta interessante sobre as urnas eletrônicas. Diz o parlamentar: “Se até o sistema do Google e da Nasa já foram invadidos, assim como há hackers invadindo sistemas bancários todos os dias, como pode ser garantida a segurança do voto exclusivamente eletrônico?”

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Números

Nosso país tem 473 mil urnas prontas para instalar a impressora de votos. No total, são 550 mil urnas. O problema é justamente o módulo impressor que não existe.

Marcante

Senador Magno Malta saiu com essa em uma reunião. Hoje eu estou assaltado pelo complexo de Suplicy: não sabe resumir nada.”

Foto: senado.leg.br
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Átimo

Passageiros que aguardam o ônibus nas paradas entre o Varjão e o Paranoá são assaltados constantemente. De carro ou moto, os ladrões recolhem os pertences rapidamente e somem. Uma das paradas mais assaltadas fica na entrada da rua da Casa da Dinda, onde os trabalhadores também aguardam os filhos que chegam da escola.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O seu candidato, entretanto, sr. Waldemar Alcântara, médico e presidente de um partido político, está inteiramente fora de cogitação. Não preencheu as condições mínimas para o cargo. (Publicado em 18.10.1961)

Quer saber seu futuro? Pesquise antes de votar.

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Charge: folhadapraia.com.br
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          É preciso reconhecer um fato: de uma década para cá, aprendemos muito mais sobre nossa república e sobre o funcionamento cambaleante de nossas instituições públicas do que nos últimos cento vinte de nossa história. E isso se deve, além do esforço de muitos brasileiros em implantar processos de transparência na gestão da máquina administrativa, ao trabalho da imprensa, reforçada hoje pela difusão das mídias sociais.

          Em se tratando de malversação do dinheiro do pagador de impostos, o que temos aprendido até agora é que a condição essencial para o cometimento de seguidos atos de corrupção, além da abstinência total de princípios éticos, é que haja, por parte dos envolvidos, o necessário silêncio obsequioso, extraindo toda a verdade em torno do crime, escondendo o cadáver e apagando rastros. Mas, nem sempre isso é possível.

          No nosso caso, em que a ficção tem ficado muito aquém da realidade cotidiana, esconder as provas de um ilícito aos olhos da população brasiliense tem sido tarefa árdua quando o que se tem em mãos é uma verdadeira montanha ciclópica.

          Esse fato é justamente o que ocorre com o estádio Mané Garrincha e com o Centro Administrativo (Centrad), chamado de Buritinga. Esconder esses genuínos elefantes brancos dos cidadãos, que juntos sorveram compulsoriamente R$ 3 bilhões dos contribuintes, é tão inútil como dar-lhes utilidade apropriada às reais necessidades da população. Obviamente que os recursos torrados de forma insana nesses monstrengos não retornarão jamais aos cofres públicos. Boa parte deles, inclusive, foi parar no fundo da algibeira de muitos gestores ladinos.

Charge: folhapolitica.org
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         Aos contribuintes ficaram, além do presente de grego sem valia, os prejuízos de monta. No caso do estádio fantasma, com 72 mil cadeiras vermelhas, erguido a um custo astronômico de R$ 1,6 bilhão, o valor gasto de forma superfaturada daria para construir uma dezena de hospitais de ponta por todo o Distrito Federal.  Evitaria também o prejuízo anual de mais de R$ 6,4 milhões com sua manutenção.

          O estádio, de longe o mais caro da Copa fatídica, é hoje um estorvo que o governo se esforça, ao limite, para empurrar para a iniciativa privada e um marco em concreto armado à desgovernança e ao mau uso do dinheiro público. Com sua arquitetura pouco inspirada e desrespeitosa ao entorno imediato, o estádio obsoleto restará como uma lembrança ruim, usando indecorosamente o nome de Garrincha, o anjo das pernas tortas.

          Também o Buritinga, um gigante inútil que ocupa um terreno de 182 mil metros quadrados, construído para abrigar mais de 13 mil servidores do GDF e que sozinho consumiu mais de R$ 1 bilhão, entrou na mira das preocupações do atual governo, que já estuda a possibilidade de anular todo o acordo com a concessionária da obra.

