Barragem do Paranoá

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha  e Mamfil

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Foto: TV Globo/Reprodução

 

Desastres e calamidades de toda espécie têm, ao lado dos danos humanos e materiais, o condão de deixarmos de sobreaviso para a possibilidade de novos eventos, principalmente se padrões de segurança e de prevenções não forem adotadas a tempo.

No Brasil, onde medidas de prevenção e segurança normalmente só são adotadas a posteriori, o alto custo em vidas humanas é o que sempre fica de lição pela negligência das autoridades. Forem devidamente investigados, um a um, nossos grandes acidentes, como o ocorrido a pouco em Brumadinho, um padrão sinistro vai demonstrar que 9 em cada 10 desses eventos ocorrem pela exclusiva falta de controle e de prevenção por parte dos responsáveis pela obra.

A cadeia de responsabilidade é comprida e, por razões óbvias, normalmente acaba por penalizar os autores menores, lá na ponta. Passados os primeiros momentos de comoção, o caso vai encolhendo e se perdendo na distância do tempo, para no final, desaparecer por completo. Mariana é um exemplo dessa nossa pouca memória.

Após três anos, o caso esfriou e não fosse o mesmo evento, com maiores perdas de vida, ocorrido há poucos quilômetros dali, a questão das barragens improvisadas para contenção de rejeitos de minérios restaria apenas como velho recorte de jornal que normalmente os sobreviventes guardam no fundo da gaveta para lembrar fatos experimentados no passado. A ocorrência cíclica desses sinistros evidencia não só a nossa diminuta e seletiva memória, mas garante impunidade aos culpados, o que, por sua vez, abrem novos caminhos para a repetição dessas tragédias. Se não podemos corrigir os defeitos da memória, pelo menos podemos trazer para a capital os ensinamentos desse recente acidente e, quem sabe, aplicá-los no caso das Barragens do Paranoá e do Descoberto.

Projetada no início dos anos sessenta, apenas para conter e formar o Lago, a Barragem do Paranoá, armazena algo em torno de 500 milhões de metros cúbicos de água, o que, em caso de rompimento, a tornaria potencialmente muito mais devastadora do que outras do gênero. Para uma barragem com mais de meio século de construção e que não foi estruturada para receber o fluxo diário de mais de 20 mil carros diariamente, os riscos estão bem presentes. Esses sinais, que prenunciam colapsos, talvez não sejam visíveis aos passantes despreocupados, mas, aos olhos dos técnicos, os primeiros sintomas estão lá presentes e precisam ser levados a sério como as trincas e rachaduras no asfalto.

Ainda no ano passado, o presidente da Indústria da Construção Civil, Luiz Carlos Botelho, afirmou a esse jornal que a barragem do Paranoá, por suas características construtivas, não poderia continuar sendo usada para a circulação de cargas, e para a intensa mobilidade urbana ocorrida naquela região nesses últimos anos. A criação de bairros populosos naquelas áreas aumentou significativamente o fluxo na Barragem, crescendo na mesma proporção o desgaste e, consequentemente, encurtando sua vida útil.

Trata-se, pois, de uma situação que requer atenção emergencial das autoridades.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A política é a arte de escolher entre o desastroso e o intragável.”

John Kenneth Galbraith, economista canadense

 

Maçãs

Dia desses, um indiozinho andava em frente ao colégio Dom Bosco comendo uma maçã. O tempo todo cuspia a casca. Os micos espalhados pelas casas em busca de alimentos também cospem a casca da maçã. Quem entende de natureza sabe das coisas. Experimente raspar a casca de uma maçã e veja quanta cera a protege.

Foto: reddit.com

 

Replantando o ParkWay

Festa no Viveiro Comunitário do Park Way nesse sábado, dia 2. Das 9h às 12 horas, a comunidade será bem-vinda. Cada visitante receberá uma muda. A Administração promoverá atividades enaltecendo a importância do cerrado. O espaço viveiro comunitário também é um local preparado para a comunidade visitar e discutir as melhorias para a região.

Imagem: facebook.com/ReplantandoParkWay

 

Horror

Uma denúncia do Sr. Geraldo Carmo, morador de Brumadinho, hoje sem ter onde morar, dá conta de que a sirene para o alarme do rompimento da barragem não foi instalada por completo. O poste ficou por lá sem mais cuidados, o que representa a falta de preocupação com o imprevisível.

Foto: Agência EFE

 

Proposta

Chan Woo Kim, embaixador da Coréia do Sul, fez uma visita a Superintendência da Zona Franca de Manaus propondo parcerias bilaterais. Quem o recepcionou foi o superintendente da autarquia, Appio Tolentino. A Embaixada da Coréia do Sul visita SUFRAMA na busca de parcerias entre o estado do Amazonas e a Coréia do Sul.

Foto: site.suframa.gov.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Há uma superquadra na Asa Norte que não será vendida. A Novacap resolveu conservar a mata virgem existente, e a nascente que embeleza toda aquela área. (Publicado em 09.11.1961)

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