         Pelo andamento do processo, não será surpresa que venha ser descartado também, vindo a se juntar ao conjunto de obras desnecessárias e suspeitas, cuja a finalidade maior sempre foi carrear recursos públicos para os mesmos grupos políticos que há décadas infelicitam e desconsideram a população. Os mesmos que agora ensaiam voltar ao Buriti, repaginados.

A frase que foi pronunciada:

“Nasci para vencer três males extremos: a tirania, os sofismas e a hipocrisia.”

Giovanni Domenico Campanella, Paris 1689

Fim da Nota Legal?

Onde foram parar os créditos do Nota Legal ninguém sabe. Nenhuma nota consta no sistema e as reclamações feitas não são consideradas. É o que parece já que o contribuinte fica sem retorno às solicitações.

 

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Descaso total

Depois do último lançamento no IPVA e IPTU o saldo continua zerado e praticamente todas as notas consultadas precisam ser reclamadas. O novo sistema de notas fiscais com QRCODE permite que o contribuinte consulte a existência e a veracidade da nota acessando o site da fazenda do GDF. É estranho porque, ao consultar, o contribuinte verifica que a nota existe, está no sistema, mas os créditos que revertem ao cidadão não aparecem. Para onde foram?

Consome dor

É uma pena! Ao reconhecer tanta coisa estranha, o cidadão obviamente passa a ver o programa e a Fazenda com desconfiança e acha que de nada adianta persistir nas reclamações, porque aparentemente os créditos a que tem direito foram “abduzidos” pelos sistemas recheados de problemas.

Anti-Midas

Vamos ver se os leitores nos contam se o Nota Saúde Legal, também criado pelo então deputado Reguffe, funciona. Queira Deus que a Câmara Legislativa não toque nesse programa.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Estará novamente hoje em Brasília o governador Parsifal Barroso, do Ceará. É a sexta vez que vem ao Distrito Federal, tratar da nomeação do novo presidente do Banco do Nordeste. (Publicado em 18.10.1961)

À sombra do Estado

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

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            Em qualquer relação que se organize para elencar os principais fatores que contribuem hoje, efetivamente para a formação do chamado Custo Brasil, ao lado de elementos como as péssimas infraestruturas e um emaranhado de impostos e tributos irão aparecer, também no topo da lista, o sofrível quadro partidário. São dezenas de legendas de aluguel, repletas de políticos das mais diversas tendências, mas que, ao fim ao cabo, buscam, por meio da representação popular, imiscuir-se na administração pública apenas para obtenção de lucros fáceis e rápidos para si e membros de seu grupo.

             Em outras palavras, os prejuízos advindos da baixíssima qualidade de nossos representantes junto ao Estado, contribuem, cada um ao seu modo, para solapar os pilares do desenvolvimento nacional, corroendo sua sustentação e provocando uma fadiga generalizada em todo o sistema.

           A guisa de exemplo, ao relacionar a elevada corrupção administrativa pública como um dos elementos que concorrem para o Custo Brasil, a primeira leitura que se pode inferir dessa afirmação é que as indicações partidárias, para o preenchimento dos mais altos cargos de gestão administrativa do Estado estão enfeixadas nas mãos dos partidos políticos, mormente de suas lideranças, que indicam esses nomes, dentro do conceito de mão dupla de loteamento político da máquina em troca de apoio ao governo de plantão.

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         Apenas por essa característica, muito peculiar à nossa cultura, ao qual estudiosos denominam presidencialismo de coalizão, dá para entender não só os entraves antepostos à administração do Estado, mas explica por que muitos desses nomes, invariavelmente, acabam estampados nas manchetes dos jornais.

          Nesse sentido, em qualquer direção que se analise os elementos do Custo Brasil, lá estará explícito ou não o elemento político, encrustado e parasitário, concorrendo para sua desvirtuação. O déficit público elevado, a burocracia excessiva, a cartelização da economia, a alta carga tributária ou os custos trabalhistas, todos eles, responsáveis pelo nosso atraso secular, possuem não só sustentação direta do mundo político, mas subsistem graças à indiferença com que encaram esses problemas.

          Mesmo nos elementos como a legislação fiscal complexa, a insegurança jurídica, o alto custo dos insumos como a energia, podem ser encontrados a digital impressa da política nacional. Isso sem falar na baixa qualidade educacional e a falta de mão de obra qualificada, todas decorrentes da pouca ou nenhuma vontade por parte das principais lideranças políticas do país em mudar esse quadro desolador.

          O fato mais aterrador é que existe um diagnóstico preciso e antigo das causas que induzem o Custo Brasil. O que parece não existir são atores com atributos à altura do desafio para mudar esse estado de coisas. Na realidade a retirada desses empecilhos para o país deslanchar colocaria em xeque a própria existência de grande parte de nossa classe política, abrigada a séculos à sombra frondosa de um Estado rendido.

Frase que foi pronunciada:

“Lamentavelmente, Lula se corrompeu. Embora a defesa insista no ato de ofício para configuração do crime de corrupção, vale lembrar que essa questão já foi superada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Mensalão.”

Procurador Mauricio Gerum, do Ministério Público Federal (MPF)

Foto: folhapolitica.org
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Rybená

No portal da UniCEUB, o internauta surdo pode compreender as informações pelo Rybená. Essa solução foi criada em 2003 pelo DFJUG – Grupo de Usuários Java do DF, em parceria com o Instituto CTS. A ideia era criar um celular para surdos. Nem sempre quem não ouve sabe ler. O natural é a linguagem de sinais.

Foto: rybena.com.br
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Modernidade

Novidade em Nagasaki, a cidade da bomba atômica. Os idosos do local deram um jeitinho para driblar a solidão. Com os filhos sempre ocupados lutando pela sobrevivência, casas sempre vazias, resolveram praticar atos ilícitos para ir para a cadeia. Lá recebem alimentação balanceada, ficam em um ambiente seguro, agradável, têm atendimento próprio para a idade e fazem novas amizades.

Muito bom

Chico Sant’Anna é administrador de um grupo no Whatsapp com vários jornalistas da cidade. As pautas batem de mão e mão e a velocidade das notícias é incrível. Inscritas as mais variadas mídias como: Radar Santa Maria, Blog do Mercúccio, Notícias da Ceilândia, Gama, Guará.

Lástima

Um cartão de Natal postado no dia 5 de dezembro em Connecticut chegou no dia 21 de março no destino em Brasília. Correios, quem te viu e quem te vê.

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Interventor

Nomeado pelo Papa Francisco como administrador apostólico da Diocese de Formosa (GO), o arcebispo de Uberaba (MG), dom Paulo Mendes Peixoto, está em Brasília. Já repetia o filósofo de Mondubim: Deus inventou a fé e os homens a religião.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Carta anônima do Senado fala no concurso que deveria se realizar naquela casa do Congresso. Carta anônima, eu jogo na cesta. Quem não tem coragem de dizer o que vê de errado, que fique calado. Volte, querendo, mas em forma de gente. (Publicado em 17.10.1961).

Sem compromisso com o planejamento da cidade

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

colunadoaricunha@gmail.com;

com Circe Cunha e Mamfil

Foto: jornaldebrasilia.com.br (Rafaela Felicciano/Cedoc)
Foto: jornaldebrasilia.com.br (Rafaela Felicciano/Cedoc)

           Não é por acaso que as consequências mais visíveis e nefastas, advindas com a açodada e suspeita emancipação política da capital, recaem invariavelmente sobre questões urbanas, mais precisamente sobre o parcelamento e alienação de terras públicas no Distrito Federal.

         Por trás da proposta que brandia a maioridade política de Brasília, se escondiam, naquela ocasião, e ainda se amoitam hoje, as mais vivaldinas intenções, centradas unicamente na valorização estratosférica e artificial dos terrenos centrais da cidade, transformados em moedas de troca no toma lá, dá cá, da política nanica local. Em outras palavras, a emancipação do DF foi feita sob medida para caber, dentro dela, especuladores, invasores, grileiros, empreiteiros gananciosos, políticos sem lastro ético e outros aventureiros.

         Ao longo desse tempo, cada um, ao seu modo, cuidou de jogar sua pá de cal no planejamento urbano, tomado, desde logo, como empecilho técnico às ambições desmedidas. Com a decisão tomada agora pelos 20 desembargadores do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, favorecendo, em definitivo, a expansão das quadras 500 do Setor Sudoeste, mais um capítulo desse lento processo de desfiguração da capital vai se desdobrando diante de todos. Com a libração dessa área central, dezenas de novos prédios, de seis pavimentos, com quadras comerciais, abrigando aproximadamente mais 3 mil moradores, irão adensar ainda mais aquele bairro, ocasionando um conjunto problemas que, obviamente, só serão resolvidos a posteriori, quando a situação for de fato consumada e irreversível.

         Estranha que, em questões delicadas como essa, tenha sido um órgão do Judiciário o foro escolhido para firmar o estabelecimento de um gigantesco conjunto habitacional, quando o bom senso indica que essa medida deveria ser decidida por urbanistas, arquitetos e especialistas em questões urbanas, a quem competiria analisar e aprovar o assentamento de novas populações em áreas já densas e repletas de problemas de infraestrutura, que, desde a sua origem, foram sequer sanadas à contento. Para aqueles que vieram para essa capital, não em busca de lugar para si a para sua família, mas para fazer fortuna fácil e rápida, esse pode parecer um problema menor e sem importância, afinal a maioria das cidades do país sabe sequer o que significa planejamento urbano. Mas para aqueles que vieram construir essa cidade, a desfiguração paulatina da capital já atingiu as raias do absurdo e deve cessar de imediato, ao menos em nome do futuro.

A frase que não foi pronunciada:

“A ânsia dos brasileiros não é só pela prisão dos corruptos. É pela volta do que foi retirado dos cofres públicos e a boa gestão dos recursos.”

 

Leitor

A CLDF finge ignorar que a escala de decibéis é logarítmica, e, portanto, passar o nível de ruído de 55 para 65 db será muito mais do que 20 %, será algo como dobrar a intensidade de ruído. As pessoas precisam ter direito ao descanso, para estudar, trabalhar, fazer cirurgias e pilotar aviões, devidamente descansados no outro dia. Isto também é cultura. Aliás, esta mudança, além de favorecer o tráfico de drogas nas festas rave, é contra os estudos da ABNT, em sua norma NBR 10.152, afirma o leitor José Rabelo. Veja no Blog do Ari Cunha as normas para ruído descritas pela ABNT.

Norma ABNT

Link para normas ABNT: http://www.joaopessoa.pb.gov.br/portal/wp-content/uploads/2015/02/NBR_10152-1987-Conforto-Ac_stico.pdf

Prata da casa

O sabor que os brasilienses amam agora está ultrapassando as fronteiras do Centro-Oeste. O Café do Sítio chegou a Tocantins. Além de Palmas, outros municípios no interior do estado passam a receber o café fabricado aqui no DF. E os planos estão cada vez maiores! A empresa ainda está investindo em automação e aumento da quantidade de equipamentos de estocagem e transportadores de café, entre outras ações.

Foto: dicasdacapital.com.br
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Anvisa

Com a aproximação da Semana Santa, a Anvisa lembra pontos importantes na escolha dos peixes que irão resguardar os consumidores de qualquer problema na saúde: o local e a higiene onde o peixe é vendido precisam ser observados; se os peixes estão acondicionados corretamente na temperatura certa; se a origem do pescado é segura e se o rótulo traz o nome, endereço do fabricante, validade e selo do serviço de inspeção municipal, estadual ou federal (SIF). Indica a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

 

Foto: anvisa.gov.br
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Como o percurso normalmente é pequeno, as empresas particulares e oficiais bem que podiam deixar de cobrar passagens para as crianças no horário escolar. (Publicado em 17.10.1961)